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100% Many Different. / Chapter 28: 28. Handshake.

章節 28: 28. Handshake.

Ema e Audrey foram morar juntas, no final da rua de Isa. Ambas estavam mais felizes que nunca.

Primeiro ano morando juntas:

Ethan pediu Isa em casamento e se mudou para o apartamento da mesma (não teve muita diferença já que ele quase morava lá). Jenkins parou de trabalhar para Alice e passou a trabalhar com Audrey, a carreira de modelo estava a todo vapor.

Emeraude começou a fazer shows em pequenos eventos, saindo das abas do pai que queria quase o mesmo marketing que a senadora Hamilton fazia com Audrey.

Ayla começou um curso de música e ocasionalmente tocava violão ou piano com Emeraude em seus eventos.

Em uma certa manhã Audrey foi atender os toques fortes na porta mesmo pensando que fosse Isa e Ethan querendo o habitual café da manhã.

Era Alice Hamilton. A senadora. A mãe de Audrey.

— Oi.

— O que faz aqui? — a dona da casa se apressou em dizer.

— Vim pedir desculpas. — A mais velha abaixou a cabeça, sentindo vergonha por tudo que tinha dito ou feito para filha.

— Agora que perdeu a eleição teve tempo de lembrar de mim?

— Audrey... Por favor! Claro que não! — Alice estava muito arrependida, se achando a maior idiota possível. — Eu só não tive coragem antes! Fui tão baixa com você! Só quero seu perdão, sei que não mereço, mas é o que te peço.

— Tudo bem... — Audrey suspirou. Era um grande passo em sua vida. — Eu te perdoo, o que não quer dizer que eu tenha esquecido de qualquer coisa... Uma coisa é perdoar, outra é esquecer.

— Eu sei, filha. — A mais velha engoliu em seco, para não chorar ali. — Posso ao menor ter um abraço seu?

— Pode.

Alice abraçou a filha com força, sentindo o peso de tudo que errou com a mulher incrível a sua frente. Quando se afastaram, a política estava chorando e falou:

— É melhor eu ir.

— Certo.

Ema que estava espiando pela esquina do corretor o tempo todo se aproximou, falando:

— Ei, senhora Hamilton toma café conosco?

Alice olhou para sua filha, que procurou o olhar de Ema. A polinésia mexeu a cabeça para Audrey indicando que era sério o convite.

*****

No segundo ano aconteceu o casamento de Isa e Ethan.

Emeraude comprou um apartamento e gravou algumas músicas que ela e Ayla escreveram juntas, já que moravam sob o mesmo teto.

Alice Hamilton não aparecia com frequência para ver a filha, mas ligava e mandava mensagem quais todos os dias.

A família Griffin estava mais conturbada que nunca, ainda mais com o novo membro, Hoku Jr. Milika avisou sobre a gravidez praticamente na hora do parto, quase matando todos com a surpresa.

Ema que antes estava vivendo apenas como professora na universidade, da mesma forma que ajudou a Hamilton, começou a trabalhar com Emeraude.

Ah! A polinésia pediu Audrey em casamento.

*****

Quando o terceiro ano chegou, elas decidiram que não iriam se apressar para casar. Até porque todos estavam em paz e felizes do jeito que estavam.

Depois de ser acusado algumas vezes, processado, Davis Monroe foi preso e iria ficar assim por um pequeno tempo. Ema não era do tipo que ficava feliz com as desgraças alheias das pessoas, porém com ele, ela ficou. E o melhor ela nem precisou agredi-lo como tanto quis nas vezes que se encontraram e ele falou mal de Audrey.

Emeraude e Ayla estavam ainda mais envolvidas com o mundo da música. Viviam tendo brigas, mas sempre voltavam uma para outra em questão de horas.

Audrey queria adotar um cachorro e Ema um gato, no final elas não adotaram nada.

Na verdade, quase adotaram -não de verdade- os irmãos mais novos da polinésia já que a Hamilton sempre pedia para Funaki deixá-los em sua casa para fazer companhia a Ema que na maioria das vezes ficava sozinha.

Vez ou outra Funaki deixava até a van - que era oficialmente só sua - para Ema poder sair nela com os irmãos.

*****

Marcaram o casamento. Isa já estava ficando irritada porque já fazia 4 anos que estavam juntas. Irritada também porque tinha hormônios de sobra, já que estava grávida.

Emeraude e Ayla ficaram responsáveis pela despedida de solteira das duas. O casal de noivas nem estavam animadas para uma despedida, mas aceitaram desde que fosse algo bem comum.

Quando Audrey viu o fusca amarelo - repaginado, mas ainda o mesmo - de Ayla, ela quis ficar dentro de casa mesmo que ela e Ema estivessem se dado ao trabalho de se arrumarem para saírem.

— Isso continua sendo ilegal?

Ema foi quem questionou quando viu onde estava. No local onde ela e Audrey se conheceram. Na festa em que antecedeu a Hamilton ficando drogada e beijando sua irmã na praia.

A negra concluiu ao notar o silêncio de Simmons e Torres na parte da frente do carro:

— Acho que sim.

