Chapter 7: Três Anos de Treinamento.
Se passaram três anos, três anos de treinando, tanto físico como magico. Muitas coisas acontecerem nesses três anos, mas só dois assuntos merecem atenção.
O primeiro, foi meu treinamento magico com Zatanna.
Quando ela me falou que começaríamos a estudar um pouco de tudo, ela não estava brincando, passei literalmente um ano só lendo sobre os diversos ramos e feitiços mágicos, no início, concordei com Zatanna, um mago tem que possuir um conhecimento abrangente, mas minha paciência realmente foi testada nesse ano, quase fui contra as ordens dela para tentar aprimorar minha magia sozinho, mas os deuses são bons, e eu não fiz isso, por que se não, eu teria falhado em mais um teste da Zatanna.
Finalmente depois de um ano enfiado nos livros, começamos a estudar o que posso fazer, o que não foi fácil.
Comecei primeiro a aprender artes misticas semelhantes à minha, que seria necromancia, voodoo e maldiçoes. Necromancia e Voodoo são bastante diferentes, então foi um pouco difícil as estudar, já maldiçoes são muito semelhante a necromancia, então eu estava relativamente tranquilo ao aprender elas.
Como falei antes, a necromancia era bem, negra para mim. Então mesmo depois de aprender vários feitiços, nunca tentei usar qualquer um deles, o mesmo para o voodoo, não que ela seja uma arte negra, só que ela depende das divindades Loá, e não estou muito seguro de mim mesmo para negociar com deuses agora.
Agora maldiçoes, foi uma surpresa agradável. Agora posso amaldiçoar alguém para morrer, ou eu poderia simplesmente o amaldiçoar com a má sorte. Só que para fazer uma maldição poderosa o bastante para causar uma morte, e necessário um sacrifício de valor igual, todas as maldiçoes exigem na verdade. Só o preço das pequenas maldições é algo que posso pagar sem culpa na consciência.
No final do segundo ano, acumulei bastante conhecimento sobre as artes negras, então começamos a testar esse conhecimento nós meus poderes. Quando comecei a treinar, tive uma grande surpresa, o conhecimento que consegui nos últimos dois anos, valeram completamente a pena. Depois que comecei a tentar criar meus próprios feitiços, ele surgiram de forma natural.
Agora com um pouco de habilidade para criar meus próprios feitiços, fiquei com um pouco de duvida em que rumo seguir.
Tenho que focar num caminho, e seguir por ele. Posso treinar e criar apenas feitiços de longo alcance, me tornando um verdadeiro mago de RPG. Também poderia ir para um caminho meio assassino, focando nas magias das sombras para me esconder e me tornar etéreo as usando para atacar, ou focar apenas em conjuração, de uma forma direta, como convocar vários esqueletos para lutar por mim.
Nenhuma dessas opções pareceu a certa para mim, virar um mago a longa distância seria desperdício do treinamento que ganhei da Diana, virar um assassino também, já que era um estilo de luta totalmente diferente do que aprendi. Conjuração fez um pouco de sentido para mim, contudo, a conjuração também pode ser vista como a forma de atacar de longo alcance.
Todas as opções são boas, cada uma com seu ponto forte e fraco, então por que não pegar o ponto forte de todas elas e trabalhar em cima disso, o resultado seria um mago de combate, mas essa descrição ainda não estava correta.
Então comecei a trabalhar nisso, no futuro, vou ter tempo mais que o bastante para estudar e criar mais feitiços me diversificando nas outras áreas, imortalidade tem suas vantagens.
Enquanto meu treinamento magico estava avançando muito bem, não esqueci da importância do treinamento físico com Diana. Com o passar dos anos, minhas estatísticas físicas cresceram, não foi nada explosivo como a primeira vez quando despertei meus poderes, então não precisei de tempo para me ajustar, depois de três anos, minha força, velocidade, resistência e sentidos quase triplicaram, isso não é uma conta correta é claro, mas sim como eu me sentia. A.R.G.U.S não tinha aparelhos para medir o meu nível de força e da Diana, mas me diverti muito facilmente levantando caminhões sobre minha cabeça e os mudando de posição. A graça era ver os caminhoneiros pensando que eles foram roubados.
