Adeline encarou os longos e brancos degraus que conduziam à igreja da capital. Suas vestes pesavam sobre seus ombros, enquanto ela ascendia pela infinita escadaria acima. Milhares de pares de olhos estavam vidrados nela, e ela fez o melhor para não tropeçar.
Esquerda, direita, esquerda, direita, esquerda, direita, ela contava silenciosamente os degraus em sua cabeça. Pelo canto do olho, ela viu os lábios de Elias se contorcerem em diversão.
"Você já está contando os degraus?" ele provocou em um tom baixo que quase se perdeu nos cantos atrás deles.
Adeline lutou para não rir. Se o fizesse, faria o povo ficar curioso sobre a conversa deles. Ela manteve o olhar fixo à frente e a mente clara.
Vendo sua determinação e sinceridade, Elias decidiu não provocá-la mais. Ele só queria aliviar sua ansiedade. Vendo que ela estava focada e lúcida, continuaram subindo os degraus em silêncio.