Castiel, percebendo que a conversa estava tomando um rumo inesperado, tomou uma decisão. Sua expressão séria indicava que ele tinha algo em mente para direcionar a situação de maneira mais apropriada. Ele fez uma pausa, reunindo seus pensamentos antes de falar com firmeza:
— Bem. Eu estava falando serio. A minha proposta continua de pé — disse, mantendo um tom respeitoso e calmo.
Seu olhar permaneceu fixo em Kata, transmitindo sua seriedade.
Ela permaneceu em silêncio, mantendo sua guarda alta. Enquanto sua postura demonstrava sua prontidão para agir, caso fosse necessário.
— Vamos, Nita e Miguel.
— Sim, mestre.
— Sim.
Castiel dirigiu-se a Nana, que estava atentamente observando as irmãs.
— Então, Nana, alguma delas já estão falando.
— A outra contínua inconsciente, e essa com quem estou tentando dialogar, é extremamente difícil de se comunicar. É como conversar com um papagaio que repete as mesmas palavras sem realmente entender o significado por trás delas.
— Serio?
— Sim
— Durante nossa luta, ela agia da mesma forma. A que está aqui agora é meio idiota. A outra irmã que sempre tomava as decisões e orientava tudo.
— Idiota! Idiota!
— Isso é um problema. Nita, faça-a acordar.
— Sim, mestre.
Nita se aproximou. Ela estendeu a mão com a intenção de aplicar sua habilidade de cura, mas algo estava diferente dessa vez. À medida que sua energia de cura se manifestava, uma sensação de sobrecarga percorreu o corpo de Nina.
Em vez de alívio, Nina sentiu uma estranha sensação de desconforto e dor, como se a cura estivesse causando danos ao invés de ajudar.
— Arghh!!! O que foi isso? — acordou de repente, sua expressão repleta de desespero e desconforto.
Ela olhou ao redor, tentando entender o que havia acontecido com ela durante a tentativa de cura de Nita. A dor e a sensação estranha em seu corpo eram evidentes em seu rosto.
— Bem-vindo de volta.
— Você, não me diga que é o líder?
— Sim — sorriu.
Nina, ao ouvir a confirmação, sentiu um turbilhão de emoções dentro dela, com destaque para o crescente ódio que estava cultivando. Sua expressão se tornou mais sombria e tensa, e suas mãos se fecharam em punhos, refletindo sua crescente raiva e frustração.
— Não importa o que você faça, eu nunca vou revelar nada sobre o meu clã. Mesmo que isso signifique a minha morte.
— Serio?
Castiel observou atentamente a expressão determinada de Nina, percebendo que não seria uma tarefa fácil lidar com a intensidade de suas emoções. Ele captou o brilho de determinação em seus olhos e compreendeu que ela estava pronta para enfrentar qualquer desafio que surgisse em seu caminho.
— Tente a sorte.
— Tente! Tente!
— Nena, você está bem?
— Sim irmã.
Ele manteve seu olhar fixo em Nina por um instante antes de agir. Ele moveu a mão até o bolso e com cuidado retirou um frasco pequeno, que continha um líquido misterioso dentro. Sua expressão permanecia séria, enquanto ele segurava o frasco delicadamente, como se fosse um artefato de grande importância.
— Vocês não me dão escolha.
— Quê?
Vais mesmo usar isso. Inacreditável, Nana pensou, surpresa.
Ele se aproximou rapidamente dela e, sem aviso prévio, segurou sua boca e tapou seu nariz com firmeza. O choque inicial de Nina logo se transformou em pânico quando ela percebeu que estava sendo sufocada e não conseguia respirar.
Ela começou a se debater freneticamente, seus olhos arregalados e cheios de medo, enquanto ela lutava para se libertar do aperto.
— Calma gatinha, vai ser só um golinho.
O líquido caiu na boca dela enquanto ela lutava para se libertar do aperto. Ela engoliu involuntariamente uma pequena quantidade do líquido, o que fez com que uma expressão de surpresa e apreensão cruzasse seu rosto. Seus olhos se arregalaram ainda mais, e sua luta diminuiu momentaneamente enquanto ela tentava processar o que havia acontecido.
