Ele sentia vividamente a energia permeando o ar ao seu redor, como se tudo estivesse à sua disposição.
Ele ansiava correr, disparar em uma velocidade sem precedentes, para escapar deste lugar perigoso!
Blair estava deitada no ombro de Elvira, com os olhos bem fechados, sem querer testemunhar as aterrorizantes luzes vermelhas.
De repente, uma lufada de vento tocou sua bochecha e ela abruptamente abriu os olhos para descobrir que tudo ao redor deles havia mudado instantaneamente. Quando Elvira recuperou os sentidos, para seu espanto, eles haviam se teleportado para a porta! A ameaçadora grade de laser estava quase ao alcance!
No entanto, Elvira não tinha tempo de procurar um interruptor na porta. Ele tinha que encontrar uma saída antes que a grade de laser pudesse tocá-los!
Uma imagem cruzou sua mente: uma garota com cabelos castanhos amarrados a uma mesa de experimentos, seus olhos apáticos e sem vida, quase desprovidos de qualquer sinal de vida. O homem de jaleco de repente se lembrou de que havia esquecido algo e caminhou até a porta, pressionando um botão amarelo entre uma fileira de botões ao lado dela.
O botão amarelo!
Usando a tênue luz vermelha como guia, Elvira atirou seu punhal com toda sua força no botão amarelo entre a fileira. Essa era sua única chance!
O punhal traçou um arco limpo pelo ar, como se pudesse cortar a própria atmosfera. Elvira depositou todas as suas esperanças neste punhal. Ele tinha que acertar aquele botão amarelo!
A porta finalmente se abriu! Sem hesitar, Elvira saltou no ar, pulando para a direita como se mergulhasse de um navio para o mar. Ele usou toda a sua força para proteger a cabeça de Blair enquanto eles caíam pesadamente no chão.
Sentindo nenhum intruso, a grade de laser dissipou-se automaticamente. O coração acelerado de Elvira gradualmente se acalmou. O chão frio ajudou a clarear sua mente. Ele rapidamente se levantou, ajudou Blair a ficar de pé e perguntou ansiosamente em voz baixa, "Você está machucada?"
"Eu estou, estou bem," Blair respondeu suavemente, tocando seu rosto e suspirando aliviada.
"Você... você está sangrando?" Blair sentiu algumas gotas de líquido quente caírem em sua mão, sua voz tremendo enquanto puxava a manga de Elvira.
"Vamos sair daqui primeiro." Elvira limpou descuidadamente o sangue em sua mão em suas roupas, pegou a mão de Blair e cuidadosamente examinou o ambiente antes de sair.
Altair notou instantaneamente os feixes de luz laser vermelhos no final da sala e olhou para o teto do laboratório. Na escuridão, ele viu uma tampa metálica ordenada, hermética.
Os feixes de laser vermelhos percorriam em sua direção como lâminas afiadas, cortando horizontalmente todo o laboratório.
Com compostura, ele passou por cima dos dois primeiros feixes e depois empurrou fortemente uma mesa de experimentos para saltar sobre os últimos dois.
Ele observou os espécimes dentro da caixa de vidro, aqueles mendigos olhando para ele timidamente, seus corpos tremendo sem parar.
Altair percebeu que os feixes de laser não penetravam na caixa de vidro. Ele olhou em direção à grade de laser formada no final e então fechou o punho, esmagando-o contra a redoma de vidro.
"Bang!" Seu punho deixou um amassado profundo na redoma de vidro. De repente, com um som de estouro, uma rachadura apareceu no vidro!
Altair não pausou, atingindo a redoma de vidro novamente com força.
"Bang!" A rachadura se alargou e, finalmente, a redoma de vidro se quebrou sob o ataque implacável de Altair.
Sem hesitar, Altair entrou.
O espaço dentro da redoma de vidro era apertado, mal suficiente para uma segunda pessoa. Altair olhou para o mendigo encolhido no canto, hesitou por um momento e depois pediu desculpas em silêncio.
A grade de laser vermelho varreu por cima, mas a pessoa dentro da caixa permaneceu ilesa.
Altair, na escuridão, seguiu a direção dos feixes de laser e viu figuras correndo à distância. Inicialmente, Altair planejava correr para salvar Elvira e a outra pessoa, mas depois de sentir flutuações mágicas incomuns, os dois conseguiram escapar com sucesso.
Elvira seria descendente de uma família de magos, destinado a herdar sua mágica? Desde o desaparecimento de Lorcan, essas duas famílias mágicas haviam desaparecido sem deixar rastros. Ninguém na comunidade sobrenatural sabia o que havia acontecido.
Enquanto fugiam, ele também ouviu o som de metal batendo no chão, e os feixes de laser vermelho desapareceram, mergulhando o laboratório de volta ao silêncio.
No laboratório escuro como breu, apenas centenas de sons de respiração e aquele odor desagradável de maldade permaneciam.
Altair saiu de debaixo da redoma de vidro, sacudindo seu sobretudo preto. Na noite, suas pupilas verticais azuis encararam o mendigo agachado em um canto, que tremia violentamente, com medo demais para levantar a cabeça e encontrar o olhar de Altair.
Altair não disse mais nada, simplesmente seguindo a direção do som. Ele se abaixou para pegar o punhal que Elvira havia deixado cair. No escuro, ele tocou nos padrões do punhal. Poderia este ser um artefato SCP da família de bruxas Halliwell?
Como Elvira veio a possuir este item?
Segurando o punhal, Altair afastou-se do porão.
Enquanto isso, Elvira e Blair haviam retornado ao segundo andar. As luzes brancas, ainda piscando, de alguma forma ofereciam um sinal de alívio.
"Deixe-me ver se você está machucada." Elvira carregou Blair para o quarto 203, examinando-a à luz.
"Está tudo bem." Blair colocou o braço atrás de si, falando suavemente.
Elvira agachou-se, agarrou o braço dela e, após uma inspeção mais de perto, encontrou-o machucado e roxo.
"Desculpe por isso, eu vou buscar gelo para colocar."
"Não é necessário, não é conveniente aqui." Blair acenou com a mão dispensando a ideia, depois olhou sinceramente para Elvira e disse, "Há um jantar dos investidores amanhã à noite às oito."
"O que é isso agora?" Elvira zombou, "Isso fica cada vez mais estranho. Um Orfanato, à noite, hospedando um jantar dos investidores? Investindo em quê?"
"Você precisa vir." O olhar de Blair era sério enquanto ela segurava o pulso de Elvira, "Antes, só havia convidados, convidados ilustres. Agora, pela primeira vez, investidores apareceram aqui."
"Primeira vez para investidores?" Elvira pegou o ponto-chave nas palavras de Blair e ponderou, "No jantar de investimento, deve haver uma apresentação de projeto, então eles dirão aos investidores o que precisa de financiamento. É quando algumas pistas podem surgir."
"Exato." Blair assentiu.
"Deve haver um convite, certo?" Elvira acariciou seu queixo, pensando em um plano.
"Não se preocupe, eu estarei lá amanhã. Confie em mim." Elvira olhou para Blair com uma expressão séria.
Blair olhou para baixo, tocando o hematoma em seu braço, sussurrando, "Eu ouvi o pedido de ajuda da Francesca."
"O quê?" Elvira parou, depois rapidamente entendeu, "Você quer dizer que o motivo de Francesca estar no Orfanato é porque você ouviu o pedido de ajuda dela? Aqui?"