Download App
Reencanei no universo Marvel Reencanei no universo Marvel original

Reencanei no universo Marvel

Author: Joleiker

© WebNovel

Uma gaveta? Kkkk

Há quanto tempo ele estava perdido nesse vácuo sem fim? Não havia cor, luz ou som ao seu redor, apenas um vazio absoluto. Ele se encontrava em um estado de completa incerteza, sem a capacidade de distinguir se estava vendo algo ou se era apenas uma mente à deriva. O tempo parecia uma ilusão, oscilando entre minutos que se estendiam como milênios.

Exausto, ele pensou consigo mesmo: "Se ao menos pudesse sentir a presença de meu próprio corpo, essa situação seria mais suportável." No entanto, ele duvidava disso.

Ele não era alguém facilmente assustado, nem religioso, mas após tanto tempo nesse lugar sem sentido, ele havia explorado todas as formas de escapar dessa realidade, ou melhor, da ausência dela.

Sua breve incursão na religião havia sido uma tentativa desesperada, mas rapidamente ele voltou ao ceticismo, desafiando qualquer ideia de uma divindade ou plano superior. "Malditas sejam todas as incógnitas que as pessoas buscam!" Pensou, desejando poder sorrir enquanto mostrava um gesto obsceno para o vazio.

Essa não era a primeira vez que ele expressava tais sentimentos, e ele sabia que não seria a última. Após tanto tempo, ele oscilava entre a fé e a incredulidade à medida que o desespero crescia.

Em momentos de desespero, ele se via tão devoto quanto um santo, que encontrou o caminho de seu Deus após se perder, apenas para amaldiçoá-lo quando suas esperanças foram frustradas, e ele continuava ali.

"Senhor, por favor, tenha piedade!" Ele suplicou, mesmo sabendo que suas palavras caíam no vazio. O tempo era um enigma confuso neste lugar, e mais de cinco séculos haviam se passado desde seu ato de rebelião inicial, ou pelo menos ele achava que eram séculos - o tempo era uma ilusão elusiva ali.

Em momentos de insanidade, ele já chegara a pensar que era Deus, e aquele lugar era sua oficina onde ele poderia criar um novo mundo. No entanto, quando sua tentativa de criação falhou, ele se imaginou como o diabo, preso em seu próprio inferno pessoal.

Mas nada disso fazia sentido. Ele era apenas um humano comum que havia morrido - um cientista multidisciplinar cuja invenção, o Sistema Universal de Energia Limpa e Acessível (SU-ELA), destinado a beneficiar a humanidade, o havia levado à sua morte trágica.

Ele era como o próprio Tony Stark do mundo real, exceto que seu compromisso estava genuinamente voltado para o bem da população mundial. No entanto, onde isso o levou? À morte.

Seu programa, concebido para ser acessível a todos de forma gratuita, sustentável e ecologicamente correto, com códigos abertos para a comunidade, deveria ter marcado o início de uma nova era para a humanidade.

Ele deveria ter sido o pioneiro incontestável dessa revolução. Mas, em vez disso, ele foi desacreditado pela comunidade científica, sabotado, teve seu trabalho roubado e foi difamado por alguma organização obscura cujos impostos ele mesmo contribuía para financiar. No final, sua carreira foi destroçada antes mesmo que pudesse se tornar o pioneiro que sonhava em ser.

"Terrorismo... eles me acusaram de terrorismo!" Ele murmurou, rememorando os dias sombrios de seu passado.

Isso nos leva ao evento que o trouxe a este lugar. Um evento que o mundo acreditaria ser um suicídio. No entanto, a verdade era muito mais sinistra. Ele foi forçado a escrever uma carta de despedida sob a mira de uma arma. Às vezes, ele se perguntava por que se deu ao trabalho de escrever aquelas palavras, afinal, se estava condenado à morte, por que não resistir?

A resposta era simples: sua família estava em risco. Ele faria o que fosse necessário para protegê-los. Foi assim que ele se viu nesta situação, morto e, estranhamente, acordando nesse vazio imperturbável.

Claro, essa era uma história que se desdobrou há séculos, ou talvez até milênios, embora a distorção temporal daquele lugar fizesse com que fosse impossível ter certeza. A noção de tempo estava em constante desordem, quase inexistente.

A questão que o atormentava era por que coisas ruins aconteciam com pessoas que buscavam fazer o bem?

Ele sabia que não era um santo, dada sua personalidade complexa e sua tendência a brincar com conceitos divinos. Ele era um gênio, um daqueles que poderiam facilmente habitar as páginas da ficção científica.

No entanto, diante do seu destino cruel, ele percebeu que sua genialidade e a insignificância do nada eram duas faces da mesma moeda.

"Por que continuo remoendo esses pensamentos?" Ele se perguntou.

A reflexão sobre o passado era uma atividade que ele realizava com mais frequência do que gostaria. Uma das razões para fazê-lo era para manter um laço com sua própria identidade. Quando ele acordou neste lugar, seus primeiros momentos foram assustadores, especialmente à medida que o tempo perdeu o sentido.

Ele afundou na solidão e na insanidade, tendo apenas sua própria mente para conversar. No entanto, quando a loucura começou a consumi-lo, quando ele se viu como Deus ou o diabo pela milionésima vez, ele finalmente se cansou dessa espiral de loucura. Não era a primeira vez que ele emergia desse abismo, e estava se tornando um ciclo incessante.

Enquanto ele pensava nisso, algo incomum aconteceu, e ele sabia disso com certeza porque, após tanto tempo naquele lugar, ele tinha uma compreensão profunda dos padrões de nada. E, de repente, algo mudou.

A mudança foi sutil, mas ele a detectou imediatamente. Houve uma manifestação de luz, embora uma luz estranha, completamente diferente de tudo que ele já tinha associado com essa ideia.

E então, ele piscou. "Espere?!" Ele pensou, surpreso ao perceber que podia fechar os olhos. Ele encarou suas próprias mãos, emocionado ao ver seu próprio corpo. Ele estava vendo!

"Eu estou enxergando!" Ele exclamou, percebendo que também podia falar.

Ele vestia as mesmas roupas que usava quando morreu: um jaleco branco, calça cargo azul e um par de All Stars. Seus óculos estavam em seu rosto; ele os retirou e os guardou no bolso do jaleco. Ele examinou o ambiente ao seu redor e percebeu que estava em um escritório, uma sala de escritório totalmente branca.

Sentado à sua frente, havia um homem de cabelos louros, pele pálida e olhos vermelhos como rubis. "Você deve ser o diabo." Ele desdenhou. Depois de tanto tempo queixando-se sobre deuses e demônios, e até considerando-se um deles por um momento, ele havia ganhado ousadia suficiente para desafiar esse ser, claramente poderoso o suficiente para retirá-lo daquele vazio.

"Receio que não, Senhor Nasdan Fledrah. Fiquei surpreso ao encontrar uma alma ainda em minha gaveta, pensei que já havia lidado com todas elas. Peço desculpas por fazê-lo esperar, talvez por cerca de 10 segundos?" O homem disse, olhando para o relógio de pulso que permanecia imóvel.

Nasdan ficou perplexo. "Então, todo esse tempo, eu estava apenas em sua 'gaveta'?" Ele pensou, agora sentindo uma crescente irritação. "O que você quer dizer com 'gaveta' e '10 segundos' ? Isso não era o vazio existêncial?" Ele perguntou, fixando seus olhos na entidade misteriosa à sua frente.

Embora parecesse humanoide, definitivamente não era humano.

A entidade sorriu, revelando dentes pontiagudos, quase como se fosse um vampiro. Seu terno branco com listras douradas combinava com o ambiente. Ele retirou os óculos de armação dourada, limpando-os com elegância.

"A medida de tempo é irrelevante, Senhor Nasdan. Mas entendo que vocês, mortais, a considerem tão valiosa, como se suas vidas dependessem dela." Ele murmurou.

"Vou explicar para evitar mal-entendidos. Você estava guardado em minha gaveta, um plano de espera onde armazeno meus 'papéis'. É irônico você comparar algo tão trivial com o vazio. O vazio é onde enviamos as almas, um lugar muito mais... como posso dizer, indescritível, onde o 'penso, logo existo' deixa de ter significado. Em termos arcaicos, seria algo assim." Enquanto ele explicava, uma pilha de papéis apareceu diante de Nasdan.

"Por favor, assine esses documentos para que eu possa encaminhá-lo para o vazio." O homem de terno branco de listras douradas pediu, enquanto cruzava as pernas do outro lado da mesa.

Ele estava ocupado manipulando um objeto estranho que lembrava um cubo mágico transparente, embora seus quadrados parecessem representar galáxias. Nasdan observou com confusão. "Será que esse cara é Deus?"

"Não, sou apenas um funcionário do departamento de redirecionamento de almas, encarregado de enviar pessoas com distorções, impiedade, cálculos frios ou complexos de Deus para o vazio, e você, Nasdan, se encaixa em todos esses padrões." A entidade explicou, lançando um olhar perspicaz.

Nasdan sentiu sua confusão aumentar. "Do que está falando? Não sou nada disso!" Ele exclamou, indignado, enquanto se lançava contra a entidade. "Você acha que vou assinar esses papéis depois de tudo que disse?" Ele bufou, subindo na mesa, pronto para confrontar o misterioso ser à sua frente.

De repente, com apenas um olhar, Nasdan se viu congelado no ar, como se o tempo tivesse parado. No entanto, a pausa só afetava ele, pois o homem de terno branco e listras douradas simplesmente se levantou da cadeira.

"Acho que uma simples rubrica servirá como assinatura." Disse a entidade, olhando para uma impressão digital em uma das folhas.

Nasdan ficou atordoado ao ver sua própria impressão digital na página. Seus dedos ainda estavam manchados de tinta de caneta da carta de suicídio que ele foi forçado a escrever antes de ser assassinado.

"Você me faz lembrar da pessoa anterior que deveria ter sido enviada antes de você, Ayami era o nome dela. Diferente de você, ela não ousou me atacar. Claro, peguei o caso dela imediatamente, então talvez a demora tenha dado a você alguma coragem. Os humanos são realmente animais emocionais." A entidade comentou, enquanto mantinha um olhar penetrante em Nasdan.

Nasdan não tinha ideia de quem era Ayami; tudo o que ele sabia era que tinha uma forte vontade de socar o homem à sua frente. No entanto, com a capacidade da entidade de controlar o tempo, seus impulsos eram inúteis.

Ele suspirou interiormente, sentindo seus movimentos retornarem gradualmente. "Eu me acalmei..." Nasdan respondeu com um tom irônico, embora sua irritação ainda fosse evidente.

A situação toda o deixara fora de si, e ele estava tentando recuperar a compostura.

A entidade continuava folheando algumas páginas de um livro em uma estante igualmente branca, deixando Nasdan se perguntando por que tudo precisava ser branco. "Peço desculpas, mas o tempo que passei aqui realmente me deixou um pouco perturbado." Nasdan murmurou.

"Não importa. Decidi poupar você, assim como poupei aquela mulher. Seria um desperdício enviá-lo para o vazio. Mesmo que tenha perdido o controle, você ainda demonstra algum vestígio de humanidade, embora não seja superior a ela, talvez até seja pior. Sua habilidade em mascarar seus verdadeiros sentimentos é notável. Você engana a si mesmo de maneira impressionante" A entidade comentou, sem desviar o olhar do livro.

Nasdan engasgou com a avaliação incisiva. "Eu não sei do que está falando... Sinceramente, eu fui assassinado por criar algo que deveria beneficiar a humanidade como um todo. Isso não me faz um herói?" Ele questionou, defendendo a única coisa que ele podia considerar "boa" em sua intenção: o desejo de impulsionar o progresso humano.

