Chapter 2: A FUGA
Parece até meio engraçado (ou não) mas em meio a tanta água, já começo a me sentir desitratado. A fome me consome cada vez mais.
Acho melhor eu começar logo antes que eu desmaie... ou morra.
De novo, meu nome é Francis Trovain Drake. Sou filho de uma costureira francesa e de um artesão inglês. Sou fascinado por histórias de piratas desde pequeno. Minha família nunca gostou disso e sempre reprovavam meus comportamentos e brincadeiras.
Já perdí a conta de quantas vezes fugí de casa em busca de aventuras, mas ia no maximo ate o pier onde os guardas me pegavam e me levavam até minha casa. Meu sonho era fugir. Eu não me encaixava naquela família. Eu queria aventuras, riquezas, mulheres e bebedeira, já meus pais queriam no máximo o suficiente para sobreviver em troca dos panos velhos que eles fabricavam.
Aos 17 anos, eu fugí de casa (dessa vez deu certo) e fui em direção a taverna mais próxima onde eu tinha certeza que encontraria alguém buscando por tripulação. Não deu outra. Demorou um pouco para eu encontrar alguem que me quisesse a bordo devido ao meu porte atlético levemenete parecido com um galho de árvore.
Fui recrutado pelo Capitão Cellas. Um homem baixo de estatura, forte e amedrontador devido ao seu maxilar torto e cicatrizes no rosto.
Cellas: *bêbado* Partiremos logo ao nascer do sol, garoto. Suba a bordo e ajude os marujos com os prepara... *arroto* ... preparativos.
Drake: Sim senhor capitão!
Capitão Cellas tinha bafo de morte misturada com rum, muito rum.
No instante que piso no convés do navio, sou recebido com risadas e olhares cheios de desconfiança sobre mim. A final, eu era tão magro que poderiam me usar como limpador de canhão (durante muito tempo esse foi meu apelido entre a tripulação).
*Nascer do sol*
Cellas: PARTIREMOS AGORA!
Tripulação: *gritos de pirata*
Cellas era com certeza um velho cão do mar e conhecia aquelas águas com com a palma de suas mãos.
Eu estava realizando um sonho que aos poucos tornava-se um pesadelo ao ouvir as histórias dos 7 mares. Haviam contos sobre sereias, demônios, almas penadas mas certamente o que mais me deixou com as calças arriadas foi o Kraken. Uma criatura do tamanho de três Pérolas Negras e com força inimáginal. Alguns diziam ja ter visto seus tentáculos. Eu, inocente, mal sabia o que me esperava...
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