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60% Reviver / Chapter 3: 3

Bab 3: 3

Me encaminho para a porta principal da reitoria, mas paro ao perceber que sei exatamente com quem eu posso comemorar o novo cargo. A secretária gostosa do Charlie. Olho para trás e a vejo a olhando pra mim sob os cílios. Quando ela percebe que a peguei em flagrante, abaixa o olhar para o que estava fazendo no computador.

— Sabe, você ainda não me disse o que vai fazer hoje à noite. — caminho em sua direção, dou a volta na mesa e me abaixo perto da sua cadeira.

— Isso é porque você ainda não me perguntou. — ela sorri provocativamente para mim.

— Bom é isso, eu queria saber se eu posso. — meu modo sedutor está ativado. Vamos lá.

— Trabalho até depois das seis.

— Ótimo. Posso te pegar depois que sair?

— Tudo bem. Espere um pouco... — ela junta as sobrancelhas — Estou me saindo muito fácil não acha? Talvez eu devesse ser um pouco mais difícil, afinal acabamos de nos conhecer.

— Não é necessário, — eu bufo — eu quero e você também quer, não precisamos de um joguinho de gato e rato.

— Mas assim você não vai me achar fácil demais? — ela pergunta quase se arrependendo de ter aceitado tão prontamente. Oh não, não vem com essa.

— Não, garota. Na verdade gosto das mulheres que mostram de cara o que querem, assim como você. Não se tem tempo a perder na vida escondendo o que se deseja, não acha? — ela concorda e eu me levanto — Te vejo à noite. Vamos nos divertir muito. Um sorriso diabólico se arrasta por meus lábios com a oportunidade de sexo hoje.

Quando saio da reitoria ando quase correndo pelo campus para alcançar a sala de aula a tempo de não estar muito atrasado. Entro na sala dos meus agora ex-alunos que conheci ontem para lhes dar a informação e sou muito breve. Corro para a outra sala e faço o mesmo com a primeira turma que peguei aqui na universidade e eles ficam desapontados com a minha saída, mas não posso fazer nada, a oportunidade que eu estava esperando apareceu e eu não posso recusar. Quando saio uma aluna me para no corredor.

É a mesma que tinha "dúvidas" ontem e que me tomou quinze minutos. Ela pergunta se podemos nos ver hoje novamente após as aulas, mas eu informo que fui transferido de turma e que agora ela terá que tirar suas dúvidas com outra pessoa. Aparentemente o idiota do Alex. Ela não gosta nada da informação, confirmando minhas suspeitas de que a ajuda que ela queria era pra tirar a roupa.

Depois que a deixo no corredor, vou para a sala dos meus novos alunos, me desculpando pelo atraso e lhes informando que serei o novo professor deles. Apresento-me da maneira de sempre e faço meu método de dinâmica para conhecê-los. A hora seguinte é muito agradável, discutimos alguns pontos do meu método de ensino e tiramos dúvidas uns com os outros sobre os assuntos que serão estudados. No fim, os mando estudar três capítulos de um livro para discutirmos na próxima aula.

Durante o intervalo das aulas Robert me liga, eu atendo enquanto como alguma coisa. Ele me fala algo que eu já sabia sobre os ferimentos da Ellen. Eles se encontram em locais estratégicos do seu corpo e por isso ela estava tão dolorida ontem, mas não são graves. Ele me diz que passou alguns medicamentos pra ela e que não aceitará nenhum dinheiro meu como pagamento, o que me deixa puto a ponto de exigir que ele almoce comigo para fazê-lo engolir cada dólar de merda que eu lhe devo. Ele merece ser pago. Rob é um médico e tanto, sempre trabalha até tarde porque é muito dedicado aos seus pacientes. Trabalha em um hospital particular renomado durante o dia e ás vezes dá plantão durante a noite. Já o vi passar 36 horas diretas sem interromper o trabalho. Um absurdo!

Mas ele me diz que não poderá me ver, pois vai almoçar com a Sra. Sullivan e como é do meu feitio, faço piadas safadas em relação a isso, mas ele me manda calar a boca porque não aceita minhas brincadeiras com sua imaculada esposa. Por fim, ele me diz que Ellen estará pronta para o "abate" no máximo até sexta-feira. Fico feliz em saber que no fim de semana estarei perfurando seu hímen e roubando sua virtude para mim.

Ele sugere que eu assuma parte dos cuidados dela com minhas mãos de terapeuta, mas me recuso. Não acho que seja uma boa ideia. A verdade é que não sei se seria capaz de colocar as mãos nela sem fodê-la e então todo esse cuidado médico e remédios estariam sendo em vão.

