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100% November Rain - A nossa música / Chapter 1: Capítulo 1: Nos vimos em uma noite de chuva.
November Rain - A nossa música November Rain - A nossa música original

November Rain - A nossa música

Author: Noona_noona

© WebNovel

Chapter 1: Capítulo 1: Nos vimos em uma noite de chuva.

Existem várias canções sobre as chuvas de novembro, as letras contam histórias com finais tristes sobre um amor não retribuindo ou um fim de relacionamento, seja como for, durante a chuva as pessoas se tornam mais reflexivas sobre seus sentimentos. E para mim, existe uma música em especial a que tocou no momento em que me apaixonei pela primeira e última vez.

Era novembro e a chuva finca caia sobre o plástico do guarda-chuva. O céu estava escuro naquela noite e as luzes dos postes criavam um caminho iluminado até o dormitório. Eu estava atrasado mais uma vez, passei tanto tempo na biblioteca que perdi o horário de voltar, meu colega de quarto Korn havia me enviado dezenas de mensagens mencionado o quão atrasado estava para a reunião daquela noite de quinta.

Quando a música silenciou nos fones pude ouvi as gotas de agua caindo no guarda-chuva. Parei no meio do caminho e tirei o fone esquerdo; eu amava aquele som, a brisa úmida tocando a minha pele e a água fria caindo sobre a palma da minha mão. No fone direito se iniciou as primeiras notas de November rain. Levantei o rosto olhando o céu e deixei o ar sair fechando os olhos.

Passos de alguém correndo sobre as poças de água pareciam mais próximos a cada segundo. Eu abri os olhos e o vi pela primeira vez. A pele pálida sob a camisa branca encharcada, os cabelos negros molhados sobre a testa e os pequenos olhos de felino. Ele tinha a beleza que nunca havia visto antes em toda a minha vida, havia algo naquele garoto que o tornou especial para mim... Talvez a expressão tristonha, talvez a música tocando no meu ouvido.

Ele passou por mim e o segui com os olhos até perde-lo de vista. Ele sumiu da mesma forma que apareceu na noite.

Mais tarde quando Arthit entrou no quarto encontrou Korn de óculos escuros deitado no chão feito uma estrela do mar. Arthit sabia o que ele diria no mesmo segundo em que o viu abrir a boca.

"Você está super atrasado, meu caro." disse Korn "A reunião acabou há dez minutos atrás."

"Me desculpe, não pude chegar a tempo." Arthit se desculpou ao tirar os sapatos "Você tem a lista de alimentos?"

"A lista?" Korn pareceu pensar por alguns segundos, e então sentou rapidamente "A lista!"

O jovem levou as mãos a cabeça por lembrar-se de algo tão importante e ao mesmo tempo por quase ser derrubado pela forte tontura que sentiu.

"Ah, ah, tontura, tontura." reclamou Korn "Doutor, me salve dessa tontura."

Arthit sorriu para o dramático Korn e colocou a mochila sobre a mesa de estudo.

"Você precisa parar de se levantar bruscamente, Korn." avisou Arthit pela vigésima quinta vez naquele ano "E por que está usando óculos de sol no quarto?"

Korn suspirou e baixou as lentes dos óculos para olha-lo. Daquela distância Arthit parecia alguém alto, os nove centímetro de diferença entre os dois parecia bem maior visto dali; Korn deu sorriso galanteador e arrumou a postura para mostrar que agora era um cara estiloso.

"Meu novo estilo. O que acha, doutor?" quis saber Korn com um sorriso animado no rosto.

"Você fica bem com eles de dia." Arthit sentou-se na cadeira e abriu a mochila.

Korn riu e tirou os óculos ao se levantar. Ele gostava da sinceridade de Arthit e o achava um ótimo amigo, embora ele estive apenas o provocando com seus gostos excêntricos.

"Você sabe como me convencer, doutor." O provocou Korn "Eu sou um cara realmente muito lindo."

Arthit coçou a testa e soltou uma risada anasalada com o comentário idiota do amigo. Havia algo que ele precisava fazer naquele momento, algo importante.

"O que vocês decidiriam?" perguntou Arthit ao abri o caderno "Preciso da lista também."

Korn fez uma careta por esquecer de fazer a lista de comidas. Ninguém poderia culpa-lo por esquecer esse detalhe quando todos os membros do clube de teatro estavam empenhado em discutir sobre quem poderia trabalhar com P'An, a garota mais linda do clube. Korn tentou dezenas de vezes colocar ordem na reunião que se transformava a cada minuto que se passava em uma batalha de argumentos sobre quem era o melhor.

