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86.66% A Representação do Deus Supremo - Apocryphal Testament / Chapter 26: Capítulo 7 - Fim do Começo

Chapter 26: Capítulo 7 - Fim do Começo

>Olá, o autor aqui no início para pedir desculpas esse enorme atraso que mais parecia um hiatus! Sinto muito! Bem, vim aqui no início para colocar o título do capítulo diretamente no texto pois há pessoas de todo o mundo que podem ler minha história, e muitas delas lêem pelo ap no celular e percebi que os títulos dos capítulos não se traduzem, que pena! Então vou começar a por os titulos aqui para que estrangeiros também possam ler.

>

Arco 2: Arcos das maldições: Capítulo 7 - Fim do Começo

— Eu vou acabar com essa fantasia e te trazer de volta para o mundo real!

Com o seu punho esquerdo direcionado à menina... Não, à entidade misteriosa que controlava as mentes de todos e sempre fazia Sado Yasutora voltar para um ponto específico no passado do qual a entidade possuía total controle, ele, o garoto, disse assim com um olhar de pura indignação.

Se sentiu irritado com Maxuel no hotel.

Se sentiu enraivecido com Fenícia Silver Waite na praça abandonada.

Sentiu repulsa quando lutou contra os executivos e até mesmo contra o seu amigo Ike.

Mas essa era a primeira vez em que ele era submetido a um sentimento tão amargo quanto a indignação.

Ele estava indignado com toda essa loucura mágica.

O que era isso? Todos os eventos mágicos que teve nesses últimos 3 dias só foram desastrosos e desafiadores ao extremo.

A única coisa boa nessa salada de frutas mágica era Yuki — a menina de bela aparência e caráter.

Se tornou amiga de Sado do qual não tinha tantos amigos. Ajudou ele, cuidou e se importou com ele.

Esteve do lado dele nessa loucura mágica.

Mas até mesmo isso se tornou um desastre quando ele teve que confrontá-la logo após algumas horas onde disse que seriam amigos.

— Mesmo tendo se tornada minha amiga só à algumas horas, já estamos brigando.

O rapaz estava com um ferimento ruim na mão direita enfaixada com o pano da sua manga rasgada.

Não se sabe quanto tempo levaria para coagular o sangue nos machucados. Então tudo o que ele tinha que fazer era deixar seu punho imóvel o máximo possível.

Ele não tinha poderes regenerativos e é provável que nunca venha a ter.

Se machucar aqui significa ficar cada vez mais fraco.

Se machucar muito significaria a morte.

Era assim pra toda a vida e não seria diferente para ele, afinal Sado Yasutora era um jovem normal. Nasceu como qualquer um e tem necessidades como qualquer um.

Era assim que ele era.

E mesmo sabendo disso...

— Não é por isso que eu vou deixar de nos tirar daqui. Sair desse looping insano e voltar ao cotidiano normal. Eu sei que sou fraco. Eu sei que não sou super inteligente e nem tenho poderes secretos para me ajudar em uma batalha. Tudo o que eu tenho... É esse punho.

Sua mão boa exposta ao olhar azul da menina que enxergava tudo por um único olho esquerdo.

— Mas sabe o que eu penso? Que aqueles protagonistas de histórias mais fortes do que eu, ou até menos capazes do que eu, não desistiriam só por causa de uma única mão machucada!

Sim, era daí que ele tirava fogo para combustível. Sua determinação vinha dessas fantasias.

Porque...

— Eu não tive um pai para me espelhar ou um tio do qual eu possa me orgulhar, por isso tudo o que eu vejo como imagem de alguém persistente e forte são os heróis de histórias escritas por pessoas do qual eu nunca vi o rosto e nem o estilo vida! É a mensagem por trás deles que eu uso como motivador!

Ele estava cansado.

Sua mente estava em ativação e perigo constante a mais de 16 horas desde que os loopings começaram.

Ele perdeu todo o seu sábado voltando e voltando e esse dia de fim de semana parecia nunca terminar.

O brilho da noite nunca chegou ou parecia nunca chegar.

Ele cortou todo o punho quando estava lutando ferozmente pela sua vida e a persistência em não desistir já estava mostrando a ele o seu limite humano.

Porém, Sado não pensou que deveria largar tudo de vez só porque doía.

Ele sabia que se conseguisse livrar a menina do controle mental, tudo poderia estar nas mãos dela.

Talvez ele confiasse tanto nela que pensou em se arriscar à vontade enquanto podia, pois a menina iria consola-lo como fez uma vez no escritório da firma com Tsukiama.

