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79.1% Sacred Gear Creator (PT-BR) / Chapter 52: Saber

Chapter 52: Saber

A minha frente estava meu servo, vestindo armadura pesada e um elmo de chifres, antes que eu pudesse analisar mais os detalhes a sua armadura, o elmo se abre, revelando o seu rosto.

"Você é meu mestre?".

Olhos verdes serenos me encaravam, mas eu podia sentir a selvageria por detrás daquele olhar, cabelos rebeldes dourados amarrados em um rabo de cavalo, um sentimento de dejavú encheu meu peito, apenas por um instante.

"Responda, você é meu mestre?", ouço ele ou ela repetir a mesma pergunta, ainda não consigo identificar o gênero do espirito que invoquei, seu tom de voz é rude e ao mesmo tempo passa a dignidade de um cavaleiro, mas isso de pouco importa, primeiro preciso testar suas capacidades e saber de seus pontos fortes.

"Siga-me", digo, viro e saio do deposito sem responder a pergunta, posso ouvir os resmungos dele no fundo, um enorme quintal utilizado para meu treinamento diário ao céu aberto vai ser o local mais que necessário.

"antes de dizer se sou ou não seu mestre preciso testar suas capacidades", falo enquanto alongo levemente meus braços e pernas, não é necessário, mas me acostumei depois de fazer isso durante anos na escola.

"Que fique claro, não vou pegar leve com você", escuto sons metálicos, provavelmente colocou seu capacete novamente, isso vai ser interessante, quando era criança minha força física já era superior à de um humano e agora cheguei a um ponto em que não consigo encontrar um adversário a altura sem ter que me envolver em trabalhos de assassinatos ou enfrentando seres sobrenaturais, pela primeira vez desde a morte de meu pai vou poder me soltar um pouco.

"Você pode fazer qualquer coisa, menos usar o seu Hougun, afinal não é uma luta até a morte", termino meu alongamento e olho diretamente para o soldado de armadura prateada com detalhes carmesins.

"Entendo, você é um espadachim certo? Sua postura enquanto caminha é como se tivesse a experiência de uma vida no caminho da espada, apesar de parecer tão jovem", diz meu servo em tom orgulhoso enquanto posiciona sua espada pronto para a luta. Eu fico feliz em ter meu esforço reconhecido o caminho da espada sempre foi naturalmente mais fácil para mim seguir e mesmo quando o caminho sumiu, eu criei minha própria estrada.

"Obrigado, além disso, meu nome é Emiya Yan", eu digo sorrindo, "Trance-on", materializo duas espadas uma longa e outra curta, graças a minha magia original Trace, que é capaz de burlar os princípios da alquimia de troca equivalente e criar lâminas do nada, mas a verdadeira capacidade que a faz ser a minha melhor magia é outra.

"Vamos começar!", ele diz avançando rapidamente em minha direção e fazendo um corte limpo para me cortar ao meio.

"Como esperado", eu estava sorrindo, sim felicidade, eu disse que não era uma luta de vida ou morte, mas ele veio para cima de mim com intensão de matar com apenas um golpe.

Dou um passo para o lado e abaixo minha postura enquanto deslizo uma de minhas pernas e apara o golpe com a espada longa que aguenta o suficiente para desviar o golpe, mas sua lâmina logo desaparece pelo desgaste de levar um único golpe, isso me deixa um pouco incrédulo, aquela é uma das melhores espadas mágicas que encontrei durante minhas viagens.

"Você pode ser um excelente espadachim, mas sem uma boa espada você é inútil", ele diz em um tom zombeteiro e sinto um chute atingir meu rosto e sou enviado voando para os mudos que cercam o jardim, "Concentre-se!", a voz autoritária dele me puxou de volta a realidade, não era hora de ficar admirado.

"Desculpe, vamos continuar", lipo a poeira das minhas roupas com um magecraft simples e acaricio o meu rosto, "qual foi a ultima vez que senti dor? Ai...", sinto o inchaço se formando, poderia curar ali mesmo, mas era um lembrete de que ainda estava em combate.

E assim nossa troca de golpes continuou, comigo na defensiva, e cada golpe que eu recebia o numero de golpes que as espadas que eu materializava aumentavam e os gritos de prazer do meu servo estavam lá, como se estivesse gostando mais que eu desse confronto sem sentido e a maior prova disso era seu capacete que já não escondia o rosto.

"Você é bonito", não pude deixar de elogiar, apesar de feroz e parecer não ter sentido, todos os cortes que ele fazia eram precisos e me faziam criar brechas em minha defesa, se não fosse a função de auto reparo em minhas roupas elas estariam totalmente destruídas.