Não foi só Diana e Zatanna que me ensinaram, Dr. Johnny Peril, me deu várias aulas sobre ocultismo, a Dr. Victoria October, me deu algumas aulas sobre genética e biologia, em troca de alguns frascos do meu sangue. Etta Candy e Steve Trevor, me deram ensinamentos sobre armamento militar e suas táticas, fiquei bem próximo dos dois.
Acredito que isso pode resumir meu progresso no treinamento nesses três anos, sem entrar em muitos detalhes.
Treinamento é fácil se comparar com minha vida social. As coisas estavam bem no primeiro ano que se passou, Julia viajou com Vanessa durante todas as férias escolares deixando a casa toda para mim e Diana, Etta e Steve, que ficaram se revezando cuidando de mim. Quando às duas voltaram, parece que o objetivo da viagem foi comprido, mãe e filha estavam bem mais próximas, não sei se Vanessa se forçou a aprender sobre história para ficar mais próxima da mãe, mas isso realmente construiu a ponte entre elas. Ponte que foi destruída cinco meses depois.
Júlia fez como prometeu, ficou em casa sem trabalhar por um tempo, mas o tédio a venceu, e ela começou a trabalhar em casa nas horas em que Vanessa ia para escola, dessa forma, às duas tenham tempo de sobra pelo resto do dia. Não tem problema nenhum em Júlia trabalhar, o importante era ela aprender a medir o tempo entre o trabalho e sua filha, parecia que ela finalmente aprendeu isso.
Ela também parou de falar demais sobre Diana ou mim, o que fez a confiança de sua filha se curar também, Diana também estava se mantendo longe, só aparecendo ocasionalmente.
Então cinco meses depois, Júlia voltou para seus maus hábitos, ela foi chamada para uma escavação de alguma ruína antiga recentemente encontrada na Grécia, ela aceitou, a desculpa para sua filha foi que ela estaria fora por um mês, mas eu sabia que isso era mentira.
Eu vi a esperança e felicidade se apagar do rosto de Vanessa quando um mês se transformou em dois, e depois três. Tentei ajudar a menina, ficamos um pouco mais próximo durante o tempo que a mãe dela ficou em casa, mas ela me afastou de novo, como na primeira vez.
O tempo foi passando, e as coisas foram piorando, então chegou à situação que me fez agir pela primeira vez como um herói.
*************************************FLASHBACK***********************************************
Estou voltando para casa depois da minha aula com Zatanna, já eram quase meia-noite, nossas aulas têm horários muito aleatórios, não me importo com isso, já que não me canso fisicamente e sei muito bem quanto vale o tempo de uma maga como ela.
Estou de bom humor, consegui criar meu primeiro feitiço próprio, e aprendido a como usar uma maldição grega bem desagradável, mas não fatal. Então estou andando calmamente curtindo o clima de silencio das ruas que levam a minha casa. Essa rua é uma área residencial, então a maioria das pessoas já estão dormindo, nenhum dos vizinhos vai chamar a polícia por conta de uma criança andando sozinha na rua essa hora, posso simplesmente viajar para casa usando as sombras, mas isso é muito cansativo, e como falei, estou de bom humor.
Então depois de alguns minutos, chego na frente de casa, tiro a chave do meu bolso, abro a porta e entro.
"Ela saiu de novo." Falo em voz alta quando entro.
Como Júlia ainda está viajando, Vanessa está cada vez mais descontrolada, saindo para ir para escola, e voltando de madrugada cheirando a álcool. Quando eu tenho algum tempo livre, a sigo para suas festas e fico a observando de longe para caso algo de errado, mas até hoje nada grave aconteceu, e minhas tentativas de a ajudar também não estão dando resultado, talvez seja a hora de uma intervenção.
Vou para cozinha e faço um sanduíche para mim, após comer, subo e tomo um banho, depois vou direto para meu quarto, quando ligo a luz, tomo um susto. A alguém no meu quarto.
Penso logo que a pessoa é uma assassina, já que não escutei ninguém quando cheguei em casa, nem mesmo um batimento cardíaco.
