Após iniciar o sistema de Sacred Gears não sinto diferenças, em minha mente ou meu corpo, "Tudo normal", aviso os três que me encavaram preocupados e soltaram um suspiro de alívio.
Eu vejo uma janela verde abrir-se e cobri parte do meu campo visual, múltiplas opções apareceram, saber o número de Sacred Gears ativas, suas localizações e até uma ficha com informações básicas de seus portadores, mas o que chamou mais minha atenção foi a opção de 'Desativar', o poder de desativar todas as Gears ou apenas algumas específicas.
"Merda", eu xingo ao notar que apesar da opção existir não consigo ativa-la, assim como Serafina, não possuo acesso total ao sistema, podendo gerencia-lo com cerca de 90% eficácia.
"O que aconteceu?", escuto a voz preocupada de Chloe e sinto o seu aperto na minha mão aumentar.
"Está tudo bem, vocês podem relaxar, apenas não gostei que meu acesso é limitado, similar ao seu Serafina", digo e volto minha atenção ao sistema.
Ter a opção de desativar uma Gear é algo que poderia ser essencial, existem muitos demônios e outros seres que as detêm devido a morte de Deus e a instabilidade do sistema e ser capaz de desativar a Gear de inimigos poderia ser um trunfo.
Continuo a vasculhar as inúmeras opções que o sistema me permite acessar e faço modificações que previ serem impossíveis para Serafina apesar de já termos entrado em acordo anteriormente.
Primeiro corrijo alguns 'bugs', como impedir que híbridos como eu consigam nascer com uma Gear, afinal o objetivo original delas era o de proteger a humanidade e não dar poder a outros seres sobrenaturais que tecnicamente são fortes.
Coloco um limite de tempo sobre a possibilidade de reencarnar portadores de S.G em demônios, que apenas os que estão nessa sala e os que participaram da reunião entre as facções sabem para evitar uma perseguição maior que o normal para adiciona-los em suas nobrezas.
Adicionei a impossibilidade de reencarnar em Anjos também, não vou apenas enfraquecer os demônios, os anjos também não são donos das Gears, esse poder deve ficar apenas na mão dos humanos, logicamente não contei esse detalhe para eles.
Os Maous não sugeriram isso pois eu sou um demônio então eles têm uma leve vantagem para conseguir Gears ilimitadas no futuro. Logicamente não vou virar um ferreiro pessoal para eles e criar um exército.
"eu vou criar meu próprio exercito e governa a todos", pensei comigo mesmo, olhei levemente para Miguel, Serafina e Chloe e percebi que eles estavam conversando enquanto lanchavam sem prestar atenção nas minhas ações.
"entendo", encontro um gráfico de desempenho das gear, "Então elas estavam funcionando com apenas 70% do seu potencial disponível?", logicamente não incluía as minhas, todas são capazes de atingir 100%.
"Então aumente, vai ser bom, estamos recrutando humanos com Sacred Gear e um aumento de potencial ajudaria muito", diz Serafina ao voltar sua atenção para mim, "Os artefatos sagrados estavam em uma situação similar, mas aumentei sua potência quando tomei o controle", o tom calmo e sereno dela me fazem pensar por um momento que é uma boa notícia, mas não é.
"Sobre isso, temo que será impossível", digo em um tom mais grave, retiro o capacete e continuo a falar, "Tenho que contar algo a vocês".
E começo a contar tudo que Great Red me contou enquanto estava 'dormindo', escondi alguns detalhes como o fato de ter subjugado o ser mais poderoso em seu habitat natural e ter feito uma troca com ele.
"Isso explica a doença dos diabos que não tem causas naturais, então você provavelmente tem um plano em mente ou já teria pedido nossa ajuda", Serafina tomou um gole de chá e continuou em seu tom calmo de sempre, "Onde você vai arranjar essa 'fonte de energia' alternativa?".
"Vou buscar em outra dimensão", minhas palavras não os deixaram alarmados, visto que faz parte do senso comum no sobrenatural a existência de um multiverso, tendo a terra ligação direta com múltiplas dimensões, como, por exemplo, Asgard da cultura nórdica.
"Mas como você pode ter certeza da existência de uma dimensão com uma fonte de energia capaz de sustentar tanto o sistema celeste e das Sacred Gears?", perguntou Miguel.
"Eu sei com certeza de um lugar em que posso encontrar uma fonte de energia tão poderosa ligeiramente rápido", digo sem entrar muito no assunto.
"E como você sabe de algo assim sendo tão jovem e sem ter contato com o mundo exterior desde jovem? Sou incapaz de pensar em algo, sendo a mais nova entre os anjos, mas você conseguiu, como você conseguiria tão rápido algo tão valioso como uma fonte de energia?", perguntou Serafina levantando uma sobrancelha.
