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88.46% Alem do limite Temporal | SukuIta (Jujutsu Kaisen) / Chapter 23: Capítulo 23: Turbilhão - Parte 3

Chapter 23: Capítulo 23: Turbilhão - Parte 3

Uraume se via em meio a uma intensa batalha contra o general tigre mais forte. 

Enquanto isso, Yuji, tentando se movimentar rapidamente para ajudá-la, ouviu Sukuna chamar por ele.

No entanto, neste momento, a ideia de encarar Sukuna era quase insuportável para Yuji. A raiva fervia dentro dele pelo que presenciou, o que ouviu. 

'O que eu poderia esperar do Rei das Maldições?'

Era quase ilusório pensar que esse Sukuna seria diferente. Apoiou-se em uma parede, tentando recuperar o fôlego.

Seu corpo exibia sinais de exaustão, os efeitos das técnicas de Sune começavam a se manifestar, drenando sua energia. Tontura tomava conta, a sensação de estar nauseado se intensificava.

Sua garganta queima quando ele sente o seu estômago embrulhar e o vômito vir, o fazendo despejar tudo aquilo que comeu mais cedo. 

Ajoelhado ele cospe tudo e limpa a sua boca antes de se levantar, mas estava cansado. 

'Eu quero ir pra casa. 

Mas… Aonde é a minha casa?'

Avançou com pensamentos turvos, sabendo que, nessas condições, enfrentar alguém seria uma chance muito pequena.

"Yuji!" Ele ouviu Sukuna chamando antes de vê-lo se aproximar.

"Não." A resposta de Yuji foi um simples negar, sem emoção na voz.

"Deixe-me explicar, não é o que você está pensando." Sukuna franzindo vem a sua frente,  tentando segurar seus ombros para olhá-lo, mas ele se desvencilhou do olhar carmesim. 

"Não quero ouvir. Eu vi com meus próprios olhos." Seu tom permanecia impassível.

"Você é um pirralho, não compreende que aquilo era uma ilusão?" Sukuna estava bravo. 

Itadori não acreditava no que havia presenciado, com alguém como Sukuna no auge de seu poder… Cair em uma dessas. 

"Nanami, eu deveria saber…Você estava certo". Murmurou. 

"O que disse?" Sukuna ouviu, mas Yuji logo rebateu.

"Com sua força colossal, como caiu em uma ilusão 'fraca' como aquela, de uma simples mulher que, pelo visto, 'te torturou bastante né'?". Yuji fez aspas com os dedos.

Silêncio …

"Não foi qualquer ilusão… Era porque era…". Ele parou de falar e desviou o olhar para o lado. 

"Real?" Yuji finalmente encarou Sukuna. "O que mais ela disse para você? Você deveria saber quem sou eu e o que é falso..." Sua cabeça latejava de dor.

"Yuji-".

"Isso mostra que você não me conhece", murmurou Yuji.

Sukuna o olhou, surpreso com a afirmação, antes de agarrá-lo bruscamente e olhá-lo nos olhos.

"E você me conhece bem o suficiente? Sabe o que eu quero?" Sua voz era exigente.

"Eu achei que sim! Você quer..." Yuji começou a responder, mas parou abruptamente.

Sukuna ouvia, seus olhos faiscavam.

"Diga-me, Yuji! O que eu quero!" A pergunta fez a cabeça de Yuji girar e doer mais. Uma vertigem crescente. 

'O que Sukuna quer… '

Ele queria responder, mas não podia, talvez nem soubesse a resposta mas... 

'O que está acontecendo?'.

Sukuna sentiu sua raiva murchar  vendo que o outro não estava focado em si, quando olhou para o chão, viu o vômito expelido, antes de analisar Yuji, antes de segurá-lo melhor em seus braços, e colocar a mão em seu rosto:

 "Você está pálido, deixe-me levá-lo".

Yuji hesitou por um momento, sentindo a mão de Sukuna em seu rosto. Ele queria resistir, mas a fraqueza em seu corpo era evidente demais. 

"Não preciso da sua ajuda", murmurou, embora suas palavras soassem mais fracas do que o desejado.

Sukuna não deu ouvidos à resistência fraca de Yuji. Com um movimento decisivo, ele ergueu Yuji, ignorando qualquer objeção, e começou a se afastar do local.

"Eu disse que não…eu posso andar por conta própria", Yuji tentou protestar novamente, mas sua voz era quase um sussurro.

"Você acha mesmo que pode?". Sukuna olhou para ele com um misto de preocupação e frustração.