Mas logo descarto essa opção. A mulher na minha frente era claramente um fantasma, seu corpo estava meio que transparente, e suas roupas estavam um desastre, todas rasgadas e manchadas de sangue. Não dava para ver seu rosto direito, por conta do seu cabelo despenteado e rebelde o cobrindo, mas eu podia ver marcas de golpes nas partes do seu rosto a mostra.
"Possa a ajuda?" Pergunto em voz alta.
A situação é estranha, nunca um fantasma veio me procurar, todos que encontrei e vi pela cidade ficam sempre presos a um lugar, então o que torna ela diferente?
"Você pode falar?" Pergunto mais uma vez, sem conseguir uma resposta.
Ela fica só me olhando, sem fazer nem uma ação, sei o que tenho que fazer para descobrir do porque ela veio aqui.
Ainda lembro da sensação de sentir as emoções no momento da morte do sem teto que ajudei, mas como falei, nunca um fantasma veio me encontrar, então acredito que vale a pena descobrir o motivo.
Me aproximo dela, e aproximo minha mão sobre a cabeça dela a poucos centímetros de distância, então sinto a conexão. Foi diferente da primeira vez, mas fácil, suponho que por conta do meu treinamento místico, isso aumentou um pouco meu controle sobre minhas habilidades de semideus, ou isso seria minha habilidade magica, sinceramente, é difícil separar qual é qual.
A facilidade que fiz a conexão não foi a única mudança, eu também estava tendo mais controle sobre as memórias que estou vendo, na primeira vez, eu só podia ver o filme acelerado da vida do homem, só parando no momento de sua morte. Agora tenho mais controle sobre o que eu quero ver nas memorais da vida dela.
A vida da menina passa por meus olhos, consigo algumas informações dela, seu nome é Sarah, ela mora um pouco longe daqui. Tudo que vi até agora dizia que ela era uma boa pessoa.
Não querendo perder tempo vendo cada dia da vida dela, adianto as memórias, até que paro quando vejo aonde ela estuda, na mesma escola que Vanessa.
Isso criou uma certa urgência em saber como ela morreu, então adianto mais, até o dia da morte dela. Era um dia comum, ela foi para escola, a menina era muito tímida, então ela não tinha amigos na escola, mas ela não sofria nenhum abuso físico.
No final do dia saindo da escola, ela foi parada por outra adolescente vestida como uma gótica, ela convidou Sarah para uma festa mais tarde, a menina ficou tão feliz, que voltou para casa dando saltinhos. Naquela noite, ela foi para festa.
Sendo uma menina inteligente, ela percebeu que a festa era um pouco barra pesada para ela, pessoas usando drogas e bebendo álcool por todo o lugar, mas sua nova amiga logo apareceu, e começou a conversar com ela, uma hora depois, a amiga ofereceu para ela um copo de cerveja, Sarah não querendo parecer careta, bebeu apenas um gole, e então a menina ficou parecendo estar bêbada.
Não importa quanto a resistência dela seja fraca para álcool, um gole não deveria ter esse efeito, Sarah claramente foi drogada pela outra menina, que quando percebeu que a droga funcionou, começou a arrastar ela para fora da casa pela rua.
O destino final delas foi uma casa a venda, não muito longe da casa de Julia, quando a adolescente bateu na porta, ela foi aberta por outro homem usando negro, ele beijou a adolescente na boca e sorrio para ela, e depois pegou Sarah e a levou para dentro da casa deixando aquela que a dopou do lado de fora.
Na casa, haviam mais três homens, o que aconteceu depois não foi bonito, e não tenho vergonha de dizer que pulei para o fim. De manhã, os quatro tenham ido embora, e Sarah acordou, ela se lembrava do que aconteceu, e muito machucada, tentou sair daquela casa, no caminho de sua casa, devido à surra que ela levou de um dos adolescentes que achou prazeroso bater no rosto dela, Sarah tropeçou e caio de um viaduto, e acabou sendo atropelada por um carro.