"Não chegamos a decidir sobre o que vamos servir." disse Korn frustrado ao sentar-se na cama de Arthit "Na verdade não decidimos nada. Os caras estavam ocupados demais disputando quem era o melhor."

"Podemos fazer isso." Arthit virou para ele e sorriu docemente "Isso não é um problema para nós, mas irei precisar da sua ajuda."

Um sorriso se iluminou no rosto de Korn no mesmo instante. Ele faria tudo que lhe fosse pedido desde que pudesse seguir com o que havia planejado para a barraca do seu clube.

"Estou a sua disposição, doutor." disse Korn animado "O que me pedir, eu farei."

"Isso é bom." Arthit sorriu virando-se para a mesa "Precisamos decidir juntos o que servir no festival."

"Eu tinha pensado em colocar receitas de acordo com a época da peça que vamos encenar." Korn compartilhou a sua ideia "P'An disse que se fizéssemos alguns pratos tradicionais ficaria perfeitos para que os visitantes se sentissem em uma viagem no tempo. E tenho que concordar com ela."

"Hmm, é uma excelente ideia." Concordou Arthit enquanto rabiscava o caderno "Tem algo em mente?"

"Não, mas pensei em ligar para a minha avó amanhã e perguntar para ela." Korn estava animado por esta finalmente conversando com alguém sobre a preparação para o festival "A vovó cozinha muito bem e tem um livro de receitas antigas que vem de longas gerações."

"Isso é perfeito." Disse Arthit concentrando "Espero que ela não se incomode de compartilhar conosco seus conhecimentos."

"Vovó ficará feliz tenho total certeza." Korn deitou na cama sorrindo "Já faz um tempo que não a vejo. Podemos ir no final de semana, o que acha?"

Arthit se manteve tão concentrando na forma que o desenho ganhava que esqueceu de responder a Korn. O que a princípio eram apenas traços e rabiscos naquele momento haviam se tornado um rosto. E os pequenos olhos felinos pareciam olhar diretamente para ele.

Não percebeu quando Korn levantou da cama e se aproximou dele esticando o pescoço para ver o que prendia a sua atenção.

"Quem é esse?" quis saber o jovem rapaz curioso.

"Que susto!" exclamou Arthit dando um espasmo de susto.

Korn riu e voltou o olhar para o garoto desenhado no caderno.

"E então, Doutor quem é esse cara?" curioso Korn voltou a perguntar.

"Eu não sei." Arthit fitou o desenho pensativo "O vi mais cedo e o rosto não sai da minha cabeça."

"Seria um visitante? Nunca o vi por aqui." comentou Korn pensativo pegando o caderno para ver melhor.

"Eu não sei..." Arthit suspirou e virou o rosto para Korn "Seria estranho se dissesse que continuo vendo ele na minha mente?"

Korn devolveu o caderno a mesa e olhou para Arthit.

"Não vejo problema algum. De acordo com o que você desenhou ele parece ser um cara muito bonito, talvez isso tenha te chamado a atenção." comentou Korn.

"Talvez." Pensativo Arthit olhou o grafite sobre o papel trazendo a imagem do rapaz molhado correndo na chuva "Acha possível alguém se apaixonar à primeira vista?"

"Hmm, eu acho que muita coisa é possível nessa vida." disse Korn sabiamente e caminhou até a escrivaninha do outro do quarto trazendo a sua cadeira para sentar "Você se apaixonou por ele?"

Segurando o lápis entre os dedos Arthit ficou em silencio por alguns instantes. Ele precisava refletir um pouco mais antes de responder.

"Eu não sei, Korn. Por alguma razão estranha sentir que precisava guardar esse imagem." Admitiu Arthit ao fitar o desenho deixando um suspiro frustrado escapar.

"Hm, você nunca me disse que gostava de garotos." Comentou Korn curioso.

Arthit olhou para ele "E eu não gosto, ou não gostava. Não sei mais."

"Ok, ok." Korn se levantou e aproximou-se de Arthit "Vamos, levante e vá tomar um banho. Você está cansado e confuso, um banho te fará muito bem."

"Você está certo." Arthit levantou e caminhou até o banheiro.

Korn conhecia muito bem o seu melhor amigo e sabia que ele pensaria sobre esse assunto por horas e as vezes até mesmo dias. E nada o faria se sentir melhor que um banho agradável e quente em uma noite chuvosa.