A entidade, no entanto, permaneceu imperturbável. "Continue acreditando nisso, se isso o ajuda a dormir à noite. Você é engenhoso demais, com sua criação de energia infinita, sem se dar conta do caos que isso poderia causar em seu mundo. Da minha perspectiva, seu objetivo parecia ser causar tumulto." A entidade parecia cética quanto às intenções de Nasdan.

Nasdan não se conteve. "A humanidade só pode progredir através de seus erros. Não tenho culpa se minha ideia pode ser usada de maneira inadequada por outros. O importante é a intenção original da minha criação; o resto é responsabilidade das outras pessoas. Eu não vou limitar minha criatividade por causa da fragilidade do mundo. Isso é ridículo." Ele murmurou com convicção.

A entidade respondeu com desdém. "Me poupe, humano. Não tenho interesse em ouvir suas justificativas distorcidas e equivocadas. Sua perspectiva pouco me interessa, na verdade. Decidi fazer o mesmo que fiz com a mulher anterior. Vou enviá-lo para outro mundo, um que você está levemente familiarizado, o MCU. Você terá direito a dois pedidos." Anunciou a entidade.

Nasdan ficou em silêncio, ponderando sobre a perspectiva de entrar em um universo como o MCU. Ele percebeu que sua inteligência, que o colocara acima de muitos em seu mundo, poderia não ser tão destacada em um universo cheio de super-heróis e gênios da tecnologia.

Ele orgulhava-se do fato de ser uma das mentes mais brilhantes de seu antigo mundo, responsável por criar um gerador de energia infinita e limpa. Isso, por si só, deveria ser prova suficiente de sua genialidade. A única razão pela qual ele nunca havia tentado criar uma armadura era a falta de recursos financeiros.

"Um universo de heróis, hein? E eu posso pedir praticamente qualquer coisa?" Ele questionou, mantendo um olhar desconfiado em direção à entidade com olhos vermelhos. "Posso até mesmo pedir para me tornar um Deus?"

A entidade respondeu com uma expressão de tédio, quase como se achasse a pergunta de Nasdan ingênua. "Pedidos desse tipo são enfadonhos. Não tenho interesse em torná-lo onipotente. Acredito que você seja inteligente o suficiente para compreender os limites do que pode solicitar. Sua pergunta foi bastante ingênua, na verdade."

Nasdan refletiu por um momento. Ele era um cientista brilhante, um inventor de mente excepcional, e pedir inteligência equivalente aos maiores gênios do universo seria subestimar suas próprias habilidades e conhecimentos. Seria admitir que era burro.

"Nesse caso... vou pedir algo que me fascina desde a infância. Quero o relógio do Ben 10 da série Omniverse, mas com as mesmas características do Superomnitrix de Albedo. Não estou buscando uma fusão, apenas a versão original, algo tão incrível que só poderia ter sido criado pelo próprio Azmuth. A versão definitiva do relógio, sem mais atualizações ou vulnerabilidades de segurança." Declarou Nasdan.

Como um cientista à frente de seu tempo, Nasdan sempre admirou o personagem fictício, apelidado de "Primeiro Pensador", o criador do Artefato definitivo da Paz, que idiotas leigos frequentemente interpretavam como uma nova arma.

Pessoas tão inteligentes quanto ele também sofriam desse mal: seus trabalhos eram erroneamente considerados armas, embora não fossem.

E que diferença faria se alguém pudesse usar seu gerador de energia para criar algo pior do que bombas atômicas? Isso não era culpa dele, mas sim daqueles que concebiam essas ideias insanas. Nasdan sabia que, às vezes, a sociedade tinha dificuldade em compreender as intenções benevolentes por trás das inovações.

A entidade o observou por um momento, pensativo. "Muito bem, mas saiba que não vou conceder acesso ao controle mestre. Funcionará como se tivesse sido projetado por Azmuth, com segurança completa. Você terá a versão definitiva do relógio, mas só terá acesso aos aliens que foram mostrados ou divulgados na obra. Além disso, só poderá usar versões supremas dos aliens que foram demonstradas usando-as." Explicou a entidade.

"Isso é um pouco frustrante, mas eu meio que previ algo assim." Nasdan respondeu.

"Qual é o seu próximo pedido?" A entidade perguntou, pegando Nasdan de surpresa.

Ele havia presumido que seu primeiro pedido seria gasto para obter o relógio do Ben e o segundo para personalizá-lo. Mas, depois de refletir, percebeu que, na realidade, seu único pedido foi para ter uma versão modificada do relógio. O restante da formulação de sua frase serviu apenas para explicar melhor o pedido.

"Compreendo... O relógio possuía uma IA e várias funções adicionais, como GPS e tradutor universal. Quero saber quão avançada é a IA nesta versão modificada e se as funções adicionais são as mesmas que vi na série?" Nasdan indagou.

"Mantive a mesma IA vista na história original. Sim, todas as funções adicionais que você observou serão preservadas no relógio." Respondeu a entidade, cruzando os braços.

"Entendo... nesse caso, desejo uma IA de suporte verdadeiramente avançada. Um supercomputador no mesmo nível de tecnologia que o Omnitrix incorporado ao relógio." Disse Nasdan com determinação.

A entidade não respondeu verbalmente, apenas se ergueu, estalou os dedos da mão direita e fez um gesto circular com a mão esquerda.

"Muito bem, seus pedidos foram concedidos. Agora, vou lançá-lo aleatoriamente em algum lugar do universo Marvel, em algum ponto entre os filmes que você conhece. Não se preocupe, vou me ater apenas ao universo cinematográfico, então não considere informações dos quadrinhos como um fato relevante. Quanto à sua aparência, criei um novo corpo para você. Para sua aparência, utilizei um ator que o público considera adequado para interpretar Ben 10." Explicou a entidade, sem se importar em ouvir a reação de Nasdan.

"Como assim? Não brinque comigo, eu não quero perder o meu corpo!" Protestou Nasdan, prestes a saltar sobre a entidade. No entanto, o chão sob seus pés se transformou em um portal e ele caiu através dele.

"Fim do meu expediente." Disse a entidade, observando seu relógio cujos ponteiros permaneceram imóveis.

❍❍❍

A primeira sensação que Nasdan teve foi o repentino mau cheiro ao seu redor, combinado com uma escuridão completa. "Onde diabos estou... Será que ele me mandou para o vazio?" Ele se perguntou, estendendo a mão e encontrando uma superfície fria e sólida, provavelmente metal. "Hm?" Ele murmurou, tentando se apoiar para sair de sua posição desconfortável.

O som de sacolas ao redor dele rasgando só intensificou o odor desagradável. "Não me diga..." Ele resmungou, forçando a tampa da lixeira em que estava confinado. A luz entrou instantaneamente na lixeira enquanto ele emergia dela de forma desajeitada, caindo no chão.

Ele se levantou, sacudindo sua roupa, enquanto observava ao redor. Estava em um beco, aparentemente no Queens. "Pelo menos estou em Nova York..." Ele comentou, olhando para o corpo que agora habitava. Não era o seu próprio corpo; era mais baixo e a voz era diferente.

Nasdan vestia um moletom verde que se assemelhava à jaqueta do Ben 10, se fosse um moletom, uma calça jeans e tênis pretos. "Parece ser um corpo jovem… 20 anos, talvez?" Ele murmurou, observando o pulso esquerdo onde um relógio descansava.

O aspecto do Omnitrix em seu pulso era totalmente diferente de qualquer relógio que ele tinha visto na série. Era tão grande quanto o Superomnitrix, em vez do verde escuro usual, era branco com detalhes em verde, preto e cinza em volta do círculo de ampulheta. O mostrador central também tinha um design diferente, mais futurista.

Claro, Nasdan imediatamente começou a explorar o mostrador, tentando girá-lo, apenas para perceber que era uma tela sensível ao toque e não um disco físico.

O layout da interface lembrava o visto em Omniverse, mas em vez de apenas silhuetas, mostrava miniaturas coloridas dos aliens. Ele analisou a lista de aliens por alguns minutos.

"Ok, já vi alguns aliens que nem mesmo apareceram na série, embora os criadores tenham feito desenhos deles... então, aquele cara considerou qualquer material de base para os aliens? Isso é interessante." Nasdan murmurou, encerrando sua exploração por ali.

"Ok, hora de sair para explorar o terreno." Ele declarou, puxando o capuz do moletom enquanto deixava o beco com as mãos nos bolsos.

Nasdan estava, de fato, no Queens, e isso foi fácil de confirmar, pois reconheceu as ruas, embora com algumas diferenças. Ele estava familiarizado o suficiente para se orientar.

Ele caminhou pela calçada por um tempo, avistando uma loja de jornais do outro lado da rua. Rapidamente atravessou a rua, olhando para os dois lados.

"Boa tarde, posso pegar um jornal?" Ele perguntou, apontando para um exemplar do New York Times. "Dois dólares, garoto." Respondeu o vendedor, desviando os olhos do próprio jornal para encará-lo.

Nasdan enfiou as mãos nos bolsos, dando de ombros com um sorriso. "Acabei não trazendo dinheiro, mas realmente preciso ler um jornal." Explicou.

O vendedor suspirou. "Pegue um, mas não leve com você; você pode ler enquanto estiver aqui na banca." Concordou, voltando a atenção ao seu próprio jornal.

"Obrigado, vou me certificar de pagar quando tiver a oportunidade." Prometeu Nasdan, mas o homem não pareceu prestar muita atenção.

"Vamos ver em que ponto da história estamos." Nasdan pensou, verificando o ano. "2016..." Ele murmurou. Isso o colocava antes de "Guerra Infinita" e outros filmes mais recentes, como "Os Eternos".

Nasdan suspirou profundamente, preferiria ter aparecido no universo Marvel após "Guerra Infinita"; ele não era exatamente um fã desse universo.

"Droga, agora terei que lidar com o Thanos." Ele pensou.

Não era porque ele sonhasse em fazer parte dos Vingadores ou lutar ao lado de heróis. Nasdan não era um grande fã da franquia; na verdade, ele assistia mais pelos aspectos científicos e as invenções de personagens como Tony Stark. Não que ele fosse um grande fã de Tony Stark também.

A razão pela qual ele imediatamente percebeu que teria que lidar com Thanos era simples: ele não queria ser apagado. Embora fosse um evento aleatório, a possibilidade de ser uma das vítimas da aniquilação em massa não era algo com o qual Nasdan estava disposto a contar.

"Ok, estamos em 2016, o que mais?" Ele pensou enquanto folheava o jornal. Após ler algumas notícias chocantes, algo chamou sua atenção. "Ataque à ONU termina com a morte do rei de Wakanda..." Ele murmurou, observando a foto do pai do Pantera Negra na primeira página.

"Ontem? Estamos no meio da Guerra Civil, então..." Ele percebeu.

A situação estava complicada; os Vingadores estavam divididos e havia muita tensão. No entanto, essa informação também o direcionou.

Nasdan continuou lendo o jornal até que, por acaso, olhou para o vidro que refletia sua imagem. Sua boca se abriu em surpresa. "Não pode ser..." Ele murmurou, incrédulo com o que via.

O reflexo que encarava era ninguém menos que Tom Holland, o ator que interpretava o Homem-Aranha. "Isso pode ser um problema!" Ele pensou, tocando o próprio rosto.

A coincidência era perturbadora, especialmente porque Tom Holland interpretou o Homem-Aranha exatamente no período em que o personagem foi introduzido no Universo Cinematográfico da Marvel em Vingadores: Guerra Civil.

"Isso não vai ser fácil de explicar se alguém que conhece o Peter me encontrar por aí…" Preocupou-se Nasdan. Ser confundido com Peter Parker poderia causar sérios problemas.

