Sukuna sente Yuji se movendo rapidamente para fora da cama antes de ouvir o rápido barulho de vômito no banheiro.
De novo…
Sukuna pensou. Não sendo versado em coisas relacionadas em toda aquela preparação para procriação, mas isso deve ser um sintoma de gravidez.
Algumas coisas começaram a se realocar em sua mente.
Yuji pode estar grávido.
"Como está se sentindo hoje?" Ele perguntou, vendo Yuji se aproximar da cama. Sukuna envolveu um braço sob a cabeça de Yuji, segurando seu rosto com uma mão, avaliando suas expressões cansadas e aqueles olhos avelãs, meio turvos.
Yuji suspirou. "Não sei, acho que estou bem".
Ele não queria mentir nem dizer que tudo estava perfeito; sua expressão denota preocupação, e certas palavras pareciam não surgir para explicar o que estava acontecendo desde que ouvira a pequena moça outro dia.
Sukuna já não suportava ver aquele olhar e isso começava a incomodá-lo profundamente, mas também havia algo em sua mente que indicava que Yuji também tinha algo a dizer sobre tudo aquilo.
"Outro dia você mencionou estar pensando em algo… 'impossível'...
O que seria?" Sukuna perguntou, enquanto deslizava levemente a mão pela barriga de Yuji, fixando bem seus olhos nos dele, buscando qualquer indício de resposta.
"É complicado...", murmurou Yuji, desviando o olhar por um momento antes de encarar Sukuna novamente. "É sobre algo que não deveria ser possível, mas sinto que está acontecendo comigo".
Yuji ficou inquieto. Ele desviara o olhar, evitando encontrar os olhos do outro.
"Eu... eu acho que estou...", começou, mas as palavras pareciam pesadas demais para serem expressas em voz alta.
Sukuna vendo a hesitação de Yuji e a tensão no ar. Com uma voz suave e tranquilizadora, ele disse:
"Yuji, diga o que está em sua mente. Você pode confiar em mim."
Contudo, antes que Yuji pudesse reunir coragem para falar, uma sensação peculiar percorreu a mão de Sukuna, que repousava na barriga de Yuji. Um sutil pulsar de energia amaldiçoada irradiou dali, uma presença frágil, mas inequivocável.
Sukuna olhou para Yuji e, num gesto inesperado e terno, inclinou-se para beijar suavemente a barriga dele. Yuji ficou surpreso, mas também sentiu um calor reconfortante naquele gesto.
"Eu sei o que é, apenas diga", murmurou Sukuna, com um olhar carinhoso e uma expressão serena.
A mão de Yuji suavemente repousou sobre a de Sukuna em seu abdômen, e ambos sentiram a energia pulsante se intensificar.
Os olhares se encontraram, e Yuji, com as bochechas coradas, finalmente reuniu coragem para dizer:
"Eu acho que... nós vamos ter um bebê."
Um misto de emoções inundou o espaço entre eles. Sukuna ficou momentaneamente atônito, absorvendo finalmente a informação que esperava tornar-se tangível à realidade.
Um sorriso mal contido surgiu em seus lábios, mostrando um lado suave e inesperado.
"Um bebê..." murmurou Sukuna, mais para si mesmo do que para Yuji, enquanto o calor da energia crescente parecia conectar ainda mais os dois.
Ele lentamente se endireitou na cama, mantendo o olhar fixo em Yuji, sentindo a energia fluindo entre eles, a sensação de algo extraordinário.
"É surpreendente…E-eu nem sei o que…dizer", disse Sukuna, com uma voz calma, mas repleta de emoção. Ele acariciou a mão sobre o abdômen, sentindo a pulsação crescente da energia amaldiçoada.
Yuji olhou para Sukuna, seu coração acelerado, mas um sorriso tímido começou a se formar em seus lábios.
"Você vai ser Pai".
Sukuna o olhava com devoção, parecia mentira e ele estava extasiado.
"Um bebê… Nosso."
Yuji o olhou brincando.
"Sim, um bebê nosso. Não são vários mas…"
"Oh, então você ouviu… Esqueça aquilo". Sukuna bufou quase em desânimo a Yuji que sorriu.
A presença de Sukuna ao seu lado era tranquilizadora, um suporte inesperado e bem-vindo neste momento de incerteza.
"Eu não sei o que esperar...", confessou Yuji, suas palavras carregadas de ansiedade e esperança. "Mas com você.. ao meu lado…me dá coragem."
Sukuna sentindo por dentro uma extrema felicidade por parte dele e de Yuji, segurou o corpo deste, virando-os para manter Yuji em cima de si, o que parecia ser sua posição favorita já que Yuji ficava bem em seus braços.
