Chapter 63: Plano
Eu guardo as minhas peças malignas em meu peito e me abaixo para carregar Illya como uma princesa o mais delicadamente possível, apesar de estar curada seu corpo ainda necessita de descanso para acostumar-se com as mudanças.
Ao sentir o meu toque ela inconscientemente aperta minhas roupas e uma lagrimas escorre por seu rosto, murmurando, "Papa".
Olho para Chloe que tinha uma expressão complicada em seu rosto, afinal, Illya é ela e ao mesmo tempo não é, ambas seguiram caminhos diferentes em suas vidas, com Chloe tendo sua personalidade selada e Illya servindo de recipiente para o Graal menor.
Provando que existem mundos paralelos, porém não posso acessa-los devido a peculiaridade da minha existência que está ligada a 'Mundos que irão ser destruídos', devido a influência da Sacred Gear Creator, sendo esse o provável motivo de estar em uma versão da 5° Guerra do Santo Graal em que Shirou não existe para impedir que o Graal corrompido realize o desejo distorcido do vencedor.
O único motivo que consigo pensar para ser possível a existência de Illya e Chloe no mesmo lugar é por causa do Graal que convoca Heróis independente do espaço e do tempo e assim como eu fui utilizado para 'tapar o buraco' deixado por Shirou, Chloe que me seguiu substituiu o lugar de EMIYA, não por causa da joia como o enredo original, mas por causa da sua ligação com Archer servindo de catalizador reserva.
"Vai ficar me encarando até quando? Melhor irmos embora", Chloe diz com um pouco de nojo e repulsa em direção a Yan.
"Sim, melhor a gente ir, você carrega a Rin", dou a Chloe uma instrução, sei que ela ainda está bastante irritada, mas depois a compenso, precisamos descansar.
"Claro Mestre, quer que eu a deixe sobre a sua cama usando apenas lingerie?", ela diz em desgosto, mas pega Rin que ainda estava com o olhar nebuloso e a joga sobre o ombro como um saco de batata, bastante suculenta.
"Não é uma ideia ruim hahahaha!", não suporto e provoco ela um pouco, rindo.
Péssima ideia, por causa de Illya em meus braços os meus movimentos devem ser suaves para não perturbar o descanso dela e isso me impediu de reagir a tempo e desviar do chute dirigido ao centro da minha virilha.
Dor. A palavra é simples demais para descrever o que eu estou sentido neste exato momento, parece que todos os ossos do meu corpo foram quebrados e costurados de modo a rangerem enquanto eu respiro.
Chloe chutou forte o suficiente para doer, mas não para me lançar longe e por isso estou parando e respirando fundo para não gritar de dor.
Ela sorri satisfeita e com o rosto um pouco rosado, provavelmente ficou excitada ao me bater, ela é do tipo que gosta de um 'jogo de dominação' física ao contrário de Sona que prefere algo mais mental.
Não aceito agressão sem sentido, mas dessa vez foi culpa minha por ter exagerando quando ela estava irritada, então vou apenas aceitar.
"Tudo bem... Vamos para a escola, lá tem uma barreira desperdiçada", digo e me preparo para começar a correr, pode ser um pouco cansativo ir num espaço tão grande em pouco tempo, porém todos os veículos foram destruídos e dificilmente conseguiríamos carona ou mesmo pedir um taxi nesse local.
Voar está fora de questão, mesmo que eu tenha perdido boa parte do meu medo, ainda tenho um pouco de receio em voar com passageiro e Rider não conseguiria acompanhar sem usar seu fantasma nobre que é muito chamativo.
"Mestre, espera!", Rider me chama e como esperado em seus braços está Sakura que está apenas um pouco anêmica, ela já estava acostumada a sentir o prazer em quanto bebo o seu sangue e provavelmente estaria bem em pouco tempo.
"Aconteceu alguma coisa?", levanto uma sobrancelha, o personagem de Medusa não me interromperia sem motivo.
"Na verdade, é melhor irmos para residência dos Tohsaka, a barreira não é tão boa quanto a dá sua escola, porém é forte o suficiente e as acomodações estão em melhor qualidade", escuto suas palavras atentamente e pela primeira vez presto atenção nela desde que recuperei as minhas memorias.