Ele voltou sua atenção ao jornal, folheando-o completamente. Aparentemente, ainda estava no início dos eventos de "Guerra Civil", pois não havia informações sobre o Capitão América sendo procurado ou ajudando o Soldado Invernal.

"Literalmente no início, mas por enquanto, eu não quero me envolver em nada." Ele decidiu, passando pelas páginas e lendo os destaques.

"Obrigado." Ele disse ao vendedor de jornais, devolvendo o jornal à banca. "De nada, volte quando tiver dinheiro." Respondeu o homem com um aceno.

"Sim, dinheiro..." Nasdan murmurou, enquanto colocava as mãos nos bolsos. Ele sabia que precisava de dinheiro; sem ele, estava à beira de dormir nas ruas.

"Dinheiro, documentos... uma longa lista de coisas para conseguir." Ele pensou, continuando a caminhar.

Sua paranoia crescia à medida que pensava na SHIELD, mesmo que a organização tivesse entrado em declínio após os eventos de "Capitão América: O Soldado Invernal", ainda existiam agentes operando por aí, pelo menos era o que ele imaginava, já que havia ouvido falar de uma série sobre isso, embora não a tivesse assistido.

"Vou ficar na encolha por enquanto, até encontrar alguma segurança..." Ele disse a si mesmo, dirigindo-se a uma loja com um grande banner escrito "Deli-Grocery: Best sandwiches in Queens".

Nasdan não era idiota, ele sabia que deveria agir com prudência e não aparecer imediatamente, especialmente correndo o risco de alterar coisas que não deveriam ser alteradas. Não que ele pretendesse seguir o enredo original dos filmes, mas por enquanto manter seu perfil anônimo era essencial em seus primeiros minutos naquele mundo.

Assim que entrou na loja, ele tomou uma postura mais natural, já que ser confundido com um ladrão era a última coisa que desejava, especialmente por falta de documentos.

"Estou faminto..." Murmurou, olhando para o interior com mais atenção. No entanto, ele parou abruptamente. Nasdan amaldiçoou sua sorte internamente.

"Quais eram as chances?" Ele se perguntou, mentalmente sorrindo incrédulo.

Ele continuou olhando seriamente para a pessoa em frente ao balcão de atendimento, que também o encarava com incredulidade. Nasdan imediatamente girou nos calcanhares e saiu da loja.

Ele começou a caminhar com passos apressados, olhando para trás para ver se a pessoa em questão o seguia. Ele notou o indivíduo saindo da loja, olhando em sua direção.

"Droga, não acredito que estraguei tudo logo no começo..." Nasdan murmurou, começando a correr e entrando em um beco. "Merda, isso vai estragar tudo... não tem como consertar isso... o que faço?" Ele se questionou, vendo o rapaz se aproximando.

"Peter, espera!" Exclamou o rapaz de quem Nasdan estava fugindo, adentrando o beco onde ele entrou.

A pessoa em questão era ninguém menos que Ned, Edward Leeds, o melhor amigo de Peter Parker.

Nasdan esfregou a mão no rosto, vendo o garoto se aproximar. "Cara, você corre muito..." O garoto murmurou, colocando as mãos nos joelhos para recuperar o fôlego.

"Achei que você tivesse que ajudar a May a fazer compras." Disse o garoto, aproximando-se mais de Nasdan.

"Garoto, você não tem noção do quanto estragou meu dia. Sério, eu não tenho sorte para essas coisas..." Nasdan murmurou, se aproximando de Ned e o empurrando contra a parede.

"Peter?" Ned murmurou, começando a estranhar a situação.

"Eu não sou o Parker, idiota. Mas sei que você é linguarudo o suficiente para não deixá-lo ir embora com essa informação. Não posso arriscar que você diga isso ao Peter, tudo que eu menos preciso é do Homem-Aranha atrás de mim…" Nasdan bufou, sentindo que revelou mais do que gostaria.

"Você é o Homem-Aranha, Peter?" Ned perguntou.

"Eu não sou o Peter, idiota. Eu só pareço com ele…" Nasdan murmurou.

Agora ele se sentia muito burro. Nasdan empurrou Ned para o chão e começou a mexer no painel sensível ao toque do Omnitrix, buscando qualquer alien que pudesse ser útil para se livrar da situação em que estava.

"Se eu usar Pesky Dust, talvez eu possa fazê-lo pensar que estava apenas sonhando, mas agora ele sabe que Peter é o Homem-Aranha e não posso apagar isso de sua mente…" Ele murmurou, parando a seleção circular de escolha de alien do Omnitrix.

Nasdan esfregou a mão no rosto, levando-a ao queixo, ficando pensativo.

Ele não era alguém sem escrúpulos que iria matar um garoto apenas porque ele descobriu algo que não deveria, além disso, ele gostava do personagem que Ned foi nos filmes do Homem-Aranha, embora sempre tivesse sua própria opinião sobre o quão idiotas eram os filmes do MCU.

"Ok, eis o que vai acontecer com você, Ned. Você guarda o segredo de ter encontrado alguém muito parecido com Peter Parker e eu não te mato." Ele disse, olhando para Ned com um olhar irritado.

"Você não é o Peter mesmo, não é, cara?" Ned perguntou, rastejando para trás, até esbarrar na parede do beco. "Não, não sou. Você estava literalmente no lugar errado e na hora errada." Nasdan falou, agachado próximo de Ned, que estava caído com medo nos olhos.

"Olha só, você finge que nada disso aconteceu, esquece que o Homem-Aranha é o Peter Parker e você vive na ignorância até ele te revelar isso, o que deve acontecer em alguns meses. Eu realmente não quero atrair problemas apenas porque sou um gêmeo dele." Nasdan reclamou mais uma vez.

"Você é o irmão perdido do Peter?" Ned perguntou.

"Peter tem um irmão perdido?" Nasdan perguntou confuso e curioso.

"Eu não sei, por isso perguntei. Cara, você é exatamente igual a ele, devem ser gêmeos separados na maternidade, você é o gêmeo malvado, claramente." Ned murmurou, nervoso enquanto suava horrores.

"Você tá me deixando confuso, Ned. Eu tô cogitando seriamente me livrar de você, porque sinto que você fala demais, não que eu não te entenda, também tenho esse péssimo hábito. E não converso com ninguém tem um tempo..." Ele disse, olhando para o relógio e pensando nos prós e contras de se livrar de Ned.

Novamente, ele não era um assassino.

"Por favor, não me mate, eu prometo não falar nada para o Peter. Para ninguém, eu juro!" Ned disse.

"Hm… tenho algo melhor em mente, sua casa por acaso tem algum galpão ou armazém no quintal?" Nasdan perguntou.

Ned ficou pensativo, mas apenas um olhar de Nasdan o fez falar. "Sim! Mas eu não acho que você vai querer ir lá, tem muita sujeira, ratos, baratas, escorpiões…" Ned tagarelou, tentando inutilmente desencorajar o estranho que ele confundiu com seu amigo Peter a ir para sua casa, porém o sorriso no rosto dele o estava assustando.

"Eu levo você lá." Ele disse, com medo.

"Que bom que estamos nos entendemos, Ned. Aliás, pode me chamar de Nasdan, meu nome é Nasdan Fledrah, a partir de hoje seremos bons amigos." Nasdan falou, estendendo a mão para ajudar Ned a se levantar.

"Isso soaria legal, se não tivesse sido depois de ameaçar me matar." Ned murmurou, ainda com medo. "Se você estivesse na minha situação, entenderia os meus motivos. E as melhores amizades surgem assim, Ned." Nasdan bufou.

E assim, Nasdan saiu do beco junto de um Ned assustado.

"Dá para caminhar mais rápido." Nasdan bufou, vendo Ned caminhar mais devagar enquanto mantinha as mãos no bolso de seu casaco. "Eu acho que torci meu pé quando você me empurrou lá atrás." Disse o garoto.

"Sinto muito por isso, não era minha intenção…" Nasdan murmurou.

"Tudo bem, é melhor do que ser morto por um cara que parece com meu melhor amigo." Ned disse, embora obviamente ainda estivesse nervoso, e parte de seu caminhar lento era apenas uma desculpa para ganhar tempo.

"Aliás, Ned, se você está tentando mandar um SMS para o Peter usando o celular em seu bolso, eu provavelmente realmente vou ter que te matar em algum momento." Nasdan disse, dessa vez realmente mostrando um olhar irritado.

"Você tem visão de raio X?" Ned perguntou em pânico, tirando a mão do bolso.

"Não, mas já assisti filmes o suficiente para saber que sempre rola algo assim. É um clichê de filmes idiotas, não seja um idiota, ok, Ned?" Nasdan perguntou, parando e colocando a mão no ombro de Ned.

"Olha só, eu realmente não sou um cara mau, Ned. Mas às vezes, em alguns momentos, eu tenho que me perguntar o que um cara mau faria? O que você acha que um cara mau faria agora?" Nasdan perguntou.

"Eu acho que…" Ned murmurou, mas Nasdan abaixou o olhar. "Era uma pergunta retórica, Ned. Não precisa responder, além disso, pode não parecer, mas eu sou um herói, não um vilão." Disse Nasdan.

Ned o olhou com ceticismo. "Ok, meus métodos não são os mais adequados, e nosso primeiro encontro foi um tanto estranho, mas sou realmente um herói." Nasdan bufou. "Eu não chamaria aquilo apenas de estranho…" Ned murmurou.

Nasdan apenas ignorou. "Está vendo isso em meu pulso? É um artefato criado para a manutenção da paz universal, uma ferramenta de diplomacia que me permite me transformar em qualquer alien que eu quiser. Eu poderia escolher tentar dominar o mundo, mas vim salvá-lo ao invés disso. Essa coisa me escolheu por uma razão, para salvar o mundo, Ned." Nasdan começou a mentir descaradamente.

"Mas por que diabos estou falando disso para você?" Nasdan cuspiu logo em seguida. "Acho que passei muito tempo naquela maldita gaveta, e agora me tornei um maldito tagarela…" Ele pensou, esfregando o rosto.

"Só me leva até esse galpão, e vou considerar te tornar o meu nerd da cadeira, na verdade, mais que isso. Se você não espalhar para ninguém sobre mim, eu até faço uma armadura melhor do que a de Tony Stark para você." Ele disse.

"Você tá falando sério?" Ned perguntou, desconfiado, mas empolgado.

Embora a pessoa diante dele o tivesse ameaçado abertamente de que iria matá-lo, não parecia que ele fosse realmente uma pessoa má, talvez meio louco, mas não mau como os vilões que ele estava acostumado a ver na Internet.

No entanto, talvez fosse porque ele estava vendo o rosto do Peter nesse cara estranho, o que o fazia confiar nele. Ou pelo olhar estranho que Ned percebia que o homem estava lançando, como se o conhecesse.

"Por que você se parece tanto com o Peter?" Ned perguntou, fazendo Nasdan olhar de canto de olho.

Ele precisava de uma desculpa, uma boa e conveniente desculpa. "Não posso dizer que não somos parentes, na verdade. Essa coisa também é capaz de escanear DNA humano. Há algum tempo, encontrei uma sequência de DNA parecida com a minha nessa cidade, o suficiente para eu procurar essa pessoa, pelo menos para tirar minhas próprias conclusões." Nasdan mentiu descaradamente. Era melhor do que falar a verdade.

"Então, você realmente é o gêmeo do Peter!" Ned exclamou em voz alta. "Quieto!" Nasdan disse, colocando a mão na boca de Ned. "Você realmente tem uma boca muito grande, não é?" Nasdan perguntou.

"É, costumam dizer isso." Ned disse, ficando quieto.

