<Avip: To na área, derrubo é pênalti… piadas a parte no final da fic entro em mais detalhes sobre essas últimas semanas.>
Lembrando que tenho uma conta no twitter(X), @AvipBr.
E agora sem mais delongas vamos à história…
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[Belethra]
Estava tão entretida pelo meu livro, Ressonância Interdimensional: Vislumbrando Dimensões Paralelas, que só percebi a manono em meu quarto quando ela falou.
"Shitsurei Shimasu Belethra-san." Disse a recém-chegada Kunoichi ao meu quarto. "Yzhilde-dono está lhe aguardando na sala do trono, a senhorita poderia me acompanhar?"
Apesar de já ter lido ele várias vezes, sempre me pego relendo por puro prazer nostálgico, afinal ler esse livro foi o meu primeiro encontro com o conceito de outras realidades.
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"Entendido." Respondi fechando meu livro. "Por favor, vá em frente."
"Hai!"
Faz pelo menos 15 anos desde que visitei o castelo de Lady Belethra, A Mestra das Runas, e pelo visto muita coisa mudou.
Kunoichis correndo nos corredores e até mesmo pelo teto, fazendo serviços gerais de limpeza e manutenção do castelo, Ochimushas guardam entradas e os principais corredores e pela janela vejo Kamaitachis cortando grama e arbusto.
"Vejo que o programa de intercâmbio com Zipangu foi um sucesso."
"Hai!" Respondeu a ninja sem desacelerar. "No começo muitas estavam apreensivas com Yzhilde-dono, mas as poucas mamonos que aceitaram o convite no primeiro ano voltaram para visitar suas famílias e só tinham elogios para a Shogun."
"Hi-hi." Uma risadinha escapa quando ela se refere a Lilim como Shogun.
Não ri por ela ter se referido a Lilim de tal forma. Shogun era nomeado pelo imperador no contexto original da palavra. Se a Mamono Lord era equivalente ao Imperador, a comparação fazia sentido. A minha risada veio por que a 15 anos atrás esse era um dos objetivos da Mestra das Runas.
O único problema é que a Kunoichi ouviu a minha risada e não ficou nada feliz.
"Não podemos deixar Yzhilde-dono, então vamos acelerar o passo." Ela disse em um tom irritado.
"Espera! Tenho pernas curtas." Reclamei em voz alta, mas a ninja resolveu me ignorar.
Antes eu já estava tendo problema em acompanhar o ritmo da caminhada dela, agora que ela acelerou o passo precisei correr.
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Após alguns minutos a mesma sumiu da minha linha de visão. Só não me perdi no castelo porque sempre tive memória boa e apesar das mudanças cosméticas o layout ainda era o mesmo de 15 anos atrás.
"Finalmente anunciando Belethra-san." Comentou a minha suposta guia.
Mesmo irritada com o que essa pirralha havia feito, resolvi não teleportar ela para o meio do oceano. Afinal faz muito tempo que não vejo a Mestra do castelo e tenho assuntos mais importantes a tratar com ela.
"Senhorita Belethra." Comandou uma voz feminina poderosa e intimidadora.
Conforme entrei na sala, meus olhos imediatamente se fixaram na figura majestosa à minha frente sentada em um trono. Era uma visão impressionante que superava todas as expectativas. A mulher à minha frente era de uma beleza sobrenatural, um contraste magnífico entre sua beleza celestial e seus traços monstruosos.
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Seus cabelos brancos fluíam como uma cascata de prata, destacando-se contra o fundo escuro de sua indumentária elegante. Seus olhos vermelhos ardiam com uma intensidade que parecia capaz de penetrar minha alma. Vestida com roupas negras que exalavam uma aura de sofisticação e poder, ela era a personificação da nobreza e da autoridade.