Ele ajustou para que o seu estômago ficasse rente ao de Yuji, seus rostos próximos. "Eu não sou bom com essas coisas". Ele sussurrou a Yuji, que se aconchegou em seu peito e começou a pentear suas madeixas rosadas para trás, o ouvindo silenciosamente.
"Eu não sou bom, mas vocês são meus, e eu vou cuidar de vocês." Ele disse bem sério, rápido e possessivamente seus braços se enrolaram em volta de Yuji que estava corado com a declaração.
"Isso é ótimo". Yuji diz e o beija levemente, um beijo lento e afetuoso, diferente de todos os outros que deram até agora.
Eles estavam desfrutando do momento abraçados.
Ruídos de pessoas do lado de fora foram ouvidos, o que os fazem interromper relutantemente o beijo e o aconchego.
"Nós precisamos ir, estão chegando" Sukuna diz a Yuji, este que parecia estar empacado em seu peito, ele abraçava seu pescoço com os braços preguiçosamente e o beijava em seu pomo de adão, não dando indícios de querer se levantar.
"É hoje a reunião? Os clãs podem esperar um pouco? Você está cuidando da sua família." Yuji murmurou rapidamente em seu pescoço, sentindo seu rosto em chamas pelo que acabara de dizer.
Realmente agora nós seremos uma família.
Yuji refletia enquanto se preparavam para enfrentar o que estava por vir.
Uma batida ressoou na porta do lado de fora, indicando a presença de Uraume. Sukuna deu um breve beijo em Yuji, que respondeu com um sonolento "Está bem", antes de ambos se erguerem e seguirem para o banheiro.
Sukuna decidiu ir na frente para receber os visitantes, enquanto Yuji, ainda um pouco atordoado, seguiu em direção ao banheiro. Sukuna, no caminho, pediu a Uraume que desse uma mãozinha a Yuji, que estava lidando com as consequências do mal-estar matinal.
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O ambiente estava impregnado de expectativa quando os líderes e sub-líderes dos clãs chegaram ao mesmo salão que anteriormente estiveram. Fujiwara, Sugawara e Abe chegavam com suas comitivas, composta por membros de destaque. Cada passo dos presentes parecia carregar o peso das responsabilidades que se avizinhavam.
Todos tinham consciência de que aquele encontro era crucial, envolvendo discussões fundamentais e decisões de impacto para todos os envolvidos. A pressão se fazia sentir diante da importância dos assuntos que seriam abordados naquele momento e da inimizade de alguns.
O motivo da reunião seria para discutir acerca dos Rebeldes do clã Fujiwara, Sugawara fizeram um ataque contra o Clã Abe.
No salão repleto, um silêncio carregado prenunciava a tensão entre os líderes e sub-líderes dos clãs presentes. Enquanto o senhor Kyōke, avô de Yuji, dialogava com o líder de Sugawara, um homem grisalho de semblante austero, sub-líderes comentavam em murmúrios desdenhosos sobre a presença do Clã Abe, questionando sua associação com Sukuna.
O líder de Sugawara ergueu um pouco a voz diante de seu subordinado, que murmurava comentários depreciativos sobre o Clã Abe.
"Isso não é aceitável", repreendeu o líder com firmeza na voz, seu olhar penetrante transmitindo autoridade. "Independentemente de nossas opiniões pessoais, devemos respeitar todos os clãs aqui presentes. São nossos iguais neste espaço e merecem consideração."
O tom de repreensão ecoou pelo salão, silenciando momentaneamente as murmurações desdenhosas. O líder de Sugawara sustentou seu olhar não somente ao subordinado.
Nesse momento, o líder do Clã Abe, Shigo, aproximou-se do senhor Kyōke, cumprimentando-o e tecendo elogios a Yuji, reconhecendo sua generosidade e disposição em auxiliar o Clã Abe em um momento de necessidade.
"A ajuda de Yuji foi crucial para nós, mesmo que tenhamos perdido todo o território, já não havia muito o que fazer, agora só nos resta recomeçar.", afirmou Shigo, demonstrando sua gratidão.
"Sabemos o quanto ele é altruísta", respondeu o senhor Kyōke com um sorriso ameno. "Meu neto sempre teve um coração bondoso."
Sukuna entra no salão rapidamente, lançando um olhar sério e sem rodeios pelo ambiente. Sem demonstrar simpatia, ele toma a frente da reunião, exibindo uma expressão que faz todos os presentes ficarem atentos.
"Todos estão cientes do motivo desta convocação", sua voz soa clara e direta. "Vamos direto ao ponto. O ataque de desertores do Clã Fujiwara e Sugawara ao Clã Abe.