Talvez Sado também quisera aquele tipo de consolo...

— ...Não há como voltar atrás.

Para salvá-la. Não... Para salvá-los ele deu um passo em frente.

Sado tinha que tocar aquela menina.

Reduzir a distância entre os dois era o essencial.

— E é isso o que eu vou fazer sem me segurar!

Mordendo os dentes suportando a dor e cansaço físico, Yasutora Sado chutou o chão daquele terraço altíssimo e avançou com toda a força dos seus músculos cansados e doloridos.

Yuki — sua oponente nesta situação — moveu uma sobrancelha de surpresa e como contra medida elevou seu braço direito, mirando no menino com a palma aberta.

— Água.

Era apenas água.

De sua palma branca, um vórtice de água se formou à partir de meras partículas d'água em um único ponto, e dali, como uma mangueira de bombeiro super potente, capaz de arrastar pessoas inteiras com a potência, uma torrente fresca de água emergiu.

Na perspectiva científica da Realidade, Yuki modificava átomos e partículas ao seu bel prazer, modificando o mundo conforme desejava.

Na visão enigmática da magia, ela usava seu "mana" espiritual para produzir tal efeito na realidade.

Seja o que fosse, os dois pontos chegavam a mesma conclusão.

Um mar de água bem real.

Aquele vórtice aquático foi em direção ao garoto que pretendia diminuir cada vez mais a distância.

Ele não queria se molhar e muito menos sofrer danos com o ataque dado pela Yuki controlada.

Porém, suas pernas estavam tão rigidamente empenhadas em seguir reto e apenas reto, que ele não conseguia sequer pensar em desviar.

Por isso arriscou como um louco que dava tudo de si sem mais e nem menos.

Se da palma dela saía algo que ele relacionou como magia de água, então da sua palma boa...

— Faker!

Quando a sua mão entrou em contato com a torrente de água, o atrito instantâneo fez o ataque explodir.

Não só se dissipou a magia por completo e agora começou a chover pequenas gotas no terraço, como também impediu que Yuki controlada usasse mais uma vez seguida, como um bloqueio supremo.

Ela pareceu surpresa com isso, como se não esperasse tal desfecho anormal.

Como se nunca tivesse visto de perto o Faker de Sado Yasutora...

Ela tinha o subestimado? Não... Não foi ela quem esboçava essa reação, mas sim a entidade por de trás de tudo isso.

Sim, aquele ser nunca tinha se deparado com nenhum tipo de efeito mágico do qual Sado tivesse a chance de demonstrar sua capacidade.

Ele retornava no tempo, mas não se impedia de retornar. Ainda estava suscetível à mudança temporal, por isso pensou ser apenas um anômalo com tal resistência.

Mas a anulação do ataque mágico foi de fato algo novo para o seu oponente repugnante.

E por isso não conseguiu impedir que o jovem chegasse perto o suficiente. Erguendo aquela palma, Sado visou tocar a testa de Yuki que enxergava tudo com apenas um olho aberto.

Um único toque e seria o fim.

Um único apalpar na cabeça ou ombros da menina e tudo acabaria.

— Uh...!?

Entretanto, quando desferiu o tapa, o corpo leve da menina desviou para o lado em um salto com uma rajada de vento.

Sado errou o toque e se desequilibrou dando pequenos tropeços no chão cuidando para não cair rolando.

Nesse grande descuido considerado de amador em lutas...

— Ar.

Era apenas ar.

Com ambas as mãos, Yuki controlada desenhou um formato de "X" com os braços como quem joga algo das palmas vazias.

Aquilo invisível foi em direção ao garoto, rasgando o ar em alta velocidade como uma serra.

Não daria tempo de se virar com o torço e anular com seu braço bom.

Reconheceu esse som da vez em que lutou contra Fenícia Silver Wite, a maga da lança e do ar, e viu o desempenho de Yuki.

Sado nunca tinha anulado esse tipo de ataque mágico. Ataque cortante tão fino e afiado quanto uma lâmina damasco.

O que aconteceria com seu corpo caso o seu Faker não tivesse efeito?

Rangeu os molares com seu pensamento idiota e suicida quando...

— Faker!

Girou o torço infringindo um chute nos ventos cortantes.

Algo se quebrou, pois houve barulho.

Sado rezou para que não tenha sido seu pé estraçalhado no meio, mas...

Estilhaços de algo invisível pareceu se espalhar pelos lados. Sem dor e sem sangue, ele pôs o pé firmemente no terraço novamente.