 "Não faça isso ser mais difícil do que já é".

Yuji sentiu-se estranhamente resignado ao ser carregado nos braços de Sukuna. Seu corpo doía, a vertigem o assolava e a confusão em sua mente era avassaladora.

Enquanto eram conduzidos para longe do tumulto da batalha, Yuji lutava para organizar seus pensamentos. O que havia testemunhado, as emoções que o inundaram, tudo era um turbilhão de sensações e incertezas.

 Em vez disso, permitiu-se fechar os olhos por um momento, deixando-se levar pela sensação de ser carregado por Sukuna.

Rapidamente chegando no ponto mais afastado do caos da batalha, quase fora de todo o território, Sukuna o colocou cuidadosamente no chão.

"Você precisa descansar", disse Sukuna, sua voz carregada de preocupação genuína. "Vou cuidar disso."

Antes que Yuji pudesse protestar, o cansaço o dominou.

Por uma fração de segundo ele sentiu intensamente uma emoção negativa em Sukuna. 

 Seus olhos se fecharam automaticamente, sua mente mergulhando na escuridão reconfortante do sono. 

"Descanse, Yuji.

A voz de Sukuna parecia distante quando ele deslizou para o abraço do sono. 

"Não sobrará nada."

.

.

.

O sono de Yuji foi abruptamente interrompido por um estrondo ensurdecedor, semelhante a destruição distantes e colapso. Por um momento, tudo pareceu mergulhar em um silêncio vasto, um vácuo perturbador, enquanto seus olhos se abriram relutantemente, desejando intensamente permanecer na escuridão reconfortante do sono.

Quando finalmente sua visão se ajustou, Yuji se deparou com uma paisagem desoladora: o território do Clã Abe simplesmente havia desaparecido, substituído por um vazio abissal, uma planície sem qualquer traço daquilo que um dia existira ali.

Sentiu uma mão suave repousar em seu ombro, e ao se virar, deparou-se com Uraume, cuja expressão também denotava certo cansaço.

"Está tudo bem, Yuji-Sama. Ele resolveu tudo", assegurou Uraume com serenidade, tentando dissipar a confusão estampada no rosto do jovem. "Ele usou o santuário", acrescentou ela, tentando fornecer algum esclarecimento para a cena desconcertante diante deles.

Yuji fez um esforço para se levantar, seu corpo ainda pesado pelo sono e por tudo o que acontecera antes de desmaiar. Ao redor, os destroços e a desolação quase visíveis, uma paisagem marcada pela devastação. A mente de Yuji ainda estava embaçada, em sua mente vieram as imagens do distrito de Shibuya, que martelavam como um pesadelo sem fim. 

Ele examinou com um misto de ansiedade e expectativa o ambiente a sua volta, como se procurasse ansiosamente por qualquer indício da presença de Sukuna. "Onde está ele?" indagou Yuji, a preocupação nítida em sua voz.

Uraume ergueu-se com lentidão, seus olhos percorrendo minuciosamente cada detalhe do cenário devastado. "Sukuna-Sama partiu", afirmou com seriedade, seu semblante denotando concentração enquanto avaliava a área arrasada e vazia.

Um turbilhão de confusão invadiu o interior de Yuji. "Partiu? Para onde?"

"Não sei, Yuji-Sama. Ele simplesmente desapareceu depois que...", a voz de Uraume cessou abruptamente.

"Depois que…?" Yuji percebeu que as roupas dela estavam manchadas de vermelho, contrastando com a brancura habitual.

O silêncio pairou no ambiente vazio, aumentando a tensão enquanto todos esperavam que ela continuasse a falar.

"Ele acabou com aquele homem". 

Ela pontuou. "Até sobrar quase nada,  o fez implorar pela vida, antes de fazê-lo falar. Mas eu não ouvi bem, quando ele o matou me disse para vir e cuidar de você, para irmos embora quando você acordar, porque ele ainda tinha que resolver algo."

O jovem sentiu um aperto no peito. As ações recentes de Sukuna deixaram um rastro de dúvidas e inquietações. Ele se levantou com dificuldade, tentando compreender a situação.

"Não sobrou ninguém do generais,  Sukuna-Sama disse que não precisa se preocupar, todos foram dizimados".

Yuji ouviu atentamente tudo, como Sukuna resolveu sair assim sem mais nem menos? 

"Vamos, Yuji-Sama".

Ele resolveu seguí-la,  apesar de Uraume ter explicado,  confusão e preocupação beiravam seus olhos. 

.

.

.