A sensação de dor, abandono e raiva que senti no momento de sua morte foi algo que espero nunca mais sentir, quase quebrei a conexão por conta disso, mas coloquei tudo que senti para processar depois, e continuei vendo as memórias dela, deve ter o motivo dela estar aqui.
Depois da morte de Sarah, os quatro adolescentes, três homens e uma mulher, não foram descobertos pela polícia, mas ela queria tanto algo, que ficou presa a esses quatro os seguindo. Então, sua última memória chegou, era da adolescente que a drogou, convidando Vanessa para uma festa hoje de noite. Festa que começou a uma hora.
Depois que Sarah viu que outra menina teria o mesmo destino que ela, ela não continuou seguindo a namorada, sua mente vaga quis procurar ajuda, mas ser um fantasma não a deu muitas opções, por sorte, ou não, ela veio para mim.
Agora sei que Sarah não quer vingança, e sim que outra menina não sofra o que ela sofreu, e em nome de todos os deuses, ninguém vai tocar em Vanessa hoje.
Não é hora de pânico, nem de agir sem pensar, então me acalmo e penso em como achar Vanessa.
Então tenho que encontrar o local da festa, na verdade, mesmo que eu procurasse por todas as festas de adolescentes na cidade inteira na internet, isso levaria muito tempo, e Vanessa já pode estar sendo levada para fora da festa drogada, então o único modo de a encontrar rapidamente, é usando magia.
Zatanna já me mostrou um feitiço simples de localização, mas eu não dei muita atenção e não o treinei, ironias do destino. Corro para fora do meu quarto e vou até o quarto de Vanessa, não sou delicado, e chuto a porta a quebrando no meio e entro, olho para todos os lados, e encontro a escova de cabelos dela, a pego e corro de novo para o térreo, na parte mais afastada da casa, a uma sala cheia de livros, a livros espalhados pela casa toda, mas esses são os menos utilizados por Júlia.
Venho bastante aqui, então não demoro para achar um mapa um pouco antigo dos bairros que estamos, era um mapa desatualizado, a várias áreas novas construídas nas que estão vazias no mapa, mas o importante é ter um mapa.
Saio da sala e vou até à cozinha, lá eu coloco o mapa aberto em cima da mesa e arranco os fios de cabelo da escova de Vanessa, junto às duas mãos com os fios entre elas, e me concentro antes de tentar o feitiço. Não pratiquei ele antes, mas era uma magia simples de rastreamento, então deve dar tudo certo, só tenho que torce para que meu estado emocional não afete meu feitiço.
Depois de alguns segundos de olhos fechados, respiro fundo e digo.
"Στο όνομα όλων των θεών, δείξε μου τι ψάχνω!" (Em nome de todos os deuses, mostre-me o que procuro!)
Faço todos meus feitiços em grego por conta da minha herança, isso os deixa acontecerem mais facilmente. Fico olhando pro mapa, depois alguns segundos sem nada acontecer, penso que falhei, mas então minhas mãos juntas na frente do meu corpo ficam envolvidas por chamas vermelhas, as chamas queimam o cabelo de Vanessa dento da minha mão.
Depois disso, no mapa, uma pequena chama vermelha aparece nele rapidamente e desaparece, o fogo se apagou, deixando apenas uma marca negra no mapa. A localização de Vanessa.
Pego o mapa e o dobro e o coloco no meu bolso, assim como a escova de cabelo, quando eu chegar no meu destino, vou fazer o mesmo feitiço de novo, já que ela pode estar em movimento. Com tudo pronto, ando até o interruptor e apago as luzes, quando a cozinha fica no escuro, as sombras me envolvem e me levam para outro local.
O movimento nas sombras, é algo que aprendi por acaso, posso me mover de um local a outro usando as sombras, não é preciso estar escuro para fazer isso, mas quando mais escuro, mas fácil é fazer isso, no momento posso me teleportar no máximo quinhentos metros de distância. Não é algo que eu possa usar várias vezes, a um custo para meu corpo, a sensação é como se eu fosse um humano de novo, e tivesse corrido a distância que viajei automaticamente o mais rápido possível.