Faço mais uma piada com ele e a esposa, gargalho e desligo o celular antes que ele possa xingar a minha mãe e toda sua geração antes dela. Vou para a sala, dou aula até meio-dia e então saio pra ir almoçar. No estacionamento eu encontro Andy indo em direção ao seu carro, quando ela me vê, para e vem até mim. Ela, descaradamente, dá em cima de mim, mas eu me faço de inocente. Sorrio por dentro. Eu? Inocente? Só quando o inferno congelar. E diante da sua insistência, resolvo aceitar a oferta mais que generosa. Por que não aceitaria? Ela é muito fodível e está totalmente na minha. Não costumo transar com minhas alunas, mas não sou mais seu professor, então eu posso muito bem trepar com ela aqui e agora, ainda mais levando em consideração meu estado de abstinência de mais de vinte e quatro horas.

Ajo com ela como um animal ensandecido e em pouco tempo estamos perdidos em tesão. Seus gemidos ficam mais altos e rápidos e eu começo a bombear mais rápido dentro dela até que ela goza e logo depois eu. Encosto minha cabeça no vidro do carro em que estamos apoiados. Ela encosta a sua no meu ombro para retomarmos a respiração normal. Quando terminamos, entro no carro e me olho no retrovisor para arrumar o cabelo e a roupa. Ela fica um tempo esperando fora do carro com uma cara de quem esperava mais alguma coisa. O quê? Um beijo? Oh não garota, não depois da transa. Quando vê que não terá nada disso e que eu ligo o carro, ela arruma o vestido e se afasta. Eu sei que ela deve estar pensando "Que tremendo filho da puta", mas quanto a isso não posso fazer nada.

Mas falando sério, isso foi incrível! Eu realmente precisava de um orgasmo. Agora com certeza eu posso esperar até a noite sem sentir minhas entranhas queimarem pela falta de sexo.

Eu a vejo ir para o seu carro olhando para os lados a fim de conferir se alguém nos viu. Que lógica! Agora é que ela se preocupa? Não parecia se importar enquanto gemia no meu ouvido. Eu dou partida e passo por ela abrindo o vidro do carro.

— Foi um enorme prazer garota. — digo piscando um olho — Foi mesmo. — fecho a janela. Em resposta ela me mostra o dedo do meio.

Por volta das três da tarde eu saio da minha clínica pra ir ver Robert. Quando entro em seu consultório, sua cara não é muito boa.

— Oi Rob.

Eu me sento e observo ele mexer em seu computador por alguns minutos. Nenhum dos dois fala nada. Será que ele está com raiva de mim pela piada antes do almoço? Deve ser isso. Ás vezes eu simplesmente passo do ponto. Depois de mais alguns minutos eu resolvo quebrar o silêncio.

— Olha Rob, se está com essa cara pelas piadas que eu fiz com a sua mulher, me descu...

— Janeth quer o divórcio. — ele me corta e não há nada em mim que não seja espanto.

— O quê? Por quê? — não consigo esconder minha surpresa.

— Ela ainda não me disse o motivo, só me disse que queria. — ele levanta o olhar e eu vejo meu amigo com os olhos vermelhos.

— Mas Rob, o que houve? Aconteceu alguma coisa que pudesse fazê-la querer isso?

— Esse é o ponto. — ele se levanta exasperado — Não houve nada. Eu não fiz nada, sempre me mantive na linha desde que nos casamos, sempre fiz seus gostos, sempre fiz tudo por ela.

Isso é verdade. Robert é o cara mais leal que eu conheço. Ver meu amigo em tamanha agonia é muito triste pra mim. Gosto da Janeth, mas se ela está fazendo meu amigo sofrer, não posso ter pensamentos bons sobre ela agora. Que porra essa mulher está fazendo? Prefiro me manter calado porque se eu falar sou capaz de dizer algo que o Rob não goste porque sei que ela a ama.

— Não consigo entender, Nick. — continua — E o pior foi seu silêncio. Ela ficou me olhando como se não tivesse dito nada depois que me pediu isso e quando eu perguntei, sabe o que ela fez? Ela não me respondeu, ela não me respondeu, Nick.

— Que droga, cara. Sinto muito. — me limito a dizer, deixando meus pensamentos nada bons apenas para mim.

— Não posso fazer isso Nick. Não vou dar esse maldito divórcio assim tão fácil, ela me deve ao menos uma explicação.

Claro que deve. Eles estão casados desde antes de acabarmos a faculdade. Não presenciei muitas brigas entre eles, Rob sempre foi um bom marido então não entendo como a Janeth pode apenas querer quebrar a porra do seu coração.

— Eu não sei o que está acontecendo com meu casamento, Nick, mas sei que não posso o deixar ir por abaixo assim do nada. — ele parece desesperado.

De repente eu tenho uma ideia.