Rosto similar ao de Sakura, porém com um charme adulto e traços mais finos, corpo mais robusto ressaltando suas curvas, "Realmente linda", penso, pena que ela não está viva.
Não consigo ficar excitado com ela por causa do simples detalhe que não há sangue correndo pelo seu corpo, foi um 'fetiche' amplificado quando tive amnesia e se manteve quando me recuperei.
"Obrigado por avisar, você lidera", deixo ela ir na frente, Chloe logo em seguida e eu por último aproveitando a vista traseira delas por trás.
Em pouco menos de uma hora estávamos em frente em frente à residência da Rin, que acordou durante o caminho e parecia um pouco envergonhada ficando em silencio.
"Entrem", murmurou fazendo sinal para entrarmos e assim fizemos.
Rin me guiou até um dos quartos onde pude deixar Illya descansar e logo em seguida saiu para buscar algumas roupas para que Illya pudesse trocar as que está usando.
Coloquei Illya sobre a cama, tive que fazer um pouco de esforço para ela largar minhas roupas, e comecei a retirei as roupas sujas de sangue que estavam em seu corpo, peguei no armário um pedaço de pano limpo e com magia criei um pouco de água e molhei o pano para limpar o corpo dela.
Deslizei o pano pelo corpo magro e que pode quebrar a qualquer movimento descuidado, isso me traz uma nostalgia dos meus tempos de infância quando ajudava a lavar Sona, Chloe e Ravel, elas eram tão fofas.
"Yan, trouxe as roupas", Rin abre a porta e entra sem bater, sei que é a casa dela, mas ainda assim é falta de educação.
"Oque você está fazendo?!", ela grita, visivelmente irritada jogando a roupa em suas mãos em mim, seu rosto fica corado.
Eu pego as roupas que estavam prestes a me atingir e coloco sobre a cama, no meio havia algumas toalhas e uso para secar o corpo da Illya.
"Você, para de me ignorar", ela se aproxima e segura meu pulso que estava agora enxugando os quadris de Illya, me fazendo sentir aquela maciez mais tempo que o esperado.
"Falta um pouco mais de carne", penso apalpando, mas sem deixar transparecer no meu rosto.
"Estou limpando-a obviamente", digo olhando para ela seriamente.
"Isso eu sei, mas ela é uma garota, alguma das garotas podia fazer isso no seu lugar!", ela não consegue me encarar nos olhos, é um pouco divertido ver em tempo real Rin alternar entre raiva e vergonha constantemente.
"Não, elas não podiam", eu fiz isso por natureza, nesse mundo me acostumei a cuidar de pessoas doentes, então nem pensei na diferença de sexo, "Tente toca-la", digo, apesar de tudo, sou o único capaz de fazer isso no momento.
"Humfp! Tudo bem", Rin duvida de minhas palavras e com sua mão livre avança para tocar em Illya, sem sucesso.
Quando um feixe de poder magico quase atinge sua mão, Yan puxou a mão dela a tempo, a parede ao lado ficou com um pequeno buraco e um leve cheiro de queimado permeou pelo quarto.
"É aquele rapazinho ali", aponto para o passarinho minúsculo feito de fios de cabelo sendo possível ver através do seu corpo, escondido no cabelo da garota, "Ela deve ter ativado inconscientemente quando foi curada, mas não me alveja", digo e acaricio o passarinho, ele não reage ficando imóvel mirando em Rin.
"Vou ficar de olho, não vou deixar você tirar proveito de uma garota inconsciente", ela fala com determinação no olhar, eu acho, ela não está olhando nos meus olhos.
"Mas eu já aproveitei bastante", eu obviamente não disse isso, e silenciosamente parei de acariciar a bunda da Illya e terminei de secar seu corpo com Rin observando atentamente todos os meus movimentos.
Depois de colocar um vestido branco leve em Illya a coloquei na cama e a deixei descansar, Rin pareceu aliviada quando terminamos.
Troquei de roupa materializando algumas novas, tirando meu traje de batalha e vestindo roupas escuras mais leves, Rin tampou a vista com as mãos, mas deixou algumas frestas para olhar, apesar de não ter realmente nada para ver, devido a luz que cobre meu corpo enquanto faço isso.
"Estou com fome, melhor irmos", fechei a porta e Rin liderou em direção a sala de jantar da sua residência.
