章節 9: Chapéu Seletor
- Bem-vindo a Hogwarts - Disse a professora McGonagall - O banquete de início começará em breve, mas antes de tomar seus lugares no Grande Salão, você será classificado em suas casas, a Seleção é uma cerimônia muito importante porque, enquanto você estiver aqui, sua casa será algo como sua família dentro de Hogwarts, você terá aulas com o resto da sua casa, dormirá no dormitório da sua casa, ganhará pontos para sua casa e passará o tempo livre em sua sala comunal, não faram amigos mas sim uma família.
"Quanta besteira" Pensaram William e Hope ao mesmo tempo, já os outros alunos abriram um grande sorriso.
- As quatro casas são chamadas de Grifinória, Lufa-Lufa, Corvinal e Sonserina. Cada casa tem sua própria história nobre e que produziu bruxas e bruxos. Enquanto você estão em Hogwarts, seus triunfos ganham pontos na sua casa, façam coisas ruins e perdem pontos no final do ano, a casa com mais pontos é premiada com a taça da casa, uma grande honra - Explicou a professora - A Cerimônia de Seleção acontecerá em poucos minutos em frente ao resto da escola. Voltarei quando estivermos prontos para vocês.
McGonagall saiu da pequena sala deixando os alunos sozinhos, todos conversaram nervosos, já que esse momento era um dos mais importantes.
- Como exatamente eles nos separam em casas? - William ouviu alguém perguntando aos alunos do primeiro ano.
- Provavelmente deve ser um feitiço na varinha - Um garoto de óculos e uma câmera respondeu.
- Acho que não Collin, eu ouvi dos meus irmãos que eles usam alguma coisa perigosa em nós, se eu não me engano é uma enguia elétrica - Disse Gina com o rosto sério - Um aluno até mesmo morreu ano passado.
- Não falem idiotices - Afirmou William não conseguindo evitar de ouvir esse absurdo - Eles simplesmente colocam um chapéu em sua cabeça e isso decidirá todo o seu futuro, com base na sua personalidade.
Pelo menos foi isso que o menino ouviu de Severo nós dias em que eles estavam treinando as poções básicas.
- Hmph! Se você não quer dizer, então não diga William - Gina não acreditou em nada do que ele disse.
William deu de ombros, olhando para Zabine e Astoria, que também não acreditavam nele, o menino não queria perder tempo discutindo algo que ele tinha a certeza.
O chapéu seletor era algo exclusivo de Hogwarts e não tinha informações em livros sobre ele, por isso ninguém sabia nada a respeito.
Depois de mais alguns minutos, a Professora McGonagall havia retornado, todos os alunos ficaram em silêncio ao vê-la chegar.
- Agora, formem uma linha - Disse a professora McGonagall com uma voz rígida - Deixem todos os seus pertences e animais... E siga-me.
Hope não gostou nada de se seperar do menino, mas ela não teve escolhas e acabou ficando em cima das malas de William, junto com os outros animais inúteis.
Hogwarts era semelhante ao que William havia lido no livro, e escutado de Severo, um lugar estranho e esplêndido. Foi iluminado por milhares e milhares de velas que flutuavam no ar em quatro mesas compridas, onde o resto dos alunos estava sentado. Essas mesas foram colocadas com pratos e taças de ouro brilhantes, no topo do corredor havia outra longa mesa onde os professores estavam sentados.
Assim que William entrou, seus olhos foram diretos no homem cabelos e barbas brancas, quem também olhava em sua direção.
A lembrança que Dumbledore assassinou a sua família, veio em sua mente, lá estava o homem que destruiu tudo e ele não podia fazer nada.
Não era apenas Dumbledore que olhava para o menino, mas Severo Snape também, "Não é que ele já conseguiu alguns amigos" Pensou o homem olhando para Zabine e Astoria cochichando algo para o William, em seu rosto ele abriu um leve sorriso, mas logo disfarçou com um gole de vinho.
Professora McGonagall liderou os primeiros anos, de modo que eles pararam em uma linha, as centenas de rostos que olhavam para eles os deixavam nervosos.
- É enfeitiçado para parecer o céu lá fora, eu li sobre isso em Hogwarts, Uma História - Sussurrou Zabine apontando para o céu.
Astoria concordou com a cabeça impressionada, já William continuava olhando para Dumbledore que não tinha nenhuma reação.
Professora McGonagall silenciosamente colocou um banquinho na frente dos primeiros anos, em cima do banco, ela colocou um chapéu de bruxo extremamente sujo.
Gina, Astoria, Zabine e alguns primeiristas, olharam para William com uma expressão de surpresa no rosto, já que duvidaram dele sobre o chapéu Seletor e ele estava certo.
- Você estava realmente falando sério sobre o chapéu? - Zabine perguntou a ele incrédulo.
William estava prestes a responder quando de repente o chapéu se contraiu, um rasgo perto da borda se abriu como uma boca e o chapéu começou a cantar.
Você pode não achar que eu sou bonita
Mas não julgue o que você vê
Eu vou te contar se você puder encontrar
Um chapéu mais esperto que eu.
