Chapter 4: O Primeiro Passo
Com apenas sua espada enferrujada e o medalhão brilhante pendurado ao pescoço, Roones partiu de Eldaria, deixando para trás o conforto de sua casa e a simplicidade de sua antiga vida. O mundo além de seu vilarejo era vasto e perigoso, mas também repleto de oportunidades para provar seu valor.
Os primeiros dias foram solitários, com o jovem atravessando campos abertos e florestas que pareciam sussurrar segredos sombrios. A cada passo, ele sentia o peso da responsabilidade que agora carregava. Mas não demorou para que o destino o colocasse à prova.
Em uma encruzilhada, Roones ouviu gritos de socorro vindos de um vilarejo próximo. Correndo em direção ao som, ele encontrou aldeões acorrentados, vítimas de mercenários cruéis que saqueavam a área. Sem hesitar, Roones entrou em ação. Sua luta foi intensa, cada golpe de sua espada guiado não apenas por habilidade, mas por um desejo profundo de proteger os inocentes. Quando a poeira baixou, os mercenários estavam derrotados, e os aldeões, libertos.
Mais tarde, em uma floresta envolta em névoa, ele enfrentou algo ainda mais assustador: criaturas das trevas, conjuradas pela magia corrupta dos Filhos de Devastus. Essas feras, com olhos brilhantes e presas afiadas, pareciam sedentas por sua alma. Mas Roones, guiado por sua coragem e pela estranha energia do medalhão, lutou bravamente, derrotando cada uma delas.
Com cada vitória, algo mudava dentro dele. O medalhão pulsava com mais intensidade, emitindo um brilho cálido que parecia fortalecer não apenas seu corpo, mas também sua determinação. Roones começou a perceber que o poder do artefato não estava apenas ligado à força bruta, mas à bondade de suas ações. Era sua compaixão, sua empatia e sua vontade de proteger os outros que faziam o medalhão reconhecer sua dignidade.
Ao longo do caminho, Roones não apenas enfrentava desafios, mas também encontrava aliados: viajantes gratos que o seguiam, guerreiros dispostos a lutar ao seu lado, e até um eremita sábio que lhe ensinou que a verdadeira força de um herói não vinha da espada, mas do coração.
Roones também começou a perceber algo mais profundo. Em momentos de extremo perigo, ele sentia uma energia latente dentro de si, algo que ainda não compreendia, mas que parecia conectado ao medalhão. Era como uma chama adormecida, aguardando o momento certo para despertar.
Enquanto caminhava sob o céu estrelado, Roones olhava para o medalhão, sentindo-se ao mesmo tempo confiante e inquieto. Ele sabia que aquele era apenas o início de sua jornada, mas sentia, no fundo de sua alma, que algo grandioso o aguardava. E, em cada passo que dava, o legado de Arbon parecia mais próximo, como uma luz distante que o guiava na escuridão.
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