E lá estavam as duas se sentindo intimidadas no local. Audrey foi reconhecida algumas vezes mesmo no escuro. Ema estava um pouco bêbada.

Quando escutaram "a polícia está chegando", não pensaram duas vezes para fazer o mesmo que da outra vez.

Saíram do casarão onde a festa aconteceu e foram para o beco, ainda era sem saída. Ema tentou subir.

Ayla estava no topo, ainda em boa forma para esse tipo de "aventura". Emeraude não teve tanta facilidade, mas estava bem.

Audrey uniu as mãos para Ema colocar um dos pés e subir se agarrando a grande, com um pouco de dificuldade ela conseguiu. Audrey não achou tão difícil como dá outra vez.

A negra sentiu o coração bater mais rápido quando viu uma lanterna iluminar o beco, polícia. Subiu mais rápido e puxou Ema, as outras duas já estava no chão.

Ayla e Emeraude correram, depois que desceu e a polinésia também a Hamilton fez o mesmo, pelo menos até alcançarem a rua.

— Paradas!

— Merda! — Audrey falou, vendo suas amigas já na frente entrando no carro.

E foi assim que Audrey e Ema passaram a noite antes do casamento.

Ligaram para Isa quando chegaram na delegacia e a loira passou à noite procurando o advogado que Audrey indicou. No outro dia apenas pagaram a fiança, se arrumaram com o curto prazo que tinha e se casaram.

Elas não viajaram para lua de mel por escolha de ambas, depois da noite na cadeia não queriam mais a não ser ficar em casa.

Ficaram com raiva de Emeraude e Ayla por duas semanas.

*****

O bebê Jenkins-Sanders nasceu. Henry. As tias ficaram apaixonadas. Cinco anos que moravam ali.

Ema insistiu na ideia de que queria um filho também. Sua casa sempre foi cheia afinal. Audrey aprovou a ideia e começaram a fazer os exames necessários para o processo de inseminação.

Ayla e Emeraude chegaram em uma tarde como quem não queriam nada e despejaram uma ideia:

— Vamos nos casar amanhã!

E assim aconteceu um casamento relâmpago. Isa, Ema e Audrey quase morreram para arrumar vestidos em pouco tempo.

A inseminação da polinésia deu certo, elas irradiavam felicidade.

*****

Evan nasceu depois de muito desespero. Tanto das mães quando da família e das amigas. Nem Isa tinha dado tanta falação num hospital e olha que a baixinha xingava de meio em meio minuto sentido dores.

Alice Hamilton foi a mais animada com o novo membro. Elas nem pensavam mais nas coisas ruins faladas e vívidas antes.

Seis anos no final da rua de Isa. Jenkins pelo menos fazia o seu café desde que Henry nasceu, isso mudaria depois que o garoto crescesse um pouco pode ter certeza.

Emeraude e Ayla esperavam apenas por uma casa naquela rua para poder aumentar a família também.

*****

Henry estava com dois anos. Ele tinha os cabelos loiros escuro e os olhos pequenos e castanhos. Era um pouco alto para sua idade, mas não deixava de ser uma criança fofa e encantadora, nem tinha como não ser é filho de Isa e Ethan.

Evan fez um ano e teve uma festa no quintal. Por Audrey seria algo de parar a rua, só que Ema não tinha o mesmo pensamento.

Ayla e Emeraude estavam tentando a inseminação ainda. E conseguiram uma casa no bairro ao lado do das amigas.

Simmons estava a todo vapor no mundo musical, só que não fazia turnês para fora do país, ainda mais agora que sua esposa possivelmente ficaria grávida.

Audrey decidiu trabalhar como advogada, até porque queria uma rotina mais normal, onde pudesse ficar com o filho quando Ema não estivesse trabalhando. Deixou as campanhas para de lado.

Sete anos morando ali e a Dreya de Isa voltou. Henry já comia cereais mesmo, então podiam tomar café da manhã juntos.

*****

Ayla e Audrey revelaram sobre a gravidez quase ao mesmo tempo. Com quase um mês de diferença nasceram Charlotte e Mazikeen.

Audrey observou a esposa dormindo, Mazikeen ainda acorda e mexendo os bracinhos perto da mãe polinésia. A menina não dormiu nada pela noite, nem Ema por sinal e ela não demoraria para ir trabalhar.

Hamilton tinha acabado de acordar e Evan ainda dormia. Desde que a irmã nasceu dormia ali com as mães, quando elas dormiam.

Foi trocar de roupa deixando a filha entre o irmão e a mãe, ela não sabia rolar mesmo e os dois estavam dormindo.

Depois de se trocar, pegou Mazikeen, abriu a porta da cozinha e se sentou para amamentar a filha. Isa chegou com Henry.

— Hey, bom dia! — Jenkins desejou, sorrindo com preguiça. Depois do nascimento do filho ela era mais humorada de maneira positiva.

— Bom dia. — Audrey desejou com um pouco de preguiça ainda. Henry se aproximou da negra. — Oi, Henry.

— Bebê... Tia Drey, dia! — ele ainda não falava mais que poucas palavras numa frase.

— Bom dia, Henry.