Essa é uma pergunta que eu não gostaria de responder, até mesmo Serafall fingia quando eu demonstrava conhecer algo fora do meu cotidiano, isso ficou ainda mais evidente quando criei roteiros baseados em animes da minha vida passada para ela colocar no ar.
"Fazendo um pedido", digo brevemente, deixando Serafina e Miguel incrédulos, a única que entendeu realmente minhas palavras foi Chloe que estava de olhos arregalados.
"Nem fudendo! Eu não voltar lá!", gritou Chloe indignada, levantando da cadeira e batendo em cima da mesa derrubando os utensílios no chão.
"Não vamos lutar a guerra do santo grall! ela nem existe mais!", gritou Chloe muito exaltada.
"Primeiro sente-se e acalme-se, eu sei que você não gosta daquele lugar, irei sozinho", digo encarando-a seriamente, posso tolerar pequenos insultos ou deslizes, mas não iria fechar os olhos para tamanha falta de respeito comigo, ainda mais em público.
"Mas eu"
"Sem, mas, sente-se agora", digo e vejo ela sentar-se de braços e pernas cruzados.
"voltando ao assunto, é como vocês devem ter percebido, vamos até a dimensão de Chloe e pedir uma fonte de energia através de um desejo concedido pelo Santo Grall", digo calmamente em direção a Serafina e Miguel que estavam um pouco atônitos.
"Tudo bem, mas poderia explicar um pouco sobre esse Santo Graal?", disse Serafina voltando ao normal.
"Vocês já devem ter entendido, mas Chloe não é desse mundo", ao escutar minhas palavras ela apenas acena com a cabeça em confirmação.
"No seu mundo original havia uma prática em que mestres entravam em guerra auxiliados por um 'espirito heroico' para ter um único desejo concedido", respiro um pouco e volto a falar, "os vencedores conseguem acesso ao Santo Graal e seu desejo concedido, vou entrar nessa guerra e pedir uma fonte de energia, é forma mais rápida e eficiente", termino de falar e analiso as expressões deles.
Serafina manteve a calma e parece analisar as minhas decisões, enquanto Miguel parece querer falar algo, mas controla-se e olha para sua líder provavelmente esperando suas palavras.
"entendo, quais são as chances de sucesso?", ela perguntou calmamente.
"Se eu for junto com mais alguém as chances caem em mais de 50%, o mundo dela é muito frágil e tende a buscar o equilíbrio, quanto mais forte for um possível ajudante, piores serão as consequências", digo calmamente, afinal existem duas forças que regem o mundo, além de outros seres poderosos que podem vir a nossa procura apenas para saciar sua curiosidade, mas esse era apenas um dos motivos deu querer ir sozinho, o principal era que o fato de ter que tomar atitudes questionáveis para vencer a guerra e ter meu desejo concedido.
"Quando você vai? pois agora que o potencial dos artefatos sagrados aumentou o número de demônios adoecendo vai piorar", as palavras de Serafina estavam certas, o tempo era crucial para que não houvessem mais vítimas.
"Eu irei após ser promovido para um Alta-classe, pois não sei quanto tempo vou ficar fora e está para acontecer", digo sinceramente.
"tudo bem, não vamos interferir, mas é melhor você voltar vivo ou Serafall que vai destruir o mundo e não o Trihexa", Serafina disse brincando e levantou-se da mesa.
Imediatamente Miguel e eu levantamos, por etiqueta, "Melhor irmos descansa, posso notar que você está muito cansado", as palavras de Serafina me fizeram duvidar das minhas habilidades de Poker-face treinadas por Serafall, "posso perceber por causa do capacete que sumiu enquanto conversamos, sua instabilidade mental afetou sua criação, melhor descansar um pouco", resolvi não pensar muito sobre e ouvir as palavras perspicazes de Serafina.
Depois de um banho, sozinho, visto uma cueca box e me deito na cama olhando para o teto vazio, nada para ver, apenas alguns fios de cabelo atrapalhavam minha visão, mas era tolerável.
Fico um tempo que não posso distinguir se foi longo ou curto refletindo sobre as palavras de minha mãe, meu pai estar vivo, ela não querer ser reencarnada e ainda por cima aparentemente meu pai ter poder suficiente para salva-la, mas a deixou morrer e entregou seu próprio a demônios.
"Eles estavam observando quando lutei contra Rise", essas palavras saem de minha boca quase como um sussurro e fazem meu coração doer. Ela estava tão perto, mas não falou comigo.