Apareço num beco a quinhentos metros de distância da minha casa, ignoro o cansaço, e salto de novo. Foi preciso usar o teleporte quatro vezes para chegar no meu destino, quando o quarto salto acaba, me encosto na parede para não cair no chão, é a primeira vez que me sinto tão cansado desde que despertei meus poderes.
Olho em volta, e vejo que estou do lado de uma casa, ninguém me notou, então me sento no chão e tiro o mapa e faço a mesma magia de localização, Vanessa se moveu um pouco, só alguns metros da primeira localização. O mapa era antigo, então ele não mostrava as ruas precisamente, mas sei que ela está perto, é o bastante. Me levanto e corro na direção dela.
Em segundos chego ao meu destino, no meio de uma rua residencial, casas com belos gramados pintadas em branca, era tarde, mas ainda a luzes acesas nas casas. Agora preciso achar a casa correta. Então continuou correndo pelas casas procurando.
Mas uma vez, não demoro muito para achar a provável de ser a correta, uma casa a venda, Sarah foi jogada para os lobos em uma dessas também, e as luzes acesas dentro dela, e as risadas que escuto, também aumentam minha certeza. Fico do lado da entrada, e com um pensamento, me teleporto para dentro dela, apareço do outro lado da porta, e vou andando pelo corredor, e no centro do sala, vejo quatro jovens e Vanessa.
Vanessa está deitada no meio da sala no chão, eles afastaram o sofá e poltronas para criar espaço, ela parecia bem, fora estar drogada num estado entro o inconsciente e consciente, suas roupas também não parecem que foram tocadas, então nada aconteceu ainda.
Só por conta disso, que não partir para arrancar a cabeça dos quatro. os quatro adolescentes, estavam usando roupas comuns em volta do corpo de Vanessa bebendo cerveja e rindo como idiotas enquanto olhavam para ela, isso faz meu sangue ferver.
"Vamos começar?" Pergunta um deles.
"Começar oque!" Pergunto me permitindo ser notado.
Os quatro pulam de suas cadeiras como se fossem gatos que tiveram seus rabos pisados. Eles ficam em pé olhando para mim com seus rostos idiotas.
"Moleque, o que diabos você está fazendo aqui?" Grita um deles para mim.
Não sei se foi porque eu sou um pouco mais baixo que eles, ou por eu estava sozinho, mas os quatro se recuperaram do seu susto decidindo que não sou um ameaça. Aquele que gritou para mim, tem cerca de dezoito anos, cabelos curtos, um pouco acima do peso.
"É melhor não falar nada, já estou me contendo para não arrancar a cabeça de vocês quatro." Digo para eles.
"Ele deve ser uma conhecida dessa menina, temos que lidar com ele agora antes que ele tente fugir." Diz outro menino, esse é careca, e usa roupas pretas.
Parece que minha ameaça não foi levada a sério por conta da minha idade, não importa, não quero fazer isso da forma mais fácil mesmo.
Então, começo a andar na direção deles lentamente.
"Venha aqui seu moleque!" O de cabelos curtos, também veio em minha direção
Não os mate, controle.
Repeti isso na minha mente como um mantra para não perder o controle da minha força.
O de cabelos curtos finalmente ficou na minha frente, e colocou sua mão sobre meu ombro sorrindo para mim, no momento que seus dedos tocaram meu ombro, eu agi. Agarro o colarinho de sua camisa, e com um simples movimento, jogo o corpo dele para esquerda como se ele fosse um saco de lixo.
"BAMM!" "HAAAAAAAA!"
O corpo do adolescente atravessou toda a sala, ele caio bem em cima da mesa de madeira na cozinha no outro comodo que se quebrou, seu corpo foi atravessado por uma parte da madeira da mesa na perna, o fazendo gritar de dor.
"Oque diabos foi isso?"
"Acaba com ele Steve!"
Gritou dois deles, olhando para minha ação. O homem que deve ser chamar Steve, era o careca, ele puxou um canivete suíço com uma pequena lâmina e me atacou. Foi um ataque sem qualquer habilidade, ele simplesmente deu uma estocada com o pequeno canivete tentando acertar meu estomago, viro meu corpo para o lado e faca erra o alvo, seguro o pulso dele, e com a palma da minha mão aberta, bato no seu cotovelo estendido.
