Já faz dois dias que Solaris saiu da Floresta Nyrath, em busca dos cristais.
Solaris: exasperado, esticando os braços para o céu
— Aaaaaah, ainda estou longe do primeiro cristal...
De repente, um grito ecoa do alto.
???:
— Aaaaaah, sai de baixo!!
Antes que Solaris pudesse reagir, algo cai com um estrondo BUM próximo a ele. O chão treme ligeiramente com o impacto. Solaris corre até o local da queda, hesitante, mas curioso.
Solaris:
— Você está bem?
Do meio dos escombros, um rapaz esfrega a cabeça com uma expressão de dor.
Nimbus:
— Aí, aí... Tô, tô... Só preciso fazer algumas melhorias nessa coisa...
Solaris, franzindo o cenho, olha para a estranha engenhoca presa às costas do rapaz.
Solaris:
— O que é isso?
Nimbus sorri, orgulhoso e um pouco envergonhado.
Nimbus:
— Isso? Ah, isso é uma das minhas invenções. Eu chamo de asas de dragão.
Solaris: olhando confuso
— Asas de... Dragão?
Nimbus: dando de ombros
— É, eu sei. Não é o nome mais criativo... mas quem liga pra isso, né? Ah, desculpa, onde estão minhas maneiras? O meu nome é Nimbus. Alquimista, inventor e... afinal de contas, sobrevivente de quedas. diz, com um sorriso sarcástico.
Solaris o observa com uma mistura de admiração e dúvida, tentando entender se ele está realmente bem ou se é só meio maluco.
Nimbus: levantando-se e ajeitando as asas improvisadas — Aliás, o que você está fazendo aqui no meio do nada? Caçando tesouros perdidos ou só... andando por aí?
Solaris: coçando a nuca, ainda confuso com a situação — Estou procurando algo mais valioso que um tesouro. Cristais.
Nimbus: arqueando uma sobrancelha, interessado — Cristais, hein? Hmm, isso me parece... intrigante. Cristais mágicos, talvez?
Solaris: assentindo, mais sério — Sim. São necessários para derrotar uma grande ameaça. Algo... além da nossa compreensão.
Nimbus: com um brilho nos olhos, batendo as mãos com animação — Bem, isso soa divertido! E perigoso. Eu adoro! Olha, eu preciso de mais materiais para melhorar minhas invenções... e você parece alguém que vai passar por uns lugares interessantes. Que tal a gente juntar forças? Eu ajudo você, e você me ajuda a encontrar os ingredientes que preciso para minha alquimia.
Solaris: hesitando por um momento, mas depois sorrindo — Não sei se vai ser seguro... mas, quer saber? Acho que um pouco de companhia não faria mal. Fechado!
Nimbus: rindo e batendo nas costas de Solaris — Isso aí! Vamos conquistar o mundo... ou pelo menos não morrer tentando, certo?
Solaris: com um sorriso de lado — Certo. Vamos nessa então. Por onde começamos?
Nimbus: apontando para o horizonte, dramaticamente — Vamos para aquela cidadezinha ali. Se tem algum lugar onde posso achar os componentes que preciso, é lá. E, quem sabe, a gente encontre alguma pista sobre esses cristais.
Os dois partem juntos, enquanto Nimbus começa a falar sem parar sobre todas as melhorias que quer fazer em suas "asas de dragão", enquanto Solaris tenta acompanhar o ritmo, ao mesmo tempo em que sua mente permanece focada na missão.
A dupla segue seu caminho em direção à cidade, com uma nova aventura começando.
Ao chegarem à entrada da cidade, Solaris observa as grandes muralhas com curiosidade, enquanto Nimbus parece já conhecer o lugar.
Nimbus: olhando para Solaris, casualmente — Ei, você tem um passe de cidade?
Solaris: franzindo a testa, confuso — Passe de cidade? Não, eu não tenho isso. O que é isso?