"Você já bebeu bastante sangue, ainda precisa comer?", ela perguntou com curiosidade em sua voz, porém não teve coragem de me encarar e continuou a andar.
Seu rosto estava visivelmente corado, mas eu não estava com muita vontade de a ficar provocando agora, já tive minha cota por hoje.
"Beber pode satisfazer minha fome, mas ainda sinto uma sensação de vazio quando não como nada", tento explicar de forma simples e Rin parecia entender e não questionou novamente.
O tempo gasto com Illya e Rin foi menos de 20 minutos, não havia tempo suficiente para ser preparado algo para comer e apesar disso quando chegamos na sala de jantar o cheiro de comida começou a encher o ambiente.
A sala de Jantar era bastante bonita e sofisticada, porém não chega aos pés da que havia no castelo Einzbern. Chloe estava sentada em volta da mesa usando um short curto e camisa leve de alça fina, branca, deixando a barriga de fora.
"Mesmo crescendo um pouco ainda é fofa", pensei enquanto me aproximava, podendo comparar Illya e Chloe é possível ver com mais clareza a diferença entre ambas, Chloe é cerca de 20 centímetros mais alta que Illya, além de ser um pouco madura em alguns locais em perfeito equilíbrio com seu corpo esguio.
Chloe me olhou por um momento antes de sorrir maliciosamente como se soubesse o que eu estou pensando, é impossível, cortei nossa ligação mental para ambos termos um pouco de privacidade, logicamente ela pode tentar reconectar, porém vou sentir e saber na hora.
"O cheiro está bom", digo e me sento ao lado de Chloe, Rin senta à minha frente e Medusa havia ficado de canto em pé o tempo todo apenas observando.
"Sente-se, vamos comer juntos", digo para Medusa sorrindo, ela é bastante leal, mesmo após nosso contrato estar terminando ainda me trata como seu mestre e isso me diz muito sobre seu caráter.
Ela senta-se ao lado de Rin, frente a Chloe, sem nenhuma inibição. Consegui notar uma elevação quase imperceptível no canto de seus lábios, mas fingi não ver.
Na mesa estava uma proteção de madeira e sobre ela um forno portátil com uma panela de bem aberta com vários ingredientes dentro, além de haver tigelas espalhadas com mais ingredientes, variando entre carnes, cogumelos, vegetais, etc.
"Um cozido, realmente é o melhor e mais rápido agora", respiro fundo apreciando o cheiro fazendo meu nariz coçar um pouco, consigo reconhecer a culinária de Chloe apenas pelo cheiro, pois ela gosta de colocar ingredientes picantes em tudo que cozinha, assim como agora.
"Ainda vai demorar um pouco, então tenham paciência, Chloe ficou em pé e começou a colocar alguns pedaços de carne e misturar, antes de sentar e colocar a mão sobre minha coxa.
"Bom, enquanto isso preciso falar sobre os meus planos um pouco", digo olhando para Rin e noto a ausência de Sakura, "Onde está a Sakura?".
"Ela disse que ia dar uma olhada em seu antigo quarto".
Quem me respondeu foi Medusa um pouco preocupada olhando para a escada no corredor.
"Tudo bem, depois falo com ela", dou um leve suspiro e vejo que Rin parecia querer subir a escada e procurar Sakura, "Depois você pode falar com ela, melhor conversamos em quanto temos tempo", tento a persuadir a escutar.
"Sim, você tem razão", Rin dá um suspiro e se acalma, reuni um poco de coragem e me encara pela primeira vez em bastante tempo, seu rosto ainda está com um leve rubor, "Quero saber sobre o relacionamento de vocês dois também", fala apontando para Chloe.
"Sim, vou falar um pouco sobre isso", digo um pouco desconfortável, não pela pergunta de Rin, mas por causa de Chloe que tinha abaixado minhas calças deixando meu membro de fora e começou a acaricia-lo enquanto mantinha um sorriso inocente em seu rosto.
Rin não parecia ter percebido ou já teria ficado irritada, Medusa manteve sua calma, porém vi que suas orelhas estavam ligeiramente vermelhas e mordeu levemente os próprios lábios.
"merda", exclamei mentalmente, não gosto de me exibir em público, principalmente quando sei que alguém, Medusa, sabe o que está acontecendo, afinal ela tem uma percepção tão avançada que não precisa depender da visão.
