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57.69% Alem do limite Temporal | SukuIta (Jujutsu Kaisen) / Chapter 15: Capítulo 15: A inocência e a ferocidade, a curiosidade e o anseio.

Chapter 15: Capítulo 15: A inocência e a ferocidade, a curiosidade e o anseio.

O salão, agora vazio, ecoava apenas o silêncio após a intensa batalha. A aura de tensão e excitação que antes preenchia o local havia desaparecido, substituída por uma calma.

O jovem ainda estava inconsciente, exausto pela energia que canalizara durante a luta. Sukuna depositou-o cuidadosamente na cama e observou-o por um momento, um brilho de satisfação nos olhos.

Nos arredores do Santuário, os clãs começaram a se dispersar. Os murmúrios sobre a batalha intensa e a presença de Yuji e Yozoru preenchiam o ar. Muitos discutiam a notável força e coragem do jovem, enquanto outros ainda estavam surpresos com a estranha mulher.

Enquanto isso, em um dos cantos mais remotos do local, uma figura encapuzada observava tudo com atenção. A pessoa mantinha-se escondida nas árvores, observando os movimentos dos clãs e as repercussões da batalha. Sua presença passava despercebida por todos.

De repente, a figura se virou e desapareceu na escuridão.

.

.

.

Yuji abriu os olhos devagar, a consciência retornando lentamente. E ele percebeu que estava em uma posição diferente. Ele sentiu o peso de sua própria exaustão após a intensa batalha.

Mas a sensação de estar relaxado e confortável naquele lugar era estranha e confusa. Seus olhos se arregalaram quando percebeu onde estava e como estava.

Ele estava nos braços de Sukuna.

Um arrepio percorreu sua espinha enquanto a realidade dos eventos anteriores retornava.

Tudo parecia um turbilhão em sua mente.

A batalha intensa, a cerimônia, a técnica de Yozoru, o Santuário Malevolente começando a se manifestar, seu descontrole quase o fazendo voltar a batalha de Shinjuku e…o beijo.

Para deixar de focar no que aconteceu, se deixou levar pela curiosidade ao notar que o quarto de Sukuna era notavelmente maior do que o espaço onde ele estava acostumado a ficar.

As dimensões eram amplas, com um teto alto, o ambiente parecia espaçoso e aberto, permitindo uma liberdade de movimento que contrastava com a sensação mais restrita de outros cômodos.

Uma paleta de cores mais escura e carmesim predominava, criando uma atmosfera misteriosa e ao mesmo tempo elegante. Detalhes sutis, como tapeçarias elaboradas decoravam o ambiente, indicando um gosto refinado e uma conexão com a história e a cultura.

A mobília, embora escassa, era robusta e luxuosa. Uma cama adornada estava centralizada no espaço, o que parecia ser um camareiro próximo a cama. Não havia muitos objetos pessoais visíveis, sugerindo uma natureza mais minimalista ou uma preferência por privacidade.

Olhou para Sukuna abaixo de si, que dormia com um semblante estranhamente tranquilo, um vislumbre inesperado de serenidade no rosto que muitas vezes carregava um sorriso zombeteiro ou expressões de desdém. Era uma cena incomum, Sukuna parecia tão pacífico enquanto dormia.

Yuji aproveitou o momento para observar o rosto do Rei das Maldições. Ele notou os detalhes sutis das características de Sukuna, como se tentasse compreender melhor a pessoa por trás da entidade poderosa e temida.

O traço de uma cicatriz quase imperceptível, as sobrancelhas bem desenhadas, os lábios levemente entreabertos, a pele pálida e rosada que contrastava com a intensidade de seu ser.

A forma engraçada como que os cabelos caíam de maneira despretensiosa sobre a testa, mas que normalmente eram ajustados para trás.

Era uma visão íntima e ao mesmo tempo desconcertante.

"Eu podia… Matá-lo… Aqui…Agora." Ele pensou e lembrou das grandes atrocidades que Sukuna causou.

Mas… Ao observar Sukuna adormecido trouxe uma sensação de proximidade.

Ele se lembrou do momento surpreendente em que Sukuna o beijara.

Contudo, ao contrário do que esperava, uma sensação estranha o invadiu. Não era nojo, ou o medo e a tensão que costumava sentir diante de Sukuna. Era uma calma diferente, uma sensação de segurança e até mesmo uma estranha leveza no coração.

Era uma sensação nova e intrigante, uma compreensão de que ali estava alguém de poder inimaginável, mas também alguém que lhe oferecia uma estranha sensação de proteção.

Ele estava ciente de que estava diante do ser mais pretensioso e cruel que a era Jujutsu já presenciou, mas alguma coisa estranha estava ali. Se fosse no seu presente sim contentava esse fato e apostava todas suas fichas, mas agora …

"O que aconteceu com você…Realmente essa é a mesma pessoa?" Pensou ao olhar para os olhos diante de si que estavam fechados, as marcas adornadas em seu rosto e no lado esquerdo como uma 'máscara' de pele.

Yuji estendeu a mão com cautela, quase como se estivesse temendo despertar o Rei das Maldições de um sono tranquilo. Seus dedos pairavam a milímetros da pele de Sukuna, hesitantes por um instante.

Seus olhos estavam fixos no rosto adormecido, tentando encontrar respostas em cada detalhe que compunha a expressão relaxada de Sukuna.