Nimbus: dando de ombros, como se fosse algo comum — É só um cartão que permite entrar nas cidades mais grandes sem problemas. Ele é emitido pela guilda local. Sem ele, você precisa pagar uma taxa... mas relaxa, eu tenho um.
Quando se aproximam dos portões, dois guardas barram a passagem.
Guarda 1: sério, com a mão no cabo da espada — Alto, quem são vocês?
Nimbus: com um sorriso despreocupado — Nós? Aventureiros. Só estamos de passagem.
Guarda 2: estendendo a mão — O passe de cidade, por favor.
Nimbus tira o cartão do bolso com confiança e o entrega para o guarda. O homem o coloca sobre uma pequena esfera de cristal, que brilha levemente.
Guarda 1: com as sobrancelhas arqueadas, olhando para o cristal — Seu passe está revogado.
Nimbus: surpreso, inclinando-se para frente — Como assim? Eu fiz uma missão pra guilda recentemente! Isso não pode estar certo.
Solaris: intrigado — O que isso significa?
Guarda 2: cruzando os braços, explicando — O passe de cidade do seu amigo foi revogado há dois meses. Sem um passe válido, a entrada custa cinco moedas de prata.
Nimbus: coçando a cabeça, meio desconcertado — Dois meses? Como é que eu não fiquei sabendo disso?
Guarda 1: impassível — Não é problema nosso. A regra é clara. Cinco moedas de prata ou nada feito.
Solaris suspira, pegando as moedas do bolso e entregando ao guarda.
Solaris: com um leve sorriso — Aqui estão as moedas. Podemos entrar agora?
Guarda 2: pegando as moedas e acenando — Está em ordem. Vocês podem passar.
Nimbus: antes de seguirem, tenta pechinchar com o guarda — Ei, mas cinco moedas? Isso não parece meio exagerado? Vamos lá, três tá de bom tamanho, não?
Guarda 1: sem humor, balançando a cabeça — Cinco é o preço. Sem exceção.
Nimbus: dando de ombros e resmungando enquanto passa — Não custa tentar, né? Mais caro do que a última vez, esses preços só sobem...
Solaris: rindo levemente — Acho que pechinchar com guardas não vai mudar as regras.
Nimbus: com um sorriso malandro — Ah, mas vai que um dia cola, né? Nunca se sabe.
Entrando na cidade, Solaris observa com curiosidade a quantidade de barracas vendendo frutas exóticas, espadas afiadas e uma grande biblioteca com uma fachada impressionante.
Solaris: maravilhado, seus olhos brilhando — Uau, essa cidade tem de tudo... Olha só as frutas, armas e até uma biblioteca enorme!
Nimbus: com um sorriso maroto, estalando os dedos — É uma cidade bem movimentada, sem dúvida. Mas agora não é hora pra distrações. Primeiro, vou recuperar meu passe na guilda dos aventureiros. Depois, você se inscreve também. Nunca se sabe quando vai precisar de uma ajudinha.
Enquanto caminhavam pelas ruas, Nimbus parou em uma barraca cheia de plantas de cura.
Nimbus: inclinando-se sobre o balcão, olhos estreitos — Quanto por essas folhas de azurite?
Vendedor: cruzando os braços, desconfiado — Dez moedas de prata, amigo. Preço justo.
Nimbus: piscando, fingindo estar chocado — Dez? Essas folhas mal cresceram! Se eu pagar cinco, estou sendo generoso!
Vendedor: sacudindo a cabeça com firmeza — O preço é dez. Aceita ou procura em outro lugar.
Nimbus: suspirando teatralmente, mas finalmente entregando as moedas — Tá, tá... Mas é um roubo, viu?
Solaris, rindo baixinho, balança a cabeça.
Solaris: com um sorriso divertido — Você realmente tenta pechinchar com todo mundo, né?
