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Chapter 11: Orfanato Const 7

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No estacionamento privado da Luminous Entertainment, Altair estava pronto. Usando óculos escuros, ele dirigia sua Mercedes Classe G em direção ao Orfanato Const.

Como um híbrido de lobisomem e vampiro, ele carregava a responsabilidade de erradicar os Humanos-bestas e garantir a paz da cidade. Ele possuía a habilidade, única entre as criaturas sobrenaturais, de ver as mutações dos Humanos-bestas que os humanos ordinários não conseguiam.

Saxon acabara de relatar a Altair que Elvira tinha ido para o Orfanato Const. Altair permaneceu impassível, olhos fechados até Saxon deixar o escritório. Então, ele suspirou e dirigiu-se ao estacionamento privado. Aquele jovem, parecido com Lorcan, certamente encontraria seu fim em um lugar tão perigoso. Pelo menos com ele lá, ele poderia garantir a segurança de Elvira.

O Orfanato Const ficava localizado no topo de uma pequena colina nos subúrbios, a apenas dez minutos de carro da base da montanha.

Quando Altair se aproximou do destino, já estava escuro. Ele estacionou o carro na encosta da colina.

Ele olhou para cima, e as luzes do Orfanato Const no topo da colina estavam acesas, sua alta cruz perfurando o céu.

Altair optou por não dirigir diretamente para o topo da colina. Ele não queria alertar ninguém prematuramente. O jantar dos investidores estava marcado para amanhã, e seu objetivo hoje era simplesmente entrar sorrateiramente e reconhecer o terreno para garantir a segurança de Elvira.

Havia um pequeno bosque atrás do Orfanato Const, oferecendo-lhe um ponto de entrada. Com cautela, isso era nada mais do que um passeio para ele.

Altair vestiu um sobretudo preto, cujo corte sob medida acentuava sua compostura e figura alongada, com a gola levantada.

Era verão, e o ar estava repleto do cheiro mofado de musgo úmido. As florestas eram densas com galhos e folhas, aparentando serem inúmeras mãos negras entrelaçadas com o céu, tremendo, como se em meio a convulsões.

A névoa tecia-se entre as árvores, espessando e esvaziando como se estivesse viva, lentamente fluindo, juntando-se e dispersando-se.

Dentro da névoa, uma figura baixa aparecia de forma indistinta, visível um momento e oculta no próximo.

Altair, com uma mão no bolso e o olho direito fechado, ficou na borda da floresta. A névoa branca parecia se dissipar automaticamente ao seu redor.

Devia ser a menina de vestido listrado de branco, seus cabelos castanhos caindo sobre os ombros. A luz fantasmagórica do luar assentava em seu cabelo, lembrando uma borboleta.

Sem hesitar, ele adentrou o bosque, e imediatamente, um cheiro de morte o recebeu. Era uma mistura de ossos decompostos e lamentos de almas desesperadas.

A figura da menina aparecia ora distante, ora próxima, como se dançasse sob a luz do luar, mas também vagando.

Altair inclinou a cabeça, seguindo-a. Ele não sentia malícia vinda dela, apenas uma alma torturada que sofreu em vida.

Seria possível que o Orfanato Const fosse realmente um lugar de maus-tratos?

As florestas ao redor estavam assustadoramente silenciosas, como uma prisão escura contendo incontáveis pecados.

Chegando ao centro do bosque, uma atmosfera de estranheza e desespero o envolveu. Ele fechou o olho direito e viu visões quebradas e cheias de desespero.

Luzes cegantes, presas por cordas, incapazes de se moverem, o cheiro de desinfetante—

"Ainda não foi bem-sucedido?" a voz de um homem ecoou na visão.

Então, a alma distorceu-se e finalmente se estilhaçou.

Ao abrir os olhos de novo, ele estava diante de uma perspectiva que palavras não podiam descrever.

Portas de vidro, armários estreitos, luz pálida—

"Já obteve sucesso?" A voz de uma criança surgiu.

Então, almas foram cortadas, finalmente esmagadas.

Ao reabrir os olhos, o mundo havia perdido sua cor.

Inúmeras queixas rapidamente inundaram o olho esquerdo de Altair, seus donos lamentando de dor, privados de liberdade, suportando tormento. Suas almas estavam aprisionadas, seus corpos mutilados enterrados na terra, alguns até faltando órgãos vitais.

O lugar não estava longe daqui, no gramado atrás do prédio principal do Orfanato.

Altair, franzindo o cenho, abriu o olho direito, circundou a árvore e olhou para a terra recém revirada, agachando-se para pegar e cheirar um punhado.

Estava impregnada com o cheiro do pecado, dos Humanos-bestas.

Humanos-bestas, são seres que, após os humanos se envolverem em desejos extremos, puros e prejudicarem inúmeros dos seus semelhantes, passam por mutações físicas e obtêm poderes além dos seres ordinários.

Quantas atrocidades precisam acontecer aqui para deixar a terra tão impregnada de desespero?

Quando um homem se torna uma besta, ele é pior do que qualquer besta.

Altair levantou-se, seu olhar se fixando em uma silhueta que pausava ao longe.

"Não se preocupe, você será livre," ele sussurrou uma promessa.

A menina não se virou; ela apenas desapareceu na névoa branca.

A névoa se agitava sob o luar, movendo-se rapidamente como se estivesse viva, vaporando incessantemente, como água de riacho amaldiçoada correndo pela floresta.

Altair deu alguns passos à frente, ouvindo um canto etéreo vindo não muito longe, tornando-se mais claro e vagando pela floresta escura.

O canto soava assombrosamente arrepiante, com uma melodia tão estranha que a letra era indistinguível, apenas as escalas mudando bruscamente, lembrando o som de ossos se esfregando um contra o outro.

Seguindo o som, ele viu uma figura escondida na névoa. Aproximando-se, encontrou uma mulher de vestido branco sentada debaixo de uma árvore, penteando seu cabelo. Seus cabelos eram escuros e brilhantes, caindo ao chão como uma cachoeira negra banhada pelo luar.

O vestido branco era quase transparente, com o luar delineando a figura graciosa da mulher. Suas mãos expostas eram brancas como a neve.

No deserto, a aparição da menina era como algo saído de um mito, misteriosa e etérea. No entanto, Altair não se comovia com sua beleza, ficando sem expressão diante dela, seu olhar tão frio quanto o gelo do extremo norte.

Sob o luar, sua sombra aparecia longa e estranhamente moldada, como se não combinasse exatamente com sua figura.

A menina continuava a cantar uma melodia sem palavras, sua voz profunda e ligeiramente trêmula. Seus movimentos eram lentos e deliberados, parecendo ignorar a presença de Altair, mas como se estivesse esperando sua interrupção.

Altair ficou em silêncio ao lado, seus olhos fixos na menina.

De repente, seu canto tornou-se agudo e penetrante, arrepiante como um uivo espectral. Ela abruptamente levantou a cabeça, seus cabelos flutuando no ar, e o rosto de um macaco apareceu na visão de Altair.

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