Yuji acordou sobressaltado, seu corpo coberto de suor, os olhos vasculhando rapidamente o quarto silencioso, a luz pálida do sol desenhando sombras nas paredes.

O turbilhão de eventos no território do Clã Abe ainda reverberava em sua mente, mas agora, na quietude de seu quarto, tudo parecia uma lembrança distante, um sonho agitado e confuso.

Ele olhou para o lado, encontrando o vazio. Um suspiro escapou de seus lábios, uma preocupação crescente tomando forma. Já se passou um dia desde que Sukuna não retornou para o santuário. 

A inquietação aumentou enquanto Yuji se levantava da cama, a sensação de desassossego persistindo. Ele caminhou pelo quarto, inquieto, cada vez mais ansioso com o sumiço repentino de Sukuna.

Um vazio tomava conta das emoções que costumavam preencher seus dias, deixando-o um tanto aturdido pela ausência do vínculo habitual. 

Yuji rapidamente se vestiu e dirigiu-se à cozinha para o café da manhã. Seu estômago faminto rugia de forma quase ensurdecedora, pedindo por alimento com urgência.

Os servos, juntamente com Uraume, estavam sempre atentos em servir, sendo a rainha ou consorte. Yuji não compreendia a mentalidade desses indivíduos, incapazes de perceber que ele era um homem. No entanto, isso não o afetava a ponto de corrigi-los. 

Ele apenas se sentava em silêncio, evitando muitas conversas, e começava a comer calmamente. A fome era intensa, especialmente após ter lutado com alguém que sugava parte de suas energias vitais. Seu grande porte físico demandava grandes quantidades de alimento, e ele precisava restaurar suas energias rapidamente.

Uraume se aproximou para verificar se ele estava bem, e Yuji respondeu afirmativamente, embora algo estranho estivesse acontecendo. A comida deliciosa que normalmente saboreava não parecia mais satisfazê-lo. Em vez disso, um estranho aroma de pera, maçã e melão invadiu suas narinas, causando uma repentina náusea. Ao tentar comer um simples pão, o gosto de trigo lhe pareceu terrível, desencadeando um reflexo imediato. Ele se levantou rapidamente e vomitou tudo o que havia comido.

"Yuji-Sama" seu nome foi chamado por vários servos, Uraume prontamente se aproximou para ajudar, indagando sobre como ele se sentia, enquanto outros servos lhe ofereciam água. 

"Obrigado", agradeceu Yuji, enquanto se sentava e limpava a boca com um lenço oferecido por um dos servos. A fome persistia, e ele ansiava por algo específico.

"Uraume-San, por favor." Yuji chamou educadamente, buscando sua atenção. "Você poderia providenciar carne para mim?"

Surpresa com o pedido tão incomum logo cedo, Uraume explicou que os servos ainda não haviam preparado a carne do almoço, o que deixou Yuji um pouco tenso.

"Traga-me crua, do jeito que está", respondeu Yuji um tanto abruptamente, sua fome aumentando. "Desculpe, só, estou com muita fome, pode ser?"

"Tudo bem. Não se preocupe Yuji-Sama" Ela assentiu compreensivamente diante do pedido de Yuji. Ela estava ciente da fome insaciável dele e da necessidade de recuperar suas energias rapidamente após os eventos turbulentos.

"Eu providenciarei imediatamente", respondeu Uraume, dando um breve aceno antes de se retirar para atender ao pedido.

Enquanto aguardava, Yuji se sentiu um tanto desconfortável com a situação. A estranha reação do seu corpo à comida habitual deixou-o intranquilo. A simples menção de frutas desperta repulsa e o pão parecia amargo, algo que ele está sempre acostumado a comer. Ele se perguntava o que poderia estar acontecendo consigo mesmo.

Enquanto os pratos com carne crua eram dispostos diante dele, Yuji agradeceu brevemente a Uraume, mas logo pegou os pedaços com as mãos. 

Uma aura de energia amaldiçoada envolveu sua mão, fritando-as sobre o fogo da energia que emanava de sua mão. Cada pedaço foi preparado rapidamente, e o aroma tentador encheu o local.

Com um olhar de determinação e um sorriso de satisfação, Yuji começou a devorar a carne. Ele estava faminto, e a refeição, mesmo que incomum, parecia satisfazer sua necessidade de energia. Entre as mordidas, ele expressava sua gratidão com um "obrigado" quase ininteligível.

Uraume observou a cena com um olhar curioso, um tanto surpresa com a capacidade de Yuji. 