Nimbus: com um sorriso de lado, ajeitando sua bolsa — Claro! Se não tentarmos, como vamos conseguir o melhor preço? Vamos, para a guilda!
Na Guilda dos Aventureiros
Ao chegarem à guilda, Nimbus abriu a grande porta de madeira com um empurrão. Todos os aventureiros no salão pararam o que estavam fazendo e olharam diretamente para ele. Solaris sentiu o peso dos olhares, mas Nimbus caminhou confiante, ignorando os olhares curiosos e puxando Solaris em direção à recepção.
Nimbus: apoiando-se no balcão, com um sorriso forçado — Oi, oi! Meu passe de cidade foi revogado, e eu gostaria que tirassem essa revogação o mais rápido possível, por favor.
Recepcionista: levantando uma sobrancelha, digitando algo em um pequeno cristal de consulta — Seu nome?
Nimbus: com o peito estufado — Nimbus! E também, eu quero que meu amigo aqui se inscreva na guilda dos aventureiros.
Recepcionista: revirando os olhos e olhando o cristal — Nimbus... ah, aqui está. Seu passe de cidade foi revogado dois meses atrás. O que exatamente você estava fazendo nesse período?
Nimbus: franzindo o cenho, tentando lembrar — O que eu estava fazendo? Uh... dois meses atrás... Ah, claro!
Dois Meses Atrás
Nimbus estava em seu pequeno laboratório improvisado, cheio de ferramentas espalhadas e projetos inacabados. Ele observava pela janela enquanto borboletas flutuavam e pássaros voavam pelo céu.
Nimbus: com um olhar sonhador, falando para si mesmo — Aaaah... Borboletas, pássaros, dragões e grifos sabem voar... Por que humanos não podem? Isso não é justo.
Determinando-se, Nimbus começou a desenhar planos em um pedaço de papel. O conceito? Asas de Dragão. Mas as primeiras tentativas foram... desastrosas.
Ele colocou uma engenhoca grande e desajeitada nas costas e subiu uma colina. Com uma expressão confiante, se preparou para o "primeiro voo".
Nimbus: falando para o vento, cheio de si — É isso! Hoje, Nimbus, o alquimista, desafia a gravidade!
Ele correu, pulou do topo da colina... e caiu diretamente em um monte de feno.
Nimbus: atordoado, tossindo — Ok, talvez precise de um pouco mais de trabalho...
Com o tempo, ele foi refinando o design, ajustando o peso, a estabilidade... mas os acidentes não paravam. A cada queda, ele ajustava mais alguma coisa, até que, finalmente, conseguiu planar por alguns segundos antes de cair de novo.
De Volta ao Presente
Nimbus: piscando, trazendo-se de volta à realidade — Eu estava... experimentando! Inventando! As asas de Dragão, sabe? A ciência não espera por ninguém.
Recepcionista: cruzando os braços, sem se impressionar — "Experimentando", é? Bem, isso não muda o fato de que seu passe foi revogado por falta de missões completadas. Você pode reativá-lo, mas terá que fazer algumas missões primeiro.
Nimbus: suspirando, jogando as mãos para cima — Missões! É sempre isso... tá bom, tá bom, eu vou. Vamos, Solaris. Parece que temos trabalho pela frente.
Solaris: olhando para Nimbus, tentando não rir — Então, tudo isso por causa de uma invenção?
Nimbus: com um sorriso travesso — Ah, mas espera até você ver quando essas asas funcionarem de verdade!
A recepcionista, com um olhar afiado, interrompe a conversa de Nimbus e Solaris.
Recepcionista: levantando uma sobrancelha
— Espera aí... Seu amigo não se registrou na guilda ainda.
Nimbus: dando de ombros
— Ah, é mesmo! Solaris, vai lá se registrar. Vai ser rápido, prometo.
Solaris: um pouco nervoso
— Tá... Vamos ver como funciona.
A recepcionista puxa um cristal brilhante e coloca sobre o balcão, acenando para Solaris.