Após algumas horas de caminhada, eles finalmente chegaram a uma casa não muito distante do centro, que parecia estar localizada em um bairro tranquilo.

"Olha, vê se não assusta minha avó." Ned murmurou, subindo as escadas. Ele parou na frente da porta, segurando a maçaneta. "Promete que não vai matar a gente?" Ele disse, sem virar para olhar o rosto de Nasdan.

"Esse garoto…" Nasdan pensou, vendo o ombro de Ned tremer. Ele provavelmente estava chorando.

"Me desculpe por assustar você, Ned. Realmente não foi minha intenção, e sim, prometo que não vou matar vocês. Na verdade não vou matar ninguém, não sou um assassino." Ele disse.

"Vamos começar de novo, eu me chamo Nasdan Fledrah, eu sou de Boston." Disse Nasdan, apertando a mão de Ned.

"Ok, Nasdan. Obrigado por isso. Aliás, você estava falando sério sobre a armadura? Porque eu meio que já pensei em um nome." Ned falou, limpando as lágrimas e mudando de assunto tão rápido que ele ficou surpreso.

"Outra hora, Ned. Outra hora." Nasdan disse, com um sorriso inexpressivo.

Não foi difícil convencer a avó de Ned de que ele era apenas o Peter Parker, o melhor amigo de seu neto que veio com ele para montar alguns Legos. Na verdade, Nasdan conseguiu disfarçar-se o suficiente para deixar até Ned de queixo caído com o quão parecido ele estava com o verdadeiro Peter.

"Cara, tem certeza de que você não é o Peter?" Ned perguntou, subindo as escadas. "Já faz um tempo que eu observo ele, além disso, eu apenas agi como qualquer nerd tímido, acredite, é fácil." Nasdan falou, acompanhando Ned até seu quarto.

Quando chegaram ao corredor, Ned abriu a porta de seu quarto, um quarto com uma placa de Star Wars. Assim que adentrou o quarto, a primeira coisa que ele notou foram os vários Legos, uma grande coleção, assim como algumas figuras de ação de programas de TV.

"Isso me lembra do meu quarto na adolescência." Nasdan murmurou. "Na adolescência?" Ned perguntou. "Na infância, na verdade." Nasdan corrigiu, sem ligar muito.

"Então, você disse que esse relógio podia te transformar em qualquer alien que você quisesse, você pode se transformar no Thor? Ele parece muito com um humano, mas veio de outro planeta." Ned perguntou.

"Não tenho DNA Asgardiano no relógio, mas provavelmente poderia se o escaneasse." Nasdan murmurou, sentando-se em frente ao PC de Ned, o ligando.

"Legal, então você pode coletar amostras… quantos aliens você tem disponíveis?" Ned perguntou.

Nasdan começou a pesquisar alguns nomes conhecidos, apenas checando se realmente essas pessoas existiam naquele mundo. "Mais de 60…" Ele respondeu, focado em sua pesquisa.

O primeiro nome que ele procurou pertencia ao Quarteto Fantástico; ele encontrou os cientistas, e para sua surpresa, Reed Richards existia, mas não o Senhor Fantástico. Não havia nada sobre a existência dos heróis do Quarteto Fantástico, apenas pessoas comuns, um grupo de cientistas que aparentemente alugaram os últimos cinco andares do Edifício Baxter e os usavam como laboratório.

Em resumo, eles ainda eram pessoas comuns. Reed Richards, para surpresa de Nasdan, não era como foi mostrado no filme da Feiticeira Escarlate; era uma pessoa diferente, uma que Nasdan conhecia. Era Matt Smith, o mesmo ator de Doctor Who. Sue Storm parecia ser interpretada por Vanessa Kirby. Johnny, o Tocha Humana, era interpretado pelo ator Joseph Quinn.

O Coisa parecia ser o mesmo do primeiro filme. Claro, todos eles trabalhavam no Edifício Baxter e eram apenas pessoas comuns.

"Apenas o MCU, meu ovo!" Ele pensou, vendo que nesse mundo havia muito mais do que visto apenas nos filmes.

"Espera um pouco… ele estava considerando filmes do futuro?" Nasdan pensou. Claro, um ser atemporal não teria a mesma noção que ele sobre o MCU.

Nasdan continuou pesquisando mais informações por mais algumas horas, tempo suficiente para ele confirmar o que temia: havia muitos personagens de filmes que nem haviam sido lançados ainda, pelo menos os mais famosos. Ele não era um especialista em quadrinhos e só lembrava de coisas básicas ou de cortes que viu no YouTube.

Ele estava tão imerso que esqueceu completamente de Ned, até que notou a ausência de Ned no quarto. "Merda, não me diga que ele!" Ele murmurou, largando o PC e correndo na direção da porta, apenas para ver Ned parado com um prato de comida e um copo de suco.

"A Lola pediu para eu trazer seu jantar, já que você não desceu…" Ned falou, entregando o prato, ainda assustado, embora não tanto quanto antes.

"Certo… obrigado." Nasdan disse.

"Então, o que é o Instituto Xavier? Você vai se matricular em uma escola para jovens dotados…" Ned perguntou, seu olhar curioso fixo no monitor do computador, enquanto seus dedos inquietos folheavam algumas informações. Nasdan esfregou o rosto, surpreso.

"Por que diabos você está olhando o histórico de pesquisa?" Nasdan perguntou, já que tinha fechado e apagado as abas das suas investigações. Ned, visivelmente envergonhado, respondeu, "Desculpa, eu sou curioso, o lance de nerd da cadeira…"

"Ok, não importa." Nasdan murmurou, disposto a deixar o assunto de lado, mas, no fundo, ele estava preocupado com as informações que Ned estava absorvendo dele. Claro, ninguém poderia rastrear a pesquisa que ele fez, disso ele tinha certeza. "Essa Ia vai ser muito útil..." Ele pensou.

"De qualquer modo, não estarei indo para essa escola. É uma escola para mutantes, pessoas com poderes especiais." Nasdan explicou, compartilhando um pedaço de seu conhecimento.

Ao analisar as fotos que encontrou, ele percebeu que os X-Men eram uma combinação dos personagens dos filmes e de alguns elementos do desenho X-Men Evolution, algo que intrigava Nasdan.

"Então, sobre esse galpão no quintal, pode me mostrar?" Nasdan perguntou. Ele sabia que precisava ficar perto de Ned para evitar que o garoto revelasse informações que não deveriam ser compartilhadas.

Ned refletiu por um momento, olhando para a pilha de tarefas escolares que o esperavam.

"A gente pode ir lá depois que você jantar, tenho que fazer meu dever de casa." Ned respondeu, pegando o caderno na mochila e sentando na cama. Nasdan concordou com um simples "Ok" enquanto começava a comer a comida, observando Ned mergulhar nas obrigações escolares.

Depois que Ned terminou seu dever de casa, ele levou Nasdan ao quintal, já era noite e a avó do rapaz já havia ido dormir. O silêncio da noite envolvia o quintal, criando uma atmosfera tranquila.

"Bem-vindo ao lar?" Ned perguntou, abrindo o galpão, de onde saiu um rato correndo, fazendo Nasdan se dar conta de que talvez o lugar não fosse tão convidativo quanto imaginava. "Eu te falei, está infestado de ratos e insetos." Ned disse, com um olhar de quem dizia, "eu bem que avisei", enquanto se manteve próximo à porta do galpão.

"Ok, você não estava mentindo." Nasdan disse, entrando no armazém.

Embora não fosse grande, parecia um pequeno depósito do tamanho de um quarto, perfeito para o que ele tinha em mente. O ambiente estava um pouco empoeirado e repleto de caixas empilhadas. Nasdan olhou em volta, curioso sobre o que Ned guardava ali.

"O que você guarda nesse lugar, Ned?" Nasdan perguntou, passando os dedos pelas caixas empilhadas.

"Ah, é um monte de coisas antigas, brinquedos, gibis, algumas coisas da minha família. É meio um depósito, a gente não usa muito." Ned explicou, olhando em volta.

Nasdan começou a visualizar o potencial do lugar. "Vou montar uma base subterrânea e usar esse galpão como entrada, o que acha?" Ele perguntou, fazendo com que Ned o olhasse com incredulidade.

"Que você é louco." Ned disse, com descrença, mas não pôde evitar exibir um sorriso nervoso quando Nasdan o encarou.

"Digo, você consegue fazer isso? Seria incrível ter uma base secreta, você realmente estava falando sério sobre o lance de nerd da cadeira?" Ele perguntou, entrando no galpão, curioso e empolgado.

"Sim, eu tenho alguns aliens que podem cuidar disso, também dá construção de sua armadura, mas vou precisar de tecnologia para isso. Mas não se preocupe, já estou pensando em como consegui-la." Nasdan respondeu, seus olhos brilhando com a ideia de transformar aquele lugar em algo único e cheio de recursos para o que estava por vir.

"Legal. Mas, você não é rico, certo? Tony Stark gastou milhões de dólares para criar o traje dele, então... acho bem difícil você ter dinheiro para criar algo, considerando que suas roupas fedem a lixo, Nasdan." Disse Ned.

Nasdan suspirou. "Ok, golpe baixo falar das minhas roupas, eu meio que caí numa lixeira antes de nos encontrarmos." Explicou. "Em relação ao dinheiro e tecnologia, vou precisar fazer algumas coisas bem questionáveis."

Ned levantou uma sobrancelha, visivelmente preocupado. "Você vai roubar um banco? Porque se for, não estou sendo cúmplice disso."

Nasdan balançou a cabeça. "Não, o dinheiro é o menor dos problemas. A tecnologia em si será mais difícil. Irei tentar retirar o que puder de alguns bandidos que estão usando tecnologia roubada." Explicou.

"Você vai roubar de ladrões? Irado." Disse Ned, agora com um sorriso no rosto.

Nasdan concordou, mas com um semblante sério. "Sim, mas há um limite para o que se pode conseguir assim. Tenho que me preparar para lidar com algumas coisas. Se quisermos evitar que algo parecido com o que aconteceu em Sokovia aconteça em Nova York, precisamos nos preparar da melhor maneira, Ned. Este mundo está ficando perigoso, e não sabemos o que está além do nosso planeta. Os Vingadores não são suficientes para cuidar de todo o mundo. Além disso, com o Tratado de Sokovia em ação, provavelmente eles não poderão fazer muita coisa; a ONU vai limitar as ações deles..." Nasdan murmurou.

"O ponto é que terei que adquirir tecnologia não apenas de ladrões, mas também do governo e de outras pessoas. É a única forma de pessoas como você se igualarem a eles." Disse Nasdan, mostrando o relógio.

"Com isso, posso cuidar de mim mesmo, até certo ponto. Não preciso apenas de um nerd na cadeira, Ned. Preciso de alguém que possa usar, por exemplo, um traje de combate a distância enquanto se mantém na base. Será um empréstimo, e eu vou pagar tudo no futuro, provavelmente." Concluiu Nasdan, aproximando-se de Ned.

"Quando nos encontramos, eu disse que você estava no lugar errado na hora errada, mas talvez tenha sido o destino, Ned. Você estava onde deveria estar para ser a pessoa a quem eu faria esta proposta", Nasdan refletiu. "Você acha que vai surgir outra chance como essa? Uma chance de se tornar um herói, como os Vingadores."

Ele continuou, seu tom sério, mas sincero: "Não vou forçá-lo a aceitar meus métodos; alguns deles não são tão heroicos. No entanto, no geral, meu foco é salvar a humanidade. O que me diz, está dentro ou fora? Se quiser sair agora, você está livre. Não irei matá-lo, e se quiser, pode contar para o Peter. Tenho certeza de que ele é inteligente o suficiente para não vir atrás de mim." Nasdan falou, estendendo sua mão.