Ele tomou a frente da reunião de forma incisiva, narrando rapidamente os eventos recentes e esclarecendo o que presenciou.
"Quero informações, detalhes e perguntas."
A discussão se desenrola com um ar de tensão pairando sobre o salão. Enquanto os líderes apresentam suas versões dos eventos, Sukuna ouve atentamente, ocasionalmente lançando perguntas pontuais para esclarecer cada ponto.
…
Após uns 10 minutos se passarem Yuji chega juntamente com Uraume, ele olha atentamente para cada um dos presentes em curiosidade.
Ele apenas ouve e aparentemente estavam em um consenso em formarem uma aliança também com o clã Abe, que já havia formado uma aliança com Sukuna.
Sukuna sentado à frente de todos no seu trono, ora ou outra olhava para Yuji que estava perto de Uraume.
Yuji reparou um olhar em meio aos homens e algumas mulheres, que o fitava, olhos azuis envelhecidos sorriam de uma forma estranha e familiar.
O Senhor sorria de vez em quando, ao descer o olhar para o peito de Yuji, parando em sua barriga, isso fazia sua pele se arrepiar.
O assunto se voltou para o anjo feiticeiro que havia se unido aos rebeldes, gerando questionamentos diretos.
"Poderia nos explicar, Satoshi-san? Afinal, ele desertou do seu clã".
O senhor desvia o olhar rapidamente para os demais antes de responder: "Ele já estava agindo por conta própria, alheio às missões e responsabilidades. Suas ações não me surpreendem."
O Senhor devolveu o olhar novamente a Yuji e sorriu inocentemente, mas seus olhos desviaram novamente para Sukuna, que o olhava pesadamente.
No desfecho da reunião, a união entre os clãs Abe, Fujiwara e Sugawara foi finalmente acordada. Com o término das discussões, os presentes começaram a se dispersar lentamente, cada um rumando em direções diferentes.
Sukuna, encerrando a reunião daquela manhã, fez um gesto chamando Yuji para se aproximar. Com um olhar significativo, ele atraiu Yuji para perto de si, abraçando-o ternamente e selando o momento com um beijo carinhoso. Contudo, ao se desvencilhar do gesto, Yuji percebeu novamente a sensação de ser observado.
Intrigado, ele virou-se e seus olhos encontraram novamente os olhos azuis que o fitavam. O líder do clã Sugawara permanecia ali, esperando pacientemente, claramente aguardando por um momento particular para falar com eles.
Percebendo o olhar insistente, Yuji olhou nos olhos de Sukuna e pressentiu que algo importante estava por vir e decidiu se aproximar junto a ele para ouvir o que o líder tinha a dizer.
"Ryomen Sukuna e Yuji, por favor". O homem diz a eles, Yuji tinha calafrios com olhos profundos que o analisavam como um raio x.
"Sim? O que o Senhor deseja?" Ele pergunta ao homem, que parecia não encará-lo naquele momento.
"Diga de uma vez, o que tanto encara a Yuji!" Sukuna com os braços cruzados diz ao senhor.
"Oh me desculpe, não queria ser desrespeitoso mas algo me fez querer esperar". O homem diz com suavidade.
O senhor trazia uma sensação de familiaridade, afinal o homem, era um antepassado de seu sensei.
"Vim dar os meus parabéns a vocês, pelos bebês".
"O quê?" Yuji questionou incrédulo, surpreso com a declaração.
"Bebês?" Sukuna praticamente gritou, mostrando sua surpresa diante da revelação.
A informação atingiu Yuji como um raio. Mal havia processado a ideia de estar grávido e, agora, surgia uma afirmação inesperada. A ideia de múltiplos bebês era algo que mal conseguia compreender ou absorver. A realidade parecia distante e abstrata diante da inesperada notícia.
Isso é verdade? Oh meu Deus
Yuji estava sentindo várias coisas, seus olhos não deixavam de brilhar em lágrimas.
Sukuna, percebendo a agitação emocional de Yuji e vendo seus olhos lacrimejantes, ficou extremamente desconfortável com a possibilidade de Yuji ser afetado pela informação e o homem estar brincando com algo tão sério para eles.
Sem hesitação, Sukuna agarrou o homem pelos trajes, erguendo-o com firmeza e encarando-o com olhos carmesins ardentes de irritação.
"Diga o que vês seis olhos!", gritou Sukuna furiosamente, sacudindo-o antes de jogá-lo ao chão diante de Yuji. "Ou pode dizer adeus à sua vida agora!"