"Você parece desconfortável, está tudo bem?", Chloe se aproxima e aumenta a força do aperto e a velocidade de subida e descida.
Suspiro e tento controlar a minha voz para não fazer nenhum som constrangedor, uso toda a minha capacidade para disfarça, tenho que ao menos esconder de Rin.
"Está tudo bem, escute atentamente", digo seriamente e começo a contar quase tudo, não tenho motivos para esconder dela essas informações.
Começo contando sobre o mundo de onde vim dizendo que há bastante semelhanças entre aqui e lá, mas lá a era dos Deuses não encontrou um fim, obviamente escondi alguns detalhes, como eu ser o escolhido do Deus bíblico ou a existência da Sacred Gear.
Conforme as palavras saem da minha boca a minha respiração fica mais ofegante e eu começo a suar, provavelmente para Rin parecia que eu estava nervoso e até mesmo um pouco emocionado ao lembrar, porém a verdade era outra.
"Ops, deixei cair o garfo", ela fingiu deixar cair o garfo e ajoelhou-se frente a minha cadeira, Rin não estava interessada e continuou prestando atenção no que eu falei.
"Itadakimasu", Chloe murmurou e por um momento ouvi uma risadinha escapando da boca de Medusa.
Chloe começou a sugar suavemente o meu pênis, usando sua língua para provar cada canto e sua mão para brincar com as minhas bolas, eu já estava muito sensível e minha voz vacilou enquanto continuava a explicar as circunstancias que me trouxeram aqui para Rin.
"Você acredita?", pergunto apertando minha mão em um punho com força para manter um pouco de sanidade.
"Sinceramente não, sua história tem muitos furos, porém isso não me interessa, por enquanto me diga qual o seu plano", Rin colocou a mão direita apoiando o queixo enquanto a esquerda abraçava o próprio corpo.
"Tudo, bem... hurg!", não consegui segurar a voz e fechei os olhos, quando gozei profundamente na garganta de Chloe, coloquei uma das mãos em baixo da mesa e mantive a cabeça dela no lugar impedindo que ela recuasse.
Depois de uns 4 ou 5 segundos em silencio e de olhos fechados lembrei onde estava e abri os olhos a tempo de ver Rin começar a se abaixar e olhar por de baixo da mesa.
"Achei, bom a comida está pronta, podem começar a comer", por sorte Chloe surgiu ao meu lado novamente, não a vi com um sorriso tão brilhante desde que visitamos o Céu e confirmamos nossos sentimentos um pelo outro.
"Sim vamos comer, enquanto isso explicou o meu plano", digo isso, mas meu coração está muito acelerado e estou me controlando para não pular em Chloe aqui mesmo.
Contenção foi algo que o meu 'eu' esqueceu de praticar e isso está me causando bastante estresse agora.
A comida estava bastante agradável de comer, isso me ajudou a me concentrar em contar o meu plano para Rin que não parecer gostar nem um pouco do quão arriscado era e começou a falar das possíveis falhas e com ajuda dela fiz as correções e adaptei.
Chloe também contribuiu bastante, afinal ela já foi um dos receptáculos do Graal Menor e sabe muito sobre o assunto, Medusa apenas ficou calada comendo, sem expressar sua opinião sobre o assunto, mas quando questionada disse que eu não precisava me preocupar com nada, pois ela iria proteger todas até o fim na pior das hipóteses.
Ao todo a discursão/jantar durou um pouco mais de 30 minutos, foi um tempo satisfatório, teria sido ainda melhor caso Sakura tivesse se juntado a gente.
"Acho melhor você ir dar uma olhada em Sakura", falo terminando de comer o ultimo pedaço de carne na minha tigela. Ainda havia um pouco separado para Sakura comer, "Eu lavo a louça".
Rin acenou em concordância, pegou a comida separada para Sakura e levou para o segundo andar, Medusa a seguiu, provavelmente preocupada, apesar de não deixar transparecer tanto.
Com a ajuda de Chloe comecei a mover a louça suja para a cozinha e vejo que ela começa a lavar, a pia batendo um pouco a baixo do seu peito, "Deixa, você já fez o almoço, vou fazer ao menos isso", digo e fico ao lado dela e começo a lavar.
"Você está bem?", ela me perguntou com uma das sobrancelhas levantadas.
