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89.56% Você Foi Humilhado! / Chapter 103: Capítulo 82 de 16 - Eu sou uma fracassada!

Chapter 103: Capítulo 82 de 16 - Eu sou uma fracassada!

Todas as lutas haviam atingido seu ápice, mas, no quartel-general, a situação permanecia crítica para os defensores. Dos muitos soldados que lá estavam, restavam apenas dois.

— O que escórias humanas como vocês irão fazer? Vosso ace já era! — declarou enquanto aproximava do corpo da Carmine.

Ao perceberem a situação, os soldados se aproximaram rapidamente para proteger sua comandante.

— Senhorita Ui, não se preocupe, juntos vamos vencer — proclamou o soldado chamado Shiro.

— Hum?

— Sim, senhorita Ui, nós os irmãos defensores podemos ajudar — complementou o outro denominado Tompei.

Os dois, conhecidos por serem gêmeos, eram quase indistinguíveis, a não ser por quem convivia com eles de perto. Suas feições refletiam uma simetria impressionante, como se fossem cópias perfeitas um do outro. Ambos tinham olhos intensamente negros, que pareciam esconder uma firmeza silenciosa, e seus cabelos, igualmente escuros, caíam desordenadamente após longos dias de batalha. 

A pele, de um branco quase etéreo, lembrava a palidez do mármore e destacava-se ainda mais sob a luz fraca que penetrava o quartel. A quem olhava de longe, eles poderiam facilmente ser confundidos como uma única pessoa, reforçando ainda mais o vínculo que os unia tanto no sangue quanto no campo de batalha.

— Afastem-se humanos, aquela mulher é minha presa.

— Não nos subestime, somos conhecidos por enfrentar Max e Izumi! — declarou Shiro.

— É?! Somos muito fortes!

— Seus!!!

Avançou para o ataque, mas Shiro, com um movimento rápido, balançou sua espada em um corte horizontal. Karma reagiu com agilidade e inclinou o corpo para trás e esquivou-se por pouco. No entanto, enquanto isso acontecia, Tompei, sem perder tempo, já estava em movimento. Ele deslizou rapidamente por baixo das pernas de seu irmão, como se estivesse surfando sentado e replicou o mesmo corte de seu irmão com precisão.

O demônio, ainda concentrado em evitar o golpe, mal teve tempo de perceber a presença de Tompei, que se posicionara exatamente no ponto cego de sua visão. Sem notar a ameaça vinda de baixo, uma de suas pernas foi profundamente cortada, enquanto a outra foi gravemente ferida.

— Droga, foi quase ambas — reclamou.

— Seus humanos inferiores!

O outro, que estava logo atrás, não esperou nem um instante para o demônio perceber que havia sido ferido ou caísse no chão. Antes mesmo que pudesse reagir à dor, Shiro já havia apoiado um pé no ombro de seu irmão e impulsionou-se para o alto com agilidade. No ar, ele desceu rapidamente com a espada em punho, pronto para finalizar o golpe mortal.

Contudo, Karma estava mais atento neste momento. Apesar do ferimento nas pernas, ele ergueu suas mãos em um gesto rápido e cruzou-as como se estivesse em oração, bloqueando o corte no último segundo, enquanto o impacto ressoava no campo ao redor.

— Não se empolgue criatura ridícula!

Enquanto fazia força para afastar as lâminas, Tompei, sem perder tempo, já deslizava pelo chão com a espada esticada à frente. Com precisão inexorável, ele cravou a lâmina profundamente entre as pernas do malquerente. Mesmo assim, o inimigo reuniu forças suficientes para afastar Shiro com um empurrão feroz.

Mas Tompei, com um grito de pura determinação, ergueu o inimigo no ar e impulsionou-o com sua espada. Em um movimento brutal, balançou o corpo e o cortou com violência. O outro irmão, vendo a oportunidade, não hesitou. Com um golpe rápido e calculado, desferiu um corte horizontal.

No entanto, no exato momento em que as lâminas se aproximavam, o alvo desapareceu repentinamente e sumiu como se jamais estivesse estado ali.

— Incrível, esses gêmeos são fortes — disse Ui incrédula.

— Insetos iguais.