"CRACK!"
O osso dele faz um barulho alto, seu braço agora está parecendo um palito de dente quebrando, mas ele não grita de dor, antes dele poder fazer isso, eu já tenha girado meu corpo e acertado seu rosto com uma cotovelada bem no seu nariz o quebrando. Então o segundo cai no chão quase inconsciente
"É um monstro, vamos fugir!"
O terceiro gritou e virou seu corpo correndo em direção da janela da sala.
"Ser chamado de monstro por um lixo como você, não é nada prazeroso."
Espero até que aquele chega-se na janela, quando ele colocou seu pé em cima dela pronto para pular, cruzei toda a sala em menos de um segundo, com a minha velocidade, é uma tarefa fácil. Antes mesmo dele pensar em pular, eu já estava segurando sua camisa e o puxando para dentro da casa de novo. Ele cai com as costas no chão, e quando tenta se levantar, chuto seu rosto o fazendo rolar pelo chão até bater na parede do outro lado da sala.
"Só falta você!" Digo para o último.
Diferente dos outros três, esse ainda está congelado desde que cuidei do segundo, com certeza o mais covarde de todos. Vou até ele e fico de frente para seu rosto olhando para seus olhos.
"Eu me lembro de você!" Digo.
Esse cara é o namorado da menina que drogou Sarah e Vanessa, ele também foi o cara que espancou ela por prazer.
"Você gosta de bater em mulher indefesas, não é?" Pergunto.
Ele não teve tempo para responder, minha mão já tinha envolvido toda a boca dele.
"Crack! Crack! Crack! Crack! Crack!"
Aperto a mandíbula dele a quebrando, ele fica se contorcendo tentando se livrar do meu aperto, um esforço inútil. Após sentir todos os ossos e dentes da boca dele quebrando, o solto, ele cai no chão vomitando sangue e seus dentes, com certeza ele nunca mais vai comer nada solido na vida.
Após vomitar seus próprios dentes, o ultimo desmaia por conta da dor.
Viro-me e nem dou mais atenção a ele, vou direto para Vanessa, que está no chão.
"Está tudo bem agora." Digo para ela, com minha voz mais calma.
Ela está com os olhos abertos e chorando, mas ainda não podia se mover.
Coloco dois dedos no centro da testa dela e digo.
"Υπνος!" {Dormir!}
Ela logo cai no sono, esse era um feitiço simples para fazer alguém dormir, mas como ele era bastante básico, muitas vezes ele não funciona, como ela está drogada, sua resistência não está tão alta.
Com Vanessa dormindo, olho para a bagunça que fiz.
Ainda falta fazer eles pagarem pelo que fizeram com Sarah.
Vou até o primeiro que joguei na cozinha, ele estava se arrastando no chão tentando fugir pela porta da cozinha, o segurei pelo pescoço e dei um soco nele o fazendo dormir também, então monho meus dedos com o sangue dele e desenho um pentagrama com letras gregas na testa dele.
Repito o mesmo processo em todos os quatro, quando meu projeto de arte está completo, fecho meus olhos e me concentro até invocar minha próxima magia.
"Θεά της εκδίκησης, σας καλώ να εκπληρώσετε την επιθυμία του θύματος, έως ότου επιτευχθεί δικαιοσύνη!"
{Deusa da vingança, peço que cumpra o desejo da vítima, até que a justiça seja feita!}
Dessa vez, não foi um feitiço, e sim uma maldição, no momento que acabei de a conjurar, o círculo na cabeça deles começou a brilhar em vermelho, e depois desapareceu por completo.
"shiiiiii!"
O barulho de algo fritando no fogo vem de minha mão, na palma dela, a o mesmo pentagrama que fiz na cabeça dos idiotas, esse era o preço para usar a maldição, nada que eu não possa suportar, e a queimadura vai desaparecer depois que a maldição for cumprida.
Olho em volta, e vejo o fantasma da Sarah que apareceu na casa, ela estava olhando para os corpos dos quatro.