"Estou bem", respondo e continuo a lavar.
"Você nunca gostou de ajudar nas tarefas de casa e pelo que ouvi quem fazia todas as tarefas para você aqui nesse mundo era a Sakura, então qual o motivo da mudança?", Chloe sentou no balcão ao meu lado e balançou as pernas alegremente.
"O ponto principal é a posição de vocês para mim", arrumo os utensílios em cima do escorredor, "Sakura era apenas minha serva de uma aposta, era natural que ela fazer tudo sozinha e sem a minha ajuda, mesmo depois de recuperar as memorias ainda acho normal isso", começo a limpar a pia, tinha pouca louça para lavar.
"E por exemplo quando estávamos em Avalon por 6 meses direto, havia Shirone para ajudar e nessa época ela era minha 'serva', por isso era normal ela fazer os trabalhos básicos", termino de limpar e olho para Chloe.
"Mas você é diferente", dou um suspiro leve e me acalmo para transmitir corretamente minhas emoções.
Fico frente a frente com ela, naturalmente coloco minhas mãos em sua cintura e inverto nossos papeis comigo sentado no balcão e ela sentada sobre mim com as pernas cruzadas ao meu redor.
"Diferente?", Chloe descansou a cabeça sobreo o meu peito.
A voz dela tremeu e eu entendo isso, dá última vez que falei sobre sentimentos a magoei e isso a marcou muito.
Passo os dedos entre os cabelos dela e acaricio suavemente, "Sim, diferente, você não é uma serva, uma empregada e nem uma peça a ser descartada", provavelmente ela está sentindo meu próprio corpo tremer, estou um pouco nervoso.
"Se eu tivesse te conhecido antes de Serafall, com certeza teria te amado", o aperto dela fica muito forte, chega a doer e um pouco de sangue escorre pelo meu corpo.
"Melhor você ficar calado", Chloe murmura.
"Escute até o fim", suspiro e aguento a dor, mereço esse tratamento.
"Eu amo Serafall do fundo do meu coração, amo tanto ela que transbordou para Sona, essa é uma verdade absoluta", eu declaro com todas as palavras, Chloe deve estar muito deprimida, mas tenho que deixar as coisas bem claras para mim e para ela.
"Não fale mais nada", ela diz com o rosto fechado e me encarando com intenção de matar severa, seu aperto no meu corpo diminuiu.
"Eu jamais poderia te amar, jamais poderia retribuir seus sentimentos e ao mesmo tempo não poderia viver sem você", a abraço com força e não deixa ela se afastar.
"Você esteve ali sempre que eu mais precisei, seja me apoiando ou apenas observando e isso me deixava feliz e você também parecia alegre, deveria ser o suficiente", Chloe luta para sair dos meus braços, até mesmo mordendo o meu ombro, a dor é grande, mas eu aguento.
"Mas não é, depois de vir para esse mundo eu entendi, por isso precisamos acabar com nosso relacionamento", quando digo essas palavras sinto uma apunhalada no coração, metaforicamente.
Chloe simplesmente parou de se mover, mas meu aperto não diminuiu, "Chloe, quer se casar comigo?".
Não esperei a resposta dela e continuei falando, "Certamente eu amo Serafall e Sona, mas aqui nesse mundo não conhecia nem o sentimento de amor, pelo menos não até te ver".
"Lembro da sensação de carinho e segurança apenas por ter você ao meu lado, foi amor à primeira vista e combinado com as memorias que temos juntos tudo só foi amplificado em meu coração", uma lagrima escorre por meu rosto.
Já machuquei muito Chloe, a fiz fazer inúmeros sacrifícios e ainda a tratava mal, uma vez eu disse a mim mesmo que largaria todas as garotas por Serafall, contudo, agora jamais largaria Chloe, não consigo imaginar um futuro sem ela ao meu lado.
Diminuo o aperto do meu abraço o suficiente para olhar para Chloe.
"Por isso pergunto novamente Chloe Von Einzbern, quer casar comigo?", falo mais uma vez, agora com a voz mais doce e sincera que consigo.
O rosto vazio de Chloe aos poucos vai ganhando vida, era como se sua alma estivesse voltando para o corpo, "onde estou?", provavelmente era isso que ela pensou quando abriu os olhos.