— Escuta Robert, o que você acha de sair nós dois hoje, como nos velhos tempos? — eu quero levantar o ânimo do meu amigo — Beber todas e ir pra casa lamentando o que bebemos como fazíamos antes?

Ele sorri um sorriso triste e eu fico balançando a cabeça positivamente com os olhos arregalados, fazendo graça.

— Ok Nick, vamos tomar um porre. — seu sorriso triste fica um pouco mais alegre, eu sorrio de volta fazendo um sinal com os dois polegares pra cima.

— Você se importa se eu levar uma garota? — lembro que marquei com a secretária do Charlie.

— Fique à vontade, Nicholas.

Ele concorda, mas está disperso. Não parece estar comigo. É chato vê-lo assim, Rob é um ótimo amigo e sempre me ajudou, mesmo nos momentos em que eu não estava me curtindo muito. Passei por uns momentos terríveis e ele sempre foi quem esteve do meu lado, não posso deixá-lo assim. Vou pensar em algo bem legal pra levantar seu ânimo hoje.

O resto da tarde passa rápido e é muito produtiva. Após as três sessões marcadas para hoje, eu confiro com minha recepcionista os horários dos clientes de amanhã e encerro o dia. Chego em casa o mais rápido possível. Depois de um banho gelado pra tirar o cansaço de um dia de trabalho, me visto, e chamo um táxi. Coloco Linkin Park em aleatório no meu som pra tocar enquanto espero. Melhor não ir dirigindo, vamos encher a cara e não quero acabar no hospital no fim da noite. Três músicas depois o táxi chega e vamos para a Universidade.

O trânsito está bom e  não paramos em sinais durante o trajeto. Apenas alguns quarteirões antes de chegar, o carro para em um semáforo vermelho. Olho pra fora pela janela e vejo as pessoas saindo de seus trabalhos. É quase seis, mas aqui em Miami, o sol demora a se pôr, então muitos saem direto pra praia. Eu sempre gostei muito do mar, pois adorava nadar e principalmente surfar, mas faz um bom tempo que não faço isso. O mar tem seus encantos, mas o fato de eu morar em frente a ele ou não ter ninguém para compartilhar a vista talvez tenha tirado de mim a mágica que ele exerce nas outras pessoas.

O sinal continua vermelho e uma cena me chama a atenção. Vejo uma mulher saindo de uma lanchonete agarrada a um cara um pouco mais alto que ela. A cabeça dela está enterrada em seu pescoço enquanto ele está um pouco inclinado. Ela parece estar falando algo ao seu ouvido. Meus sentidos alertam SEXO piscando em tons de neon e minha raiva borbulha quando vejo que é a Janeth. Droga! Ela está traindo meu amigo com esse cara que está como arroz de festa em cima dela. Porra. Esse é o motivo pelo qual ela quer o divórcio. Ela já tem outro pau entrando nela.

O sinal fica verde e o carro começa a se mover enquanto eu ainda olho atônito pelo vidro. O motorista vira a esquina, mas não antes que eu possa me virar pra o vidro traseiro do táxi e ver a vadia do caralho beijar o filho da puta antes de entrar em seu carro.

O taxi estaciona em frente à Universidade e eu saio para encontrar a secretária ainda com os pensamentos na cena de antes. Quando estou no corredor, vejo-a saindo da reitoria e abro um sorriso estendendo a mão pra ela. Faço meus procedimentos padrões de elogios e primeiras carícias para deixá-la no clima, apesar de parte da minha concentração estar em outra mulher. A porra da mulher do Robert. Tenho que contar a ele o que eu vi, ele tem que saber que a vadia da mulher dele está lhe pondo um belo par de chifres. Mas como farei isso? Se eu contar ele vai sofrer muito, mas seu eu não contar vou ficar com isso me corroendo por dentro. Pior, se ele descobrir por alguém e souber que eu não lhe disse nada, talvez ele não me perdoe. Eu preciso contar. Mas preciso falar com a puta antes de tudo.

Sinto uma mão massageando minha perna. Olho para o lado e me lembro de que tenho companhia. Ela na certa está tentando chamar minha atenção já que me fechei como uma concha quando entrei no carro. Começo a conversar com ela sobre meus planos para a noite, e após um breve momento de equívoco onde ela entende mal o fato de eu dizer que chamei um amigo meu para a nossa festinha, ela se abre pra mim por completo.

Estamos em frente a boate esperando pelo Robert. Espero que ele não cancele. O som que vem lá de dentro é alto e com uma batida eletrizante. A garota ao meu lado já está batendo os pés no ritmo da música, que é realmente contagiante. Mais alguns minutos e o Robert aparece vestido casualmente.  A sua camisa deixa exposta sua tatuagem de serpente que toma quase todo o braço, enrolada desde o início do punho com a calda até o ombro onde está a cabeça. Com essa roupa,  a tatuagem, o cabelo espetado e a barba de alguns dias por fazer, ninguém diria que é um médico. Nos cumprimentamos e eu quase cometo uma gafe ao não saber o nome da garota, mas escapo por pouco quando ela mesma se apresenta ao Robert.