"Tudo bem, tudo bem, espere aí grandão!"O homem o encarou rindo e olhou para Yuji. "É-É…achei que vocês sabiam." Ele disse incerto antes de se levantar.
"Nós desconfiamos, mas de apenas um". Afirmou Yuji preocupado. "Você tem certeza?"
Sukuna disse seis olhos, então claramente esse velho está vendo algo.
"Sim, deixe-me explicar. Eu não compreendo profundamente as almas, mas vejo as coisas de maneira diferente com meus olhos através da energia amaldiçoada", explicou o homem, aproximando-se e fixando seu olhar na barriga de Yuji. "E eu vejo duas, duas vidas pequenas entrelaçadas à sua."
Yuji estava emocionado, dois bebês, era demais para seu coração.
Uraume, próxima a eles, escutava atônita, exibindo uma mistura de surpresa, curiosidade e compreensão.
"É verdade, Sukuna-sama?", ela indagou.
Sukuna, igualmente atordoado, respondeu: "Parece que sim". Ele disse antes de se voltar para um Yuji choroso, ele o pegou em seus braços e o beijou, Yuji segurando seu rosto com as duas mãos.
"É-É… Então felicidades para vocês, com sua licença, os outros ainda me esperam lá fora. Boa sorte para vocês". O homem tosse antes de dizer, fazendo uma reverência.
"Muito Obrigado". Yuji diz a ele.
Sua felicidade duplicou só nesta manhã, ele olhou para Sukuna que praticamente se segurava diante do Senhor e agora tinha o rosto sereno e o olhava com aquelas íris escarlates, cheio de significado e dizeres desconhecidos, mas que fazia aquecer seu coração.
Com um sorriso caloroso, Uraume se aproximou de Sukuna e Yuji, expressando seus votos de felicidade para ambos.
"Felicidades, Sukuna-sama, Yuji-sama", disse ela, irradiando alegria e calor diante da notícia emocionante.
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As semanas pareciam ter ritmos distintos, alternando entre momentos rápidos e outros mais arrastados para Yuji. Os enjoos, embora menos frequentes, persistem, tornando-se mais esporádicos, enquanto a fome parecia cada vez mais constante e intensa.
Yuji, sentindo-se enjoado, corre para o jardim e vomita, seu rosto pálido e as mãos trêmulas indicavam o desconforto que estava enfrentando. Sukuna se aproxima rapidamente, preocupado, pronto para levá-lo para descansar.
"Sukuna, não... Só uma água, por favor", pede Yuji com a voz fraca, ainda se recuperando do enjoo.
Preocupado com a condição de Yuji, Sukuna rapidamente ordena a um dos servos para trazer uma garrafa de água gelada, garantindo o conforto do companheiro.
Outro dia, Yuji se viu desejando uma carne específica de Javali. Ao ouvir o pedido, Sukuna, determinado a satisfazer o desejo de Yuji, instrui seus servos para que providenciem imediatamente o prato desejado. Dessa vez, a descoberta da gravidez de gêmeos parecia ter dado um passe livre para os desejos de Yuji, e ninguém ousava contestar ou questionar o tamanho de sua fome, agora reconhecida como parte natural e compreensível do processo.
A barriga estava crescendo, rápido.
Yuji estava na banheira, desfrutando de um momento relaxante, um hábito que havia adquirido frequentemente nos últimos dias de tomar banho fora de hora.
Sukuna adorava vê-lo banhar-se, às vezes tentando se juntar a ele, mesmo sob os protestos leves de Yuji, que insistia em 'apenas tomar banho agora', salvo por momentos ocasionais em que permitia a companhia de Sukuna, o que acaba com um Yuji totalmente marcado de chupões e mordidas no final.
Era na 4° Semana desde a reunião que durante um desses banhos Yuji notou uma mudança surpreendente em seu corpo. Enquanto suas mãos deslizavam pela pele, percebeu uma protuberância leve sobre sua pelvis. Seus músculos levemente amolecidos.
Como eu não vi isso?
Sentindo a leve ondulação sob seus dedos, a realidade da situação começou a se tornar ainda mais palpável, a prova real da verdade em sua mão.
Lágrimas começaram a sair de seus olhos. "Eu vou ser pai de dois bebês".
A porta quase sendo arrombada foi ouvida por Yuji, perdendo sua total divagação.
"Yuji, o que está acontecendo? Eu senti você!" Sukuna que entrará preocupado ao sentir emoções intensas e conflituosas rapidamente adentrou a banheira de roupa e tudo quando o viu chorando. "Dói alguma coisa?"
"Que susto seu ldiota!" Ele falou chorando. "Não é nada, não dói nada".