— Caramba! Eu apostei forte nessa! Quando lembrei que meu Faker me protegeu até mesmo de uma lança mágica enorme, coloquei minhas esperanças nesse chute e me defendi do ataque de ar. Funcionou! Sorte a minha, hehe!

Não sentiu dor alguma quando foi atacado pela lança mágica de metal e o mesmo efeito ocorreu quando lutou contra centenas de mãos físicas, porém mágicas.

A sensação era sempre a mesma — parecia chutar uma bolha de sabão com o tênis à força máxima. Era estranho e nada digno da palavra fenomenal.

— Meu Faker pode até ser bem incrível, mas chega a ser broxante quando ele não tem toda essa emoção de "ataque secreto", ou algo assim.

Não que Yuki controlada fosse o parabenizar ou sequer o responder por isso agora.

Na verdade, tal foi sua resposta:

— Chamas.

Eram chamas do mais profundo inferno escaldante.

Com a palma estendida, a menina produziu um enorme incêndio e jogou aquilo em direção do Sado como bolas de fogo.

Uma veio reto e ele chutou com confiança.

O ataque se dissipou sem causar efeitos em lugar algum.

Então outro veio, sucessivamente, de cima, caindo em parábola.

— Merda!

Ele socou a esfera escaldante como se aquilo não fosse capaz de carbonizar um corpo humano instantaneamente.

Mesmo que não funcionasse no Sado, ele percebia que essas chamas eram muito mais superiores das que Maxuel produziu no corredor do hotel.

Yuki era incrível. Tão pequena e de aparência adorável... Até mesmo essa aparência conseguia se portar seriamente quando quisesse.

Terminando de dissipar as duas chamas...

— !?

O vulto da menina já estava abaixo dele. Ele nem ouviu os passos dela se aproximando. Tudo aquilo foi uma distração?

Com uma mão ruim. Uma mão boa distraída e dois pés colados no chão, o que o garoto poderia fazer agora?

Seu cérebro não teve tempo para raciocinar.

— Guahg!!

O pequeno punho dela, branco e de aspecto delicado, afundou no estômago de Yasutora Sado, o que lhe fez revirar todos os órgãos internos e expulsar todo o ar dos pulmões.

"Punho delicado? Isso é mais pesado do que ser acertado por uma marreta!"

Ela retirou o punho e deu alguns passos para trás.

Tremendo ainda sem ar, Sado mantinha um aspecto curvo. Doía a ponto de querer cair de joelhos e chorar. Seu corpo pedia por isso. Suas pernas exaustas pediam por isso.

Ele estava indo contra todos os limites de seu corpo sedentário, não respeitando os chamados ambíguos do mesmo como as dores nas articulações e o zumbido no ouvido esquerdo — seu corpo avisando de que ele não deveria mais continuar.

Mas ela estava tão próxima. Tão, tão perto.

O garoto estendeu sua mão boa bem aberta para toca-la.

Tinha que chegar até ela. Tinha que salvá-los.

— Y-Yuki...

O olhar da menina era vago. Um olhar azul semiaberto direcionado à ele. Tinha aparência de Yuki. Mas a mente...

Ela disse que estava com 1/3 da consciência? Certamente a mente mais poderosa aqui era a dela. Se ele ao menos alcançasse tal espaço na consciência da menina...

"Por favor... Por favor, Yuki, eu peço..."

A mão dele foi estendida diante daquele olhar.

Havia alguma razão nisso? Era só dar mais um passo ou dois e tocava nela. Seria o fim se fizesse isso.

As pernas tremelicando mais do que cansadas. Mais pesadas do que chumbo ao tentar movê-las dali.

O olhar cansado e angustiante dele refletiu naquela íris celeste.

Então, a palma dela se ergueu e foi em direção à mão dele.

Ela estava obtendo o controle de seus sentidos?

Sado sentiu uma fagulha de alegria, alívio e esperança começar a nascer dentro do peito.

Mas...

— Huh!?

Um som de estalo. Mão dolorida.

Yuki deu um tapa na mão boa do garoto, livrando o caminho.

Sim, ela estapeou sua mão.

Logo em seguida, enquanto o cérebro do jovem processava isso, foi surpreendido com um soco na face.

— Uhg!

E outro, vindo do outro lado.

— Ahg!

E outro. E outro. E outro. E mais outro.

O som de abater carne ecoava junto dos gemidos quase berros do jovem.

Sangue gotejou para todos os lados em que os socos eram direcionados.

Sua visão ficou embaçada e ele enxergava linhas de tão rápido que estava sendo atingido.