— Irmão, ele escapou do nosso combo.

— Era de se esperar de um demônio, mesmo enfraquecido, ainda é muito forte.

Do outro lado do quartel, os irmãos avistaram Karma de longe. Sem perder tempo, começaram a correr em sua direção. No entanto, antes que pudessem alcançá-lo, o capeta já havia se regenerado por completo. Em um piscar de olhos, desapareceu novamente, surgiu ao lado de Tompei e surpreendeu-o com um golpe giratório semelhante a um movimento de capoeira.

Ao ver seu irmão atacado, reagiu imediatamente. Ele desferiu um corte vertical, mas o inimigo, constantemente ágil, esquivou-se para o lado e contra-atacou com um gancho de direita. Sem hesitar, saltou em direção ao alvo, disposto a matá-lo.

Contudo, antes que pudesse completar o ataque, algo o atingiu inesperadamente e interrompeu seu movimento no ar. Desorientado, quase caiu ao chão, mas antes que pudesse se recompor, Ui apareceu de surpresa e o atingiu com uma voadora devastadora. O impacto foi tão forte que o fez ser arremessado para longe e colidiu violentamente contra a muralha da cidade.

— Belo combo, inseta.

— Obrigado, Ziro!

Os gêmeos se levantaram, ainda ofegantes, e se aproximaram dos dois. Em uníssono, disseram:

— Me desculpe.

— Não se preocupem, com nós quatro, vamos vencer! — gritou bem convencida.

— Certo! — respondeu ambos os irmãos.

Enquanto isso, à distância, o demônio se levantou, as veias pulsava em sua cabeça, visíveis sob a pele, um sinal claro de sua fúria desenfreada.

— Humanos insignificantes!!! Matarei a todos!!!

Começou a correr rapidamente em direção a seus alvos e desapareceu em um instante. Ao reaparecer, estava diante de Ui e desferiu um chute poderoso que a lançou pelos ares, fazendo-a perder o equilíbrio.

Os outros, tentaram atacar, mas Karma havia se esvaído novamente, manifestou atrás de cada um deles e desferiu uma série de golpes rápidos e implacáveis. A única exceção foi Ziro, que, ágil e veloz, conseguiu evitar os ataques.

Enquanto isso, Ui, que havia sido arremessada para longe, caiu firme e correu de volta para o campo de batalha. Sem hesitar, ela tentou desferir outra voadora.

— De novo a mesma técnica? 

— Droga! — reclamou.

Os irmãos, ainda no chão, se levantaram com dificuldades, cada movimento exigia um esforço considerável. Apesar dos ferimentos que deixavam seus corpos cansados e doloridos, a vontade ardia em seus olhos. Eles trocaram um olhar resoluto, prontos para continuar a luta.

— Inseta, não se abale. Juntos venceremos!

— Demônio herege? És o único que não terá uma morte tão fácil.

— Tente se puder, inseto!

Lançou-se contra Ziro com uma fúria desenfreada, mas, para sua frustração, não conseguia atingi-lo nem uma única vez. Inseto se movia com uma velocidade sobrenatural e esquivou-se de cada golpe com facilidade, enquanto contra-atacava rapidamente. No entanto, a velocidade dele era sua única vantagem. Seus ataques, embora rápidos, pareciam ineficazes, especialmente seu veneno, que não surtia efeito algum.

O alvo, sendo um demônio, era imune a toxinas desse tipo, e isso apenas alimentava sua vontade. A luta tornou-se um jogo de gato e rato, com a presa dançando ao redor de predador, mas sem conseguir causar danos reais, enquanto o malquerente se tornava cada vez mais irritado e buscava uma brecha para desferir um golpe mortal.

— Inseto maldito. Aproveite enquanto pode, porque quando eu me recuperar totalmente, você morrerá.

— Só sabes falar, inseto tagarela.

— Continue palavreando enquanto pode. No final, vencerei. Nem aquela mulher foi párea para mim, e não será um inseto como você que me derrotará.

— Não entenda errado, inseto. Serei eu e minha parceira.

— Parceira? Tá mais para um fardo.