Sukuna estava confuso, ele procurava sinais que delatavam uma mentira, mas não encontrou nenhum. "Então o que é diga!" Ele estava quase perdendo a cabeça.
"Vem aqui".Yuji sinalizou para ele vir atrás de si. Sukuna então já o pegou em seus braços por sua cintura e pernas, suas roupas ficando todas molhadas debaixo da água.
Yuji se colocou em uma posição em que seu ombro estava perto do rosto de Sukuna, colocou uma das grandes mãos em sua pelve, passando de leve sobre a elevação.
"Você sente?" Yuji perguntou, ansioso por compartilhar a experiência da leve elevação que percebeu.
"Está crescendo rápido!" Ele comentou, sentindo a energia pulsante de seus filhos sob sua mão. Yuji sentiu Sukuna encostar o queixo em seu ombro, irradiando felicidade.
"Sim, será que..." Ele hesitou por um instante, se perguntando se seria um incômodo perguntar a Sukuna.
"Pergunte", disse Sukuna, sentindo o cheiro do pescoço de Yuji antes de depositar um beijo ali, fazendo sua pele se arrepiar.
"Será que isso tem a ver com a sua natureza?" Yuji perguntou, buscando entender se a peculiaridade estava ligada a Sukuna.
"Não sei, talvez", respondeu Sukuna, sua língua percorrendo o pescoço de Yuji, parecendo não se importar muito com a questão.
Yuji virou o rosto para encará-lo. "Você lembra quanto tempo levou desde o seu nascimento?"
Sukuna franzia a testa enquanto pensava antes de responder, um tanto entediado, "não me lembro".
Essa incerteza deixava tudo ainda mais complicado. A ideia de uma gravidez disfuncional ou em um tempo diferente o deixava à beira do desespero.
E com certeza não tem procedimento de cesariana nessa época.
"Nós vamos dar um jeito".Sukuna disse em seu ouvido, o confortando.
A partir daí diversos momentos surgiram em que Yuji assustava Sukuna com alguma coisa.
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"Honoo no hōkō, waga te ni ari. Hi to tomo ni, jujutsu to nare!"
(Rugido das chamas, esteja em minhas mãos. Com fogo e chamas, torna-te jujutsu!)
Yuji encontrava-se novamente perto da cachoeira, apesar das inúmeras vezes em que Uraume lhe pediu para descansar. Sukuna estava sempre a seu lado, atento a cada movimento de Yuji. Porém, aproveitando um momento de distração/ocupação de Sukuna, Yuji conseguiu escapar.
Ele começou a entoar o encantamento, suas mãos movendo-se em selos antes de canalizar sua energia na cachoeira. A água explodiu, uma manifestação impressionante de crescimento do jujutsu.
Yuji soltou um suspiro, limpando o suor da testa, enquanto suas mãos repousavam na barriga grande. A confirmação de que o tempo de gestação parecia divergir tornou-se ainda mais clara após mais algumas semanas, chegando à marca das sete semanas desde a descoberta.
Sua barriga já exibia um tamanho que, para alguém observador, se assemelhava à de uma gravidez de cinco ou seis meses.
Sentindo um aperto na barriga, Yuji prendeu a respiração e rapidamente se sentou em uma pedra, suas mãos protegendo a área.
Ele a segurou com as duas mãos quando inesperadamente sentiu um chute, em sua mão direita.
"Oh meu Deus" Ele gritou sorrindo passando a mão sentindo mais movimentos. "Finalmente resolveram dizer olá para o papai?"
Lutando contra as lágrimas, Yuji percebeu que, nessa distância, Sukuna poderia sentir suas emoções e ficaria alerta.
Yuji tinha certeza de que ele ficaria feliz em testemunhar isso.
Yuji despiu a camisa, permanecendo apenas de calças, enquanto se preparava para continuar seu treinamento. De vez em quando, ele se dirigia aos bebês, como se estivessem observando seu esforço de dentro de sua barriga.
"Veja só. Papai precisa treinar para estar pronto para vocês", dizia ele com um sorriso, massageando a barriga suavemente enquanto se alongava para o próximo exercício.
Entre uma série de movimentos, Yuji mantinha um diálogo aparentemente unilateral com os bebês, compartilhando suas atividades e falando sobre seu treinamento como se os dois estivessem acompanhando cada movimento com atenção.
"Acho que vocês vão gostar disso. Papai está se esforçando para ser o melhor para vocês", dizia, como se estivesse encorajando os pequenos a ficarem atentos ao seu esforço físico.
"Você quer dizer mamãe, não é?" Yuji não interrompeu os movimentos de alongamento, ouvindo a voz profunda atrás de si de forma divertida:
"O que você está fazendo aqui?"