"Sukuna-Sama gostará de ver isso." Ela murmurou pra si mesma e permaneceu ali, oferecendo assistência caso fosse necessária, mas mantendo uma distância respeitosa para que ele se sentisse confortável.

Com cada mordida, Yuji sentia uma energia revitalizante correndo por seu corpo, dissipando a sensação estranha que havia o incomodado antes. A fome era grande, mas a carne, apesar de crua, parecia ser o que seu corpo precisava.

Uraume observava, silenciosa e atenta, aguardando o momento certo para falar, caso ele desejasse.

Após a refeição, Yuji sentiu-se mais revigorado e aliviado. Olhando para Uraume, agradeceu mais uma vez com um sorriso suave, expressando gratidão pela compreensão dela.

"Obrigado, Uraume-San. Acho que precisava disso", disse ele, seu tom de voz agora mais sereno e tranquilo.

"Você está melhor?" O tom de voz preocupado de Uraume refletia sua atenção. Ela estava atenta à condição de Yuji após a refeição incomum.

"Sim, estou me sentindo muito melhor, obrigado", respondeu Yuji, um brilho de gratidão em seus olhos enquanto ele se recompunha lentamente da intensa fome que o dominara.

Yuji, no entanto, tentava dissipar qualquer preocupação que ela pudesse ter. "Não se preocupe tanto, estou bem agora", disse ele, tentando confortá-la.

A expressão de Uraume suavizou um pouco, mas ainda carregava um olhar de cautela. Ela percebia que o bem-estar de Yuji era uma prioridade e que sua recuperação era fundamental para o que estava por vir.

"Se houver mais alguma coisa que eu possa fazer, por favor, não hesite em me chamar", ofereceu Uraume, mantendo-se pronta para atender qualquer necessidade que pudesse surgir.

"Na verdade, sim", ele respondeu antes de continuar:

"Por favor, me diga tudo o que sabe sobre esses 'generais tigres' que nos atacaram".

"Você realmente não os conhece? Talvez seu avô os tenha mantido distantes dos negócios mais importantes", sugeriu Uraume.

"Meu avô?" Yuji indagou.

"Sim", ela confirmou, suspirando antes de continuar:

"O que sabemos é que apesar de ser um clã grande e que tem um controle quase que total, há muitas ameaças internas. 

Os rivais disputaram posições dentro do aparelho estatal e nas províncias onde o controle governamental era mais fraco. 

Os Fujiwara na província do norte por exemplo liderados por seu avô Kyōke-San, estabeleceram uma base administrativa próspera em Hiraizumi, no norte de Honshu, e o seu domínio foi repetidamente desafiado pelos outros ramos do clã. 

Fujiwara Sumitomo de uma das províncias de Iyo em Shikoku é comandante direto dos '5 generais tigres e do esquadrão celestial'. Ele é um grande rebelde que já conduziu várias revoluções. 

Agora os Fujiwara são um clã tão difundido com tantos ramos que era quase inevitável que houvesse disputas sobre quem deveria ser a sua figura principal e ter a cobiçada responsabilidade e controlo das terras, rendimentos e nomeações civis do clã."

Ela termina a explicação e finaliza a ele. 

"Até o momento,  o seu avô está no controle pela sede administrativa."

Yuji processou as informações, seus olhos refletindo um misto de surpresa e curiosidade. A conexão com seu avô e a intriga nos bastidores do clã eram informações totalmente novas para ele.

Ele se sentiu dividido entre a surpresa de descobrir esse detalhe de sua linhagem e a responsabilidade imprevista que parecia emergir. 

Por um lado, era intrigante descobrir sobre um mundo que até então lhe era desconhecido, mas por outro, a sensação de ter sido mantido à margem de aspectos significativos de sua própria história o deixou perplexo.

"Meu avô..." murmurou, deixando a frase suspensa por um momento. Seu olhar se perdeu em reflexão, tentando conectar os pontos entre essa revelação e a recente agitação que vivenciara.

"Obrigado por me contar, Uraume-san", ele expressou sua gratidão. "

"Isso explica muita coisa, mas ainda não explica o porque de atacarem o clã Abe, e como sabiam de nossa conexão", disse finalmente, num tom carregado de pensamentos. 

"Talvez quando Sukuna-Sama chegar, poderemos saber", Ela respondeu..

Ele acenou em compreensão.

 "Talvez seja prudente também informar o líder do Clã Abe sobre isso."

"Não será necessário", interveio uma voz profunda e familiar. 

A porta do salão foi aberta abruptamente, anunciando a entrada de Sukuna. 