Você pode manter seus jogadores,
Suas cartolas elegantes e altas,
Pois sou o Chapéu Seletor de Hogwarts
E eu posso decidir todos.
Não há nada escondido na sua cabeça
Que o chapéu de seleção não pode ver
Então me experimente e eu vou te dizer
Onde você deveria viver.
Você pode pertencer a Grifinória,
Onde moram os bravos de coração,
Ousados, corajosos e cheios de determinação.
Você pode pertencer a Lufa-Lufa,
Onde eles são justos e leais
São verdadeiros e bons companheiros.
Ou ainda no sábio velho Corvinal,
se você tem uma mente pronta
Onde aqueles de inteligência e aprendizado reinam
Ou que tal na Sonserina
Você fará seus verdadeiros amigos
Essas pessoas astutas usam qualquer meio
Para alcançar seus objetivos.
Então me coloque! Não tenha medo!
Você está em boas mãos
Embora eu não tenha nenhuma.
Todo o salão explodiu em aplausos quando o chapéu terminou sua música, ele curvou-se para cada uma das quatro mesas e depois ficou imóvel novamente.
A boca de Zabine e Astoria estava se contorcendo com o fato de que esse velho chapéu sujo iria colocá-los em uma casa, já Gina também estava apenas congelada, ela não sabia o que dizer.
- Bem, pelo menos, a música é viciante - Zabine disse, ganhando um olhar estranho de outros estudantes ao seu redor.
- Quando eu chamar o seu nome, você vai colocar o chapéu e se sentar no banco para ser classificado - Disse McGonagall chamando a primeira.
- Abbott, Hannah! - Uma garota de rosto cor-de-rosa com tranças loiras cambaleou para fora da linha, colocou o chapéu na cabeça.
- Lufa-Lufa - Gritou o chapéu.
A mesa à direita aplaudiu quando Hannah se sentou à mesa da Lufa-Lufa.
- Banis, Susan! Lufa-Lufa! - gritou o chapéu de novo, e Susan correu para se sentar ao lado de Hannah.
Depois de alguns alunos desconhecidos para William serem chamados, o primeiro importante aconteceu.
- Blaise, Zabine - Gritou McGonagall calmamente, Willian e Astoria olharam para o menino que estava com um leve sorriso no rosto.
- Vejo vocês na mesa da Sosnerina - Afirmou Zabine caminhando para o banco, confiante de que ele estaria na Sonserina.
Zabine podia até estar confiante em entrar na Sonserina, mas o chapéu Seletor não, ele demorou minutos até que finalmente o chapéu gritou Sonserina.
- Greengrass, Astoria! - Astoria quase correu para o banquinho e enfiou o chapéu ansiosamente em sua cabeça, depois de longos 5 minutos, ele definiu a casa - Sonserina.
A menina foi com um enorme sorriso para a mesa de Draco e de sua prima Pansy, e se sentou ao lado de Zabine.
- Lovegood, Luna - Chamou a professora McGonagall calmamente, no momento em que uma menina andou saltitando até a cadeira.
William sentiu seu coração bater mais rápido enquanto olhava para a menina, principalmente quando ouviu seu nome, era como se ele tivesse conhecido ela em algum lugar, mas em sua mente não saia nada.
"Luna Lovegood? Porque meu coração está batendo tão forte?" Pensou o menino olhando fixamente para ela, William tinha a certeza que iria conversar com ela, talvez Luna saiba do porque ele está desse jeito, não era amor a primeira vista, ele realmente se sentiu estranho ao vê-la.
Depois de alguns segundos com o chapéu na cabeça, ele finalmente gritou o nome da casa de Corvinal, Luna pareceu uma estranha indo pulando em direção a casa.
Um por um, todas as pessoas estavam sendo classificados, ficando apenas dois, William e Gina, a menina parecia bem nervosa, já o menino não demonstrava nenhuma reação.
- Slytherin, William - Chamou McGonagall com a voz ecoando para cada canto do grande salão.
Cada conversa aleatória se calaram e todos sem exceção olhavam para o menino, William podia ouvir em cada mesa os alunos cochichando sobre seu sobrenome.
William caminhou até o banquinho, olhando para o chapéu velho e sujo, "Eu com certeza não colocarei essa coisa nojenta na minha cabeça" Pensou o menino pegando a varinha de sua cintura.
- Limpar - Disse o menino calmamente enquanto uma luz transparente saia de sua varinha e removia a poeira e a sujeira do chapéu.
William então se sentou no banquinho graciosamente colocando sua varinha de volta dentro de seu manto, olhando para as pessoas que estavam observando com espanto.
"Porque todos esses olhares, não é como se eu tivesse usado um feitiço poderoso, é apenas um feitiço de limpeza simples" Pensou o menino calmamente.
O que o William não sabia, era que eles não estavam assustados pelo feitiço, mas sim da audácia do menino em realizar no chapéu Seletor.
Até mesmo os professores ficaram surpresos, pois nenhum primeiristas ousou fazer isso, eles sempre colocaram o chapéu sujo na cabeça, isso acontecia por 1.000 anos, nem mesmo Dumbledore ousou limpar o chapéu.