(***)

Na manhã seguinte Korn caminhava para a cantina do campus, um pouco mais cedo do que costumava ir. Pretendia tomar café com tranquilidade e aproveitar a calmaria daquela manhã antes de ir para a faculdade de Administração; escolheu sua refeição daquele dia e caminhou até a mesa mais próxima. Não se passaram se quer um minuto desde que sentou, antes que pudesse levar a primeira colherada a boca ouviu o toque de mensagem do LINE repetidas vezes; soltou o ar com frustração quando visualizou as mensagens, alguém havia trocado os relatórios.

Korn bloqueou a tela do celular frustrado por terem estragado a manhã com a preocupação que se formava na sua mente. A esse ponto tudo que lhe restava fazer seria correr para a faculdade e resolver o problema antes da aula.

Quando pensou em levantar se deparou com Type do curso de engenharia. "Sawasdee Krub." Type o cumprimentou antes de sentar à mesa "P'Korn trouxe a lista de materiais para o festival."

Korn olhou para o rapaz surpreso e logo após um sorriso animado se acendeu no rosto. "Me deixe ver."

"Depois do que aconteceu ontem a noite me senti mal por temos tantos membros infantis no clube." Se justificou Type ao entregar a lista para Korn "Liguei para P'An e juntos fizemos uma lista de materiais que precisamos para fazer os figurinos. Se você não aprovar podemos nos reunir mais tarde e resolver isso."

"Vocês foram bem específicos." Comentou Korn enquanto lia as anotações "Gostei disso. Significa que estão empenhados no trabalho."

Korn sorriu docemente para Type de forma que seus olhos estreitos sumiram formando apenas dois tracinhos. Ele estava realmente muito feliz por alguém se importar com o evento e está disposto a trabalhar duro.

"Estamos muito animados para o festival." disse Type com empolgação "Será um grande dia para o clube de teatro."

"Será." concordou Korn ao devolver a lista "Mas precisamos que os outros membros se importem tanto quanto vocês. Eles estão mais focados em quem vai beijar a P'An."

A careta que com Korn fez arrancou de Type algumas risadas. "Não se preocupe, P'Korn. Eu tenho uma ideia."

Uma notificação surgiu na tela do celular de Korn, seus olhos foram para a mensagem exibida ali. Um suspiro de alivio escapou por ser informado que o problema dos relatórios fora resolvido e entregues corretamente a professora. Quando Korn levantou o olhar notou a expressão confusa no rosto de Type, então ele sorriu docemente.

"Me desculpe. Um pequeno problema no meu curso." se desculpou Korn o fitando "Qual a sua ideia?"

Type não ficou chateado pela curta distração de P'Korn com o celular. Na verdade desde que o viu alguns minutos atrás, enquanto pegava os talheres, Type se perguntou o que poderia ter tirado o sorriso matinal de P'Korn, e naquele momento sua curiosidade foi saciada.

"Você precisa ir até lá?" quis saber Type preocupado em está tomando o tempo dele.

"Não, não. Tudo já se resolveu." Korn sorriu para ele "Vamos, me conte a sua idéia."

Sorrindo aliviado Type pode então compartilhar com ele a pequena idéia que havia elaborado na noite passada para fazer com que todos trabalhassem junto.

Próximo dali, no estacionamento do campus, uma moto grande de cor preta reduzia a velocidade até parar em uma das vagas livres. Naquele momento a atenção de muitos dos estudantes que estavam de passagem por ali voltaram inteiramente para o rapaz sobre a moto; no segundo que o capacete foi tirado suspiros escaparam dos lábios de algumas garotas e até mesmo garotos. Era Arthit, o veterano de medicina, o rapaz que muitas das garotas julgavam ser o mais lindo da universidade, o que seria um exagero, já que haviam muitos rapazes bonitos no campus.

Arthit havia recedido inúmeras vezes convites para modelar em algumas agências, foi eleito quando calouro o rei do festival, mas nada disso possuia um significado para ele, na verdade, Arthit prefere focar apenas nos estudo e na culinária.

O celular notificou mensagem, Arthit tirou as luvas antes de enfiar a mão no bolso e puxar o aparelho. Era Gun perguntando sobre a reunião antes do almoço no clube.

