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Chapter 8: 8- Oculto

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(Seis meses depois)

"Como está o seu marido lindo, garota?" Valerie revirou os olhos quando Geena perguntou sobre o Rafael.

As amigas dela sempre a invejavam. Valerie realmente tirou a sorte grande quando se casou com Rafael. Um bilionário bonitão que podia atender a todas as demandas de sua esposa.

"Ele está bem," Ela disse com um encolher de ombros displicente.

"Como ele está lidando com a visão."

"Bem. Ele agiu de maneira estranha alguns dias após a cirurgia, mas depois tudo voltou ao normal." Ela apertou os olhos em excitação.

"Estranho?" Geena tomou um gole de seu chá gelado, "O que ele fez?"

"Tipo... ele costumava colocar uma venda antes de fazer amor comigo," Valerie disse corada e Geena revirou os olhos em êxtase.

"Então deixa eu te falar. Ele é podre de rico, bonitão, e ainda por cima tem um lado safado também. Que combinação selvagem! Uau!"

Valerie balançou a cabeça divertida, "Depois de colocar a venda, ele sugava meus lábios intensamente como se... como se ele estivesse tentando saboreá-los. Ele sentia cada parte do meu corpo com aquela venda cobrindo seus olhos."

"O quê? Cada parte?" havia um olhar sonhador no rosto de Geena quando ela viu o tom vermelho nas bochechas de Valerie ficando mais intenso, "Garota. Isso sim é coisa de quarto. Ele já te disse o motivo?"

"Não! Ele apenas disse que queria me sentir como costumava fazer quando era cego." Valerie tomava pequenos goles de seu café gelado com leite.

"Ele..." Geena se inclinou para frente para ser um pouco discreta, "Ele sabe que você se ausentou da vida dele por dois anos e que Marissa foi quem..."

"Shh..." Valerie passou o olhar rapidamente ao redor e suspirou aliviada ao ver que havia poucos clientes por perto, "Geena. Por favor. Não precisamos mais discutir isso."

Somente Geena e Nina sabiam dos detalhes. Felizmente, sua mãe também estava ao seu lado e a ajudou a recuperar o que era seu por direito.

"Ei. Não estou discutindo. Era só uma pergunta..." Desta vez ela jogou fora o canudo e tomou um grande gole da sua xícara, "Você tem sorte demais que eu sou prima do Rafael. Senão, ninguém poderia me impedir de ficar com ele." Ela limpou delicadamente a boca com um guardanapo e Valerie nem conseguiu sorrir.

Ela precisava conversar com a Nina sobre essa garota. Parecia que ela era encrenca.

***

Depois de sair do carro ela ajustou seus óculos escuros e entrou na casa onde Rafael estava na sala de estar assistindo a um programa de TV.

Os passos de Valerie vacilaram um pouco. Ele não deveria estar no escritório?

"Ei! Como assim você chegou cedo?" ela se aproximou dele e então sentou em seu colo após plantar um beijo em seus lábios.

"Eu só queria vir para casa e descansar um pouco. Depois de participar dessas reuniões, senti minha energia drenada."

"Ah," Valerie rapidamente tirou suas sandálias e então começou a traçar seu dedo suavemente no rosto dele, delineando cada feição, "O que você acha?" ela perguntou em um sussurro rouco, "devemos ir para o quarto e eu injetar mais energia nesse seu corpo?" ela lambeu seus lábios inferiores de forma um tanto sedutora.

No entanto, sua expressão mudou quando ela o viu segurando-a pela cintura e fazendo-a sentar ao seu lado, "Não obrigado. Estou mais interessado em assistir TV."

Por um momento, Valerie se sentiu insultada. Já fazia meses desde que eles tinham intimidade. Da última vez, ele fez amor com uma venda nos olhos porque queria sentir o corpo dela.

Depois disso, não houve intimidade. Ela tentou se aproximar dele algumas vezes, mas ele não parecia ficar excitado.

Inicialmente, ela achou que poderia ser um efeito pós-operatório da cirurgia. Mas nenhum homem perde sua ereção depois de apenas uma cirurgia ocular. Isso não fazia sentido.

Frustração brotou em suas veias como lava quente.

"Já faz dias, querido. Por que você está me privando do seu amor?" Ele nem se deu ao trabalho de olhar para ela.

"Desculpe, Valerie. Mas é assim que as coisas estão. Se quiser, pode me deixar e encontrar outro homem. Não vou te manter atada a mim." Finalmente, seus olhos verdes como esmeralda encontraram os dela, "Estou pronto para te dar uma bela pensão alimentícia."

Valerie engoliu em pânico. Ela não fez todo esse esforço para entregar a ele o título de solteiro mais cobiçado numa bandeja de prata.

Ela continuou mordendo o lábio inferior tentando controlar as lágrimas. O mesmo ato que outrora o excitava, agora seus olhos estavam fixos na tela da TV.

"O que deu errado, Rafael? Por que você está assim?" ela enfim segurou a mão dele e a apertou gentilmente.

"Não sei. Talvez seja um problema psicológico." Ele disse curvando os lábios para baixo.

Valerie queria chorar. Ele estava lá sentado como se ela não passasse de um enfeite em sua enorme casa luxuosa.

Ela estava começando a se cansar de ser rejeitada por ele. Sua maneira de lidar com isso era contar histórias falsas sobre o amor dele para as amigas.

Até Nina começou a pedir a ela para fazer tratamentos de fertilidade. Ela queria um herdeiro para o Império Sinclair.

"Você toparia terapia de casal?" ela perguntou a ele, esperançosa.

Por um minuto Rafael se sentiu arrependido, mas nada disso era culpa dele. Ele não sabia mais o que fazer com esse relacionamento.

Ele tentou se aproximar dela. Eles se aninharam por horas, totalmente nus na cama. Mas ele não conseguia recuperar o desejo.

Durante a cegueira, ele apreciava o corpo dela todas as noites. A maneira como ela lhe mostrava como cada parte do seu corpo o queria.

Ou talvez nem fosse o corpo de Valerie. Já fazia tempos que ele não provava aqueles morangos. Suas mãos ainda procuravam aqueles seios perfeitos que preenchiam suas mãos tão perfeitamente.

Ele voltou de seus pensamentos ao presente com um sobressalto quando sentiu a mão dela no ombro, "Só diga sim, amor. Vamos fazer terapia de casal."

Rafael finalmente acenou com a cabeça em concordância e se levantou.

"Onde você está indo?" ela perguntou ao seu costas. Ele não parou ao ouvir a pergunta dela.

"Escritório," ela franziu a testa com a resposta. Ele não estava em casa porque queria descansar?

Depois de sentar em seu carro, Rafael encostou a cabeça no banco traseiro. Se aquele relatório fosse verdadeiro, Marissa daria à luz aos gêmeos daqui a três meses.

"Eu adoraria ter filhos com você," Uma vez, ele lhe disse depois de fazer amor, "Se algum dia tivermos um filho, vou chamá-lo de Alexander."

"E se for uma menina?" ela perguntou a ele, deslizando a mão para baixo sobre seus abdômen tonificado e elegante.

Ele segurou a mão dela para impedí-la de ir mais para baixo e falou em uma voz perigosamente baixa, "Então eu a chamarei de Valerie."

Uma única lágrima escapou de seus olhos, deslizando pela bochecha. Seus investigadores estavam trabalhando duro para encontrá-los, mas Deus sabe onde eles estavam escondidos.

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