Yuji sentiu a sua presença que normalmente é intimidante a todos como um conforto, sua presença  enchendo o ambiente.

Sukuna apareceu, coberto de sujeira e manchas de sangue, segurando firme a lança em uma de suas mãos, enquanto seu manto estava visivelmente rasgado. O salão imediatamente se transformou com a sua chegada.

"Sukuna-Sama, seja bem vindo finalmente." Todos os servos presentes fizeram reverência a Sukuna, visivelmente aliviados por sua chegada tão aguardada.

                                                                       Yuji sente os olhos escarlates o olhando antes de vir até eles. Parando na frente de Yuji, ele entregou a Apsaras para Uraume, sem encará-la, estendendo a arma para a sua mão.

 "Você está bem?"Sukuna se dirige a ele.

Yuji olha para  o peitoral,  o abdômen dele que estava todo arranhado e um pouco machucado, mas não só isso, não precisava nem ver nos olhos dele para ver o receio de se dirigir a sua presença, talvez pela sua briga anteriormente. A ansiedade era palpável em Sukuna.

 "Eu estou bem". Yuji responde e Sukuna solta um suspiro. 

"Bom". Ele estava prestes a se dirigir ao banheiro para cuidar de seu estado mas antes disse:

"Tive a necessidade de cortar o mal pela raiz, amanhã falaremos disso, bom trabalho Uraume". Ele se dirigiu a Uraume e logo depois olhou Yuji antes de começar a andar. 

"Espera" Yuji achou estranho seu comportamento e incerto e se dirigiu a frente dele. 

Sukuna parou com expectativa nos olhos quando Yuji estendeu a mão colocou em seu peito, cheio de hematomas Sukuna fez um grunhido baixo de dor, ele abriu um pouco de onde um dos braços estava acomodado em cima da roupa e havia outra ferida. 

"Eu cuido disso". Yuji afirmou olhando para cima em seus olhos vermelhos. 

"São ferimentos superficiais, eu posso me curar". Sukuna tentou recusar, mas Yuji negou com a cabeça.

"Eu vou cuidar disso" Yuji diz decididamente e direciona a sua mão para a de Sukuna, que antes a marca deles fora formada, e a segura. 

"Eu vou cuidar de você". Ele repete suavemente e o puxa para o banheiro. Podia sentir o contentamento de Sukuna e ansiedade de Sukuna pela atenção que estava recebendo de seu marido. 

.

.

.

Yuji ligou a torneira da água fervente para aquecer a água fria da banheira. Conduziu Sukuna para o banco de pedra próximo à banheira e o fez sentar, preparando-se para ajudá-lo a se despir. 

 Ficou de frente para Sukuna, notando como, sentado ali, Sukuna era praticamente do mesmo tamanho que ele.

Com uma timidez delicada, Yuji começou a desfazer o manto superior rasgado de Sukuna, preocupado em não agravar seus machucados. 

Enquanto trabalhava, sentia o olhar escarlate silencioso e penetrante de Sukuna sobre si. Em momentos, notava um sorriso brincalhão nos lábios de Sukuna ao ver seu peito exposto, uma expressão curiosa e satisfeita diante da timidez de Yuji e da atitude corajosa de seu consorte.

Aos poucos, Yuji conseguiu remover o manto, revelando os machucados que marcavam o corpo de Sukuna. 

"É-ér,  vou precisar tirar o resto pra ver a sua perna." Ele diz ao ver o vermelho na calça e vai até o armário,  pegando todo tipo de equipamento médico. 

Ele retorna a Sukuna, o vendo tentar usar energia reversa em um de seus braços e desistir, mas nenhum sinal de tirar suas calças.

 Ele olha para Yuji e pede silenciosamente, Yuji sente seu rosto arder, sabendo que já o havia visto completamente nu, mas em circunstâncias diferentes. 

Ele desfaz as faixas da cintura de Sukuna que prendem a sua roupa antes de acenar para ele se levantar, para deixá-la cair ao chão. 

Quando Sukuna se senta, Yuji rapidamente começa a passar um pano com a substância medicinal sobre os ferimentos, limpando primeiramente no peito, nos ombros e nos braços.  

Em sua cintura, Yuji limpa um ferimento maior o qual sente Sukuna respirar mais profundamente em dor. 

Ele pega mais um lenço úmido e se dirige ao rosto de Sukuna onde havia um corte em sua testa, que se misturava ao cabelo bagunçado. 

Ele se aproxima mais rente ao rosto de Sukuna para retirar um pouco do cabelo da testa,  penteando-o para trás com os dedos, vendo Sukuna fechar os olhos e respirar em contentamento com o toque de sua mão. 

