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Pulsante

Agora eu já tinha 6 anos.

Meus pais me falaram sobre a existência de magia no mundo depois do ocorrido com a tranca.

Soube sobre suas faltas de preocupações em me deixar sozinho. Existia um feitiço chamado Scutum Corporis que era capaz de criar um escudo ao redor do alvo que dava uma proteção relativamente forte para os valores normais. Defenderia a maioria dos ataques físicos, embora um Bombarda provavelmente o destruiria. Se eu fosse de alguma forma afetado por algo, minha mãe poderia o sentir imediatamente e aparatar até mim.

Me contaram sobre coisas que eu já sabia, como sobre as coisas fantásticas que a magia poderia fazer, sobre o perigo de usá-la, sobre como a gente se escondia da sociedade de pessoas normais chamados 'trouxas'.

Também me contaram sobre um Ministério da Magia, assim como o nome é na Grã-Bretanha, e disseram que existem algumas comunidades bruxas pelo Brasil.

O Castelobruxo é a Hogwarts daqui, e que em alguns anos eu provavelmente receberia uma carta para entrar nele. Isso, pois disseram que a parede do quarto deles amanheceu destruída quando eu tinha 3 anos, aparentemente não percebi e continuei dormindo, uma possível demonstração de magia acidental, embora poderosa além do comum.

Quando questionei sobre o porquê deles quase não usarem magia ou não participarem da comunidade bruxa em geral, eles me disseram que o Ministro da Magia apoiava a ditadura militar, e que como uma forma de protesto ou desaprovação eles se exilaram da comunidade, evitando usar magia.

Imagino que no próximo ano já ocorreria a eleição indireta de Tancredo Neves, se já não ocorreu, e estamos encaminhando para o final da ditadura.

Não está tão mal, logo eu experimentaria o que essa escola de magia tinha a me oferecer, não sou tolo de dispensar um poder tão misterioso e fascinante.

Em relação aos meu poderes, agora eu tinha descoberto mais uma capacidade minha, creio ter a despertado faz pouco tempo, por isso nunca tinha a usado por acidente antes.

Estava no meu quarto nesse momento, a noite lá fora estava chuvosa, e olhando pela janela eu conseguia ver a floresta escura de araucárias, silenciosamente estáticas e imponentes.

Virando meu rosto para o quarto de meus pais, conseguia enxergar minha mãe em cima de meu pai, os dois trocando carícias em uma relação sexual, completamente nus.

Não me surpreendi com o ato, a minha aparência não condizia com nenhuma verdade.

Eu poderia não só ver por objetos sólidos, mas a capacidade de minha visão agora também era absurda.

Se eu me esforçasse o suficiente, poderia ver a poeira, os micro-organismos e até mesmo os átomos.

Apertando meus olhos sobre o corpo da minha mãe, vi dentro dela a corrente sanguínea passando ativamente pelas veias, e as células contidas em todos os lugares.

Seu coração estava batendo mais rápido do que o normal e eu conseguia ouvir sua respiração ofegante, seus gemidos baixos que eram praticamente resmungos, além do som rangendo fracamente da cama.

De repente tudo sumiu, a visão do quarto deles desaparecendo e o som em meus ouvidos voltando a ser unicamente a da chuva caindo.

As coisas estavam escalando muito, minha força nesse momento atual também estava monstruosa, eu provavelmente poderia destruir essa casa ativamente se eu desejasse.

Ano passado ocorrera um incidente em que eu derrubei 2 araucárias as chutando no meu treino de agilidade.

A partir daquilo foquei mais em ter controle sobre o poder que se tornaria inconveniente caso não estivesse sobre o meu domínio. Agora eu poderia facilmente suprimir minha visão, audição, força, velocidade e percepção geral.

Meu corpo estava se tornando mais hipertrofiado, os músculos curtos desenvolvidos para serem extremamente funcionais.

Minha estamina era absurda, até agora não consegui me cansar completamente, e uma queda de 40 metros das araucárias mais altas não poderiam causar nada em mim, cairia sem sofrer nenhum dano.

Continuei sentado com as mãos sobre os joelhos até que levantei-me na cama e abri a janela, então passei por ela e fui para o lado de fora.

Meus pés tocaram o chão molhado e se sujaram de barro, então comecei a dar pequenos saltinhos de 1 metro com os olhos focados a frente.

No 4° pulo chutei o chão e avancei rapidamente. De fora, eu pareceria um borrão, destruindo e levando a grama e trigo ao meu redor.

De frente para as árvores, saltei para cima ultrapassando a altura das araucárias, mais de 40 metros no ar, e meu corpo avançou por pelo menos metade do comprimento da floresta antes de começar a cair.

A frente de mim coloquei as pernas em uma posição defensiva de frente, deitando na diagonal, meu corpo passou derrubando algumas árvores, e ao atingir o chão fez um som alto, empurrando terra para todo lado.

Estava agora no meio de uma pequena cratera com os pés enterrados e a roupa suja.

Minha visão coçava, eu sentia que ela tinha se fortalecido demais agora.

Um desejo imparável pareceu crescer dentro de mim.

Firmei meus pés e cerrei meus punhos, então olhando para cima vi as nuvens de tempestades formadas girando sobre a minha cabeça.

Forcei meu olhos, como se para o sangue circular para lá, e então com um resmungo, minha visão ficou vermelha vibrante, soltando um feixe em direção ao céu, que fez as nuvens se afastarem em um circulo espiral.

Disparou continuamente assim por poucos segundos até lentamente parar. No final continuei parado, meio ofegante.

Me sentia meio irritado por algum motivo, como se algo em minha mente estivesse mudando, mas isso só me fazia se sentir mais poderoso.

Virei para trás e comecei a voltar caminhando, então lentamente começando a correr, mas não tão rápido como antes.

Atravessei as árvores até chegar na minha casa de novo, e antes de entrar para dentro eu tirei a camisa e a calça, então os enrolei e joguei para cima.

Com um clarão rápido elas foram incineradas. Apagadas e esquecidas, algo que Clara questionaria e eu diria que ela se enganou ou outra desculpa, da qual seguiria firmemente como verdade, um monstro morando livremente em sua mente.

Entrei pela janela de novo e fui para o banheiro, tomei um banho rápido, vendo que meus pais já estavam dormindo, olhando pela parede.

Me troquei e fui dormir novamente, cada vez mais fascinado comigo mesmo, esperando o momento de sair desse lugar finalmente.


CREATORS' THOUGHTS
Menos_de_2cm Menos_de_2cm

Bora sair logo do 'arco' de infância.

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