— O que você fez comigo?
— Logo saberás.
Castiel, seguindo a mesma abordagem, aproximou-se de Nena enquanto ela ainda estava focada em observar a situação. Sem dar muita chance para reação, ele rapidamente segurou sua boca e tapou seu nariz, iniciando um novo momento de luta e tensão. Assim como com Nina, Nena começou a se debater com intensidade, tentando se libertar.
Durante essa luta, uma parte do líquido acabou entrando na boca de Nena, fazendo-a engolir involuntariamente. Sua expressão de choque e desespero foi semelhante à de sua irmã, refletindo a surpresa diante da ação.
— Agora só basta esperar.
— Cala boca, seu velho imundo!
— Logo vais amar esse velho.
À medida que o tempo passava, as gêmeas começaram a sentir uma sensação estranha percorrendo seus corpos. Uma inquietação começou a tomar conta delas, acompanhada de um calor crescente que se espalhava por suas peles.
Seus rostos ficaram vermelhos, e elas começaram a se tocar, explorando suas próprias partes íntimas repetidamente, como se estivessem tentando entender o que estava acontecendo.
— Desgraçado, o que fizeste conosco.
— Bom, a porra funcionou. Nana e Nita me sigam. Miguel, fique de olhos nelas.
— Sim, senhor
— Sim, mestre.
— Sim.
Castiel começou a caminhar em direção ao próximo estágio de seu plano.
— Esperem!
Kata e seus alunos não perderam tempo e começaram a correr em direção do líder, percebendo a urgência da situação. Seus passos eram rápidos, refletindo a importância do momento e a necessidade de intervir.
— Que foi meu amor. Já se decidiu?
— Sim, mas tenho uma condição.
— Qual?
— Eu aceito casar com você, mas tens que salvar a minha família.
— Entendo. Mas acho que estás entendendo algo errado.
— Quê?
Castiel se aproximou rapidamente dela e, antes que ela pudesse reagir, a envolveu em um abraço firme.
— Me solta! Me deixe em paz! Me larga agora! Desgraçado! Não pense que sou uma mulher fácil. Larga!!!
Kata tentou se afastar e resistir, mas seus esforços foram em vão diante da força dele. Conforme o tempo passava, ela parecia perceber a futilidade de lutar contra ele e, gradualmente, sua resistência cedeu.
— Isso não é uma exigência. Se você apenas pedisse, eu faria qualquer coisa por você. Meu amor — murmurou.
As palavras fizeram com que Kata se sentisse envergonhada e sem jeito. Seu rosto começou a ficar vermelho, traído pelas emoções que ela estava sentindo. A confissão dele a pegou de surpresa, e sua reação visível revelava o impacto dessas palavras em seu interior.
— Se-se-serio?
— Sim. Então não se preocupe. Todos do seu clã. Eu libertarei.
Ela permanecia indecisa em relação à situação, sentindo-se em conflito sobre qual decisão tomar. Ela reconhecia que, nesse momento, só tinha Castiel em quem confiar para ajudá-la a determinar seu destino.
— Obrigada.
Ele segurou Kata pelos ombros e a afastou ligeiramente, mantendo seu olhar fixo nos olhos dela.
— Caramba! Cê ta vermelha. Se apaixonou por mim?
— Seu-Seu idiota!
— Hahahahahaha! Espere por mim.
A partir desse momento, o líder começou a se afastar gradualmente de Kata. A distância entre eles aumentava, refletindo uma decisão ou direção que ele estava tomando em relação à situação. Enquanto ele se afastava, a tensão da cena também se deslocava, deixando para trás a atmosfera íntima e emocional que havia sido criada.
— Chefe. Esse é o seu tipo? — perguntou Roma.
— Quê! Com certeza não.
Roma e Kina trocaram olhares e começaram a rir de maneira descontraída. Enquanto isso, Castiel continuava a se aproximar do local onde estava seu objetivo.
— Zona, me aguarde.