O ar que a envolvia era avassalador, um lembrete constante de que eu estava diante de uma soberana inigualável. Cada movimento, cada gesto, ecoava sua superioridade. A postura impecável, a dignidade inabalável, a presença marcante. Todos esses elementos combinam para criar uma aura de imponência que me deixava humilde e maravilhado.
Eu me encontrava diante de uma Princesa do Reino Mamono, uma das filhas da Monster Lord, uma figura cuja beleza e nobreza, embora intimidantes, eram impossíveis de ignorar.
Apesar de eu ser uma Mamono, meu coração batia rápido, sem pensar, fiz o que me veio naturalmente. Me prostrei no chão, me curvando com meus dois braços para frente em reverência a Lilim Yzhilde, a Mestra das Runas.
Atrás de mim escutei uma risada baixa de satisfação da Kunoichi, ela estava feliz em ter obtido alguma forma de vingança.
"Por que não chegou com sua acompanhante? Senhorita Belethra."
Mesmo carregando nenhum feitiço, sua voz era abundante em magia, um nível de poder que poucas mamonos poderiam sequer sonhar em alcançar.
"M-m-mil perdões, Lady Yzhilde, mas não consegui acompanhar minha guia."
"Entendo…" Ela respondeu reclinando em seu trono e encarando a jovem Kunoichi. "Você foi a encarregada de trazê-la até aqui?"
"Hai! Yzhilde-dono." Respondeu à cerva com orgulho se ajoelhando para sua mestra.
"Então me diga…" Disse a Lilim levantando a mão em direção a ninja.
Runas na linguagem antiga se acenderam no corpo e roupas da jovem, o padrão era o mesmo usado em Archaeomancy. A kunoichi foi erguida do chão e arremessada em direção ao trono da Lilim.
THUD!
A mamono caiu de cara nas escadas que levam ao trono, olhando para cima ela viu que sua mestra tinha se levantado e a encarava com ódio e desgosto.
"Por que você me desonrou, desrespeitando minha convidada desse jeito?"
Eletricidade surgiu das runas quando a Lilim terminou sua pergunta eletrocutando a jovem. Gritando de dor, a serva começou a se desculpar, ela tentou jogar a culpa para mim, dizendo que fui rude com sua Shogun rindo de seu título.
"E por um acaso eu sou indefesa ao ponto de precisar que outros vinguem a minha honra?"
A Lilim apontou a mão para a Kunoichi, as runas brilharam e ergueram-na mais uma vez. Antes que sua mestre pudesse fazer algo, me levantei.
"ESPERE!" Gritei sem pensar. "O que ela disse é verdade, fui rude com a minha anfitriã e por isso peço desculpas."
Lady Yzhilde me encarou com uma sobrancelha arqueada, ponderando o que poderia ser feito nessa situação.
"Que assim seja." Ela disse liberando o controle sobre as runas.
Sem energia, as runas deixaram a Kunoichi cair, mas mesmo machucada e eletrocutada ela ainda conseguiu cair em pé provando sua agilidade e preparo físico.
"Ambas erraram e ambas foram punidas" Ela disse nos encarando com a fúria gélida de mil Yuki-Onna. "Que não se repita."
"Hai!" Respondeu a garota.
No meu caso, apenas consenti acenando com a cabeça.
"Nos deixe a sós, faz muito tempo que Senhorita Belethra e eu não conversamos."
"Hai!"
A ninja desapareceu em uma nuvem de fumaça. Em resposta, Lady Yzhilde ergueu suas mãos e toda a sala do trono foi encoberta em runas Archaeomanticas.
Normalmente runas eram usadas para dar permanência a efeitos mágicos, assim como Dark Insígnias era necessário mais recursos mágicos e tempo para executá-las.
Ou seja… Yzhilde já planejava me prender aqui dentro?
"Com minhas ruas ativadas, eu finalmente posso… relaxar."
"O quê?" Perguntei confusa.
Ela levantou sua mão direita para o céu e com a outra na cintura ela jogou o corpo para a esquerda.