"Ele tinha que fazer algo, se não, não era o William" Pensou Severo batendo a mão na testa, Dumbledore apenas observou o menino em silêncio.
William tinha seu olhar padrão de arrogante olhando para as 4 mesas em sua frente, ele não parecia um calouro assustado, mas sim um professor ou alguém muito importante.
Hermione e Draco reviraram os olhos, um com raiva e o outro com ciúmes, Zabine queria se bater por não pensar nisso antes, Pansy abriu um sorriso, Astoria soltou uma leve risada, já todos os alunos com exceção da Sonserina, não gostaram nada disso.
McGonagall sem jeito colocou o chapéu limpo na cabeço de William, dando apenas para ver o nariz do menino.
- Hm... William Slytherin... Devo admitir, você consegue ser tão ousado quanto seu descendente Salazar Slytherin - Disse o chapéu Seletor calmamente com os olhos fechados - Espera, você não é o William, não, você não é ele, você é um monstro na pele dele, sim, você é um monstro, Slytherin... Sim um monstro...
William se assustou ao ouvir o chapéu começar a repetir isso sem parar, o menino sentiu que algo não estava certo e ele rapidamente saltou do banquinho por instinto, para o espanto de todos, antes da gravidade puxar o chapéu seletor, uma espada caiu perfurando o banquinho, o que deixou todos espantados.
William demorou alguns segundos para entender o que tinha acontecido, uma espada saiu do chapéu seletor e quase o matou.
- Monstro, ele é um monstro, matem ele agora antes que seja tarde de mais, ele não é o William Slytherin, ele é um monstro, um monstro maligno e assassino, matem ele agora, matem esse monstro antes que seja tarde de mais e ele volte.... - Como se estivesse em um transe, o chapéu Seletor começou a gritar loucamente.
Nem aluno ou professor demonstrava alguma reação, quando depois de um longo minuto, o chapéu simplesmente se desligou, ele abaixou a cabeça e a boca sumiu.
Depois de um longo silêncio, o grande salão explodiu de vozes, todos os alunos conversavam loucamente sem se controlar, enquanto as palavras do chapéu ressoava na mente de cada um.
Na mesa dos professores, todos estavam sem reação alguma, Severo e McGonagall estavam completamente congelados, o único que estava calmo era Dumbledore.
- Silêncio - Dumbledore se levantou e pegou sua varinha, a voz foi tão alta que as luzes do alto se apagaram, todos os alunos se calaram.
William estava pensando se isso não era um plano de Dumbledore, o matar sem que ninguém descobrisse, agora ele teria que ser bem mais esperto, para não cair nesse truque novamente.
Dumbledore saiu da mesa dos professores e foi em direção ao William, o homem olhou para o menino e depois para o chapéu, vendo ele de tão perto, William realmente ficou tentado em pegar a sua varinha e ataca-lo, mas não sabia nenhuma magia ofensiva, apenas acabaria morto.
Dumbledore se aproximou e tirou a espada da Grifinória do banco e pegou o chapéu Seletor desligado, ele olhou novamente para William.
- Você está bem, Sr. Slytherin? - Perguntou Dumbledore calmamente olhando como se pudesse ler a mente do menino.
- Sim, nunca estive melhor Sr. Dumbledore - William respondeu com a cabeça erguida, Dumbledore só era o dobro do tamanho, e mesmo assim o menino não sentia o menor medo. Dumbledore assentiu e olhou para McGonagall.
- Minerva querida, vamos continuar a cerimônia de seleção, até porque nada de mais aconteceu - Afirmou o diretor calmamente voltando a mesa dos professores.
- Mas Dumbledore, o chapéu Seletor quebrou - Afirmou a mulher confusa.
- Para a nossa sorte só sobraram dois alunos - Respondeu Dumbledore apontando para Gina e William - E eles não são difíceis de saber onde ficaram.
McGonagall como os outros estava tentando entender o que tinha acabado de acontecer, mas vendo a calma William e Dumbledore, ela não disse mais nada.
- Senhor Slytherin, por favor, vá para a Sonserina e Gina para a Grifinoria - Disse McGonagall calmamente.
Ninguém aplaudiu os meninos como fizeram nós outros alunos, o olhar de todos estava em William que se sentou entre Zabine e Astoria.
- Que merda foi aquela William? - Perguntou Zabine olhando para as centenas de olhos que vinham em suas direções - Porque o chapéu Seletor te chamou de monstro e tentou mata-lo?
- Eu acho que foi por você tentar limpar ele, talvez ele não gostou disso - Afirmou Astoria tentando criar alguma justificativa.
- Eu também gostaria de saber a resposta - Respondeu William olhando na direção dos professores.
Dumbledore continuava olhando em sua direção fixamente, a dupla tentava se estudar apenas pelo olhar, William queria muito saber o que ele estava pensando nesse momento.
"Eu duvido que o chapéu Seletor me atacou por eu ter limpado ele... Tenho a certeza que ele viu alguma coisa na minha mente, algo que o deixou maluco ao ponto de surtar e tentar me matar, eu preciso muito saber o que é" Pensou o menino pensando o que poderia ser e como poderia saber.
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