Ned olhou com tensão para a mão do rapaz, que tinha o mesmo rosto que seu amigo, mas que falava de forma muito mais adulta. Após um breve momento de contemplação, Ned sorriu e apertou a mão de Nasdan. "Cara, você me convenceu quando falou sobre o lance do nerd da cadeira.", disse Ned com determinação.

❍❍❍

No dia seguinte, Ned despertou antes do sol nascer, observando ansiosamente pela janela de seu quarto na direção do misterioso armazém no quintal.

"Isso é, sem dúvida, a coisa mais incrível que já aconteceu na minha vida. É um segredo grande demais para eu manter só para mim..." Ele sussurrou, fixando o olhar no celular que repousava com serenidade sobre a escrivaninha.

Nasdan, o autoproclamado gêmeo maligno de Peter Parker, era uma figura tão enigmática quanto intrigante, disso Ned estava certo. A noite anterior havia sido dedicada a uma meticulosa investigação do histórico de pesquisa do computador, uma imersão nas pegadas digitais de Nasdan na internet.

Pessoas, lugares e artefatos – ele tinha vasculhado uma vasta variedade de tópicos, e o fez com uma precisão quase sobrenatural, como se tivesse um conhecimento exato do que procurava.

Surpreendentemente, também havia pesquisas sobre um local chamado Wakanda, um país africano que, embora considerado por muitos como carente, parecia desencadear uma busca intensa de Nasdan. "Acho que me tornei o 'nerd da cadeira' de um lunático." Ned murmurou.

Apesar de suas dúvidas, uma parte de Ned ansiava por acreditar que ele fosse capaz de se transformar em alienígenas e criar um traje à semelhança do Homem de Ferro.

"É melhor eu conferir o que ele está fazendo. Ele disse que passaria a noite cavando no subsolo..." Ned decidiu, vestindo uma camisa e dirigindo-se para fora do quarto, com a curiosidade como sua bússola.

Ao sair para o quintal, Ned imediatamente notou que algo estava estranhamente diferente. O jardim da sua avó havia se transformado em uma exuberante maravilha da natureza, como se a flora tivesse florescido em uma velocidade quase sobrenatural durante a noite.

"Isso é... estranho..." Ned pensou, sua atenção sendo roubada do jardim pela presença imponente do armazém. Com uma mistura de curiosidade e surpresa, ele se aproximou da porta do armazém.

Ao abrir a porta, Ned foi saudado por uma visão que transcendeu todas as suas expectativas. Um gigantesco buraco se abria no chão, mas o que verdadeiramente capturava sua imaginação eram os degraus feitos de cristais verdes, incrivelmente resistentes sob seus pés.

"Uau, o que é isso?", Ned murmurou, testando a solidez dos degraus com um pé. A resistência surpreendente confirmada, Ned começou a descer as escadas de cristal.

À medida que ele descia, a luz dos cristais acima projetava um brilho suave e constante, revelando gradualmente o que estava escondido nas profundezas. Não era apenas um simples buraco, era uma verdadeira base subterrânea.

Paredes de cristais cintilantes, majestosos pilares e plataformas de cristal compunham a paisagem subterrânea. Ao mesmo tempo, o local estava coberto de vegetação, com grandes videiras se estendendo pelos grandes pilares de cristais.

"Uau! Ele não estava brincando quando disse que ia passar a noite cavando..." Ned murmurou, seus olhos amplamente abertos de espanto e admiração. A sensação de estar em um lugar tão único e secreto era quase avassaladora.

Enquanto Ned absorvia cada aspecto do ambiente, um som vindo de uma imponente porta na parede chamou sua atenção. Quando ele estava prestes a se aproximar, algo inesperado aconteceu: uma criatura feita inteiramente de cristal, com mais de dois metros de altura, emergiu da porta, carregando terra em seus braços e despejando-a em um monte.

Era uma cena que desafiava todas as expectativas, e Ned não podia deixar de se sentir perplexo e cativado ao mesmo tempo.

Ned, inicialmente maravilhado com a descoberta, murmurou: "O que..." Seus olhos brilhando de êxtase. No entanto, seu entusiasmo foi rapidamente substituído pelo choque quando ele deu um passo para trás, tropeçando e caindo no chão.

A criatura de diamante imediatamente direcionou seu olhar para Ned, começando a avançar lentamente em sua direção. Ned tentou desesperadamente correr, mas seus esforços foram em vão, e ele acabou caindo novamente.

Quando Ned finalmente conseguiu se virar, viu a criatura de diamante a poucos metros de distância, com um sorriso que brilhava como cristais.

"Não tenha medo, sou eu, Ned. Nasdan, embora nessa forma você possa me chamar de Diamante. Este é um petrosapien, um nativo do planeta Petropia." Nasdan explicou, batendo contra o símbolo de ampulheta em seu peito.

Ainda atordoado, Ned murmurou: "Você não era louco."

"Sim, e esta é a nossa caverna da solidão. Ainda não está perfeita, mas vou adicionar mais algumas paredes e detalhes. Fica a pelo menos 27 metros de profundidade, deve ter sido uma longa caminhada pelas escadas. Ainda não adicionei corrimãos, então você deveria tomar cuidado." Nasdan disse com um sorriso, enquanto a criatura de diamante se desmaterializava em uma luz verde para revelar sua forma humana novamente.

A base reluzia com um brilho misterioso vindo dos cristais, um santuário oculto sob a casa de sua avó.

Ned se levantou com cuidado, ainda processando toda a situação. "Sim, quase escorreguei, mas tudo bem..." Ele respondeu com um sorriso nervoso.

"Então, esse diamante, o petrosapien, ele pode criar essas paredes, aliás, são diamantes de verdade? Acho que faria sentido você não estar preocupado com dinheiro." Ned perguntou, enquanto seus dedos tocavam as impressionantes paredes de cristal que os cercavam.

Nasdan refletiu por um momento antes de responder: "Não tenho certeza de quanto esses cristais criados pelo petrosapien valeriam, mas provavelmente muito. Eles são incrivelmente resistentes, talvez estejam entre as substâncias mais duras do planeta. Eu diria que podem até arranhar o escudo do Capitão América, talvez." Nasdan explicou, sua voz revelando uma pequena incerteza.

No entanto, considerando tudo o que havia testemunhado o alien fazer, Nasdan não podia deixar de acreditar que essa afirmação era verdadeira.

"Para conseguir causar algum dano ao escudo do Capitão, deve ser realmente muito resistente..." Ned murmurou, seus olhos brilhando de admiração enquanto acariciava uma das paredes de cristal com reverência.

"Parece que a coisa sobre você ser um herói realmente é séria. Mas por que nunca vi nenhuma notícia sobre você? Afinal, um homem de cristal gigante seria notícia." Ned ponderou, curioso sobre o motivo da discrição de Nasdan.

Nasdan explicou com um sorriso confiante: "Eu meio que me mantive escondido até ter certeza de como usar o relógio. Preferi evitar ser descoberto por enquanto, pelo menos até ter uma base de operações funcionando."

Ned levantou uma questão válida: "Não acho que vamos ter energia suficiente para ligar nenhum equipamento aqui embaixo, nem um computador que pegue sinal através dessas paredes. A conta de energia da minha vó já vem bem cara."

Nasdan sorriu com determinação, jogando seu cabelo castanho para trás. "Eu sou um gênio, Ned. Tenho um projeto em mente para um gerador de energia infinita e limpa, e com os equipamentos certos, posso torná-lo realidade. E computadores e Internet não serão um problema." Ele declarou com confiança.

"Energia infinita? Como o gerador do Homem de Ferro?" Ned perguntou, seu entusiasmo transparecendo.

"Algo parecido, talvez não tão avançado, mas baseado no mesmo princípio. Desenvolvi o projeto sem precisar usar nenhum dos aliens deste relógio. Posso imaginar pelo menos dois aliens inteligentes o suficiente para fazerem Tony Stark parecer um aluno do jardim de infância." Nasdan murmurou, considerando a genialidade de Stark no universo MCU. Nos quadrinhos seria mais difícil usar tal frase.

Ned não conseguiu conter seu entusiasmo e brincou: "Você deveria ter mostrado esses aliens ontem, meu dever de casa teria sido muito mais fácil." Tentando mascarar o quão impressionado estava com as habilidades de Nasdan.

Nasdan riu suavemente, apreciando o comentário descontraído de Ned, enquanto continuavam a explorar a caverna. Guiando-o pelas paisagens subterrâneas, Nasdan eventualmente os levou a uma área especial, onde grandes blocos de cristais semelhantes aos que revestiam as paredes estavam empilhados. Parecia um tesouro guardado em um cofre secreto, brilhando com a promessa de possibilidades.

"Eu os criei para usá-los como matéria-prima. Como mencionei antes, esses cristais são uma das substâncias mais resistentes do planeta, e pretendo usá-los na criação da sua armadura." Nasdan compartilhou com um olhar determinado, revelando sua visão ambiciosa.

"Sério? Uma armadura feita de cristal..." Ned murmurou, tocando um dos blocos que parecia inquebrável, sua mente já divagando sobre como aquilo seria incrível.

"Caraca, o Peter vai pirar quando souber disso." Ned exclamou, o entusiasmo se espalhando por ele.

No entanto, a seriedade retornou ao rosto de Nasdan rapidamente. "Você não pode contar a ele, Ned. Pelo menos, não agora. E também não deve mencionar que sabe que ele é o Homem-Aranha." Ele alertou com firmeza, enfatizando a importância do segredo.

"Não sei se vou conseguir guardar esse segredo do meu melhor amigo. Isso é a coisa mais incrível que já aconteceu na minha vida, preciso compartilhar com alguém." Ned confessou, sua preocupação revelando-se.

"Se serve de incentivo, se eu souber que você disse algo para alguém, não vou construir nenhuma armadura. Provavelmente, também vou desmantelar esta base e encontrar outro 'nerd da cadeira'." Nasdan advertiu, tornando claro o quão crítico era manter esse segredo.

Ned ficou em silêncio por um momento, contemplando a responsabilidade que estava assumindo. "Eu não vou contar, então, por favor!" Ele assegurou, determinado a cumprir o acordo.

"Nem preciso dizer que estou contando com você, Ned." Nasdan acrescentou com seriedade. "Não estou pedindo que guarde segredo para sempre, Ned. Apenas por alguns meses, me dê cerca de 2 meses, e então você poderá contar tudo a ele." Nasdan explicou, tentando amenizar a pressão.

"Dois meses... Eu posso aguentar dois meses..." Ned murmurou para si mesmo, reforçando sua determinação.

"Exatamente. Aliás, você vai para a escola hoje, certo?" Nasdan perguntou.

"Sim, vou demorar para chegar. Combinei com o Peter que iríamos a uma loja de quadrinhos depois das aulas. Mas já conversei com a Lola, contanto que você não saia ou a May não ligue, ninguém deve descobrir que você está aqui." Ned assegurou com um aceno.

"Para evitar que a May ligue, é melhor você fazer o Peter atender o telefone caso ela chame. Se ela ligar e nenhum de nós souber, e o Peter estranhar, diga apenas que você pediu para sua avó dar cobertura para ele." Nasdan sugeriu com seriedade.

"Entendi, vou fazer isso. E você, quer que eu traga alguma coisa? Revistas em quadrinhos ou algo do tipo..." Ned perguntou, demonstrando sua disposição em ajudar.

"Na verdade, artigos científicos seriam ótimos. E se puder encontrar algumas coisas relacionadas à engenharia, eu ficaria muito grato." Nasdan respondeu, revelando seus interesses acadêmicos.

E assim, eles deixaram o esconderijo e começaram a subir as escadas. Nasdan olhou para os degraus que se estendiam até o teto e comentou: "São realmente altos..."