Caminhado em direção a cantina Arthit sorria educadamente para os estudantes que o cumprimentava. Ele era alguém realmente popular e querido. Todos o conheciam de certa forma, sempre havia alguém para contar quem era Arthit; haviam muitos rumores espalhados e parte deles eram de fato verdade. Quem nunca ouviu falar do aluno de medicina que bate em outras pessoas? O médico bonitão? O presidente do clube de culinária talentoso? Ou o baixinho que nocauteou o aluno de engenharia? Havia sempre uma nova especulação a respeito de Arthit.

Korn levantou a mão assim que avistou Arthit atravessar a cantina. De longe ele podia ver o bom humor do amigo, o fazendo concluir que Arthit já não pensava mais no garoto do desenho.

Cumprimentando os presentes à mesa Arthit sentou deixando a mochila no banco.

"Por que está aqui tão cedo?" quis saber Korn "Achei que a sua primeira aula fosse as 9h00."

"É sim, mas preciso fazer algumas coisas antes." disse Arthit e olhou para Type "É bom encontrar você aqui, N'Type."

Arthit pegou a mochila enquanto os dois rapazes o olhavam confusos. Tirando um caderno rosa do primeiro bolso Arthit entregou para o mais novo.

"Isso pertence a sua irmã. Ela deixou na bancada no outro dia." Arthit deu um sorriso fraco por lembrar que não foi exatamente assim.

Eart havia indo até o clube naquele dia apenas para fletar com ele. Foi um momento desconfortável e constrangedor para Arthit, ele sentia calafrios apenas de lembrar. Naquele dia Eart o seguiu por todos os lados, sempre falando sem parar, fazendo planejamentos para os dois, afastando todos que se aproximava dele e dizendo a qualquer um que estava fletando com Arthit e por isso ninguém mais deveria tentar. Ele foi educado desde o início ao pedir que parasse, que não o incomodasse e respeitasse o seu espaço, mas sua paciência foi ao limite quando Eart desrespeitou os membros do clube ao dizer que todas as garotas ali era "vadias de harém" esperando a hora certa para roubar Arthit dela.

Todos sabia que jamais se deve mexer com as garotas do clube de culinária, ninguém ousaria dizer uma única palavra ofensiva para aquelas garotas. Arthit as protegia como um irmão mais velho, se alguém queria o ver bravo bastava tocar em uma delas. Jack o aluno de engenharia levou alguns socos de Arthit ano passado por agir de forma obsessiva com Yuki, uma Nong de Arthit; naquele ano Jack a perseguia e a ameaçava após terminarem o relacionamento, Yuki andava com medo e chorava pelos cantos por conhecer só depois do término quem de verdade era Jack. Arthit a princípio só observava a situação até chegar ao ponto que precisou intervir, quando Jack tentou obrigar a Yuki entrar a força no carro, então nesse mesmo dia os novos rumores a respeito de Arthit se espalharam no campus. O médico que espancou uma pessoa até apagar.

"Ah, vou devolver a ela." disse Type confuso ao pegar o caderno "Obrigado, P'Arthit."

"De nada." Arthit assentiu.

"Você não vai tomar café?" quis saber Korn olhando Arthit.

"Vou sim." Arthit sorriu ao levantar.

"Podemos aproveitar esse tempo para decidimos algumas coisas para o festival." sugeriu Korn e olhou Type "Você tem aula agora, N'Type?"

"Não. Estou livre." Type sorriu animando.

"Vou pegar o meu café e já volto." avisou Arthit.

Os dois rapazes assentiram o vendo se afastar. Korn imediatamente tratou de contar a Type as idéias que tinha para a decoração da barraca, assim como, os pratos temáticos para o evento.

(***)

As últimas aulas haviam sido canceladas para a turma de Arthit, o motivo foi dito duas vezes pelo o último professor que fez questão de explicar com cautela para que não viessem novas perguntas o interrompendo. Arthit teria prestado atenção se durante os minutos de explicação não estivesse desenhando; amanhã se passou tão lentamente que o tempo lhe trouxe a mente as lembranças da noite passada, novamente aquela pessoa misteriosa estava tomando seus pensamentos. Ele não conseguia esquecer os olhos pequenos, os lábios vermelhos e o rosto fino, não conseguia tirar a imagem dos fios escuros grudados sobre a pele pálida e molhada. Ele não conseguia esquecer o garoto de ontem a noite.

O celular vibrou trazendo ele de volta de seus pensamentos. Na sala os estudantes se retiravam aos poucos enquanto reclamavam sobre o prazo do relatório que deveria ser entregue naquele mesmo dia. Arthit visualizou as mensagens e rapidamente jogou suas coisas dentro da mochila; ele estava apressado, precisava correr se quisesse evitar uma tragédia.