"Idiota!", ele não reagiu bem ao meu elogio e cortou verticalmente, posso sentir que esse golpe era diferente de outros. "Ela parou de se segurar", durante todo esse tempo ela apenas utilizou sua força física superior de Espirito heroico, habilidades de esgrima e sua experiência para lutar contra mim, mas pela primeira vez ela deixou seus limites impostos e fortaleceu seu golpe.

Demorei quase 10 minutos para criar e fortalecer uma espada capaz de durar 7 golpes contra ela e eu sei que ela não aguentaria nem aparar a espada dele nesse momento.

"Eu não queria usar isso agora, mas provavelmente irei morrer se não fizer isso", um golpe com força total dele não iria me matar, mas causaria uma ferida grave e perderia muito do meu potencial de batalha e consequentemente minha vida na guerra do santo graal.

Meu peito brilha e dele tiro Avalon, a habilidade mais formidável da minha magia é a de ser capaz de reproduzir a história de um artefato e em seu arsenal Yan tem apenas uma espada capaz de salva sua vida nesse momento, "Trace-on!", o formato de Avalon muda, minhas mãos começam a pinicar, o objeto que está em minhas mãos apesar de ser uma materialização do magecraft ainda detém sua história devido a minha magia e com isso existe a produção de poder sagrado que é em certa dose letal para mim.

Apenas um instante, entre eu materializar a espada em minhas mãos e as lâminas colidirem, mas eu senti o ódio brotar no rosto do meu servo, o vermelho em suas bochechas que poderia ser considerado vergonha se transformou em vermelho de ódio.

Eu consigo aparar o golpe com extrema dificuldade, não pela força do meu servo, mas pela energia sagrada que estava emanando da espada, normalmente eu não consigo reproduzir benções sobre as espadas, apenas imitar utilizando feitiços, mas utilizando Avalon como catalizador consigo transferir e modificar as bençãos de uma para outra temporariamente, algo extremamente difícil e arriscado, além de ser impossível de utilizar em um combate real devido aos seus efeitos posteriores.

Pela primeira vez vi uma abertura, deslizei minha espada em torno da dela e a soltei, pude ver seu olhar desviar para a Excalibur que estava caindo no chão, aproveito essa distração e acerto um murro com o punho reforçado com magia no rosto dele e o lancei para dentro de casa destruindo algumas paredes de madeira e pude escutar a televisão quebrando, "Merda!", exclamo preocupado com o estado da minha residência, vai ser chato consertar.

Olho para os meus braços e vejo o estado deplorável deles, carne queimada e fedor de porco defumado, apenas de mexer meus dedos sinto uma dor excruciante, "Não vou poder mexer minhas mãos por uns dias", o poder curativo de Avalon é quase nulo no meu corpo, mas em troca ajuda muito na minha materialização de espadas.

Avalon havia retornado ao seu estado padrão, jogada no chão, "Agora perdi meu trunfo", digo suspirando em pesar, utilizar esse tipo de materialização desgasta em demasia os meus circuitos mágicos, se eu usar mais de uma vez sem um tempo longo de descanso posso acabar virando um Shinji na vida, alguém envolvido ao mundo sobrenatural e que não pode usar magia.

"Você! Como você tem isso? Como ousa usar essa espada contra mim?", sinto uma intensa sede de sangue ser direcionada a mim, raios vermelhos brilhavam em meio a escuridão do interior destruído da minha casa, "Morra!", escuto o grito e vejo meu servo me atacar a uma velocidade avassaladora, não consigo desviar pelo susto, nem passou pela minha mente utilizar um selo de comando, apenas senti meu corpo sendo arremessado para o ar com um soco e as palavras seguintes me fizeram reconhecer a identidade do meu servo.

Hougu! Clarent Blood Arthur!

Um pelar de luz vermelho gigantesco iluminou o céu noturno de Fuyuki dando início a guerra do santo Graal, onde sete magos e seus servos enfrentariam uns aos outros para ter o direito de ter um desejo realizado.

Ao redor da cidade os sete mestres já haviam convocados seus servos, tendo um total de 7 classes, Saber, Archer, Caster, Assassin, Rider, Berserker e Lacer que servem de receptáculo para manifestar parte das habilidades da lenda que esses espíritos representam.

Em uma mansão obscura, Tosahka Rin conversa com seu servo, "Então qual o seu nome?", pergunta ela impaciente, afinal seu objetivo era conseguir convocar um servo da Classe Saber que é considerado o mais forte, mas devido a uma "brincadeira" de alguém todos os relógios de sua casa foram adiantados em uma hora e seu ritual falhou ou quase isso que a fez invocar um espirito heroico da Classe Archer.