"Ichi-Ni." Ela trocou os braços e fez o mesmo para o outro lado. "Ichi-Ni."
Diante dos meus olhos, Lady Yzhilde, Princesa mamono, A mestra das runas estava… alongando?
"Faço de tudo pelas minhas meninas, mas esse teatro sempre me deixa tão tensa." Comentou a Lilim girando os ombros. "Você pode me ajudar a alongar Bebe-chan?"
Sai do meu estupor quando ela pronuncia o velho apelido que usava para me chamar.
"COMO VOU TE AJUDAR SENDO MENOR DO QUE VOCÊ SUA FEDELHA IDIOTA!" Gritei balançando os braços na direção da Lilim.
Terminado de gritar percebi a besteira que fiz, a Mestra das runas sorriu na minha direção como se fosse um gato que havia capturado um rato, mas ao invés de me punir, ela levou suas mãos fechadas até seus olhos e começou a chorar.
"BUAAAA! BEBE-CHAN VEM ME VISITAR DEPOIS DE TANTO TEMPO SÓ PARA GRITAR COMIGO! BUAAA!"
Isso não é possível, Lilim são a espécie de mamonos mais poderosas do mundo, com habilidades capazes de se equiparar aos grandes heróis ou em alguns casos simular o poder de Deuses… e depois de 15 anos Yzhilde…
"NÃO MUDOU NADA!" Gritei frustrada. "Sei que você não está chorando de verdade, para de ficar imitando coisas de anime sua fujoshi fedida."
Uma veia saltou na testa da Lilim que parou de chorar na hora me encarando emburrada.
"Que grossa, eu sou uma O-to-me." Ela disse estufando o peito com orgulho. "No máximo uma otaku."
"Otomes não consomem hentai na mesma proporção que Onis bebem álcool."
"Iiik." Gemeu Yzhilde virando o rosto envergonhada.
"Mas eu fico feliz que você não tenha mudado depois de todo esse tempo."
"Digo o mesmo." Com um sorriso maternal, ela concluiu. "Você ainda é Mahou Shoujo Loli, mais Kawaii do mundo."
…
"Tô indo embora." Respondi seca.
"Não! Espera por favor." Disse a Lilim materializando do meu lado e abraçando meu corpo. "Eu estava mesmo sentindo sua falta, por favor não vai."
"Tá bom! Tá bom!" Reclamei me debatendo apertada contra os seios dela. "Mas acho bom você servir um chá com biscoitos."
Sorrindo ela disse.
"♪Também tenho bolo também♪." Ela respondeu cantarolando.
Suspirei já cansada das traquinagens da Lilim otaku.
"O que foi todo esse teatro que você fez quando cheguei." Perguntei curiosa. "Você não precisa ter machucado aquela coitada."
"Faço esse drama todo para elas."
"Explique-se."
"Elas adoram ter uma poderosa e honrada mestre que poderia matar elas se cometessem algum erro."
"Você só pode estar de brincadeira."
"Não mesmo." Disse a Lilim balançando a cabeça. "Agora mesmo aquela kunoichi deve estar com suas colegas contando em como eu estava legal, me impondo e humilhando ela perante a visita."
"Fico feliz que você tenha encontrado servas doentes como você."
"Não desista da magia Bebe-chan, comédia não é para todos." Ele resmungou cruzando os braços. "Que novidades trazem minha única aliada com bom gosto cultural?"
"Senti um pulso do sistema." Comentei encarando a Lilim nos olhos.
Na mesma hora ela me colocou no chão e perguntou preocupada.
"Você tem certeza?" Apesar de interessada, Yzhilde estava apreensiva.
"Não tenho dúvidas." Acrescentei engolindo seco. "Ele está vivo."
[George Cappadocia]
Uma das piores partes de ser velho é que você precisa de pouca coisa para ficar remoendo o passado.