GUN: Temos um problema no clube.

GUN:Um cara estranho deu um soco na N'Fai. Tentei pegá-lo. Me ferrei também.

Ninguém nunca havia visto Arthit correr daquela forma, tão pouco ser empurrado por ele ouvindo um pedido alto de "desculpa". Por onde ele passava deixava a desordem e a confusão no rosto das pessoas.

Quando finalmente chegou ao clube ele estava ofegante e suado, os gritos de dentro da sala podiam ser ouvidos de fora, e isso chamava a atenção de alguns poucos curiosos. Arthit adentrou o lugar sem nem ao menos recuperar o fôlego; no instante em que viu o estranho socar o rosto de Gun ele avançou no rapaz desconhecido acertando-lhe as costas com os dois pés. O estranho pego de surpresa caiu sobre as cadeiras da bancada e soltou alguns palavrões de dor. Respirando ofegante Arthit recuperava o fôlego enquanto tinha o olhar afiado sobre o rapaz reclamando no chão."O que você pensa que está fazendo?!" Gritou o desconhecido e tentou se levantar uma primeira vez.

"Eu que devia perguntar isso!" Rosnou Arthit enfurecido alterando a voz no segundo seguinte "O que merda você está fazendo aqui?! Quem é você, seu bosta?!"

O sangue corria quente nas veias de Arthit, parecia lava e a pele do rapaz fervia assumindo um tom vermelho na face. Ele estava enfurecido.

"N'Arthit." rapidamente An se aproximou segurando com as duas mãos o braço esquerdo dele sentindo a pele quente sob as palmas.

"Como ousa falar assim comigo, seu filho da puta?!" Gritou o rapaz no chão "Quem você pensa que é, heim?! Seu merdinha!"

O estranho que ninguém sabia o nome e tão pouco de onde veio, exceto por Fai que o conhecia muito bem, levou com as duas mãos sobre a costela direita. Provavelmente, tenha fraturado uma ou duas costelas ao cair sobre as cadeiras. O impacto fora mais forte do que o visto por eles.

"Vou mostrar pra você quem eu sou!" Rosnou Arthit livrando de An e avançando no rapaz.

As três garotas presentes na sala gritavam desesperadas tentando encontrar uma forma de separá-los, a cada soco que Arthit dava ou recebia as deixavam inquietas. Elas tentaram acordar Gun que permanecia desmaiado no chão, a mais nova - Yuki - usou toda a sua força para arrastar Gun para um lugar seguro enquanto tentava protegê-lo dos objetos que caiam no chão ou eram arremessados. An tentou uma primeira vez afastá-los, mas levou um soco na barriga do rapaz mais alto o que apenas causou mais ódio em Arthit e o fez bater com mais força fazendo o sangue escorrendo no rosto do oponente.

Fai que havia corrido para fora a procura de ajuda encontrou várias pessoas assistindo e filmando com os celulares, alguns estavam tensos e preocupados, mas tinha medo de entrar na briga, outros não disfarçavam o quão estava se divertindo com a violência gratuita. A garota desistiu deles no mesmo minuto que percebeu que ninguém iria fazer nada; ela correu por ali em busca de pessoas dispostas a ajudar, e então viu um grupo de garotos sentando à mesa sob a sombra das árvores.

"Me ajudem, por favor. Estão brigando no meu clube." Pediu a garota desesperada aos prantos.

Fai não precisou falar mais que isso, apenas por ver o estado da jovem os três calouros levantaram rapidamente deixando seus pertencem na mesa e correram junto a ela em direção ao local.

Antes que Fai pudesse voltar com ajuda, Korn havia chegado ao clube. O que para ele seria uma rápida passada apenas para deixar alguns papéis se tornou em minutos de tensão e medo.

"Arthit!" Gritou Korn e correu para segurá-lo.

Embora Arthit fosse menor que ele, o que faltava em altura era compensado em força, e Korn sabia que sozinho não conseguiria.

"Já chega, Arthit!" Pediu Korn usando de força para contê-lo "Você vai matá-lo se continuar."

Quando o rapaz desconhecido avançou para cima de Korn e Arthit três garotos entram na sala as pressas e os seguram. Naquele minuto Korn respirou aliviado por ver mais gente, ou então, teria que depor em um tribunal se Arthit continuasse batendo naquele cara.