"Meu nome é...", mas antes que a figura pudesse responder um feixe de luz vermelha iluminou os céus e desviou sua atenção para o horizonte onde fica localizado o bairro residencial oriental, onde vive Yan.

"A guerra começou", comentou Rin enquanto morde as unhas e não prestou mais a atenção em seu servo e foi terminar os preparativos, os próximos dias serão os mais perigosos de sua vida até hoje e qualquer erro pode ser o último. Archer apenas ficou olhando pela janela enquanto sorria.

Assim como surgiu, o feixe de luz vermelha sumiu e Yan com ele, não havia rastros no céu e as poucas nuvens que estavam sobre a cidade se dispersaram, "Hora de acabar com essa bainha antes que eu suma", as palavras de Saber eram verdadeiras, agora que estava sem um mestre ela tinha pouco tempo no mundo dos mortais antes de retornar ao trono dos heróis, um local onde espaço e tempo não existem, lá são registrados os feitos do presente, passado e futuro.

"Assim como você me negou, eu vou negar você, pai", ela diz com fúria clara em sua voz e levanta a espada sobre a cabeça.

Clarent

"Você realmente acha que destruir essa bainha vai te paz?", ele vira o rosto e no alto do telhado está Yan deitado olhando o céu estralado, "Mordred é o seu nome certo? O cavaleiro da traição, aquele que traiu seu rei e pai ou mãe, não cheguei a conhecer ela diretamente para saber suas preferências", diz ele rindo.

"Não fale assim dele!", ele ruge em direção a Yan.

"No escritório o qual você quase destruiu deve ter algumas fotos dela com a esposa do meu pai adotivo, dê uma olhada pode ser interessante", ele diz sem forças, "Ainda bem que deixei aquele clone em prontidão" e fecha os olhos, seu corpo escorrega pelo telhado e Mordred o pega antes que caia de cara no chão, o segurando pelo pé e o joga sobre o ombro como um saco de roupa suja.

Ela olha com sentimentos controversos em direção a Avalon, a bainha, caída no chão e suspira, "eu cuido de você outra hora, hora de ver as fotos daquela velho maldito!", ela pega a bainha e entra na casa e começa a procurar as fotos.

Os servos quando são invocados recebem parte do conhecimento dos dias atuais para que ocorram poucas divergências na comunicação e trabalho em equipe com seus mestres, por isso Mordred sabe oque são fotos, entre outros aparelhos eletrônicos, mas isso não significa que ela saiba pilotar um avião ou mexer em um computador.

O noticiário relatou o evento como se fosse o teste de canhoes de luzes em desenvolvimento, devido a barreira de alto que impede a saída de sons, além de outras capacidades ilusórias, mas que foi incapaz de parar o Fantasma nobre de Mordred, pois suas capacidades defensivas são quase nulas, sendo especializada em ilusões e detecção, dando dificuldade até para seres como Caster e Assassin que tem especialidades eficazes para casos como esse. Além disso obteve a ajuda da Igreja que monitora o ritual para evitar caos e mortes desnecessárias de inocentes, pelo menos esse é o papel que eles deveriam cumprir.

Eu conheço essa sensação, é a mesma que sempre tenho, entre um sonho e a realidade, mas dessa vez é diferente, ao invés de uma cena ou filme sou rece

"Yan-chan", escuto uma voz doce e estranhamente familiar me chamar por trás, por reflexo grito com raiva, "Não adicione Chan ao meu nome!", me viro e a minha frente está uma beleza de cabelos negros em caudas gêmeas, no auge da adolescência.

"Está na hora de despertar Yan ou você nunca vai voltar para nós", sua voz era extremamente calmante, como seu eu pudesse escutar ela durante dias sem me enjoar.

"acorda Yan", ela se aproximou do meu rosto, "acorda Yan", ela sussurra em meu ouvido enquanto sua mão desliza em meu peito, "acorda Yan!", um grito estridente me desperta enquanto sinto meu corpo bater no chão.

"Você ficou abusada depois que eu te dei uma chance de se libertar!", me levanto irado e na minha frente vejo uma garota estranhamente familiar, "Sakura?", eu digo um pouco confuso, não lembro de ter trago uma garota para casa ontem, não tenho esse costume, quando quero me 'aliviar' costumo ir visitar bordeis e prefiro não me misturar e ter amizades desnecessárias, meu mundo e o deles são muito diferentes.

