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79.13% Você Foi Humilhado! / Chapter 91: Capítulo 70 de 4 - A quanto tempo, irmãzinha!

Chapter 91: Capítulo 70 de 4 - A quanto tempo, irmãzinha!

No extremo leste da cidade de Mangolândia, bem longe de onde um humano pudesse chegar, vivia um tirano. Esse ser costumava se sentar em seu trono, apoiando o rosto no punho das mãos, enquanto observava várias estátuas de demônios e humanos presentes naquela sala.

Ele tinha um rosto sério, possivelmente preocupado com algo, ou talvez essa fosse simplesmente sua expressão habitual. Seus cabelos roxos, que tocavam seus ombros, brilhavam em tons escuros, e sua pele quase branca emanava sombras negras muito finas que percorriam os extremos de seu corpo jovem.

— Karma, faz dias que Kappa não retorna. Aconteceu algo?

— Sim, isso é preocupante. Talvez ele tenha perecido.

— Se for isso, não há muito o que fazer.

O ser chamado Karma, braço direito de Camion, era como uma sombra viva. Cada parte de seu corpo era completamente negra, fazendo com que sua silhueta se tornasse indetectável na escuridão.

De repente, Camion e Karma perceberam passos rápidos que ecoava pelo corredor. A tensão no ar aumentou. Num instante, um raio de fogo destruiu a grande porta que separava o corredor da sala do trono, e espalhava estilhaços e brasas pelo ambiente.

O raio, com uma velocidade impressionante, dirigiu-se diretamente a Camion. Sem alterar sua expressão séria e sem se levantar do trono, ele ergueu a mão com calma e defendeu o ataque, e dissipava a energia com facilidade. No entanto, resquícios de fogo se espalharam pelo lugar

— Karma.

— Sim.

Sem se mover do lugar, ele transformou o ambiente em um vazio escuro, absorvendo os restos do ataque. As migalhas de fogo se espalharam pelo espaço, mas rapidamente foram consumidas pela escuridão. Em instantes, tudo voltou ao normal, sem danos à sala, exceto a porta que havia sido destruída.

Um homem de olhos vermelhos aproximou-se do trono sorrindo e disse: — Droga! De novo não consegui.

— Eu te avisei, Kappa. No meu trono, ninguém se mete!

— Eu sei, por isso achei que ia funcionar.

— Me diga um motivo para eu não te matar agora!

— Eu sabia que ia reagir assim, por isso trouxe ótimas notícias.

— Diga.

— Encontrei o esconderijo do Aaron! — disse sorrindo.

— Pronto, Karma. Prepare-se. Vamos fazê-los sentirem o poder dos meus músculos novamente — disse enquanto se levantava do trono.

— Sim!

— Porém! Ele já foi morto.

— Quê?! Quem fez isso? Não me diga que foi o orgulho?

— Não, foi algo bem menos imprevisto. Foi um grupo de humanos.

— Shashashashasha! Impossível, nenhum humano conseguiria.

— E se eu disser que um dos humanos era mestiço?

O rosto de Camion se fechou em uma expressão sombria mais do que já estava, e ele se sentou novamente em seu trono. Olhando fixamente nos olhos de Kappa, perguntou:

— Não me diga que ele é fruto de um experimento?

— Não sei dizer, mas uma coisa tenho certeza. Aquela criança é mais perfeita do que nós.

Quando ouviu isso, as sombras que percorriam seu corpo começaram a engrossar e se estender ainda mais. Seu rosto queimava de raiva, mas ele inspirou profundamente, suspirou e voltou ao normal. Sua expressão se suavizou e, em seguida, disse:

— Se for o caso. Conheceremos esse ser perfeito. Onde ele está?

— Cidade Mangolândia. Pelo que percebi, ele é um habitante de lá.

— Oh! Um experimento deseja ser feliz? Interessante. Karma, prepare todas as tropas, invadiremos aquele local.

— Sim.

Com isso, Camion começou a enviar legiões de demônios para o leste da cidade enquanto se preparava para o ataque. Durante dias, ele correu em direção à cidade, seu semblante austero e determinado. Atravessava florestas sombrias e campos devastados, ele avançava com a certeza de sua inevitável vitória.

Quando finalmente se aproximou das muralhas da cidade, Camion sentiu uma grande energia se aproximava rapidamente. Um sorriso sinistro surgiu em seu rosto ao perceber que sua presa vinha diretamente até ele. 