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Olhar para esses jovens recrutas, traz-me memórias de tempos passados, quando eu mesmo era apenas um rapaz cheio de sonhos e esperanças. Mas hoje, com os cabelos e barba grisalhos e os anos de batalha marcados em meu rosto, sou um velho veterano, liderando estes bravos homens na montagem de nosso acampamento.
Os jovens soldados, todos ansiosos e cheios de energia, desmontaram de seus cavalos e descarregaram nossas carroças de suprimentos. A madeira crepita e a fumaça sobe dos fogos que acendemos para cozinhar nossas refeições. Enquanto as tendas são erguidas, dou instruções, orientando a colocação estratégica das barricadas e a guarda noturna.
À medida que o acampamento toma forma, sinto-me grato por estar rodeado por homens e mulheres leais e dedicados, mesmo que sejam mais jovens e inexperientes do que eu. Enquanto a noite cai e o fogo crepita, os recrutas que não vão ficar de guarda começam a se aconchegar em seus sacos de dormir.
CRASH!
Exceto por alguém idiota que resolveu quebrar pedras a essa hora da noite.
"Paciência George." Resmunguei para mim mesmo. "Você também já foi um jovem cheio de energia e com nenhum juízo na cabeça."
Encontrar o recruta foi fácil, era só seguir o barulho até chegar em um monte de pilhas de pedras quebradas.
"Urr!" Gemeu a pessoa de voz descendo sua marreta em cima da pedra à sua frente.
CRASH!
De longe achei que era um jovem garoto tentando se mostrar para as poucas recrutas mulheres que tínhamos no acampamento, mas fiquei surpreso quando notei que era uma garota que quebrava as pedras.
"Urr!"
CRASH!
Ela golpeia as pedras com uma força invejável, ao invés de simplesmente trincar ou rachar a pedra explode sob a pressão do golpe, fragmentos voam para todos os lados.
A jovem de cabelos vermelhos e olhos azuis para respirando ofegante e cansada, se apoiando na sua arma ela tenta recuperar o fôlego.
[Imagem]
Se bem que chamar aquele martelo de duas mãos de arma era um grande elogio, na verdade, era apenas uma ferramenta feita para quebrar pedras. A quantidade de cascalho em volta da recruta era notável, em poucas horas essa garotinha quebrou o que 5 homens adultos precisam de um dia inteiro para alcançar.
Quebrando pedras ela demonstrou sua força e potencial. Sem me conter abro um grande sorriso no meu rosto, pois em minha frente talvez tenha uma excelente candidata para receber benção heroica.
"Urr!"
CRASH!
"Já chega recruta!" Exclamei em voz alta.
A pequena se assustou, largando a marreta em cima de seu pé.
"EEK!" Ela gritou pulando em um pé só.
"Recruta!" Bradei chamando mais uma vez a atenção dela. "Já está tarde, deveria estar indo para cama."
A coitada colocou o pé no chão com delicadeza por ainda estar doendo e bateu continência com a mão errada na minha direção.
"ME DESCULPE SENHOR." Ela gritou para mim. "MAS O TENENTE DISSE QUE NÃO TERIA PROBLEMA TREINAR UM POUCO ANTES DE DORMIR."
A voz dela era fina, porém poderosa e não tenho dúvida de que todos no acampamento a ouviram, o problema é que qualquer criatura próxima ao acampamento poderia ter ouvido ela também.
"Gosto da sua atitude recruta, mas abaixe a voz, você não quer que sejamos atacados por mamonos durante a noite, não é mesmo?"
Ela ficou boquiaberta na mesma hora que percebeu seu erro, mas pude notar também um brilho de ódio em seu olhar quando mencionei as monster girls.
"Me desculpe senhor, só estou empolgada para começar o meu treino."
"Sim posso ver." Resmunguei coçando o queixo analisando a garota. "Você poderia usar sua marreta mais uma vez? Só que agora eu gostaria que você acertasse a terra para não fazer barulho."
Na mesma hora a garota voltou a sua posição inicial, ergueu a ferramenta lentamente e em seguida a desceu com toda sua força.