"Quem é você?", pergunto observando mais detalhadamente a garota na minha frente, ela estava usando uma de minhas camisa regata branca com um nó para expor a barriga e uma das bermudas que Sakura usa quando passa a noite as vezes.

"Eu bati em você tão forte ontem que você nem lembra de mim Yan?", diz ela me dando uns tapas fortes na costa, enquanto sorria brilhantemente.

"Ontem?", eu forço minha mente o máximo possível e as memórias da surra que levei ontem veem a mente, eu dou um salto para trás e sinto meus braços doerem por causa das consequências da luta de ontem.

"Relaxa, relaxa, estamos em paz, eu pedi pizza pro café da manhã, eu vi na televisão e achei que devia ser gostoso", diz ela e se vira andando pela casa, enquanto mexe os quadris sensualmente,

"Está calor ou sou apenas eu que estou com sede?", digo lambendo os lábios e sigo ela em direção a sala de jantar que divide lugar com a minúscula, mas suficiente, cozinha.

"Então, você achou as fotos?", pergunto curioso, enquanto arrumo as ataduras que provavelmente Mordred como primeiros socorros, nada mal, para uma técnica de centenas de anos atrás.

"Sim, aquele velho maldito ficava bem em roupas atuais, pena que eu não fui invocada na mesma época, assim eu poderia a enfrentar novamente!", observo ela começar sua frase sorrindo e feliz, mas termina com suas mãos forte mente fechadas e a expressão de ódio e dor.

"As mais bonitas sempre ou tem um grande trauma ou são complicadas ao extremo e eu sinto que ela é os dois", penso enquanto passo por ela, não é meu problema, contanto que não interfira em nosso trabalho de equipe nesse curto período de tempo, podemos trabalham em paz.

Pizza no café da manha não é uma ideia ruim, as vezes, comer sempre bem e do bom e melhor preparado por Sakura as vezes era enjoativo, foi bem mais divertido comer com Mordred que parecia uma criança ingênua rindo enquanto assistia desenho animado.

"Hey, vamos as compras, você não pode ficar utilizando as minhas roupas e as da Sakura, venha", digo e começo a sair, posso ver o brilho nos olhos dela crescer, sim como se fosse uma criança.

"Hey, podemos passar em um restaurante? Quero experimentar o máximo possível da comida dessa época, ela é diferente do tempo em que eu vivia, até mesmo a mais simples rivaliza com a servida em banquetes da alta sociedade enquanto eu estava viva", ela diz alegre enquanto gesticula exageradamente.

"Ela tem um tom de inocência quase perturbador, é como se a pessoa que eu lutei ontem fosse outra pessoa", penso enquanto fecho a residência e vamos para o distrito comercial, até pensei em ir de taxi, mas optei por irmos a pé para ela conhecer melhor a cidade e aproveitar para relaxar uma ultima vez antes de começar a verdadeira guerra.

"Ela nunca deve ter ido em salão de beleza ou algo do tipo e faz um tempo que eu n]ao corto o cabelo, podemos ir lá", eu penso enquanto paramos a cada dez segundos para comprar comida.

Espíritos heroicos não precisam dormir, se alimentar ou existir nesse plano, sendo necessário apenas o contrato de mestre e servo para conseguirem se materializar.

Um mestre destreinado ou com pouco mana seria incapaz de fazer um servo lutar livremente e utilizar seu potencial de combate, além de ter sempre algum mestre inútil que coloca toda responsabilidade sobre o servo e isso é o motivo de sua queda.

"Espero que você seja um desafio minimamente respeitável Sakura, mesmo que você seja meu alimento favorito não irei poupar sua vida caso se mostre inútil", apesar de não gostar dela, é impossível deixar de pensar, é como se fosse um ciclo vicioso.

"Mordred, nossa primeira parada é aqui", digo em frente ao uma loja de roupas unissex, esse é o melhor lugar para levar alguém para comprar roupa quando não se sabe o gosto da mesma, pois tem todos os tipos de roupas possíveis.

"Você vai e escolhe algo que goste, vou pegar umas peças que ache interessante também", a larguei no meio da loja e fui em busca de algo interessante, encontrei algumas colegas de classe fazendo compra e não me importei mundo, no fim compramos uma jaqueta vermelha, camisa curta, um short extremamente curto e tênis, ficou muito bem nela, além de outras roupas, ela parecia não gostar de vestidos então não comprei nenhum.

"Yan, não vamos ser capazes de repetir isso né?", Mordred olha o pôr-do-sol com pesar em seu olhar, sentimentos conflitantes estavam dentro dela, viver em paz nessa era ou ter seu desejo realizado. Assim como os mestres, os servos tinham um desejo e isso era sua motivação para participar da guerra.