"Treinando", respondeu Yuji com um sorriso ao ver Sukuna se sentar na pedra onde estava antes.
"E vai ignorar que tem uma melancia pendurada em você?" Sukuna estudava cada um dos movimentos que ele fazia, olhos carmesim se moviam junto com a barriga.
Yuji parou seu treinamento e fez um biquinho enquanto se aproximava de Sukuna. "Cuidado, eles estão ouvindo."
"É mesmo? Deixe-me vê-los". Sukuna o observava com satisfação, olhando para a grande circunferência. Ele o puxou para encostar a barriga bem grávida em seu peito, segurando-a em ambos os lados e beijando-a várias vezes.
Yuji começou a ficar cansado, então subiu no corpo grande e sentou no colo de Sukuna, Sukuna o segurou de lado, o acomodando em seu peito.
Yuji levantou o rosto para ele o olhando com os olhos sugestivos e silenciosos.
"Pirralho mimado".Sukuna disse e seus lábios se encontraram com os de Yuji em um beijo intenso e apaixonado.
Sua língua explorava a boca de Yuji com desejo, enquanto suas mãos acariciavam suavemente a barriga cada vez maior. Yuji correspondeu ao beijo, entregando-se completamente ao toque e à paixão de Sukuna.
As mãos de Yuji deslizaram pelos ombros musculosos de Sukuna, explorando cada centímetro de sua pele quente. Ele podia sentir a respiração ofegante de Sukuna contra seu rosto, o calor do corpo aumentando a cada segundo.
"Que porr-!"Sukuna xingou em sua boca olhando para baixo entre eles, os bebês estavam se mexendo pela primeira vez em sua mão, Yuji riu pela reação de Sukuna.
"Eles se mexem assim mesmo?"Sukuna estava mais que surpresa olhando para sua mão na barriga.
"Claro quando já está bem na metade você sente eles, você não sabia?" Yuji pergunta divertidamente.
Sukuna franziu o cenho, processando a informação. "Eu não tinha me lembrado disso... Mas isso é algo interessante." Seus olhos carmesim brilharam com uma mistura de curiosidade e fascinação.
"Por que não me chamou?" Ele perguntou.
"Aconteceu agora, e eu ia fazer uma surpresa para você". Yuji disse sorrindo sorrateiramente.
Sukuna olhou para Yuji com um brilho malicioso nos olhos. "Então, você quer me surpreender, huh? Bem, você conseguiu, mas agora eu quero minha recompensa."
Ele envolveu os braços ao redor de Yuji, apertando-o contra seu corpo enquanto seus lábios se encontraram novamente em um beijo apaixonado.
A língua de Sukuna explorava a boca de Yuji com ardor, enquanto suas mãos percorriam as costas do jovem, deixando um rastro de calor por onde passavam. Yuji gemeu entre o beijo, sentindo-se cada vez mais envolvido pela paixão e pelo desejo que emanava de Sukuna.
Sukuna deslizou uma mão pela coxa de Yuji, acariciando-a suavemente antes de subir até a curva de sua nádega. Ele apertou com firmeza, fazendo Yuji arquear as costas em resposta. A tensão sexual entre os dois era cada vez mais intensa esses dias, e cada toque, cada carícia, só aumentava o fogo que ardia dentro deles.
Yuji moveu-se no colo de Sukuna, roçando-se contra a ereção já evidente dele. Ele podia sentir a rigidez e a necessidade de Sukuna pulsando contra suas nádegas, e isso só incentivava seu próprio desejo.
Sukuna se levantou e despiu ambos, levando Yuji cuidadosamente para o lago.
Sob a cascata de água, os corpos de Yuji e Sukuna se fundiam em um abraço apaixonado, as mãos de ambos explorando cada centímetro de pele que podiam alcançar. A água fresca e revigorante envolvia-os, como se estivessem imersos em um oceano de desejo.
Yuji podia sentir a força e a masculinidade de Sukuna contra seu corpo, enquanto suas mãos se moviam com urgência, explorando cada curva e músculo. Sua respiração estava acelerada, misturando-se ao som da cachoeira que caía ao redor deles.
Após ambos se lavarem, segurando Yuji firmemente em seus braços, o levou para um local mais raso do lago. Lá, ele o colocou com delicadeza sobre a beira da água, enquanto seus olhares se encontravam intensamente.
Os lábios de Sukuna exploravam o pescoço de Yuji, deixando uma trilha de beijos ardentes, enquanto suas mãos exploravam cada centímetro de pele exposta. Yuji arqueou as costas, entregando-se aos toques de Sukuna, seu corpo tremendo de antecipação.