Ao ouvir a situação, ela decidiu se juntar à luta, determinada a ajudar. No entanto, na dinâmica feroz do combate, sua presença parecia quase irrelevante. Cada ataque que desferia era facilmente esquivado, que se movia com uma agilidade sobrenatural. Mesmo com seus movimentos de desaparecimento e reaparecimento, ela não conseguia fazer frente à ferocidade.

Ele parecia ignorá-la e focava no Ziro, o que tornava a luta ainda mais frustrante para ela. A cada tentativa frustrada de atingir seu oponente, ela sentia sua determinação se esvair, mas não desistiu. Sua vontade de proteger os irmãos e enfrentar o malquerente a impulsionava, mesmo quando seus esforços eram ignorados como meras sombras no calor da batalha.

Izumi, me dê forças para vencer!

O malquerente, cansado de desviar dos ataques e frustrado com a resistência do inseto, decidiu mudar sua estratégia e priorizou Ui como alvo. Em um piscar de olhos, ele se lançou em direção a ela, determinado a acabar com a ameaça que representava.

Apesar dos esforços dele para intervir e proteger sua companheira, não foi suficiente para deter o furor. Ele desferiu uma série de golpes implacáveis e acertou-a várias vezes antes que Ziro conseguisse posicionar-se adequadamente para contra-atacar.

— Pare, lute comigo!

— Não, primeiro preciso limpar os lixos primeiro.

— Olha, eu vou te matar, demônio!

Ao ouvir o som dos golpes e perceber a fragilidade de Ui, decidiu, finalmente, largou cabelo após ela ter sido golpeada repetidamente. Ela caiu no chão, exausta e ferida, incapaz de se levantar. A dor e o cansaço a deixaram vulnerável, e ela pôde apenas observar a luta intensa.

Izumi, eu sou realmente um fardo?

Lágrimas começaram a escorregar pelo rosto, enquanto sua mente vagava para a última vez em que se sentiu como um fardo, durante a luta de Izumi contra o Fogotrico. A lembrança daquela batalha se misturava com a dor presente, e a sensação de impotência a envolvia.

Novamente, isso se repete… Não importa o quanto eu treine ou quanto esforço eu coloque, no final das contas, eu sempre acabo apenas observando outra pessoa lutar por mim. É frustrante e doloroso sentir essa impotência… Izumi, Ziro, me desculpem por ser tão fraca e… não conseguir me defender. Eu queria… ser mais forte para que vocês não precisassem se sacrificar por mim.

— Olha, hahaha! Sua parceira está chorando.

— Hum?

Lançou um olhar preocupado para ela e, naquele instante, sua atenção se distraiu ao notar as lágrimas que escorria pelo rosto dela. A cena foi suficiente para desviar seu foco por um instante, e o inimigo aproveitou a oportunidade. Com um movimento rápido, agarrou-o pela mão, apertando-o com força.

A pressão das mãos de Karma era implacável e fazia com que ele lutasse para se soltar enquanto tentava ignorar a dor e a pressão.

Olha só, por minha causa, mais uma pessoa vai sofrer as consequências. Eu não consigo parar de pensar que é tudo culpa minha. Izumi, me desculpe, me desculpe de verdade. Eu não quero que você me visse assim. Ziro, me desculpe também; eu sinto que estou te puxando para baixo. E Mito, eu não posso esquecer de você. Me desculpe por envolver você nesse caos. Eu me sinto tão impotente, e a última coisa que não quero é que vocês sofram por minha causa.

As lágrimas começaram a escorregar ainda mais rapidamente pelo rosto a cada vez que ela sussurrava os nomes das pessoas, enquanto assistia horrorizada seu amigo sendo espremido até a morte.

Isso não mudou, desde aquele dia.

Ao Perceber que o inseto havia parado de se debater, abriu as mãos lentamente e deixou o corpo escorregar para o chão. Ele fixou um sorriso desagradável em seus lábios enquanto deixava o alvo cair no chão.

— Olha, um inseto sempre será um inseto.

Ao ver seu amigo caído e inerte no chão, ficou paralisada, como se o tempo tivesse congelado ao seu redor. A angústia a envolveu, e a dor era quase tangível. No entanto, em meio ao turbilhão de emoções, uma certeza começou a tomar forma em sua mente.

Eu sou uma fracassada!


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