POF!
Após o baque seco da cabeça da arma contra o solo me lembrei na hora quem era essa menina.
"Valthora Stonebreaker." Murmurei baixo sem perceber.
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Ao ouvir seu nome, a garota olhou na minha direção.
Ela era de uma família de mineradores, a garota devia quebrar pedras desde que aprendeu a andar.
" Você é forte, tem uma boa postura usando essa 'arma' e nos testes você provou ter uma resistência física invejável."
A pequena me deu um grande sorriso orgulhoso, toda feliz com elogios.
"Mas!" Exclamei destruindo o semblante de felicidade dela. "É só isso que você tem de bom, zero experiência com lutas, zero experiência em sobrevivência, zero potencial mágico e hoje provou que seu bom senso deve ser zero também. Você colocou todo o acampamento em risco devido a seu treino tolo."
Deprimida, a pequena se curvou olhando para baixo. Minhas palavras podem parecer cruéis, mas não adiante eu treiná-la para ser uma grande guerreira só para depois ela se transformar em um monstro.
"Você é tola e inexperiente, com sorte vai acabar se matando, se der azar matará todo pelotão que você fizer parte." Caminhei até ela e coloquei minha mão direita sobre seu ombro. "Talvez seja melhor você desistir e voltar para casa."
A garota começou a choramingar baixo, só consigo ouvi-la porque estou perto.
"A vida de soldado não é glamurosa." Comentei em um tom mais leve. "Volte para casa com sua família, seja feliz, case-se e -."
SLAP!
Do nada a pequena bateu na minha mão, tirando ela do seu ombro.
"Não!" Ela urrou baixo.
Ela queria gritar, mas apertou os seus dentes e sua negativa saiu como um rosnado de um cão raivoso.
Surpreso com a reação dela, dei um passo para trás apreensivo.
"Não posso voltar." Ela disse com lágrimas escorrendo do seu rosto. "Tenho que ficar mais forte e me tornar uma heroína."
Então a pequena é motivada? Interessante.
"O que você precisa é deixar de me encher a paciência, sou o capitão deste pelotão!" Bradei impondo minha autoridade. "Por que você quer ser uma heroína?"
Ainda chorando, mas com o cenho franzido e determinação em seu olhar, ela me respondeu sem hesitar.
"Porque a única pessoa que se importou comigo precisa de mim." Ele disse furiosa. "Ele precisa da minha força."
Coço meu queixo analisando atentamente a pequena na minha frente.
Aqui temos uma garota jovem e determinada, que apesar de ser muito forte é uma tola sem experiência em combate.
"Entendo… de agora em diante você não é mais uma recruta da Ordem."
Pavor tomou conta do rosto dela, quando dei a primeira metade da notícia.
"Porque você, de hoje em diante, você é uma soldado da Ordem." Comentei com gargalhando da surpresa da pequena. "E mais importante, minha discípula."
Ainda chocada com a notícia, a pequena tentou se recuperar e acabou agradecendo batendo continência mais uma vez com a mão errada.
"Temos muito trabalho pela frente." Comentei cruzando os braços olhando minha nova discípula. "Vamos começar com 100 flexões por agredir um oficial superior."
Sem hesitar ela caiu no chão em posição com as mãos espalmadas e começou a contar, porém, eu tive que interromper ela.
"Quero flexões com seus punhos fechados, comece de novo."
Sem reclamar, a garota reiniciou o processo.
Apesar de não estar acostumada com o exercício, ela estava em uma boa velocidade e respirando corretamente. Sem quebrar o seu foco, ela terminou as flexões em menos de 3 minutos, o que era impressionante para alguém que não estava acostumado com o exercício.
"Você deve se importar muito com essa pessoa que precisa de sua força."
Deitada no chão e ofegante, ela sorriu na minha direção e respondeu.
"Ele é a pessoa mais importante da minha vida."