Ele traçou um rastro o marcando com os lábios, descendo lentamente até chegar aos mamilos sensíveis, que já estavam inchados devido à gravidez. Sukuna os chupou com voracidade, provocando gemidos de prazer de Yuji.
As mãos de Yuji agarraram os cabelos de Sukuna, puxando-os levemente enquanto ele arqueava o corpo, buscando mais contato, mais prazer. Sukuna atendeu ao seu desejo, deslizando uma mão entre as pernas de Yuji, acariciando sua ereção latejante.
Com um movimento ágil, Sukuna se abaixou diante de Yuji, suas mãos fortes segurando as coxas do jovem. Ele olhou para cima, em busca da aprovação de Yuji, antes de envolver sua língua em torno dele.
Um gemido escapou dos lábios de Yuji, ecoando pelo vale enquanto Sukuna o satisfazia com sua boca e língua habilidosas. O prazer se espalhava por todo o corpo de Yuji, uma onda avassaladora de sensações que o deixava cada vez mais perto do limite.
Mas Sukuna não estava satisfeito em apenas dar prazer a Yuji. Ele queria mais. Com um movimento rápido, ele se levantou e posicionou-se entre as pernas de Yuji, segurando-o pela cintura. Seus olhos faiscavam com desejo e determinação enquanto ele olhava para Yuji, buscando sua permissão.
Yuji olhou profundamente nos olhos de Sukuna, seu desejo refletido ali. Ele assentiu, dando a permissão silenciosa que Sukuna buscava. E então, vagarosamente ele penetrou Yuji, até preenchê-lo completamente.
Cada estocada de Sukuna era profunda, enviando ondas de prazer por todo o corpo de Yuji. Seus corpos suados se chocavam repetidamente, mas com o cuidado devido à barriga entre eles.
Yuji podia sentir a força e o poder de Sukuna enchendo-o, dominando-o completamente. Cada investida era um lembrete vívido do seu controle sobre ele, do seu domínio absoluto.
Seus gemidos se tornaram mais altos, tão intensos que ecoavam pelas árvores circundantes.
Sukuna, incapaz de resistir à visão e aos sons de Yuji entregue ao prazer, aumentou a velocidade e a intensidade de suas estocadas. Cada movimento era calculado para levá-los ao ápice do prazer, ao ponto sem retorno. O ritmo frenético e frenético aumentava, levando-os a um precipício do qual não havia retorno.
E então, em um momento de pura êxtase, eles chegaram juntos ao clímax, seus corpos convulsionando em harmonia. Yuji se desfez ao redor de Sukuna, seu prazer se espalhando por todo o seu ser. Sukuna, por sua vez, encontrou sua própria liberação dentro de Yuji, marcando-o com cada jato de seu prazer.
Ofegantes e suados, eles permaneceram juntos por um momento, seus corpos se acalmando lentamente.
Ele se retirou de Yuji, se acomodando ao seu lado, Sukuna passou a mão na barriga, sentindo os chutes dos bebês em sua mão novamente.
Yuji acariciou o rosto de ele, seus olhos transbordando emoções. "Eles são nossos, Sukuna. Nossos filhos. Uma parte de você e uma parte de mim."
Sukuna olhou fixamente para Yuji, seus olhos carmesim demonstrando uma mistura de emoções complexas. "Eu nunca imaginei que poderia ter algo assim…", confessou ele, sua voz carregada de sinceridade.
Sukuna ficou em silêncio por um momento e Yuji estava comovido pela confissão, ele tinha algo entalado em sua garganta a semanas, mas tinha receio de dizer.
Yuji sorriu, um brilho de felicidade refletido em seus olhos enquanto repousava a sua mão sobre a de Sukuna, que praticamente cobria toda a barriga. "Eles serão incríveis, assim como você." Ele disse, seu rosto todo vermelho.
Ele fez questão de encarar aquele rosto, que todos temem, odeiam, e que ele próprio já odiou tanto.
Sukuna o encarou e segurou o seu rosto, seu rosto relaxado e seus olhos o fitavam, parecia querer dizer algo.
Ele envolveu Yuji com um braço, trazendo-o para mais perto. "Eu vou protegê-los com tudo que tenho."
Os sons da natureza circundante pareciam uma sinfonia serena enquanto eles permaneciam ali, lado a lado. O Sol, testemunha silenciosa da cena, lançava sua luz sobre o casal, criando uma atmosfera tranquila e mágica.
"S-Sukuna".Yuji ergueu a sua mão esquerda, repousando na face íngreme, onde repousavam o segundo par de olhos. "Eu te amo".