Essa maldição vai alimentar a força de Sarah, ela então vai atormentar os quatro, como se eles estivessem em seus próprios filmes de Terror, isso vai continuar, até que eles se responsabilizem por seus atos, ou fiquem doidos. De qualquer forma, Sarah vai ter sua justiça.
Volto para o centro da sala e pego um celular no bolso de um dos idiotas, disco o telefone da ambulância digo a eles o endereço, não quero que nenhum desses idiotas morra por conta dos ferimentos, quero que eles vivam, e muito tempo.
Depois vou até Vanessa e a seguro em meus braços, antes de sair olho mais uma vez para Sarah e digo.
"Divirta-se."
Levo Vanessa de volta para casa andando, já que o teleporte das sombras gasta o dobro de energia levando alguém comigo.
Coloco ela deitada na minha cama e espero ela acordar, o que acontece só no dia seguinte.
"Diomedes você..."
"Não." Falo a impendido de continuar.
Ela acordou a poucos segundos, e se lembrou do que quase aconteceu ontem, depois só ficou lá, me olhando com olhos cheios de lagrimas.
"A partir de hoje, quando você sair da escola, você vem comigo para o A.R.G.U.S treinar." Dou a ordem.
"Mas eu.." Ela tenta falar.
"Não." Mais uma vez, a paro.
"Depois do treinamento físico, nos dois vamos para a casa de Zatanna, enquanto eu treinar magia, você vai estar estudando e fazendo seus deveres."
"Eu não quero..." tenta dizer ela.
"Não ligo para o que você quer."
"Dizem que não se pode salvar uma pessoa de si mesmo, eles podem estar certos, mas eu vou fazer o máximo para que a situação de ontem nunca mais aconteça, e eu não ligo para sua opinião sobre isso, você vai obedecer."
Quando falei sobre o que quase aconteceu ontem, ela começa a chorar, me levanto da cadeira que estava sentado na frente da cama, e me sento do lado de dela, Vanessa pula em meus braços, e eu a abraço.
****************************************FIM DO FLASHBACK**********************************
Meus esforços em fazer Vanessa ficar próxima a mim, mesmo que a força, funcionaram melhor que o esperado, não demorou muito para ela adquirir o gosto em aprender a lutar comigo e Diana, a noite ela também ficou bastante interessada em magia, como ela não era uma homi-magi, ela teria que depender de outros artefatos para pode usar magia. Ela ganhou um deles de Zatanna, que gostou bastante dela, agora ela pode fazer alguns feitiços básicos.
Nossa relação também evoluiu bastante, agora somos tão próximos como irmãos, ela até mesmo começou a agir como uma irmã mais velha.
Agora a relação dela com sua mãe foi quebrada de vez, quando Júlia voltou para casa, ela tentou se reconectar de novo com a filha, mas Vanessa não a aceitou, mesmo assim, ela não voltou para seus antigos hábitos.
A questão dos meninos que bati também foi algo importante. três deles ainda estão no hospital, aquele com ferimentos leves já está na prisão, não demorou nem uma semana para que os quatro se entregassem para polícia, assim acabando com a maldição, todos os quatro vão ser presos quando estiverem em melhor condições, a namorada que drogou Sarah e Vanessa, também está presa.
A pequena lição que dei neles também foi investigada pelas autoridades, mas como eu não estava usando meu disfarce, não a como eles conseguirem me ligar a tudo, já que não é fácil encontrar um jovem com cabelos brancos andando por ai.
Diana não ficou muito feliz como lidei com o assunto, de acordo ela, eu exagerei demais, ela ficou preocupada que eu estivesse quase cruzando a linha.
Demorou um pouco para a fazer esquecer essa ideia, e se acalmar. Zatanna, por outro lado, achou brilhante o que eu fiz com os quatro, ela não ligou para os ferimentos físicos, ela até mesmo falou que eu deveria ter os castrado. Essa mulher é assustadora, tenho pela do Constantine.
Então o tempo foi passando calmamente, até que um dia trás, quando Diana me falou estar na hora de eu fazer meu último teste para me "graduar" no treinamento. Não sei qual vai ser o teste, mas tenho certeza que não vai ser nada fácil.
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