Bochecha rasgando. Capilares nazais se rompendo. Lábios cortando com o atrito da mão e dos dentes.

"...."

Ele caiu para trás sem qualquer apoio.

A sensação dura de bater com as costas e a nuca no chão foi a pior de todas.

Não, o pior iria começar logo em seguida quando...

— ...

O corpo pequeno e magro da menina sentou em cima dele.

Com o olhar todo doído, Sado girou a cabeça para vê-la.

A visão que teve antes de tudo começar a girar e virar linhas novamente em seu campo de visão foi a do sol um pouco inclinado no céu e o punho de Yuki bem fechado com um rosto neutro sem qualquer sentimento de compaixão.

E ele apanhou.

Ele apanhou muito.

— Uhgv...! Ahg...!

Nunca tinha levado tantos golpes em toda a sua vida. Era uma saraivada de socos e mais socos quebrando seu nariz novamente e retirando um de seus dentes.

"O que é isso!? O meu Faker não surtiu efeito algum? Como...? Mas como não fez nada!?"

Os ataques violentos pareciam ficar mais lentos.

Sim, estavam mais lentos. Mas isso era só a percepção destruída de um Sado que se tornou saco de pancadas.

O som dos impactos parecia abafado conforme sua consciência era tragada para algum lugar distante.

"Caramba... Isso é ruim, muito ruim. Se continuar assim eu definitivamente irei morrer. Mas não consigo me mexer. Não consigo nada exceto continuar apanhando."

— ....

"Ela não vai parar nunca? Eu irei morrer se continuar assim. Irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, Irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, Irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, Irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, Irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, Irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer, irei morrer......"

O último soco, com punhos sujos de sangue, então foi disparado.

"....."

Ele morreu? Estava morto?

Não sentiu o ataque que com certeza deveria vir.

A razão disso, não ficou clara para ele naquele momento, devido às condições que se encontrava.

Mas houve uma voz cheia de energia, culpa e indignação que parou aquele punho.

— Eu não vou deixar que você continue machucando ele assim!!!

"...Quê tá rolando....?

Puxando dolorosamente a consciência de volta, o rapaz jazia com o rosto grudado no piso do terraço.

Ele ainda tentou abrir um olho inchado para ver que havia parado o ataque da morte que nunca veio.

Nem mesmo ele sabia como que ainda continuava vivo após aqueles socos pesados e consecutivos.

— Q-quem... Tá aí...?

Só ele ouviu essa voz inaudível que saiu fracamente da garganta.

Não havia ninguém ali. O braço de Yuki estava parado no ar.

Não havia ninguém. Ninguém.

Ao menos, do qual os olhos de Sado consiga identificar.

Yuki controlada virou o rosto para a direção que sentia seu braço ser segurado por uma força invisível.

— Devolva meu corpo! Eu sei que você me ouve!

Uma voz que não foi ouvida pelo garoto saiu como vento sereno, mas coberto de indignação.

E, do nada, o corpo de Yuki saiu voando pelo terraço como que é jogado por uma bala de canhão.

Ela bateu as costas no parapeito baixo daquele terraço, feito de concreto e permaneceu imóvel.

Quem ou o que fez isso?

"Quem? Quem?"

— "Não se preocupe, Sado. Eu estou aqui."

Essa voz. Essa sensação que pegava na mente.

"Yuki?"

— "Sim! Estou com metade da minha consciência aqui, mas não deixei ele me controlar! Estou no Plano Astral, o plano não físico. Eu saí do corpo verdadeiro e consegui te encontrar após tantas passagens! Que bom!!"

"Hehe... Você sempre me surpreende... Vai voltar para o seu corpo? Por favor faça isso logo."

— "Aquele ali não é o meu corpo. É uma copia de acordo com a suas memórias e possibilidades sobre mim. Mas não se preocupa, eu já arranjei um corpo novo. Acho que poderei usá-lo."

Nisso, um brilho opaco de algo se formando em plena luz do dia foi deslumbrado pelo Sado com visão ofuscada.

Algo estava emergindo dali, ele sabia disso. Algo extraordinário iria se formar dali.

Então...

Tudo escureceu para Sado Yasutora do qual não chegou a ver a nova forma provisória de Yuki, a original.

>Bem, aqui é o autor novamente. Sinto muito pelo atraso. Recentemente estive me sentindo péssimo e por isso não pude escrever nada! Era um desgaste mental misturado com alguma falta de motivação agressiva. Bem, espero que voltemos ao ritmo normal! Aguardo a todos no capítulo 8!


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