O menino sentou-se à mesinha que tinha na cozinha para ele e Evan, foi esperar ali mesmo pelo cereal.

— Ethan trouxe o cereal dele ontem.

— Pensei que ele tivesse esquecido. — Jenkins falou enquanto olhava os armários. — Ema ainda está dormindo?

— Está, ela ficou a noite quase toda com a Mazikeen que não dormiu nada.

— Eu disse para não dar o nome de um demônio para sua filha! — a loira brincou. Pegou o cereal para Evan e colocou leite rapidamente antes que ele esquecesse dos desenhos na mesinha.

— Você sabe... Ela é maluca com a série Lúcifer. — Audrey rolou os olhos. — Sabe da briga que foi para escolher o nome do Evan.

— Lembro bem. — Jenkins riu. — Henry, o cereal.

— Já vou. — Ele deixou de murmurar a história que estava criando com os personagens gravados na mesa. Pegou sua tigelinha com cuidado voltou a se sentar.

— Não tem nada a dizer? — Isa questionou para o garoto.

— Obrigado? — falou meio duvidoso.

— Exatamente. Por nada, filho. — Jenkins abriu a geladeira. — O que vai querer comer?

— Waffles ou ovos e bacon?

— Panquecas.

— Ok, vou ser paciente porque você é mãe.

Ayla chegou enquanto Isa preparava as panquecas. Mazikeen já tinha se alimentado e estava nos braços de Audrey.

— Mamãe, banho... — Evan cutucou Audrey. — Banho.

— Espera, filho, sua irmã ainda não dormiu. — A negra respondeu. — Por acaso já viu suas tias hoje?

Ele negou com a cabeça.

— Vá abraçar as duas antes de ir tomar banho.

Ele abraçou Ayla e depois Isa, se aproximando de Audrey novamente. A negra levantou.

— Eu fico com ela. — Ayla se ofereceu.

— Se ela chorar você leva...

— Certo, certo... Eu também sou mãe!

Quando voltou com Evan se surpreendeu ao ver Mazikeen dormindo. Emeraude estava ali com a pequena Charlotte dormindo em seus braços, enquanto ajudava Henry com o cereal.

— Como você conseguiu isso? — Hamilton falou surpresa e brincou em seguida: — Me dá a receita?

— Eu te falei, Audrey, eu sou mãe!

— Nos poupe você deu chá calmante para ela. — Isa confidenciou.

— Você e sua Dreya de drogar Hamiltons. — Ema apareceu já pronta para ir trabalhar.

— Drogas? Onde? — Ethan chegou perguntando. Ele era um pouco chato como pai, proibia tudo e só de escutar algumas palavras quase entrava em pânico.

Isa apertou os lábios e as meninas entenderam. Silêncio. Ele nunca soube como a esposa fazia o filho dormir rápido. Era um chá milagroso.

*****

Ema acordou e escutou vozes, mas logo tudo ficou em silêncio. Ficou curiosa e apenas arrumou o cabelo um pouco para ver onde sua família estava. Não encontrou ninguém dentro de casa, então só podiam estar no quintal.

Saiu de sua casa, deu alguns passos e virou para a esquerda, ficando surpresa.

— Feliz aniversário!

Seus filhos e esposa. Sua família estava inteira ali. Suas amigas. E até sua sogra. Todos se uniram para montar uma festa, sim logo pela manhã, mas ainda uma festa.

Ela nunca tinha tido uma festa surpresa até porque em sua casa eram todos fofoqueiros.

Audrey veio em sua direção com Mazikeen no colo, ela ainda estava engatinhando, e Evan segurando sua mão esquerda.

Ema pensou em como tudo começou. Ela ajudou Audrey a subir a grande para não serem presas. Depois viraram amigas (mesmo que implicasse mais que qualquer outra coisa). Seguindo por um relacionamento falso, apenas por marketing.

Finalizando com namoro e casamento. E agora tinha filhos com Audrey. Eram uma família.

Ema sorriu e abraçou os três de modo desajeitado.

— Eu te amo, parabéns, amor! — Audrey apertou a polinésia nos braços. — Você desce todos os dias arrumada e escolheu logo hoje para vir de pijama?!

— Pelo menos não vim sem roupa. — Ema brincou, olhando para as outras pessoas se aproximando para lhe cumprimentar. — Obrigada! Eu te amo tanto!

— Temos que agradecer a Ayla e Emeraude qualquer dia desses por terem feito a gente se conhecer.

— É verdade, talvez podemos ficar com Charlie para as duas saírem. — Ema brincou, não queria mais uma criança por mais de meia hora que não fossem as suas.

Audrey se afastou e Ema pegou Evan cumprimentando os outros convidados com o garoto no colo.

Em algum momento Evan foi tomado dela por Alice Hamilton e ela só pensou que um dia foi fã da mulher e logo depois se decepcionou, porém, ela queria agradecer pelo namoro falso que inventou e acima de tudo por ter dado à luz a Audrey.

Quando sentiu sua mão direita ser procurada pela esquerda de Audrey, Ema sorriu.

Com apenas um aperto de mão buscando por ajuda para subir na grande... Ela sentiu que tudo podia ser diferente com Audrey Hamilton.


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