Ele? Então é um garoto, tenho inveja e pena do homem que é objeto de afeto dessa mulher.
"Espero por mim, volto assim que me tornar uma heroína." Ela murmurou para as estrelas como se fala-se com seu amado. "Espere por mim, Jason."
Esse nome me é familiar.
…
JASON? Gritei mentalmente. O fazendeiro fracote?
Que a Chief God olhe por você moleque, se algum dia tu mijares fora da bacia… rezo para que sua morte seja rápida e indolor.
[Jason]
Subindo os degraus eu estava tomado de uma confiança que nunca tinha sentido antes em toda minha vida, afinal eu tinha upado de nível e perdido meu cabaço.
Eu preferia uma mamono com mais curvas, mas o que importa é que foi bom e aquela sopa parecia ainda estar fazendo efeito.
<STATUS>
Poison [Mandragora's Roots]:
Aphrodisiac: Redução de inibições e aumento do desejo.
Stamina booster: Aumento da resistência à fadiga e ao esgotamento.
<STATUS>
"Quem é a próxima?" Perguntei saindo do porão.
"FINALMENTE!" Gritou uma voz irritada atrás de mim.
Kyss estava me dando um sorriso selvagem e faminto.
"Finalmente virou homem." Disse a goblin me segurando pelo braço.
"Você está me machucando um pouco, poderia me soltar-."
"CALA A BOCA E ME SEGUE!"
Em silêncio, fui puxado pela pequena goblin até o meu quarto, onde ela me jogou na cama como se eu pesasse menos que uma maçã.
POFF!
"Maldita força goblin." Reclamei me virando para encarar a goblin de moicano já nua subindo na minha cama.
"Sabe, eu acho que você tem a culpa da minha pressa, ficou enrolando com a Tyss no porão ao invés de apenas se deitar e abrir as pernas."
"Mas-."
"Cala a boca! Ou vou te dar um murro."
Intimidado pela pequena tirana, tentei me afastar, mas dei de costas contra a parede do pequeno quarto. Olhando para porta, pensei em fugir, mas uma pequena mão me segurou pelas pernas e fui puxado pela goblin de moicana nua, agora de joelho.
"Hmm." Murmurou Kyss olhando para meu pênis. "Não é grandes coisas, mas também não é ruim."
"Obrigado-. AAAAAAAAAAAARGH!" Fui cortado por um soco na minha coxa. "Sua louca-."
Não continuei a reclamar dessa vez, pois Kyss agarrou o meu saco.
"EU DISSE PARA VOCÊ CALAR A BOCA!" Ela colocou um pouco mais de força no aperto sorrindo com minha reação me contorcendo todo. "A próxima vez que você falar vai ser aqui o soco… ENTENDIDO?"
Apavorado, respondi apenas balançando a cabeça positivamente.
"Bom." Kyss respondeu aliviando a pressão e com a outra mão segurou o meio do meu pênis. "Esse carinha que vai falar agora."
Com facilidade ela levantou minhas pernas, com uma mão ela segurou meus pés juntos e com a outra ela guiou meu pau para dentro dela.
Essa posição… eu a conheço… é a amazon? Também conhecida como reverse mating press.
Sem esperar para eu me acostumar com a sua entrada, a goblin começou a subir e descer com a ajuda de suas pernas musculosas.
Apesar da humilhação de estar sendo usado por uma loli eu não conseguia segurar meus gemidos.
"Está gostando né sua vadia?" Gargalhou a goblin em um tom maldoso me segurando e apertando as batatas da minha perna.
Sem cerimônias, a pequena selvagem começou a bombar como se ela fosse o homem da transa.
SPLAT! SPLAT! SPLAT! SPLAT!
O som dos nossos corpos se batendo ecoavam pelo quarto em um ritmo acelerado enquanto eu tentava segurar a minha voz e a goblin grunhia e rosnava como um animal selvagem enquanto eu me virei de lado evitando o olhar dela.