Ele finalmente diz, tirando aquilo de seu peito.
Sukuna franzir o cenho um pouco ao ouvi-lo. Yuji abaixa seu rosto e a sua mão, temendo a rejeição, raiva ou algo como 'o amor é para os fracos'.
"Yuji". Um toque em seu rosto o vira, seus olhos beiravam as lágrimas na expectativa do que iria ouvir, eles pousaram sobre os escarlates e ficou um pouco surpreso, com tamanha intensidade irradiando deles.
O rosto de Sukuna estava um pouco rígido, mas os olhos temerosos e a boca firme, suas sobrancelhas em dúvida ou confusão. "O que você está me dando…eu não mereço".
Yuji faz um som em confusão com sua resposta, Sukuna fecha os olhos e suspira.
"Eu não mereço…o seu amor". Ele diz e abre os olhos. "Mesmo assim, você quis me dar, o que por toda a vida eu nunca o tive e sempre desprezei".
Yuji nunca o ouviu falar tanto sobre essas coisas, seu coração martelava tanto em seu peito, e ele sentiu os bebês bem agitados dentro de si.
"S-Sukuna… o amor é para todos, e-eu prefiro acreditar assim". Ele gaguejava enquanto ora desviava o olhar e ora olhava Sukuna.
Sukuna vendo sua bagunça de como ele estava aproximando seus rostos e sorriu divertido. "Não queria te dar esse prazer, você vai ser o único que vai ouvir isso de mim".
Ele urrou de dor e sorriu quando Yuji com o rosto birrento puxou seu cabelo, ele se levantou dali com Yuji em seus braços em estilo de noiva, seus braços em volta do pescoço grosso.
O corpo de Sukuna estava posicionado de frente para a cachoeira, o sol batendo atrás de sua cabeça, Yuji ora o olhava e ora a luz ofuscava a sua visão.
Quando a sombra de Sukuna cobriu seu rosto, permitindo Yuji de ver seu rosto , cores carmesim brilhavam enquanto o observava. "Yuji". Ele aproximou seu rosto e deu um beijo em seu nariz antes de dizer com seus rostos próximos: " Eu também te amo".
Os olhos de Yuji se encheram de lágrimas, e ele puxou Sukuna para um beijo apaixonado. Seus lábios se encontraram em uma dança que expressava todo o amor, alegria e vulnerabilidade que compartilhavam naquele momento único.
A água da cachoeira continuava a cair, criando uma trilha sonora suave para o momento de conexão entre eles. As mãos de Sukuna seguravam Yuji com ternura, como se temesse que esse momento pudesse escapar entre seus dedos.
Ao se separarem do beijo, Yuji olhou nos olhos de Sukuna, vendo a sinceridade e a intensidade em seu olhar.
Ambos sorriram um para o outro antes de Sukuna o colocar no chão, ambos colocando novamente suas roupas para voltarem ao santuário.
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Enquanto isso, no recanto sereno de Heian-Kyo, a atmosfera mudava drasticamente em outro lugar.
"Não o deixem entrar!" Os guardas do arsenal Zen'in enfrentavam um intruso.
A figura neutraliza rapidamente todos, antes de entrar e pegar algo rapidamente.
"O que está acontecendo aqui?" Feiticeiros juntos ao senhor Zen'in chegam ao local, vários corpos à vista.
"S-senhor". Um dos homens sobreviventes estava deitado no chão se levantou com dificuldades, com uma mão em sua barriga manchada de sangue."E-ele…ele levou uma de nossas armas."
"Verifiquem rapidamente ao perímetro"
O Senhor Zen'in rapidamente ordena aos outros. "Verifiquem se mais alguma coisa foi levada".
Ele observou rapidamente ao redor.
"Desculpe senhor, foi tão rápido, ele era muito forte e não pudemos fazer nada ". O feiticeiro sobrevivente dizia, apoiado em um de seus companheiros.
"Senhor verificamos o inventário". Um dos homens entregou uma prancheta para ele, ele analisou calmamente antes de arregalar os olhos e perguntar.
"Como era esse homem"? Ele perguntou ao ferido.
"Senhor…não tem nada demais…só que pude ver sob seu capuz… Uma cicatriz, que cobria toda a testa".
O rapaz disse ao tosse sangue antes de ser levado.
O senhor Zen'in assente, "precisamos encontrá-lo rapidamente!"
Ele ordena a todos os homens, fora aos que estavam recolhendo os corpos."Dispensados".
Em sua mão ele observava preocupado a prancheta, um X marcado na frente da arma na categoria de inventário especial que dizia: Lança invertida do céu.
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