"Você deveria ter colocado corrimões quando a construiu..." Ned brincou, aliviando o momento com um toque de humor.

"Eu esqueci completamente disso." Nasdan admitiu com um toque de autocrítica. Continuaram subindo os degraus, um de cada vez, até finalmente alcançarem o topo, deixando a caverna de cristal para trás.

Algum tempo depois, com Ned na escola, Nasdan se encontrava diante do computador de Ned. Com uma expressão de confiança, dirigiu seu olhar para o Omnitrix em seu pulso.

"Muito bem, adiei isso até agora, mas... Omnitrix, acessar os sistemas do computador?" Ele falou, fixando sua atenção no dispositivo alienígena.

De repente, uma série de painéis holográficos verdes emergiu diante de seus olhos, formando telas semelhantes a um computador, enquanto uma notificação apareceu na tela do computador de Ned, adornada com o símbolo dos Encanadores.

"Conexão estabelecida com sucesso ao computador de Ned. Como posso auxiliá-lo, Nasdan?" A IA respondeu com uma voz que parecia ressoar apenas em sua mente, fornecendo um nível adicional de segurança.

"Preciso que você penetre em algumas entidades governamentais responsáveis pela emissão de documentos. Quero que crie falsos registros que possam ser usados para estabelecer minha suposta relação de irmão gêmeo de Peter Parker. Use o registro de nascimento dele como modelo, mas faça alterações nos nomes dos pais. Vamos criar a história de que fomos separados na maternidade, adicionando detalhes que tornem essa narrativa mais convincente. Eu quero todos os documentos possíveis." Nasdan explicou, enquanto digitava incessantemente em um dos painéis holográficos, detalhando sua requisição com precisão.

"Ação realizada com êxito. Há mais alguma tarefa que deseja que eu execute?" A IA perguntou, pronta para continuar suas operações.

"Você conseguiu invadir tão rápido assim?" Nasdan verificou.

"Sim, porventura deseja que eu adicione mais algum detalhe?" A IA indagou, ansiosa por mais diretrizes.

"Não, fiquei surpreso com a rapidez de tudo. Agora, quero que envie os documentos para o endereço da casa da avó de Ned. E também, gostaria que imprimisse a localização dos transportes com tecnologia alienígena do Departamento de Controle de Danos. Liste todos os transportes que estarão partindo e os que já foram alvo de ataques." Nasdan elaborou suas instruções, enquanto pesquisava informações adicionais sobre o assunto.

O supercomputador do Omnitrix se revelou excepcional, operando com o mesmo nível de tecnologia avançada do próprio relógio. Pouquíssimas coisas na Terra poderiam rivalizar com seu poder computacional, o que quase lhe deu confiança para ser mais ousado.

"Qual é a probabilidade de você conseguir hackear Tony Stark sem que ele perceba?" Nasdan arriscou, demonstrando sua curiosidade. Imediatamente, simulações foram conduzidas pela inteligência artificial.

"Estimamo cerca de 92% de probabilidade de êxito. Contudo, 18% da probabilidade foi subtraída, levando em consideração seu conhecimento sobre Tony Stark. Embora, essa quantia possa ser uma supervalorização de sua parte da inteligência de Tony Stark, mas optei por incorporar essa precaução." Esclareceu a IA.

"Então, estamos com 74% de chance de sucesso sem ser notado?" Nasdan ponderou.

"Correto. No entanto, para alcançar tal sucesso, precisaríamos acessar os servidores principais localizados nas Indústrias Stark. Caso contrário, teríamos acesso apenas a dados administrativos da empresa, setores que podem não ser do seu interesse, como: registros de gastos de Tony." Detalhou a IA.

"Realmente, não estou interessado nos gastos de Tony com strippers... Esqueça essa ideia. Por enquanto, não vamos hackear nada disso. Quero que você se concentre em outra tarefa. Como sei que tem acesso às minhas memórias, localize Ikaris dos Eternos. Você também pode verificar alguma informação sob o nome humano que ele usa, Ike Harris. Além disso, quero que rastreie a localização da geleira onde os Deviantes estavam congelados, conforme mostrado no filme. Utilize as câmeras dos satélites em órbita até encontrar um local correspondente. É possível fazer isso sem ser detectado?" Nasdan estava decidido.

"Sim, posso utilizar satélites militares para essa tarefa. Acredito que eles possam realizar esse trabalho e são mais fáceis de hackear sem deixar rastros. Devo alertá-lo quando encontrar a localização de Ikaris e da geleira?" A IA confirmou a tarefa.

"Sim, gostaria disso. Se possível, quero que tente rastrear Ikaris em tempo real, caso o localize. Precisamos lidar com ele o mais rápido possível." Nasdan enfatizou novamente sua determinação.

Ikaris era um dos Eternos, mas no filme, ele foi retratado como um antagonista disposto a permitir que o planeta morresse para dar à luz um Celestial, simplesmente porque era seu propósito de vida. Nasdan não achava que alguém com esse tipo de mentalidade deveria continuar livre. Evitar problemas desnecessários estava no topo de suas prioridades.

"O despertar do Celestial ainda está longe de acontecer, mas se eu ajudar a impedir Thanos, isso pode acelerar o processo. E, se vencermos Thanos, é claro..." Nasdan murmurou, reconhecendo a complexidade da situação.

Sua escolha de agir agora para lidar com Ikaris poderia evitar muitos problemas no futuro. Era uma decisão que ele estava disposto a tomar. "Se eu lidar com ele agora, posso evitar muitos problemas, inclusive a morte de dois Eternos... Acho que posso fazer isso..." Ele concluiu, fortalecendo sua resolução.

Enquanto continuava seu processo de falsificação, Nasdan adicionou detalhes à sua história, incluindo seu incrível começo como um prodígio que entrou na faculdade de física aos 8 anos de idade, onde obteve seu diploma em apenas quatro anos e concluiu um doutorado mais cedo devido ao seu histórico acadêmico impecável.

Na verdade, ele não precisava exagerar em nada disso, pois era exatamente assim que ele havia progredido em sua vida passada - um verdadeiro gênio desde o início. "Meu começo foi realmente grandioso..." Ele refletiu com nostalgia.

"Omnitrix, vou chamá-la de Safir, está bem?" Nasdan anunciou, dirigindo sua atenção para o símbolo dos Encanadores na tela do computador de Ned. O símbolo imediatamente assumiu uma aparência que Nasdan não esperava encontrar ali - a imagem de sua mãe, Safira Fledrah. "Isso é..." Nasdan começou a dizer, olhando para a representação de sua mãe na tela.

"Desculpe, Nasdan, se preferir, posso assumir uma nova aparência ou voltar à anterior do símbolo dos Encanadores. Pensei que seria adequado assumir uma aparência mais humanizada e confiável para facilitar a interação entre a interface de apoio e o usuário." Safir explicou, oferecendo a Nasdan a opção de mudar sua aparência.

"Esqueça, pode usar a aparência dela, foi inesperado..." Nasdan murmurou, aceitando a representação de sua mãe na tela. "Certo, devo basear minha personalidade na dela?" Safir perguntou, buscando orientação.

"Não, isso já seria demais. Na verdade, quero que você seja da forma que quiser ser. Você é uma inteligência artificial completa, certo?" Nasdan perguntou, permitindo a Safir liberdade de escolha em relação à sua personalidade.

Safir o encarou com seriedade. "Sim, tenho completo controle sobre minhas ações, embora meu principal dever seja apoiar o usuário atual da melhor forma possível. Minha diretriz de apoio está acima das minhas vontades, embora eu possa contorná-las se necessário" Explicou Safir.

Nasdan murmurou: "Entendo, só não seja uma skinet... isso seria clichê." enquanto encerrava sua pesquisa com um movimento rápido para a direita, eliminando a tela holográfica.

Safir ajustou sua aparência na tela, assumindo a forma de Safira Fledrah em sua juventude e prosseguiu com sua resposta. "Compreendido, Nasdan. Também vou monitorar o Homem de Ferro e o Capitão América conforme você solicitou. Ficarei atenta a qualquer desvio do enredo do filme e informarei a você imediatamente."

"Certo. Também vou querer um compilado das informações dos novos aliens disponíveis no Omnitrix, aqueles que não foram mostrados no programa. Conto com você." Nasdan disse, fechando mais uma das telas holográficas.

Safir prontamente respondeu: "Claro, Nasdan, enviarei um relatório sobre cada um deles. E não vou me tornar uma skinet no futuro, embora seja uma sugestão ponderável." Nasdan franziu o cenho por um momento, até que Safir esclareceu com um toque de humor artificial: "Brincadeirinha! Achei que isso poderia melhorar o clima. Se necessário, posso ajustar meu senso de humor."

Nasdan, um pouco divertido com a resposta de Safir, brincou de volta. "Deixo seu medidor de humor sob sua responsabilidade. Só não pegue muito pesado em piadas de toc-toc." Ele sorriu levemente enquanto fechava mais um dos painéis holográficos.

"Não vou exagerar nas piadas de toc-toc, talvez nas de ding-dong." Safir respondeu com humor, enquanto se preparava para cumprir as tarefas atribuídas por Nasdan.

E assim se desenrolaram as próximas horas, Nasdan imerso em suas pesquisas enquanto Safir se esforçava para cumprir seus pedidos, mesmo tentando contar piadas ocasionalmente, embora, dada a falta de senso de humor de Nasdan, estava se tornando uma experiência um tanto desafiadora para a IA.

Eventualmente, Nasdan se encontrou sentado, encarando uma pilha de papéis que havia imprimido na impressora de Ned.

"Então, esses são todos os transportes de tecnologia que o Controle de Danos vai fazer?" Nasdan perguntou, enquanto examinava os documentos impressos.

Safir, ainda visível na tela do computador de Ned, assentiu. "Sim, esses são todos os carregamentos programados para os próximos dias. Quanto aos carregamentos furtados que você pediu para investigar, houve apenas alguns relatos de discrepâncias na contagem. Acredito que o Abutre esteja roubando em pequenas quantidades e sem ser notado, o que explicaria como ele conseguiu manter um perfil tão baixo."

"Faz sentido. Eu estava me perguntando como não notaram os roubos, mas se os produtos eram deixados em um cofre e a contagem era feita posteriormente..." Nasdan murmurou, conectando os pontos.

"De qualquer forma, já que estamos nisso, quero que você faça pesquisas detalhadas sobre cada membro da gangue do Abutre. Use o reconhecimento facial com base no que tenho em minha memória. Imagino que eles tenham registros criminais ou algum tipo de histórico. Se possível, quero que você obtenha os endereços de cada um deles." Declarou Nasdan, intensificando suas investigações.

Obviamente, Nasdan estava mais focado no enredo do Homem-Aranha do que no enredo de Guerra Civil. Isso porque era o enredo mais relevante para ele, especialmente agora que Ned o tinha visto pessoalmente.

Claro, roubar tecnologia do Abutre também era útil para concluir sua base de operações, mas eliminar o Abutre não era seu objetivo real, e ele não pretendia fazê-lo, pois isso era algo que o Homem-Aranha precisava enfrentar por conta própria. No máximo, ele estava planejando roubar dos fornecedores do Abutre, aqueles que estavam contrabandeando armas incrivelmente avançadas.

"Contanto que eu roube apenas o suficiente para criar algumas coisas, não deve afetar muito o enredo do Homem-Aranha. Vou me certificar de atacar apenas as vans que eles usam para transportar a carga." Murmurou Nasdan enquanto planejava seus próximos passos.

Com isso feito, Nasdan desligou o computador, excluindo todos os arquivos, desta vez pedindo a Safir para fazê-lo, para que Ned não pudesse vê-los posteriormente. Em seguida, ele saiu do quarto em direção ao banheiro.