Por cerca de 5 minutos ficamos encarando um ao outro, apenas o som das nossas respirações e corações batendo eram audíveis.
Eu estava tremendo bastante, essa é a decisão de uma vida, se eu não tivesse perdido as memorias isso jamais teria acontecido, meu eu desse mundo tem tendencias monogâmicas e queria experimentar algo como amor e Chloe é exatamente aquilo que ele sempre desejou.
Quando combinamos nossas memorias o amor tornou-se mais forte e eu não poderia a tratar como antes e preciso demonstrar o quanto ela é importante.
"Eu aceito", duas palavras simples saíram da boca de Chloe que recuperou seu rosto sorridente e ela me beijou, não sei por quanto tempo, mas ficamos ali aproveitando os lábios um do outro, sem segundas intenções, apenas confirmando que não é um sonho e que a outra pessoa realmente disse tais palavras.
A gente se separou apenas para conseguir respirar, nossos olhos estavam pedindo por mais.
"Mais respeito quando estiverem na casa dos outros!", gritou Rin muito irritada vendo a pouca vergonha acontecendo na cozinha da sua casa.
Eu olhei para Chloe, não queria parar agora, "Despedida de solteiro?", digo mentalmente para ela que me responde com um aceno de cabeça e lambendo os lábios.
Rin começou a tremer de medo, provavelmente nossos olhares, de Chloe e meus, estavam como o de predadores olhando para uma gazela.
Chloe e eu saltamos sobre Rin que não teve nem chances de resistir, quando começamos a despir seu corpo e trocamos beijos.
"Mestre, estão chamando você", a voz Medusa me tira do transe, o mesmo vale para Chloe, Rin parecia um pouco frustrada, mas prontamente arrumou suas roupas e correu para o segundo andar com vergonha.
"Eu mato esse empata foda!", Chloe e eu gritamos ao mesmo tempo, nos pensamentos estavam em sintonia.
Fui até a entrada e abro a porta, do lado de fora em frente a porta está Kirei Kotomine e seu servo um pouco mais atrás, provavelmente a barreira ao redor da casa de Rin é apenas de camuflagem e monitoramento como a da minha casa antes de ser destruída.
"Espero não estar atrapalhando algo", diz ele sorrindo e isso me dá vontade de cortar o pescoço dele em apenas um movimento, mas consigo me controlar, essa visita é oportuna, para o meu desgosto.
"Você atrapalhou a partir do momento que decidiu fazer uma visita de madrugada, mas isso não vem ao caso", digo 'educadamente' e abro caminho para ele entrar, "Você é bem-vindo a entrar", enfatizo quando digo 'você'.
Normalmente uma reunião entre mestres deveria ocorrer em termos de igualdade, porém essa não é uma situação normal, a balança de poder pende para o meu lado, com isso posso fazer tal exigência levianamente.
"Aceito sua hospitalidade", Kirei diz sorrindo, aparentemente sabendo que isso iria acontecer e me segue para dentro da residência com Chloe guiando até um escritório.
O local é um pouco empoeirado e tem muitas estantes com livros e alguns artefatos, no centro do escritório está uma mesa com poltronas de ambos os lados, o único local que parecia estar menos sujo.
"Sente-se, desculpe a grosseria, mas não planejo servir nada a você, então pode ir direto ao assunto?", observo Kirei sentar-se a minha frente do outro lado para a mesa de costa para a porta.
Kirei Kotomine foi um mestre na quarta guerra e se me lembro corretamente é o responsável pela destruição de boa parte de Fuyuki na época, após o cálice conceder parte de seu desejo, além dele assimilar a lama corrompida e isso o reviver.
"Yan Emiya, qual o seu desejo?", as palavras dele estavam repletas de curiosidade, "Eu gostaria de saber isso, qual o desejo daquele que está prestes a ganhar a guerra".
Eu paro e penso por um momento, meu objetivo original, aquilo que me fez vir até esse mundo, a minha missão, não sou um herói e nem um vilão, as decisões que tomo são influenciadas por interesses pessoais.
Meu objetivo sempre foi buscar uma fonte de energia para suprir a demanda do sistema de Deus e das Sacred Gears, visto que os demônios estão entrando em coma e tendo seu poder absorvido, para não causar outra guerra entre anjos e demônios que envolveria a maior parte do mundo sobrenatural.