Continuamos nosso passeio durante todo o dia, as chances futuras de fazer algo assim eram quase inexistentes, "Não, a partir de agora nosso foco vai ser quase que inteiramente vencer essa guerra", digo observando a bela figura dela, musculatura magra e definida, linda.

Ficamos nos encarando por alguns segundos antes de continuarmos conversando lado a lado.

Depois de um jantar a base de fast food e qualquer coisa que Mordred tenha contrabandeado estávamos prontos para fazer uma reunião, eu vestindo minhas roupas de sempre, enquanto Mordred vestiu minha camiseta regata e a bermuda da Sakura por achar mais confortável, os seus mamilos rosas ficavam em evidência através da roupa ou saiam para pegar um pouco de ar quando ela se mexia.

Eu aproveito que ela estava jogando o lixo fora e materializo o mapa da cidade de Fuyuki que tem muitos pontos importantes como a escola que 3 dos 7 mestres frequentam, Rin, Sakura ou Shinji e eu, sendo esse um ponto estratégico muito importante, além do mais importante no momento.

"O templo Ryuudou, um dos locais onde o santo graal pode se manifestar, além de ser bastante afastado e não ter visitantes com boas intenções no horário da guerra", digo enquanto aponto para o templo próximo a montanha no mapa.

"Entendo, mas qual o plano para lutar contra os outros mestres? Depois de ontem todos devem saber da sua localização e vamos ser o alvo prioritário para extermínio", as palavras despreocupadas de Mordred não combinavam com a urgências que suas palavras deveriam ter.

"E a culpa é de quem mesmo?", digo em um leve tom de repreensão ainda concentrado no mapa e sinto uma pequena moeda acertar a minha cabeça seguida de uma risadinha, "hehehe". Volto minha atenção para ela e vejo Mordred com lagrimas saído dos olhos de tanto rir com uma brincadeira besta.

"Muito engraçado, mas vamos voltar ao que interessa, precisamos tomar o templo e depois sequestrar o homúnculo que é receptáculo para graal menor", quando Mordred escuta a palavra homúnculo seu humor azeda, a atmosfera alegre que a envolvia some e é substituída por desprezo.

"Os humanos são apenas melhores que porcos por causa de sua capacidade de fala", ela sussurro em um tom inaudível para a maioria das pessoas, porém eu consegui ouvir.

"Você tem um desejo, eu tenho um também e para alcançar nossos objetivos vamos ter que usar tudo a nosso favor, ninguém que está envolvido com o Santo Graal é do bem ou mau, somos apenas seres gananciosos com um objetivo em comum" eu me levanto do chão e sigo para o meu quarto, mas antes de sair do comodo digo, "Prepare-se, vamos sair em 30 minutos", a calma da minha voz faz contraste gritante com os resmungos de Mordred.

A nossa pausa havia acabado, não há volta, eu não sou capaz de ser um herói da justiça como meu pai adotivo Kiritsugo queria ou ser a esperança para a escuridão no seu coração, ainda lembro das suas ultimas palavras quando faleceu em meus braços, "Todo e qualquer desejo realizado pelo Graal vai transforma-se em pura destruição, acabe com isso".

"Eu vou realizar o seu desejo, ao menos esse, vou destruir o Graal, do meu jeito", digo revirando meu livro de anotações que fiz desde de a morte do meu pai, das inúmeras viajes que fiz enquanto meu clone estuda por mim, no começo foi difícil controlar dois corpos ao mesmo tempo, demorei cerca de 1 ano para me adaptar completamente.

"O ritual do santo Graal de Fuyuki toma como base um antigo ritual usado em tempos de necessidade, onde espíritos heroicos eram convocados para defender a humanidade de seres que fossem uma ameaça e isso serviu como base para criar a guerra do Santo Graal", leio o resumo das informações que juntei, no caderno dentro de uma caixa que guardo em meu armário.

Essa é a quarta ou quinta edição da guerra, isso realmente não importa para mim, apenas sou grato por não participar das primeiras que não tinham organização, os servos se rebelaram e mataram seus metres ou simplesmente corromperam o Graal por burrice.

"Se tu ocorrer bem essa guerra vai ser fácil, mas duvido que isso aconteça", digo fechando a caixa e noto Avalon guardada no fundo, "Ainda bem que você não foi destruída por um capricho", acaricio a bainha e me preparo para sair.

"Mordred, vamos, temos que marcar nosso território", digo em alto e bom tom enquanto vou para o quintal, antes de sair pulando de telhado em telhado até a escola o primeiro local que devemos conquistar.


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