SPLAT! SPLAT! SPLAT! SPLAT!
Com a mesma facilidade com que ela subiu sobre mim, Kyss fodia e me apertava sem piedade.
O que aconteceu com a minha vida para eu estar sendo fodido por uma goblin? Era incrível como uma garota tão menor do que eu conseguia me manusear como se eu fosse uma boneca de pano.
Minha segunda vez com uma goblin e está sendo mais humilhante do que a primeira.
"Urrgh! Urrgh! UUUUUUUUUUUURRGH!" Ela gruiu acelerando a velocidade que me fodia.
SPLAT! SPLAT! SPLAT! SPLAT! SPLAT! SPLAT! SPLAT! SPLAT!
A boceta dela me aperta e torcia o meu pau me ordenhando com mais força e desespero do que a da Tyss, era como se o útero dela estivesse faminta pela minha porra. Os espasmos no meu membro e o líquido que escorria generosamente dela diziam que a goblin já havia chegado no clímax várias vezes, mas mesmo assim ela não parou, ela continuou me fodendo por minutos ou horas, eu já não conseguia dizer.
Apertando minha perna com força ela fez movimentos de cócegas no meu pênis me impedindo de gozar, não que eu quisesse isso, a dor que sentia me obrigava a querer gozar, eu precisava de alívio.
"Anda logo." Ela resmungou em cima de mim. "Porque você não goza?"
SPLAT! SPLAT! SPLAT! SPLAT! SPLAT! SPLAT! SPLAT! SPLAT!
Apesar dela estar tomada por um frenesi de sexo, o tom de voz dela parecia receoso.
"Aposto que com a Tyss você não virou a cara." Dessa vez a voz dela saiu mais tremida e insegura que antes.
Me viro para ela e contemplo o rosto de Kyss que se contorce com uma mistura de prazer e medo.
Acho que fiz alguma reação com meu rosto porque na mesma hora a goblin montada em cima de mim fechou a cara puta da vida.
"Tá olhando o que seu merda?" Ela pausou seus movimentos quando rosnou na minha direção.
Mesmo com receio de falar resolvi agir, com um pouco de força consegui soltar minhas pernas das mãos dela.
"O quê?"
Surpresa com o que estava fazendo, cruzei as minhas pernas prendendo a goblin e a puxei para o meu peito.
"QUE PORRA-." Antes que ela pudesse terminar, ela caiu de boca no meu peito onde terminei de executar o meu plano.
Dei o abraço mais apertado e caloroso de toda minha vida.
"Tá tudo bem."
"Quê?" Ela olhou pra mim sem entender.
"Você não precisa ter pressa ou ficar se forçando."
"N-não, eu não vou!" Ela tentou se afastar, mas continuei a abraçá-la.
"Esquece suas irmãs, o que importa agora é você e o que você quer."
O rosto da pequena criatura começou a se avermelhar e ela pressionou seu rosto contra meu peito para se esconder de vergonha. Era irônico que ela esteja tão tímida depois que ela tinha me humilhado e forçado a transar de uma forma tão degradante.
"Se você quiser, a gente pode parar e começar depois."
Sem dizer nada, a goblin relaxou o corpo em meu peito.
"Espere! Não!" Ela disse olhando para mim desesperada.
Mais uma vez ela me apertou, só que dessa com as mãos no meu ombro e com delicadeza, só para chamar a minha atenção e não me machucar.
"É que eu nunca fui ... muito boa em..." Ela começou a falar, mas ficou parando e recomeçando, desviando o olhar da minha cara.
Ela era tão bonitinha, toda tímida e sem ficar me ameaçando, acho que já a entendi.
"Hmpf?" Ela resmungou confusa quando a peguei pelos ombros.
Apesar dela ser mais forte do que eu, ela ainda era muito menor, então foi fácil virá-la e deitá-la de costas em cima do meu tórax e abraçá-la por trás.