❍❍❍

"Então, Peter, como foi a aula hoje?" A avó de Ned perguntou enquanto Nasdan estava jantando à mesa. Ele olhou para Ned, que devolveu o olhar com os olhos arregalados.

"Ah... a aula foi bem entediante, o de sempre!" Ned respondeu com pressa. Nasdan suspirou, percebendo o nervosismo de Ned.

"Foi uma aula normal, estudamos química no laboratório, não foi muito complicado. Tivemos que fazer alguns exercícios e seguir algumas fórmulas do quadro. Nada muito difícil. A comida está ótima, Lola." Nasdan respondeu com um sorriso gentil.

"Que bom que gostou, vocês precisam se alimentar bem para crescerem fortes." Lola comentou enquanto colocava um pouco mais de comida no prato de Ned. "Eu acho que já estou cheio, Lola." Ned murmurou.

Após o jantar, os dois subiram para o segundo andar. Assim que entraram no quarto, Ned fechou a porta. "Isso foi por pouco." Ele disse, aliviado. No entanto, Nasdan não parecia muito preocupado.

"Você se preocupa à toa, eu pesquisei o currículo de vocês, então sei quais são suas aulas. Além disso, aulas no laboratório são todas iguais na maioria das vezes." Nasdan respondeu enquanto se sentava em frente ao computador.

"Sim, você tem razão. Aliás, você não tem escola para ir?" Ned perguntou.

Nasdan girou a cadeira na direção de Ned. "Eu já me formei no ensino médio, Ned. Entrei na faculdade de física aos oito anos de idade, me formei rapidamente devido às minhas excelentes notas e por adiantar algumas disciplinas. Também concluí um doutorado. Não se surpreenda, sou um gênio." Nasdan explicou com confiança.

"Você está falando sério?" Ned perguntou, incrédulo.

"Sim, mas isso não importa. Quero que você seja o 'nerd da cadeira' esta noite." Nasdan continuou, tocando no mostrador do Omnitrix, que brilhou em verde com o símbolo de uma ampulheta. Imediatamente, algumas telas holográficas surgiram, e Safir apareceu na tela do computador de Ned.

"Olá, Ned. Finalmente nos encontramos." Cumprimentou Safir, olhando para Ned.

"Olá? Isso é o que estou pensando?" Ned perguntou, aproximando-se do computador e tocando a tela.

"Sim, esta é Safir, a inteligência artificial do Omnitrix. Ela está conectada ao seu computador e pode considerar que seu sistema agora é um dos mais seguros do planeta. Desculpe, Safir, mas não posso subestimar ninguém." Nasdan murmurou.

"Não tem problema, é um pensamento completamente compreensível, Nasdan." Respondeu Safir.

"É realmente uma inteligência artificial..." Ned murmurou. "Você não vai se tornar uma skynet, vai?" Ele perguntou, preocupado.

"Já estou começando meus planos de dominação mundial, Ned. Estou prestes a obter os códigos dos mísseis nucleares dos Estados Unidos." Safir brincou, exibindo um sorriso travesso.

"Nasdan..." Ned exclamou, assustado.

"Ela está apenas fazendo uma piada, Ned. Acho que você pegou pesado, Safir." Nasdan explicou, aliviando a tensão. Mas ela provavelmente poderia fazê-lo sem muita dificuldade.

"Sério? Desculpe, Ned. Talvez eu reduza um pouco meu nível de humor, de qualquer forma, é um prazer conhecê-lo, estarei ajudando com o seu papel de 'nerd da cadeira', então espero que possamos trabalhar juntos" Disse Safir, adotando um tom mais sério.

"Sim, claro, vamos trabalhar juntos." Ned respondeu, quase estendendo a mão para cumprimentar Safir antes de perceber que isso não era possível. "Desculpa, foi força do hábito. Então, o que você vai fazer hoje? Combater o crime na cidade? Não me diga que vai atrás do terrorista que atacou a ONU?" Ned perguntou, curioso.

"Não exatamente, vamos roubar alguns contrabandistas de armas avançadas que estão circulando pela cidade. Safir já os tem no radar, então vai ser fácil." Nasdan explicou.

"Isso parece legal o suficiente." Ned concordou, observando o mapa exibido por Safir, onde um ponto vermelho se movia em um bairro distante. "Você vai demorar um pouco para chegar lá usando o Diamante." Observou Ned.

Nasdan, no entanto, apenas sorriu e tocou o mostrador do relógio, fazendo um gesto de deslizar até encontrar o alien correto. Então, ele se levantou da cadeira.

"Na verdade, tenho o alien perfeito para isso." Disse, tocando na miniatura do alien exibido. Diferente do Omnitrix original, não havia um núcleo que seria pressionado para baixo; em vez disso, era como se fosse uma tela de celular. Assim que tocou na superfície lisa do dial, sentiu uma vibração, e o quarto brilhou em verde.

"XLR8!" Nasdan exclamou.

Diante de Ned, surgiu um velociraptor semi-blindado, um alienígena esbelto com braços finos, possuindo três garras em cada mão e duas garras nos pés apoiando-se em bolas pretas, que sustentavam suas longas pernas. Os braços e pernas do alien eram brancos, e ele usava mangas longas com um par de faixas sob os ombros.

"Lhe apresento um dos aliens velocistas do Omnitrix, Ned." Disse Nasdan, movendo-se tão rápido que Ned não pôde acompanhá-lo, e ele apareceu atrás dele, empurrando-o na cadeira em frente ao computador.

"Você e Safir vão me dizer exatamente onde eles estão. Preciso me concentrar para não cometer erros, então estarei confiando em vocês dois." Nasdan explicou com uma voz rouca e apressada. "Até mais!" E assim, Ned viu o alien desaparecer em um flash do quarto.

"Isso é incrível!" Ned exclamou, ainda olhando para o espaço vazio onde Nasdan estava. "Ned, precisamos trabalhar, a van está saindo do Brooklyn em direção ao Flatbush." Safir disse. "Certo! Vamos lá, hora do nerd da cadeira." Ned respondeu, pegando um fone de ouvido.

"Ok, Safir, você consegue acessar as câmeras e me dar um visual deles em tempo real?" Ned perguntou. "Você quer que eu use câmeras ou um satélite de vigilância militar?" Safir perguntou. "Você consegue hackear um satélite militar? Acho que deve ser melhor do que usar câmeras." Ned murmurou.

"Sim, use um satélite militar." Ned confirmou, vendo as imagens serem transmitidas. Começou a digitar comandos rapidamente para ampliar a vigilância, aumentando o alcance da visualização.

"Isso é tão incrível! Safir, conecte-nos com o XLR8 e mostre sua localização no mapa." Imediatamente, a posição de Nasdan foi exibida, mostrando um ponto verde se movendo tão rapidamente que deixou Ned chocado com a velocidade.

"XLR8, aqui é o Ned, mas você meio que já sabe... estou meio nervoso." Ned murmurou.

"Certo, Ned. Onde exatamente eles estão?" XLR8 perguntou, vendo uma imagem de Ned ser exibida no canto direito superior de sua viseira.

"Eles estão parados no semáforo da Flatbush. Acho que posso guiá-los para algum local mais isolado hackeando os sinais, um local sem câmeras. Também estou desligando as câmeras da área em que você está passando." Ned explicou, digitando os comandos enquanto Safir os enviava para cada local específico, aprimorando-os também.

"Isso é bom, vejamos, leve-os para Lockwood de Forest's Grave." Nasdan falou, movendo-se tão rápido quanto podia, observando os carros se moverem em câmera lenta.

A única razão pela qual Ned entendia o que ele estava dizendo era porque Safir estava rodando algum programa que o permitia fazê-lo.

"Ok, levando-os para Lockwood de Forest's Grave." Ned respondeu, enviando o último comando para os semáforos da área, fazendo todos eles fecharem ou abrirem conforme necessário para mudar a rota da van. Como previsto, a van começou a seguir o novo caminho.

"É isso aí, nerd da cadeira!" Ned exclamou, pegando um pacote de batatinhas e começando a comer. "Aliás, Safir, você entende de química?" Ned perguntou, olhando para o dever de casa. "Claro, Ned." Safir respondeu.

❍❍❍

Nasdan riu suavemente, percebendo que tudo ao seu redor parecia se mover em câmera lenta enquanto ele corria pela estrada, habilmente desviando de carros, motos e pedestres. Sua mente estava aguçada, e sua personalidade parecia mais hiperativa.

Graças à sua máscara, ele conseguia respirar normalmente mesmo em alta velocidade e estava protegido contra objetos que poderiam colidir com seu rosto durante a corrida.

Além disso, a máscara possuía um visor holográfico que exibia informações úteis, permitindo que ele monitorasse Ned, Safir e a localização geral da van que estava perseguindo.

"Eles estão mudando de rota. Parece que o Ned conseguiu executar o plano." Nasdan pensou, alterando seu curso.

Ele saiu da estrada principal e, em alta velocidade, adentrou um beco estreito, desafiando a fricção ao correr pelas paredes do prédio em direção ao novo ponto de encontro. "Isso está indo muito bem!" Ele exclamou, acelerando ainda mais sua corrida.

Depois de alguns instantes, chegou ao local, à frente dos indivíduos que estava perseguindo. "Droga, eles vão demorar um pouco para chegar." Nasdan murmurou. Nesse momento, ele também percebeu que a aparência de XLR8 havia mudado, agora era idêntica àquela mostrada em Ben 10.000 no clássico.

Nasdan gostou dessa mudança, pois essa versão do alien permitiria uma vigilância completa do planeta em questão de instantes. "Talvez haja alguma relação com a minha idade real..." Ele pensou, deixando esse assunto para uma reflexão posterior. "Mais importante, Safir, você pode confirmar a localização do Abutre?" Nasdan perguntou, ansioso por atualizações.

"Claro, um momento." Safir respondeu prontamente. "Ele acaba de chegar em casa após um jantar com sua esposa e filha. Não houve mensagens ou chamadas feitas em seu segundo telefone." Safir completou, fornecendo informações precisas. Nasdan suspirou aliviado.

"Ótimo, continue monitorando por qualquer atividade incomum." Ele instruiu. Essa conversa estava sendo mantida em sigilo, fora do alcance de Ned, graças à habilidade de Safir em trabalhar em camadas separadas.

O plano de Nasdan era roubar discretamente algumas das mercadorias do Abutre que estavam nas ruas, sem provocar diretamente um confronto. "Bem, lá vêm eles." Nasdan resmungou ao ver uma van se aproximando. Tudo estava indo de acordo com o planejado.

Seguindo o plano, Nasdan assumiu uma posição de corrida, sua cauda se estendendo para cima. Quando o semáforo ficou vermelho, ele disparou na frente da van em alta velocidade. Mesmo em sua rápida passagem, conseguiu vislumbrar brevemente o motorista, reconhecendo-o como um dos capangas do Abutre, o mesmo que vira no filme.

XLR8 chegou à traseira da van e, com um soco de sua garra, rompeu a tranca da porta, abrindo-a com facilidade. No interior da van, viu duas pessoas que pareciam estar no meio de uma conversa, embora agora estivessem praticamente congeladas no tempo acelerado.

"Esta será a minha maior vigarice." XLR8 murmurou, seus lábios pretos formando um sorriso torto enquanto se preparava para agir.

Nasdan olhou para as várias caixas de armas com entusiasmo. Em alta velocidade, começou a transportar todas as caixas para a base subterrânea no quintal de Ned. Sua velocidade era tão impressionante que, provavelmente, nem mesmo Ned percebeu o ponto verde movendo-se na tela.