No entanto, sua expectativa logo deu lugar à decepção. Aquele ser, que ele esperava ser um oponente formidável, revelou-se abaixo de suas expectativas. Aos seus olhos, a figura que parecia ser a encarnação da perfeição não passava de um fracasso.

Enquanto isso, vários demônios já estavam engajados em uma batalha feroz, tentando derrubar o portão leste da cidade. Contudo, os soldados, com a ajuda do clã Zura, conseguiam conter os ataques usando flechas imbuído de aura. 

Camion observava a batalha de longe, seus olhos percorreriam a cena com uma mistura de desapontamento e irritação. Os demônios, apesar de sua ferocidade, não conseguiam superar as defesas dos humanos. 

Ele esperava uma conquista rápida e esmagadora, mas a visão dos demônios sendo repetidamente repelidos encheu-o de frustração. As sombras ao seu redor pulsavam com sua raiva contida, enquanto ele considerava seu próximo movimento, refletindo sobre a fraqueza de suas forças e a inesperada resistência dos defensores da cidade.

— Isso seria uma defesa? É uma piada perante o poder dos meus músculos. Afastem-se!

Com a ordem, os demônios recuaram, mas os soldados da cidade não diminuíram o ritmo e continuaram a lançar ataques de cima das muralhas. Camion observou com atenção enquanto várias flechas com aura e rajadas de fogo eram disparadas em sua direção.

Ele reagiu imediatamente, e aumentava a potência das sombras que percorriam seu corpo. As sombras se espessaram e se intensificaram, formando uma barreira negra ao seu redor. Com movimentos rápidos e precisos, ele conseguiu defender-se dos ataques coordenados dos soldados. As flechas com aura e os projéteis flamejantes eram absorvidos ou desviados pela barreira de sombras.

— Acham que eu ia deixar vermes destruir minha túnica?

Aproximou-se do portão, seus olhos brilhando com intensidade enquanto se concentrava no seu objetivo. Com um gesto rápido e poderoso, ele fechou sua mão esquerda com uma força imensa e desferiu um golpe no portão.

O impacto foi devastador. O portão, que parecia imponente à primeira vista, revelou-se frágil diante da força. Sob o golpe concentrado de sua mão, o portão pareceu se desfazer como se fosse apenas um véu que cobria a entrada. Os ferrolhos e trancas cederam com um estrondo, enquanto pedaços de madeira e metal voavam.

— Este é o poder dos músculos!

Continuando sua entrada no local, ele observou com indiferença os humanos que encontrou, todos visivelmente surpresos e alarmados com a súbita invasão. Parecia que eles não tinham sido preparados para tal evento, ou simplesmente não acreditaram que o portão pudesse ser destruído após tantos anos.

Quando perceberam que aquele ser não era um homem comum, mas sim um demônio de imenso poder, o pânico se espalhou rapidamente entre eles. Gritos de terror ecoaram pelo local enquanto tentavam fugir desesperadamente. Camion não se preocupou com suas reações, convencido de que, cedo ou tarde, a morte alcançaria a todos.

Vários soldados se lançaram ao ataque, e esperavam resistir à invasão. No entanto, suas tentativas foram fúteis. Com um único soco, Camion perfurava os corpos dos soldados, suas cabeças voava como se fossem meros objetos. 

— Não acredito que isso aconteceu na minha folga. Logo quando deixei minha esposa fazendo aquele almoço especial. Kritina. Venha!

Com o pedido, de longe podia-se ver uma figura vermelha com curvas elegantes voando pelo céu, e aproximava-se do local.

— Me chamou, Miguel? — com uma voz dócil, perguntou.

— Sim, vamos livrar desse problema.

— Interessante. Vejo que tem alguém que talvez aguente o poder dos meus músculos.

 ༺══════════⊱◈◈◈⊰══════════༻

Enquanto isso, ao norte da cidade, Karma liderava o ataque com uma eficiência fria e calculada. Diferentemente do seu rei, ele não precisou destruir fisicamente o portão. Ao se aproximar, algo surpreendente ocorreu: sem aviso, Karma e todos os demônios ao seu redor desapareceram abruptamente diante dos olhos atônitos dos soldados na muralha. 