Recepcionista: com um sorriso profissional
— Tudo o que você precisa fazer é colocar sua mão nesse cristal. Ele vai ler seu potencial e determinar seu ranking.
Solaris: franzindo a testa
— Ranking? O que significa isso?
Recepcionista: pacientemente, explicando
— Na guilda, todos os aventureiros são classificados por um sistema de rankings. Começa no D, que é para iniciantes. Depois vem o C, B, A, e, se você for excepcional, temos os rankings mais altos como S e SS. Ah, e o mais raro de todos, o Z, reservado para lendas.
Nimbus: orgulhoso, batendo no peito
— Eu sou ranking B! Já enfrentei alguns desafios bem cabeludos por aí, sabe? Nada mal, hein?
Solaris: curioso, coloca sua mão no cristal. A esfera começa a brilhar intensamente, emitindo uma luz forte que faz a recepcionista arregalar os olhos. Quando a luz se dissipa, o cristal projeta uma letra enorme no ar: A.
Recepcionista: surpresa, quase derrubando a caneta
— O quê?! A de primeira? Isso é raro, muito raro para alguém que acabou de entrar!
Nimbus: piscando repetidamente, chocado
— Espera aí... A? Como assim A?! Eu estou há anos na guilda e sou B! Isso tá errado... Só pode estar errado!
Recepcionista: se recompondo
— Não está errado, Nimbus. Parece que seu amigo tem um potencial incrível. Um ranking A é algo que poucos aventureiros conseguem, e normalmente leva anos para chegar lá. Parabéns, Solaris.
Solaris: confuso e um pouco tímido
— Eu... eu não sei o que isso significa, mas... obrigado?
A recepcionista entrega algumas folhas para Solaris preencher.
Recepcionista: entregando os documentos
— Agora, preencha esses papéis com suas informações básicas e você estará oficialmente registrado.
Solaris pega as folhas e começa a preencher enquanto Nimbus, ainda atordoado, coça a cabeça, tentando processar o que aconteceu.
Nimbus: balançando a cabeça, ainda incrédulo
— Isso é sério? Um novato e já A? Isso não é justo! Acho que preciso revisar minhas "Asas de Dragão" pra garantir que ainda sou o inventor mais impressionante aqui...
Quando Solaris termina a papelada, a recepcionista pega um pergaminho e o desenrola sobre a mesa.
Recepcionista: com um tom mais sério
— Aqui está a sua primeira missão. Há uma alcateia de lobos vermelhos nas montanhas próximas que está causando problemas. Eles são bem perigosos, então tenha cuidado. Como essa é sua primeira missão e você é novo, vou designar alguém para acompanhá-lo.
Ela olha para Nimbus e aponta com um sorriso contido.
Recepcionista: tentando esconder um sorriso
— E, claro, você vai levar Nimbus com você. Ele também precisa concluir uma missão para reativar o passe de cidade dele.
Nimbus: suspirando profundamente, colocando as mãos na cintura
— Ah, sério? Eu vou como babá agora? Que maravilha... Mas tudo bem, se isso significa recuperar meu passe, eu topo. Além disso, talvez eu possa ensinar umas coisinhas pro Solaris...
Solaris: rindo levemente, percebendo a indignação de Nimbus
— Acho que vai ser divertido. Vamos enfrentar esses lobos, então.
Recepcionista: entregando o pergaminho da missão
— Boa sorte para vocês dois. Não subestimem os lobos vermelhos, são criaturas ferozes e ágeis. Ah, e lembrem-se de trazer algo de volta como prova.
Nimbus: olhando para o pergaminho e se virando para Solaris
— Vamos lá, novato! Mostra se esse ranking A é merecido. E quem sabe, talvez eu consiga te dar umas dicas... ou talvez você me dê algumas.
Solaris: sorrindo, cheio de determinação
— Vamos ver o que a gente consegue juntos!