Yuji passa o pano em sua testa limpando o sangue seco que havia escorrido até o pescoço robusto e onde havia o corte. 

"Yuji.."Ele ouviu seu nome sendo sussurrado. Mas ele continuou limpando,  com receio de que tipo de conversa eles teriam nesse momento. 

"Yuji". Ele sente uma das mãos segurar sua cintura e para seus movimentos. "Sim?" Ele finalmente responde. 

"Eu quero que saiba que, mesmo sem conhecer completamente você, sei que seu coração não é como o meu", disse Sukuna ao ver a mão de Yuji parar, ainda segurando seu rosto.

"O que quer dizer?" Yuji estava confuso sobre onde Sukuna queria chegar.

"Eu te conheço o suficiente para saber que qualquer sangue em suas mãos seria o suficiente para você... eu não permiti que você matasse aquela mulher. Isso deveria ser minha responsabilidade, não sua. Suas mãos... não devem se sujar por minha causa", confessou Sukuna, olhando-o sinceramente. "Sim, eu fui enganado, mas não fui infiel a você."

"Você se deixou seduzir por ela?" Yuji perguntou finalmente entrando no assunto, temendo a resposta de Sukuna, mas também ansiando pela verdade.

"Ela tentou, queria que eu lhe traísse para ficar com ela, mas adivinha o que eu disse?" Sukuna segurou a mão de Yuji em seu rosto, puxando-o mais perto pela cintura.

"O que você disse?" Yuji estava ansioso pela resposta.

"Eu disse..." Sukuna aproximou seus rostos, encostando seus narizes antes de olhar nos olhos de Yuji. "...que ela nem chegava aos seus pés, que estou mais do que satisfeito com o que tenho." Ele disse sussurrando a última frase.

"Foi por isso que ela sentiu a necessidade de se transformar em minha esposa, a pessoa que me satisfaz incondicionalmente", concluiu Sukuna.

Nesse momento, Yuji já estava corado intensamente, as palavras de Sukuna mexendo com seu coração, sentindo-o doer com batidas descompassadas, seu rosto deveria estar exibindo todos os tipos de tons de vermelho. Sentimentos intensos dominavam seu ser.

Ele sentiu a necessidade de responder, mas as palavras estavam presas em sua garganta. Então, encontrou sua resposta no silêncio e aproximou seus lábios, selando um beijo apaixonado.

 Uma eletricidade percorreu o corpo de ambos com o toque,  mas quando Yuji interrompeu o beijo, provocou um sorriso divertido em Sukuna. 

"Ainda está chateado?", perguntou levantando uma sobrancelha em desafio.

Yuji fez um biquinho, seus olhos brilhando com uma mistura de travessura e curiosidade. "Você está arrependido?", questionou ele, querendo saber se Sukuna sentia algum remorso por suas ações.

Sukuna soltou um suspiro leve, seu olhar encontrando o de Yuji. "Sim", respondeu ele, sua voz carregada de sinceridade. "Eu não sei o que eu fiz, mas sim, estou arrependido". Ele admitiu, reconhecendo que suas ações tinham afetado Yuji de alguma forma e que havia cruzado uma linha.

Yuji franziu o cenho e puxou atrás dos cabelos de Sukuna, fazendo-o sentir a dor e soltar um grunhido.

"Isso não está ajudando na sua situação", resmungou Yuji, soltando os cabelos de Sukuna quando ouviu algo como 'não foi intenção minha'.

" Só… Cale a boca". Yuji diz antes de envolver os braços em volta do pescoço de Sukuna, iniciando mais um beijo, aprofundando-o logo em seguida. 

Suas línguas dançavam em perfeita sintonia, explorando cada centímetro da boca um do outro. Enquanto se entregavam à paixão, Sukuna abraçou com mais força a cintura de Yuji, apertando-o contra seu corpo com um desejo incontrolável.

As mãos de Sukuna deslizaram pelas costas de Yuji, explorando seu corpo por cima da roupa e provocando arrepios de prazer. A cada toque, a cada carícia, a chama do desejo entre eles se intensificava.

Yuji logo lembrou do porque estavam ali e cerrou o beijo molhado, ouvindo um barulho decepcionado de Sukuna enquanto limpava a boca.  

"Eu preciso cuidar de seus machucados".

"E eu preciso que você cuide de outra coisa." Sukuna diz apontando os olhos para baixo,Yuji vê sua ereção totalmente formada, ele nunca vai se acostumar com essa visão. 