"podemos conversar agora?", escuto a voz de Chloe e a encaro, posso notar que seu ar comumente sensual e brincalhão está ausente, apenas uma expressão seria em seu rosto dizia que apesar de seu baby-doll ser provocante, ela não estava com segundas intenções.
"Claro, foi o combinado", digo dando um leve suspiro e me sento na cama e ela senta-se ao meu lado.
"Por onde você quer começar a falar?", pergunto a ela e mantenho uma expressão seria no rosto.
"Vamos começar por sua mãe, por que quando fui consola-lo você me afastou? Eu sei que ler a sua mente é errado, mas eu estava preocupada", posso sentir a tristeza dela enquanto olho nos seus olhos, apesar de ela tentar não demonstrar, mas mordiscar o seu lábio inferior a entregou.
"antes de responder essa pergunta vou fazer outra", digo isso e seguro o maxilar dela gentilmente e aproximo o seu rosto do meu, o suficiente para nossas testas tocarem-se, fecho os olhos e pergunto calmamente, "Você me ama?".
Eu posso sentir seu maxilar mover, mas antes que ela fale algo, respondo minha própria pergunta sussurrando em seus ouvidos, "A resposta é não, você não me ama e eu não amo você", posso sentir o desanimo tomar conta dela.
"Por isso não posso abrir meus sentimentos para você", abro os meus olhos e ela está exatamente como imaginei, nenhuma lágrima, sem tristeza, apenas deprimida, ombros baixos, como se pela primeira vez estivesse vendo a realidade.
A puxo para um abraço e acaricio suas costas com ternura e sem maldade.
Eu sempre soube o desejo das minhas garotas mesmo que elas não digam para mim, Serafall, Sona, Ravel, Koneko e até mesmo Chloe que tem o mais difícil de todos os desejos, ser apenas uma garota normal, por isso ela odeia treinar e ama vagabundar.
Jogo Chloe sobre a cama ainda catatônica e fico por cima dela a encarando sem perder movimento algum dela, este dia iria chegar, mais cedo ou mais tarde, faze-la ver a verdade é essencial para cumprir seu desejo ou jamais conseguiria ser realmente feliz.
"Eu não te amo", digo essas palavras ainda um pouco zonza, olhando para o garoto sobre mim.
Eu sempre soube, não importa o quanto eu goste dele, é apenas uma forma de perseguir algo que não existe e jamais vai existir, eu não sou uma garota comum e jamais poderei ser, eu fui criada para ser descartada e assim vou viver.
"Você quer saber o motivo para não querer leva-la comigo? Além é claro da sua aversão", a voz dele parece estar cada vez mais longe. De que me importa saber seus motivos?
"Eu vou ser cruel, irei matar pessoas inocentes apenas para cumprir o meu desejo", qual a diferença? Matar é matar, em algum momento me acostumei com isso, não faz diferença, morte ainda é morte.
"E se você me ajudar não terá mais volta, isso é diferente dos demônios e youkais que matamos por ser nossa única escolha, vou fazer isso por ser a mais rápida e fácil", sinto a mão dele acariciar o meu rosto.
"E caso me ajude, você jamais poderá ser uma garota comum, você tem um lado cruel maior que o meu e se isso for libertado jamais poderá voltar atrás", as palavras dele me fazem soltar uma gargalhada forçada.
"Assim faz parecer que você realmente se importa comigo, alguém que você nem ama, alguém que só serve para treinar, educar e transar, sua boneca de luxo, diferente das suas amadas Sona e Serafall", coloco isso para fora enquanto cruzo meus braços no pescoço dele, não estou pensando direito, mas tenho certeza que quis falar exatamente aquelas palavras.
"Você é tão esperta, mas não entende algo muito simples", ele me agarra e faz sentar em seu colo, minhas pernas por instinto se agarram a ele e minha cabeça encosta em seu peito nu.
"Eu posso não te amar, mas é apenas agora, você é a pessoa que eu mais confio, meu braço direito, jamais vou deixar você sacrificar seu próprio sonho", escutar aquelas palavras me trouxeram um pouco mais de volta de toda a escuridão em que estava.
"E mesmo que você não me ame, nunca vou te abandonar", sinto o aperto dele ficar mais forte em meu corpo, dói um pouco.
"E se eu quiser ir embora?", digo claramente e como se estivesse esperando essa pergunta ele diz cheio de confiança, "Você não, pois vou ter certeza que mesmo não tendo seu coração, seu corpo vai querer apenar a mim", enquanto rasga meu baby-doll facilmente.