Lá dentro o som está de estourar os ouvidos e logo nos é apresentada uma mesa redonda pequena com cadeiras altas que deixam nossos pés balançando quando estamos sentados.

— Uma rodada de tequila. — grito para o garçom por cima da música e ele concorda.

— E então, Nicholas me contou que está com alguns problemas. — Allison começa puxando assunto. Contei?

Robert olha pra mim pra mim com um olhar "ah, é mesmo?". Eu encolho os ombros.

— Só disse que você estava um pouco mal e que não seríamos apenas nós dois. — Ele sorri e balança a cabeça.

— Bem, não é nenhum segredo, Nick, tudo bem. — então ele olha pra ela e continua — Sim, estou com alguns problemas e meu bom amigo me chamou pra um porre, espero que não te incomode.

— Oh claro que não, e desculpe ter sido tão indiscreta logo de cara.

— Tudo bem.

O garçom traz nossas bebidas e mais algumas depois dessa durante a noite. A conversa flui confortavelmente entre nós três. Rimos e contamos alguns "podres" uns dos outros. Em nenhum momento, menciono a vadia da Janeth, Rob parece estar se divertindo e eu não quero colocá-lo pra baixo. Por um instante me permito imaginar que Robert dará o troco nessa cadela e sorrio comigo mesmo. Mas ele não o faria, ele é muito leal.

É quando percebo que há uma gata morena com cabelos em estilo chanel e um vestido curto "foda-me" muito interessada no meu amigo. Não custa nada tentar. Sem que Robert e Allison percebam eu aceno a cabeça pra garota, apontando pra ele e ao mesmo tempo perguntando "você o quer?". Ela concorda com os olhos cheios de malícia e eu sorrio confirmando.

Tento empurrar o Robert pra cima da garota foda-me, mas ele não se mostra interessado. Muito menos quando Allison dá uma de intrometida e fala o quanto é errado eu estar jogando meu amigo casado pra cima de uma qualquer. Curioso, pergunto como ela sabe que ele é casado, já que eu não disse nada a ela sobre isso.

— Talvez seja porque ele está usando uma aliança na mão de casado.

Eu e Rob nos olhamos e seu olhar cai na mesma hora. Aí está. Janeth dominou seus pensamentos nesse momento, tenho certeza. Ora foda-se isso! Passei a noite toda evitando o assunto pra essa garota vir aqui e foder com tudo.

— Não serei casado por muito tempo. — Rob fala, amargo.

Ela o olha sem entender e então olha pra mim, questionando. Estou com a cara fechada. Com raiva mesmo.

— Ele a esposa estão se divorciando. — mordo a língua pra não falar o que vi no fim da tarde — Eu o chamei pra beber pra esquecer tudo isso. Obrigado por lembrá-lo. — eu disparo irritado.

— Oh me desculpe Robert, eu não... — ela põe a mão na boca.

— Tudo bem, você não tinha como saber — Rob apazigua — Não seja tão ranzinza, Nick. A pobre garota estava em desvantagem no assunto.

Eu concordo e me desculpo pela explosão com Allison. Espero que o incidente não acabe com minhas chances de trepar com ela hoje. Mas não quero pensar nisso agora, quero que Rob vá até a senhorita "estou a fim de te foder" e a leve pra um quarto de motel, um beco escuro, ou até mesmo o banheiro daqui da boate. Mas ele não aceita de jeito nenhum. No fim, apenas pedimos mais uma rodada de bebidas e outras logo depois.

Nos despedimos do Rob quando chegamos ao complexo de apartamentos onde ele mora e vamos direto para a praia. Não digo à Allison que moro a poucos metros daqui, parte por não a querer na minha casa, parte por ter uma ideia bem excitante: transar na areia sob a lua.

— Então essa é a sua ideia de romantismo? — pergunta ela olhando para o mar — Embebedar uma garota e depois levá-la até a praia e comê-la?

— Não é uma ideia romântica. É apenas uma ideia excitante. — digo a verdade sem rodeios. Não há nada de romantismo nisso. A verdade é que a possibilidade de alguém nos ver me excita pra caralho.

— Ideia exci-exci-excitante, é isso? — ela parece bem bêbada, já que está falando como se não conhecesse as palavras.

Sorrio e me sento na areia puxando-a sobre o meu colo. Quando ela está montada em cima de mim, eu ataco sua boca com fervor o suficiente para fazer evaporar a água do mar, se estivéssemos lá. Será uma bela noite sob a lua.


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