Mas a visão do corpo de Sukuna por mais que seja tentadora não iria ganhar ou ele não se chama Yuji Itadori. 

Ele então se ajoelhou na frente de Sukuna e afastou suas pernas. Este já ansioso colocou a mão em sua cabeça, apenas para ser tirada quase em um tapa. 

"Você vai ter que esperar". Yuji sorri para ele antes de pegar o pano com o remédio e álcool para passar pela ferida em sua coxa grossa, e mais um suspiro foi ouvido. 

"Onde você aprendeu esses truques de tortura?" Ele podia ver Sukuna rangendo os dentes ao ver ele tão perto de sua ereção sem tocá-la. 

Ele sorri suavemente antes de continuar limpando os ferimentos.  

"Um deles usava veneno, isso atrapalha usar técnica de reversão,  logo vou poder curá-los, não precisa ter tanto cuidado". Sukuna afirma ver Yuji agir com tanta delicadeza e apenas murmurar algo o ignorando. 

"Pronto, agora entre na água". Yuji dirige os olhos a banheira antes de se levantar,  Sukuna ainda fica sentado e estende os braços para o puxar para tirar também a sua roupa. 

"Eu já tomei banho".Yuji diz a Sukuna que ao tirar sua túnica e a última peça de roupa, seu rosto fica vermelho. 

"Você não vai cuidar de mim? Vai ter que entrar também, preciso de ajuda pra me levar". 

Com a mentira estampada em seu rosto, Sukuna diz enquanto o vê nu e corado, ele sorri mais ainda quando vê que Yuji também estava excitado. 

Yuji junto com ele entra na água,  Sukuna geme de satisfação com a água aconchegante que banha o seu corpo. Ele logo pega a esponja para levar às costas e o corpo de Sukuna,  passando levemente pelos machucados limpando, Sukuna ora o tocava ora o apalpava quando Yuji se apoiava nele para lavá-lo. 

Em meio à limpeza, Sukuna teve uma ideia travessa. Ele fez Yuji se sentar em seu colo, sentindo sua dureza pressionando-se contra o corpo de Yuji. 

Uma mistura de prazer e excitação tomou conta deles enquanto Yuji continuava a lavar, aproveitando cada momento de intimidade compartilhada. 

Yuji em vez de tentar brigar ele escolhe ignorar o olhar provocativo e a sensação da ereção na sua bunda. 

 "Nós não vamos fazer hoje, eu quero que você descanse". Ele diz. 

"Eu não preciso disso, eu posso fazer os dois". Sukuna segura firmemente suas costas e pega outra esponja para lavá-lo também. 

"Deixe-me somente então… " Ele esfrega a ereção na bunda de Yuji num vai e vem. 

Eles se lavam enquanto se esfregam um no outro, a ereção de Yuji tocando a barriga de Sukuna, que se abre e começa a chupa-lo sem parar. 

"Isso não é justo". Yuji respira na boca dele antes de ser tomado num beijo afoito, ele sente Sukuna segurando seu corpo debaixo da água para se esfregar, como se estivesse prestes a penetrálo num vai e vem enquanto sua segunda boca o chupava. 

Um dos dedos de Sukuna começou a prepará-lo, circulando sua entrada enquanto sua boca de Sukuna desceu  pelos ombros de Yuji, deixando um rastro de arrepios em seu caminho. Seus lábios encontraram os mamilos enrijecidos e convidativos de Yuji, e Sukuna os tomou em sua boca, chupando-os delicadamente.

Yuji soltou um suspiro involuntário, sentindo mais uma onda de prazer percorrer seu corpo. Ele apoiou uma mão na cabeça de Sukuna, incentivando-o a continuar explorando seus mamilos sensíveis. Os movimentos sensuais de Sukuna eram uma mistura perfeita de suavidade e intensidade, levando Yuji à beira do êxtase.

Enquanto Sukuna se deleitava com os mamilos de Yuji, suas mãos deslizaram pela pele molhada e ensaboada, explorando cada curva e contorno do corpo de seu amante. O toque de Sukuna era possessivo e ao mesmo tempo gentil, transmitindo um desejo incontrolável.

" Sukuna…Assim..E-Eu vou…!

Ele vê branco quando sente o seu ápice chegando, fazendo-o vir, na barriga de Sukuna que o chupava arduamente. 

"Isso…Yuji!" Sukuna segurava a sua bunda, beijava seu pescoço e deixava marcas, com seus outros braços o acariciava enquanto esfregava seus corpos. 