"Desse jeito você não precisa ficar com receio de me olhar nos olhos."
"Ok..." Ela respondeu sussurrando se aconchegando em meus braços.
"Eu não sei que tipo de relação você tem com suas irmãs, mas eu acho que você tem um pouco de inveja da facilidade que a Tyss tem de se comunicar com outras pessoas."
"Urgh!" Resmungou a goblin em meus braços confirmando minhas teorias.
"Por outro lado, você sempre foi mais forte e competente se tratando de sobrevivência, por isso você age como uma valentona. Porque você acha que essa é forma que os outros pensam que você deve agir."
A goblin se contorceu de surpresa e se virou para me encarar sorrindo confiante para ela.
"Você é um sábio ou leitor de mentes?"
"Não." Respondi em um tom arrogante.
Sou apenas um nerd viciado em fics, mangás, quadrinhos e muito mais. Esse tipo de contexto é relativamente comum em histórias com irmãos.
Mas obviamente não falarei isso em voz alta.
"Esquece suas irmãs, esquece o que as outras pessoas pensam ou esperam de você." Comentei surrando no ouvido dela. "O que você quer fazer agora que estamos a sós."
Ela se tremeu toda e tentou se aconchegar ainda mais nos meus braços.
"O jeito que você me segura…" Ela falou baixo, quase sussurrando. "Ninguém nunca fez isso comigo antes."
Em resposta, apertei ainda mais o meu abraço, tentando trazê-la para mais perto de mim.
"Aaaah." Ela gemeu alto sem vergonha de ser feliz.
Dando um sorriso sacando olho para a pequena goblin valentona nos meus braços que tem uma veia masoquista bem forte.
"Já sei como vamos brincar."
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E aí gurizada?
Em primeiro lugar, obrigado pela consideração e apoio nessas últimas semanas que passei no hospital.
Saibam que li para meu irmão todos os comentários positivos, desejos por saúde, sorte e orações que vocês me mandaram em todas as plataformas. Vocês alegraram o dia dele em uma das tardes mais quentes do ano enquanto ele estava internado em um quarto sem ar condicionado ou ventilador.
Não entrarei em detalhes sobre o acidente e condição do meu irmão por que ele ainda se sente muito sensível e deprimido.
Mas resumindo, sem dar muitos detalhes, eu fiquei no hospital com ele, ajudando ele a se alimentar, ir ao banheiro e outras coisas como medicá-lo.
E para aqueles curiosos, o porquê eu não consegui escrever nada enquanto estava no hospital. Tenho TDAH, já mencionei em alguns capítulos atrás isso, quando escrevo eu praticamente me isolo para conseguir me concentrar. No hospital isso não era interessante por 2 motivos:
1- Eu precisava estar atento para ajudar meu irmão.
2- Sempre que sou interrompido enquanto escrevo, fico muito estressado e nervoso e não queria direcionar isso para meu irmão.
Mais uma vez obrigado a consideração e as mensagens positivas para mim e meu irmão.
[História do que fiz no hospital para passar o tempo sem poder ler ou escrever.]
Meu irmão comprou antes do acidente Pokemon Shining Pearl, só que ele não havia derrotado a Cynthia ainda. Na verdade, ele perdeu 5 vezes para ela.
Então, sentado do lado do leito dele, fiz um Grind para subir os pokémons dele de nível o suficiente para… segundo as palavras dele:
"Derrotar o Garchomp daquela biscate com um oneshot do meu Gardevoir."
Demorou um pouco porque Cynthia é foda, mas aqui está o time campeão do meu irmão.
[Imagem]
Da esquerda para direita temos:
Garchomp - Jorgina
Rapidash - (Sem nome)
Empoleon- Aquaria
Lucario - Myle Cyrus
Roserade - Rita Lee
Gardevoir - Frëyr
De acordo com meu irmão, apesar dos pokémons serem machos, ele tem nomes de mulheres porque eles são drag queens.
…
Neat.