"Me solte." Rosnou Arthit bravo.

"Não, até que você se acalme." Avisou Korn ríspido.

"Eu não vou fazer nada." Arthit livrou-se com facilidade das mãos de Korn.

"Espero que não. " Korn o encarava com desaprovação.

O rapaz desconhecido mal conseguia ficar de pé, estava tão mal que não ousou dizer uma palavra se que fosse. Uns dos calouros que o segurava sugeriu que o levasse rapidamente para a enfermaria do campus, mas o outro interveio e disse que naquelas condições em que se encontrava o correto seria levá-lo ao hospital.

Fai olhava os dois com os olhos marejados. Seu coração estava partido, ela não sabia como reagir ao ver seu melhor amigo tão machucado; Fai sentiu raiva quando Ton lhe bateu e nocauteou seu sênior, P'Gun, mas vê-lo tão ferido, isso acabou com o seu coração.

"Ton..." ela se aproximou chorando "Ton... Eu sinto muito..."

Arthit fechou os punhos com força por se dar conta de que seus esforços serviram apenas para Fai se aproximar mais do agressor.

"Arthit!" Korn o chamou quando o viu caminhar em passou rápidos em direção a porta.

Sobre os olhares de todos que estavam ali fora, Arthit passou. Os cochichos, os olharem estranhos e a expressão no rosto dos alunos, tudo isso ele notou, mas preferiu atravessar o campus ignorando a existência de todo mundo. Arthit sabia o quão errado ele estava, e francamente não havia como está mais arrependido; deveria ter mantido o controle, deveria nem ser quer ter ido lá.

Seus pais iriam agora comer seu fígado cru quando descobrissem a grande idiotice que havia feito. Talvez fosse até expulso da universidade desta vez, haviam muitas possibilidades do que poderia lhe acontecer ainda naquele dia e nenhuma dela era boa.

Enquanto se repreendia mentalmente Arthit esbarrou em alguém mais alto que ele. O rapaz não se desculpou, tão pouco levantou o rosto para ver quem poderia ser, apenas continuou caminhando de cara fechada e punhos serrados. Quem olhava para ele naquele momento sentiria medo, ao acreditar que Arthit estava disposto a comprar brigar com qualquer um que surgisse no caminho, quando na verdade ele estava apenas se martirizado por dentro. Definitivamente, as aparências enganam.

O rapaz olhou o mais baixo se afastar. Enquanto um leve sorriso se desenhava em seus lábios. Aos seus olhos aquele Nong era alguém muito fofo, parecia um filhote de tigre enfurecido. Colocando as mãos nos bolsos da calça de tecido preto ele pensou por alguns instantes se deveria ou não segui-lo.

"Ele é tão pequenino. Será que vai morder alguém?" se questionou pensativo.

Caminhando na mesma direção que o Nong baixinho seguiu pode ve-lo logo mais à frente. Olhando daquela distância poderia jurar que a pequena pessoa estaria caçando alguém e isso lhe causava curiosidade. O que alguém tão minúsculo poderia fazer? Morder a canela? Chutar o tornozelo? Talvez socar aquele lugar?

"É o P'Arthit ali?" ouviu uma garota comentar.

"Fale baixo. Ele pode vim até nós." a repreendeu outra.

Disfarçando o interesse no assunto o rapaz parou e se abaixou fingindo amarrar os cadarços, elas não notaram a presença dele ali, seus olhos estavam presos no pequeno rapaz caminhando para o estacionamento.

"Você viu na página da Jenny? Ele espancou outra pessoa novamente. Disseram que bateu em uma Junior." Comentou a moça de cabelos preso em coque "Está o maior alvoroço no Facebook."

"O quê?!" Se chocou a amiga "Eu não acredito nisso. P'Arthit nunca bateria em uma mulher, se ele espancou uma pessoa aposto que foi para proteger alguém."

"Ah, como você é iludida." discordou a garota de coque "Você se deixa enganar facilmente pelo rostinho lindo dele."

O rapaz levantou voltando a caminhar deixando a discussão das garotas de lado; parte da sua curiosidade havia sido saciada, agora que sabia no mínimo o nome do baixinho. Seus olhos procuravam pela pessoa pequena, mas ele já não estava no estacionamento. Depois de andar por todo o lugar é olhar atrás do cinco carros que haviam ali, ele não o encontrou.

Hyun Jun suspirou frustra por ter perdido de vista alguém tão interessante para ele.


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