A mão de Yuji tremia levemente, não por medo, mas por uma estranha mistura de curiosidade e apreensão. Ele sentia o coração acelerado, a respiração pausada, como se um gesto tão simples pudesse desencadear uma série de consequências.

Por um momento, os dedos de Yuji tocaram a pele íngreme e quente de Sukuna. Foi o suficiente para ele sentir algo percorrer sua mão, uma sensação estranha de conexão.

Os olhos de Yuji se arregalaram ao sentir uma corrente de energia percorrer seu corpo, um pulsar sutil que parecia emanar de onde seus dedos tocavam a pele de Sukuna. Era como se algo dentro dele reagisse a esse contato.

Por um instante, Sukuna pareceu franzir levemente o cenho. Ainda sem sinal de consciência, dois dos quatro braços de Sukuna apertaram-se mais firmemente ao redor de Yuji, como se estivessem receosos de que ele fosse embora.

Essa reação inesperada chocou Yuji por um momento. A pressão suave e controlada dos braços de Sukuna não parecia agressiva; ao contrário, transmitia um estranho senso de proteção, quase como se estivesse abraçando-o com cuidado.

Isso deixou Yuji ainda mais perplexo. Ele estava ali, tocando o ser mais temido e poderoso que já conhecera, e ao invés de ser empurrado ou atacado, ele era mantido como se fosse precioso para Sukuna.

Continuando com sua mão no rosto dele, ela traçava levemente sobre os dois olhos intrigantes no lado esquerdo e logo depois os do direito, quando ele começou a abaixar as mãos pelo nariz e em direção aos lábios sua mão é agarrada sem muita força.

Naquele momento o tempo parou.

Como quando você observa alguém que está prestes a cair em um buraco, você sabe que ela vai cair. Mas mesmo assim … você não se meche, até acontecer.

Sukuna abriu os olhos e o olhou, Yuji surpreso sentiu uma mão passar por seu rosto antes de abaixar levemente a sua cabeça em direção ao rosto dele.

Quando viu o que estava prestes a acontecer ele mencheu seu corpo, mas ainda estava preso nos braços de Sukuna.

Um sussurro inesperado cortou o ar tenso. "Fica quieto", disse Sukuna. Não era uma ordem, mas como um pedido, o que Yuji não esperava.

Encarando os olhos carmesim, Yuji sentiu um turbilhão de emoções. Ele fechou os olhos por um instante, quase como se estivesse se preparando para algo inesperado. Quando os abriu novamente, não ofereceu resistência.

Seus lábios encontraram os de Sukuna em um instante de incerteza. Foi um contato suave, mas carregado de significado, envolvendo não apenas o impulso do momento, mas também a estranha conexão que parecia existir entre os dois.

Yuji sentiu a firmeza dos lábios de Sukuna contra os seus, uma sensação que contrastava fortemente com a intensidade do que aquele gesto representava. Havia algo mais ali do que simplesmente um beijo. Era uma mistura complexa de emoções, uma interseção entre o medo, a curiosidade e uma estranha sensação de familiaridade.

Sukuna, com um sorriso leve nos lábios, sentiu a respiração acelerada de Yuji ao se afastar por um breve momento. Antes que pudesse dizer algo, viu nos olhos de Yuji uma expressão de mistura entre surpresa e expectativa.

Sem dar tempo para muitas palavras, Sukuna puxou Yuji novamente para perto, num gesto impetuoso e intenso. Seus lábios se encontraram em um beijo mais ávido, as mãos de Sukuna deslizando suavemente pelo rosto de Yuji enquanto ele aprofundava o contato.

A língua de Sukuna encontrou a de Yuji, numa dança ardente e carregada de um desejo que parecia transcendental. Era um misto de emoções entrelaçadas, a sensação intensa de dois mundos colidindo: a inocência e a ferocidade, a curiosidade e o anseio.

Yuji, surpreendido com a intensidade do momento, permitiu-se ser envolvido pela paixã. A experiência era avassaladora, uma mistura de sensações que o faziam questionar suas próprias emoções e percepções.

Os lábios de Sukuna eram fervorosos, uma entrega impulsiva que contrastava com a aura de domínio e poder que ele normalmente exalava. Era como se naquele momento, as barreiras entre o Rei das Maldições e Yuji estivessem se desfazendo, dando lugar a uma conexão visceral e inesperada.

Cada toque, cada movimento, era uma dança entre o inusitado e o desconhecido, um labirinto de sensações que os prendia naquele instante fugaz, enquanto o mundo ao redor parecia desaparecer.

Quando finalmente se separaram, o ar estava carregado de eletricidade e uma tensão palpável. Yuji, com os olhos arregalados, olhava para Sukuna, surpreso com a intensidade do momento e a complexidade das emoções que aquela troca havia despertado. Enquanto isso, Sukuna mantinha um olhar penetrante, um vislumbre de algo mais profundo em seus olhos carmesim.

A respiração de ambos estava descompassada, os corações batendo em um ritmo frenético, quando o silêncio é quebrado pelo espaço, que estava carregado de uma energia que pulsava entre os dois.

" A Melhor maneira de acordar." Sukuna diz sacana.

Yuji olha para ele e sente que sua mente vai explodir e pensa:

"O que eu to fazendo!..."


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