"Meu desejo não é tão interessante quanto o seu, pode ter certeza disso".
"Meu desejo, seu pai deve ter contando de alguma forma ou algo parecido", a indagação de Kirei está apenas 10% correta, mas não preciso contar.
"O único desejo que pode ser realmente atendido é o meu e você sabe disso, lutar não é uma opção, então destruir é o Graal é a opção mais simples, não consigo entender o seu raciocínio", o brilho do interesse ainda está no olho do Kirei.
"Foi bom você perguntar, eu preciso do Graal, ele estando corrompido ou não", eu penso por alguns momentos e tenho uma ideia, "Você quer fazer uma aposta?", o sorriso floresce no meu rosto.
"Que tipo de aposta? Não vejo mérito para você arriscar-se quando a vitória é certa", diz ele desconfiado.
"Há mérito sim, sempre há mérito em um bom show", a vaidade nublou meu julgamento um pouco, "escute-me antes de decidir".
Explico o meu plano para ele, detalhe por detalhe, escondendo algumas partes que ele não tinha necessidade de saber, o nível de perigo de Kirei é muito pouco para que eu o considere uma ameaça real e ele é o ultimo mestre do ultimo servo, restando apenas Chloe, Medusa e Lancer, então caso ele não concorde posso simplesmente mata-lo e o plano pode continuar normalmente.
Nesse mundo existem muito seres mais poderosos que eu, os próprios espíritos heroicos estão com muito pouco do seu poder, se não fosse o Ritual do Santo Graal estar acontecendo e a interferência externa ser mínima, jamais poderia agir livremente como agora, por isso não posso encerrar muito cedo.
"É isso que estou planejando, então, aceita a aposta?", pergunto, relaxando meu corpo na cadeira, estou com um pouco de sono e quero dormir, o estresse mental é hoje foi gigantesco.
"É deveras interessante, minhas chances de ganhar a guerra são mínimas, porém se o seu plano der errado o que resta é a destruição", um grande sorriso floresceu no rosto do Kirei, "Eu aceito sua proposta Yan, não preciso de garantias, também irei apostar".
O selo no braço Kirei começa a brilhar fortemente, "Em nome do nosso contrato, perante o Santo Graal, eu ordeno que o honre, tire a sua própria vida Lancer!", Kirei repete as mesmas palavras duas vezes eliminando os dois últimos selos visíveis restantes.
Eu sei que ele tem vários outros selos de comando restantes espalhados pelo corpo que foram confiscados pela igreja, após as guerras anteriores terminarem.
"Espero que goste do show", digo sorrindo trocando um aperto de mão com Kirei.
Do lado de fora da residência Lancer estava aparentemente relaxado, mas na verdade todos os seus sentidos esperavam um momento oportuno ou o chamado de seu mestre.
Até que seu corpo foi tomado por uma onda de poder magico muito poderosa o privando da liberdade de controlar seus movimentos, porém com muita diligencia conseguiu recupera-los e preparou o seu fantasma nobre para matar Kirei, sabendo a direção aproximada dele era apenas questão de jogar sua lança.
Sem sucesso, não houve chance, outra onda de poder magico fortaleceu o controle e mesmo resistindo mais um veio e nem a vontade de um espirito heroico foi capaz de ir contra os selos de comando.
"Me mate por favor", ele murmurou essas palavras em direção a Medusa e Chloe que o estavam vigiando.
"Não to afim de estragar o show", Chloe simplesmente assistiu muito interessada no que estava acontecendo à sua frente.
Medusa nem respondeu, ela já havia entendido a cadeia de comando e naturalmente ela estava na mais baixa patente atualmente, se Chloe não agiu provavelmente era o certo ignorar.
Lancer só conseguiu soltar uma risada seca antes de sua própria lança atravessar o seu estomago, morrendo por suas próprias mãos.
Lagrimas escorriam pela sua face e o corpo dele desapareceu gradualmente em partículas de luz.
"Muito bem", Chloe acariciou a cabeça de Medusa e deu um selinho nela, como se fosse a recompensa por ter sido uma boa garota.
Medusa riu internamente em desgosto, sabendo que iria sofrer bastante no furto pelas mãos de Chloe.
"Tudo pronto, pode começar a invocar o Santo Graal Yan", a voz de Rin ecoou dentro da caverna.
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