O silêncio momentâneo foi substituído pelo murmúrio confuso dos defensores, que tentavam entender o que havia acontecido com a inexplicável aparição e desaparecimento repentino.

Poucos instantes depois, a tranquilidade foi rompida quando vários demônios surgiram no quartel. O caos se instalou rapidamente, dando início a uma batalha feroz entre os invasores e os soldados. 

Entre os combatentes, Ui e Mito destacavam-se, suas presenças marcadas pela determinação em proteger o quartel e repelir o inimigo. 

— O que vamos fazer Mito? Eu sinto um calafrio quando vejo aquele demônio.

— Eu não sinto, mas sei que ele é forte.

— Não se preocupe. Cuidaremos disso — disse comandante Zefis.

#55#

No portão sul, Kappa destruiu a entrada sem esforço, sua habilidade com o raio de fogo era inegável. No entanto, ao contrário dos soldados despreparados, o clã Zura já estava alerta e preparado para o ataque iminente.

— Chefe Kata. O que vamos fazer, todos da linhagem primaria sumiram — disse Idalme.

— Ignore isso, eu sabia que eles podiam fugir. Isso dependerá de nós da linhagem secundaria. Os da terciaria não iam conseguir dar conta.

— Entendo. 

— Lá vem os demônios se preparem!

Todos responderam com fervor ao chamado para o combate, lançando-se contra os invasores com determinação. A batalha começou com ferocidade, cada lado lutava para ganhar vantagem sobre o outro. 

No entanto, acima do ruído da batalha, podiam-se ouvir gritos distantes que crescia em intensidade, indicando a chegada iminente de um grande grupo. Kata, ouvindo os gritos crescentes, virou-se incrédulo para trás, seus olhos arregalados diante do que via.

— Não, o que eles pensam que estão fazendo?

Todos daquele grupo pertenciam à terceira linhagem. Se podia sentir a determinação deles em lutar juntos na defesa. Gritos distintos podiam ser ouvidos:

— Chefe, nos deixem lutar!

— Vamos matar todos!

— Essa cidade também é nossa!

Lágrimas começaram a acumular nos olhos de Kata. Ela não podia acreditar que eles confiavam tanto assim nela.

— Chefe, nós confiamos em você — disse Idalme sorrindo levemente.

— Sim… — Ela ergueu a mão lentamente em direção aos olhos e limpando-os com um gesto cuidadoso. — Zura! Mataremos todos!!!!

Enquanto lutavam e eram alvejados pelos demônios, alguns pereciam instantaneamente, enquanto outros, feridos, continuavam a lutar com determinação. Os guerreiros da linhagem secundária demonstravam maior habilidade no combate, enquanto os da terceira linhagem serviam mais como uma linha de defesa.

Kappa, com um raio de fogo devastador, cortou vários demônios com seu inimigo. Alguns conseguiram se esquivar, mas muitos foram mortos naquele ataque ardente. A cena da carnificina deixou Kata em desespero, e ela se ajoelhou diante do peso das mortes.

Dezenas de membros de seu clã foram ceifados em questão de instantes, enquanto outros ficaram gravemente feridos. Kata sentiu-se impotente diante da devastação que se desenrolava diante dela, incapaz de encontrar uma solução imediata para deter a tragédia.

— Kikikikiki! Matei geral!

 Ela olhou para o seu inimigo, disse: — Se afaste Idalme. Esse cara é meu!

Idalme, fervia de raiva, encarou o demônio à frente e proferiu com determinação:

— Vou te apoiar de longe, chefe!

— Sim, faça isso.

Kappa se aproximou ainda mais das duas que permaneciam de pé e disse com um sorriso malicioso:

— Somente vocês duas? Não vão dar para fazer um bom churrasco. Hum?

— Cale a boca!

Ele ignorou completamente Kata e concentrou sua atenção em Idalme. Em um movimento repentino, ele disparou seu raio na direção oposta, usando-o como impulso para se aproximar rapidamente de Idalme. Kata, vendo a cena se desenrolar diante dela, não conseguiu reagir a tempo para intervir.

Idalme, preparada e com a flecha de fogo mirada no rosto do inimigo, não hesitou e atirou, mas o inimigo destruiu com o seu raio. Com determinação, ela manteve sua posição firme. Kappa, com um sorriso de satisfação no rosto, disse com calma enquanto se aproximava:

— Há quanto tempo, irmãzinha!


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