Com a respiração descompassada, Yuji se afasta de suas mãos, se ajoelhando na banheira para apontar para a beirada da banheira na sua frente, "Tá bem, sente-se ali."

Sukuna entendendo e com antecipação e felicidade se senta, sua ereção pulsante fica de frente ao rosto de Yuji,  que quase desmaia ao vê-la novamente, ele sente a excitação percorrer seu corpo.

 Ele se aproxima devagar, com os olhos fixos naquela visão tentadora. Com as mãos trêmulas, Yuji segura o membro de Sukuna, sentindo sua rigidez e pulsar em suas mãos.

Ele leva a língua até a ponta, provando o sabor salgado que o preenche de desejo. Com movimentos lentos e precisos, Yuji começa a lamber e chupar o pênis, sentindo-o crescer ainda mais em sua boca.

 Ele se entrega completamente àquele momento, deslizando seus lábios e língua ao longo do comprimento, buscando proporcionar a Sukuna o máximo de prazer possível.

Era impossível colocar todo o comprimento em sua boca, então com a ponta da língua, começou a traçar círculos ao redor da glande, provocando um gemido rouco de prazer de Sukuna. 

"Mmh... sim... não pare…".

Yuji continuou a explorar cada centímetro do membro de Sukuna com sua língua, alternando entre lambidas suaves e chupadas intensas. A excitação crescente era evidente em cada movimento e suspiro compartilhado entre os dois.

"Y-Yuji..Mais..Mais!"

Sukuna segurava os cabelos de Yuji com firmeza, guiando-o sutilmente, enquanto seu corpo tremia de prazer. Yuji, entregando-se completamente ao ato, envolveu sua boca em torno de cada parte do membro de Sukuna, intensificando suas sucções e movimentos de vai e vem.

A água da banheira ondulava com a paixão e a tensão sexual que era resolvida no ambiente. 

O prazer crescia exponencialmente, envolvendo cada fibra de seus corpos em uma dança erótica e intensa. Sukuna, sentindo-se à beira do ápice, segurou Yuji pelos ombros e o puxou para cima, interrompendo o ato com um olhar cheio de luxúria.

"Yuji... Eu não posso mais esperar", sussurrou Sukuna, sua voz carregada de urgência e desejo. Ele segurou Yuji pelos quadris e o colocou de costas contra a borda da banheira, posicionando-se entre suas pernas.

Yuji ofegou, sentindo-se completamente exposto e vulnerável diante da intensidade de Sukuna. Ele o encarou com olhos cheios de desejo, pronto para receber Sukuna em seu interior.

"Faça-me seu, Sukuna", sussurrou Yuji, sua voz carregada de desejo e entrega. "Mostre-me, a sua satisfação incondicional..."

Com essas palavras, Sukuna não hesitou. Ele penetrou Yuji com força e intensidade, fazendo-os gemer em uníssono com a sensação avassaladora de união carnal. Os corpos deles se moviam em perfeita sincronia, buscando o prazer supremo que estava ao alcance de suas mãos.

Cada movimento era uma sinfonia de prazer, suas respirações se misturando em gemidos entrelaçados. Os quadris de Sukuna se moviam com uma cadência insaciável, buscando a conexão mais profunda possível.

Yuji arqueou as costas, entregando-se completamente à paixão que os consumia. Cada investida de Sukuna acendia uma chama ardente dentro dele, levando-o às alturas da luxúria. Os gemidos de prazer ecoavam pelo ambiente.

As águas agitadas da banheira testemunhavam a paixão em ebulição, enquanto Sukuna e Yuji se entregavam a uma dança frenética de desejo e luxúria. Cada investida era uma explosão de prazer, uma fusão de duas almas sedentas por conexão física e emocional, até chegarem ao ápice.

Após terminarem, eles saíram da banheira,  Sukuna envolveu a si e a Yuji com uma toalha e o pegou em seus braços antes de irem para o quarto. 

No caminho, eles continuaram a se beijar apaixonadamente. Yuji beijava o pescoço de Sukuna, seu rosto, sua orelha, nariz, e se aconchegou em seus braços enquanto caminhavam. 

Finalmente, eles se deitaram juntos debaixo dos lençóis, mesmo que ainda não fosse nem a hora do almoço. Yuji decidiu descansar em seus braços.

Enquanto Sukuna adormecia, Yuji o observava com admiração. Um suspiro escapou de seus lábios enquanto ele se dava conta de algo.

"Não pode ser... Acho que estou..." 

Yuji suspirou novamente pensando, e nos fortes braços de Sukuna, adormeceu.


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