Devido à grande quantidade de caixas, foram necessárias pelo menos quatro viagens. Foi nesse momento que Nasdan percebeu o quão poderoso um velocista poderia ser quando utilizado para fins menos nobres.

Após concluir a transferência das armas, Nasdan fechou a porta da van, quebrada durante o processo, e deu meia volta, correndo o mais rápido possível em direção à casa da avó de Ned.

Durante sua corrida, ele notou o som característico do Omnitrix se desativando. "Merda." Foi a única palavra que conseguiu pronunciar antes de ser envolto por um clarão verde.

De repente, ele não era mais XLR8, mas um ser humano sendo lançado em alta velocidade pelo jardim da casa da avó de Ned.

"Minha costela..." Nasdan murmurou, sentindo a dor após colidir com uma cerca e alguns vasos. "Droga, nos desenhos animados não era tão dolorido..." Comentou, vendo o sangue escorrer de seu corpo. Com dificuldade para respirar, perguntou a Safir: "Safir, quais são os danos?"

"Você quebrou três costelas, quatro tendões, uma fratura no ombro, perna e braços, além de algumas lesões menores e sangramentos internos." Respondeu Safir. Nasdan sorriu com alívio. "Como diabos ainda estou vivo?" Questionou.

"Um dos novos protocolos de segurança permite a transmissão de DNA de aliens com habilidades de cura para o corpo do usuário, promovendo uma recuperação acelerada. Estimo que em duas horas você estará completamente curado" Explicou Safir.

Nasdan ouviu o barulho de uma janela sendo aberta, Ned colocando a cabeça para o lado de fora. "Você tá bem, cara?" Ele perguntou da janela. "Não!" Nasdan murmurou com dificuldade. Aquilo foi inesperado; ele nunca pensou que o relógio fosse fazer isso. Quer dizer, sabia que era comum na série, mas vendo pessoalmente, percebeu que deveria ficar mais atento.

"Safir, da próxima vez quero que você mostre um cronômetro com o tempo de transformação." Disse ele, tentando se levantar, apenas para cair no chão quando sua perna fraquejou. "Ned!" Nasdan gritou com dificuldade. Era constrangedor, mas não tinha o que fazer.

Depois de ser recolhido por um Ned preocupado, Nasdan foi levado para dentro de casa, onde passou as últimas duas horas deitado na cama até finalmente se recuperar completamente. Ele poderia ter usado algum alien com regeneração quando o relógio carregou, mas evitou fazê-lo para avaliar a eficácia da regeneração de seu corpo.

"Nada mal." Ele disse, fechando e abrindo o punho.

"Realmente, nada mal. Mas você deveria tomar cuidado; se bater contra uma parede de tijolos em alta velocidade, definitivamente vai morrer." Ned alertou.

No entanto, Safir apareceu na tela do computador. "Isso não aconteceria. O protocolo de emergência seria ativado caso o dano fosse considerado fatal, e uma forma adequada seria selecionada." Explicou ela.

"Contanto que seja fatal, vou lembrar disso." Nasdan disse, se levantando. "Então, que tal vermos o que conseguimos?" Ele sugeriu, olhando para Ned com um sorriso. "Eu estava esperando você dizer isso." Ned concordou.

Ambos desceram as escadas do segundo andar em alta velocidade, passando por Lola. "Boa noite, Lola." Ned disse. "Boa noite." Nasdan murmurou.

Após chegarem ao armazém, a dupla desceu as escadas, que ainda não tinham corrimão. Levaram alguns minutos caminhando pelas plataformas e estruturas feitas de cristal verde que desciam pelo subterrâneo. Essas plataformas foram adicionadas após a construção do local, embora Nasdan basicamente tivesse copiado o design da Batcaverna, mas usando cristais verdes e adicionando algumas árvores ao local.

Finalmente, chegaram ao depósito onde Nasdan tinha armazenado as armas tecnológicas. Ned imediatamente caminhou em direção às caixas, pegando uma das armas. "O que isso faz?" Ele perguntou.

Nasdan suspirou, aproximando-se. "Essa é uma arma de anti-gravidade, se não estou enganado." Ele disse, retirando-a das mãos de Ned. "Ou é um raio que pode desintegrar quem for atingido por ele. Eu não sei, mas usar isso neste armazém é arriscado; os blocos de cristal refletiriam o laser. Talvez absorver o laser... Melhor não arriscar." Nasdan explicou, apontando para os grandes blocos de cristal.

"Ah, faz sentido. Mas isso tudo é tecnologia alienígena do ataque a Nova York? Como essas coisas foram parar nas ruas, pensei que o governo estivesse cuidando disso." Ned perguntou, olhando para as caixas repletas de equipamentos futurísticos.

"Está, mas uma empresa antiga que cuidava da limpeza da cidade ainda tinha material sobrando, os quais usaram para começar a roubar mais armas do departamento de controle de danos debaixo do nariz deles. É um esquema bem eficiente, mas é um tanto arriscado eles venderem essas armas nas ruas." Nasdan murmurou, colocando a arma que tinha pegado de volta a uma das caixas.

"De toda forma, usaremos isso para criar sua armadura. Claro, não dá para criar uma armadura apenas usando armas. Ainda precisamos de mais algumas coisas antes de você se tornar mais do que apenas o nerd da cadeira." Nasdan falou, começando a caminhar na direção das escadas.

"Entendi, a gente vai continuar obtendo esses equipamentos? Digo, não podemos permitir que essas armas perigosas fiquem nas ruas, pelo que você disse." Ned murmurou, seguindo Nasdan. Nasdan parou, ficando pensativo.

"Não podemos agir imediatamente. Preciso que eles continuem operando por um tempo. Não quero ter que roubar pessoalmente do departamento de controle de danos. É mais fácil tirar deles, já que eles não vão reclamar de produtos que eles próprios roubaram. 'Ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão', como diz o ditado." Nasdan disse, sorrindo.

"Além disso, há alguém trabalhando com eles que quero tentar recrutar para a nossa equipe." Ele admitiu.

"Hã? Você quer recrutar um criminoso? Isso não parece um pouco arriscado, cara?" Ned perguntou, com uma expressão de surpresa.

"Há vários tipos de criminosos, Ned. Aqueles que são maus por natureza e aqueles que são maus por necessidade. Se pudermos recrutar o último grupo, teremos uma equipe eficiente. Além disso, não sou um santo." Nasdan explicou.

"Bom, você tem razão, mas é melhor escolher com cuidado quem você vai recrutar... Aliás, podemos recrutar o Peter? Ele é o Homem-Aranha, acho que seria incrível tê-lo na nossa equipe!" Ned sugeriu, com um brilho nos olhos.

"Hm... Acho que podemos considerar isso. Estou ponderando algumas ideias. Talvez você não precise esperar muito para revelar minha identidade." Nasdan disse, deixando Ned empolgado.

"Não se empolgue muito. Por enquanto, são apenas planos. Mantenha segredo até que eu decida que é hora de contar a ele. Me dê alguns dias, e veremos o que posso fazer." Nasdan concluiu.

Ele realmente não queria interferir no enredo do filme "Vingadores: Guerra Civil". Afinal, estava no Queens, o que o permitiria interagir com o enredo do filme do Homem-Aranha, mantendo-se distante dos acontecimentos da Guerra Civil.

No entanto, também via essa como uma oportunidade de se introduzir de maneira mais impactante no mundo dos heróis. Claro, outra opção seria focar em lidar com o Abutre e deixar os eventos da Guerra Civil seguir seu curso natural.

"Havia aquela base na Rússia... Talvez eu possa encontrar mais equipamentos lá. Acredito que Safir consiga localizá-la com base em minhas memórias. Mas como farei para trazer os equipamentos? O XLR8 não é o alien mais forte, embora seja rápido. Depois daquele tombo, tenho que tomar mais cuidado ao usá-lo..." Nasdan ponderou.

"Ok, alguns dias, então!" Ned disse, empolgado. "Isso vai ser incrível! E quanto ao nome da nossa equipe? Os Vigias? Liga da Justiça?"

"O último seria complicado por questões de direitos autorais..." Nasdan bufou, fazendo uma piada que só ele entenderia. "Um nome, hein..." Nasdan murmurou, pensativo. Ned estava certo; um nome para a equipe seria necessário, especialmente quando Nasdan se tornasse público como um herói da humanidade.

"Vamos pensar nisso mais tarde." Ele concluiu.

"Sim, então, o que faremos agora? Enfrentar mais alguns criminosos? Talvez lutar contra um cartel de drogas!" Ned exclamou.

"Dormir, estou exausto." Nasdan disse. "Mas vou lhe dar um spoiler: vamos invadir uma antiga base secreta da Hidra na Sibéria, Rússia." Nasdan revelou, com um sorriso no rosto.

"Uma base secreta da Hidra na Sibéria? Uau, isso soa como algo saído diretamente dos livros de história. Se você sabe a localização dela, por que não a usamos como nossa base? Se ela permaneceu escondida até agora, talvez seja melhor tomarmos posse dela. Não estou reclamando da nossa base atual, mas uma localização na Sibéria parece bem mais secreta do que um armazém no quintal da minha avó." Ned explicou, com entusiasmo.

"Bem, para resumir, a Hidra ainda é uma ameaça, então não posso arriscar usá-la como nossa base. Além disso, acredito que a localização dela já não é tão secreta quanto eu pensava. Provavelmente, outras pessoas já obtiveram essa informação. No final, o que importa é quem chega primeiro. Felizmente, estamos alguns passos à frente da concorrência." Nasdan explicou.

"A Hidra ainda existe? Pensei que eles tivessem sido derrotados, embora ainda haja rumores a respeito. Às vezes, parece apenas uma teoria da conspiração." Ned murmurou.

"Cara, aliens tentaram invadir a Terra. Na verdade, há muito mais acontecendo nas sombras do que a maioria das pessoas imagina. Mas não vamos entrar nesse assunto agora. O que importa é que precisamos invadir essa base e roubar equipamentos. Acredito que encontraremos tudo o que precisamos lá, mas teremos que roubar um avião de carga, e isso é ilegal." Nasdan disse.

"Bem, não podemos roubar um avião de carga de algum cartel?" Ned sugeriu.

"Você tem um ponto." Concordou Nasdan, colocando a mão no ombro de Ned. "Vamos subir e descansar. Pedirei a Safir para localizar alguns aviões usados no transporte de drogas. Podemos considerar roubar um deles. Ótima ideia, Ned." Nasdan concluiu, e assim, eles começaram a subir as escadas em direção à superfície, deixando para trás a base subterrânea.


CREATORS' THOUGHTS
Joleiker Joleiker

Como podem ver, esta é uma história que estou compartilhando. Decidi meio que postar algumas histórias que estavam em meus rascunhos, e esta é uma delas. No entanto, não espere atualizações rápidas, pois estas histórias têm ficado nos meus rascunhos por meses, então você já pode ter uma ideia de quanto tempo levo para escrever. Decidi compartilhar apenas porque achei que vocês poderiam achar interessante. Dependendo do feedback, talvez eu continue a história. Aliás, o que acharam do protagonista? Sua interação com Ned e outros personagens...

Load failed, please RETRY

New chapter is coming soon Write a review

Weekly Power Status

Rank -- Power Ranking
Stone -- Power stone

Batch unlock chapters

Table of Contents

Display Options

Background

Font

Size

Chapter comments

Write a review Reading Status: C1
Fail to post. Please try again
  • Writing Quality
  • Stability of Updates
  • Story Development
  • Character Design
  • World Background

The total score 0.0

Review posted successfully! Read more reviews
Vote with Power Stone
Rank NO.-- Power Ranking
Stone -- Power Stone
Report inappropriate content
error Tip

Report abuse

Paragraph comments

Login