Sinto algo duro atingir minhas partes inferiores, um amigo de longa data e ao mesmo tempo ele me beija, nossas línguas se entrelaçam fazendo meu corpo esquentar, aquela mesma sensação viciante que experimentamos quase todos os dias, mas um pouco diferente dessa vez.
Eu desentrelaço nossas línguas e digo, "Eu não vou me entregar dessa vez", se ele me quer vai ter que fazer melhor que isso.
Esse sentimento, isso é diferente, quando estamos na cama sempre disputamos pelo controle, algumas vezes ele ganha, outras eu, porém nunca tinha nada em jogo, todos estavam divertindo-se.
Agora eu te entendo Sona, o motivo de você jogar Xadrez com Yan todos os dias, era esse sentimento de perigo, querer se entregar, colocar tudo em risco em apenas um momento, mas eu sou diferente de você, "Eu quero ganhar", digo empurrando Yan de costas na cama e montando em sua barriga.
"Você fica mais bonita quando tem esse sorriso psicótico no rosto", a voz dele estava clara, podia sentir a sinceridade e luxuria em suas palavras, o que fez meu sorriso que em algum momento surgiu se alargar ainda mais.
"Vou fazer você arrepender-se de me desafiar, vou te devorar que nenhuma outra garota vai satisfaze-lo", digo isso abaixando minha mão e posicionando o membro dele na entrada da minha buceta e esfrego sem penetrar.
Observo o desejo nos olhos dele enquanto continuo a provocar, "Esse é um jogo em que dois jogam", quando ele termina de falar sinto sua mão provocar meu clitóris, me fazendo gemer, mas esse jogo de provocação não durou muito, pois até eu quero sentir ele dentro de mim.
Eu me sento e sinto ser preenchida, se eu não tivesse crescido provavelmente doeria, e começo a movimentar meus quadris, "está sentido isto? Você não vai conseguir me dominar", digo e aumento a velocidade de subida e descida, enquanto curtia a melodia dos gemidos deles.
"Você já se divertiu o suficiente", Diz Yan quando carrega Chloe que entrelaça os braços no pescoço dele e tem suas pernas suspensas por seus braços e os sons de tapas de carne ecoam pelo quarto, "Você vai ser minha, seu corpo, seu coração, sua alma" os movimentos de estocada ficavam cada vez mais rápidos, enquanto Chloe apenas contorcia de prazer.
"Não! Você que vai entregar-se para mim, eu não vou abaixar a minha cabeça para ninguém", diz ela teleportando-se na costa dele e dando um chute em sua costela o jogando contra um armário próximo o destruindo no processo.
E depois teleportou-se mais uma vez, agora sobre ele enquanto repetia algo que ele havia feito algumas vezes com ela, estrangulamento erótico enquanto cavalgava de forma selvagem e até seus olhos reviravam.
Yan aproveitou a abertura e com um pedaço de uma tábua e usou magia para eliminar qualquer farpa o deixando liso e estapeou a bunda de Chloe enquanto ela cavalgava ferozmente, era uma batalha de resistência, Yan ou Chloe, quem conseguisse aguentar mais tempo seria o vencedor.
Os sons de gemidos e tapas encheram a mansão de Serafina, mas não durou muito tempo um vencedor havia sido escolhido.
"Eu ganhei", disse Chloe ao tocar em sua virilha e sentir o líquido seminal de Yan escorrendo e depois lamber levemente os dedos.
"Nós ainda não acabamos!", disse Yan ficando em pé e mostrando seu membro ainda duro e em pé esfregando no rosto de Chloe.
"Você vai se arrepender disso", disse ela maliciosamente antes de envolver o membro em sua boca e o duelo reiniciar.
Nessa noite ninguém no céu conseguiu dormir, pois uma batalha que quase exterminou os anjos da existência aconteceu, gemidos, tapas, sons de móveis destruídos era a melodia que quase fez anjos caírem e um Serafim despertar um fetiche até então desconhecido para ele.
"Quem ganhou?", perguntei ofegante deitado no chão de um quarto destruído, perdi a conta de quantas vezes formos noite a dentro, "Você, é melhor cuidar bem de mim ou eu corto isso que você tem no meio das pernas", eu pude sentir a sinceridade nas palavras de Chloe que estava de olhos fechados aninhada utilizando meu braço esquerdo de travesseiro.
"Eu jamais vou deixar nenhuma de vocês sofrerem, eu prometo", digo dando um beijo na testa dela e atendo ao chamado do mundo dos sonhos.
Se Miguel pudesse ver essa cena notaria que o fio que liga ambos não estava obscuro, no lugar da escuridão um braco levemente rosa, quase imperceptível tomava o lugar.