O que ninguém podia negar era que Garald sempre foi um ótimo aluno de magia, se não o melhor... na teoria. Apesar de ser tão brilhante no papel, a verdade é que jamais conseguiu utilizar qualquer tipo de magia. Fato que nunca apagou ou inibiu seu desejo incontrolável de proteger o lugar que nasceu e cresceu.
Mesmo possuindo a indesejável ausência espiritual, Garald se manteve firme em sua meta. Assim, chegando a fazer parte de uma das turmas de tirocínio real. E lá permaneceu por ser aprovado, tornando-se um professor. O que não demorou muito, já que havera mostrado-se um aluno excepcional; tanto no lado mágico, quanto no lado físico.
No segundo ano depois de sua aprovação, já se tornou líder de um dos pelotões Aquário II de Faraldur. O que relativamente, não é muita coisa. Mas, para alguém que chegara há apenas dois anos, era algo no mínimo inesquecível.
Garald realizava dezenas de missões de busca, escolta, e entregas de informações. Tudo aquilo era tão bom quanto desejava. E mesmo que não conseguira usar magia, ainda conseguia preservar o reino com seus feitos. Diferentemente de Garald, todos ali conseguiam realizar um feito espiritual. E apesar disso, o respeito que possuira era íntegro. Vosso líder era o homem de maior confiança do pelotão. Saber disso aquecia o inquieto e destemido coração de Garald.
...
Não importa o quão algo pode ser bom. Notícias ruins sempre estragaram o dia.
Garald passava mais tempo com o pelotão do que com sua família, mas jamais foi capaz de esquecê-los. Apesar de não ter muito tempo livre, tentava ficar junto a sua família ao máximo de tempo que conseguira. Ou, pelo menos, enviar uma missiva; carta manuscrita.
Poucos dias após seu décimo aniversário de líder soldado real, Yasashi o visitou. Apesar de a visita de seu filho ser um motivo para se alegrar, a notícia que trouxera não era muito animadora. Aileen havia se sentido mal e até mesmo desmaiado. Como o marido que sempre foi, Garald interrompe tudo o que estara fazendo; mesmo que seja importante; corre até sua casa e a socorre.
Uma bela cena foi todo o pelotão seguindo seu líder para prestar vossa cobiçada ajuda para o que for necessário. Mesmo que não seja algo em prol do reino, e sim, algo pessoal. Ações que provam o carinho e respeito que sentiam por Garald. (É provável que todos se ferrrem por conta disso. Mas, a empatia é quem sempre fala mais alto.)
Quando Aileen foi levada ao hospital, foi descoberto que havia uma doença há algum tempo. Mas, felizmente, ainda não era tarde para tratá-la. Não havia motivos para ansiedade ou pânico. A doença não se tornaria tão grave caso ela sempre; com o auxílio de seu marido e filhos; se cuidasse. A notícia acalma a todos.
Com a descoberta, Garald se sentiu obrigado a se retirar de sua corporação, já que seu emprego ocupa muito de seu tempo. Caso continuasse, não poderia estar ao lado de sua frágil esposa para cuidá-la. Como sempre, se mostrando um cavalheiro.
É claro que sair não foi uma decisão fácil. Garald havera feito muitos amigos ali, o que nesse meio é raro. Sem pensar muito concedeu sua liderança a um de seus soldados mais próximos. Na época, Garald já liderava os soldados de Patente Libra, o primeiro patente de elite. Surpreendentemente, todos aceitaram a decisão de Garald sem sentirem inveja ou algo parecido.
Um mês após a descoberta da doença:
Como um louco, Garald cozinhava, varria a casa, cortava a grama, e fazia tudo o que podia recusando qualquer ajuda. Principalmente, de Aileen. Mesmo que não tenha prática alguma com quaisquer desses afazeres.
– Você vai ficar louco se continuar desse jeito. — Disse Aileen, rindo de seu marido inquieto.
– Não se preocupe. O ritmo no pelotão era bem mais intenso. Isso aqui não é nada.
– Ei! Você está desvalorizando meu trabalho!
– Não, não! Me desculpa! Não foi o que eu quis dizer! É que no pelotão tudo era muito intenso! Apenas isso! Seu trabalho também é bem cansativo!
– Tudo bem... — Disse com tom doce, Garald expira, sentindo alívio. – Mas, se você voltar a fazer isso, eu corto sua linda garganta.
– Eu n-não farei. – Gagueja enquanto alisa seu pescoço, agradecendo por ele ainda não ter rasgos.
Ao longo de um curto ano (e alguns meses), Aileen felizmente se recuperou totalmente.
"Curto" porque há muito tempo, Aileen e Garald não passavam tanto tempo juntos. Em dias de pelotão, eles se viam ao máximo uma ou duas vezes; por algumas horas; a cada 7 dias.
Para eles, a companhia do outro era o símbolo da paz e o amor. Talvez, isso tenha ajudado a tratar a doença de Aileen. O que a autoestima não é capaz de fazer, não é?
Aileen não queria que tudo aquilo acabasse, mas sabia que morreriam de fome, caso Garald não encontrasse outro emprego.
– Você sabe o quanto eu amei e estou amando todo esse tempo entre nós dois. Eu não queria dizer isso, mas, você precisa de um novo emprego. — Disse Aileen com pesar.
Garald e Aileen estavam deitados e abraços; uma bela cena romântica.
– Eu venho pensando nisso nos últimos dias. Mas, sempre me pergunto: "Em quê?" Eu não posso retornar ao pelotão. Uma vez fora... Não lembro de ter uma vocação.
– É claro que tem! Lembra da nossa época de academia? Quem era o melhor aluno da sala?
– Domseo Romwirost. Ele era u-
– Não seja modesto! Ela era bom, mas, você era melhor.
– Tudo bem, mas, onde quer chegar, amor?
– Você pode tentar se tornar um professor! Muitos jovens possuem o mesmo sonho que você tinha. De certa forma, você protegerá o reino. Quem sabe, algum aluno seu se torne rei. E também, teremos mais tempo para ficarmos bem juntinhos. – Ao proferir sobre o possível maior tempo entre eles, abraça Garald com mais força. – E você também foi professor dos aspirantes de soldados, lembra?
– É verdade. Não é uma má idéia.
– "Não é uma má idéia"?! — Sua voz alterada intimida Garald.
– É uma ótima idéia!!!
– Melhorou. — Disse Aileen, retornando a sua voz doce.
– ... — Os olhos arregalados de Garald externam seu pânico.
– Eu tenho certeza de que te aceitarão na hora. Acredito que o respeito provindo das suas atividades em seu último emprego vão ajudá-lo.
– Você está certa. Irei à academia amanhã.
– Vá ao alvorecer. Chegue bem cedo e demonstre interesse!
– Sim, senhora.
– Fico feliz em pensar na possibilidade de dar aulas ao Hakken e Yasashi.
...
Como em todas as regiões, províncias, vilarejos e aldeias, Faraldur possui suas tradições; costumes. Um exemplo: Desde há muito tempo, os homens devem transmitir seus conhecimentos aos filhos, e as mulheres, às suas filhas.
Por muito tempo, intensificadamente após sua doença, Aileen desejava ter uma filha para compartilhar suas lições. Mas, Garald tinha medo. Aileen já era uma mulher frágil. Aquela mesma doença deixou-a ainda mais, mesmo após se curar. Yasashi já quase havia a idade de cooperação, então dinheiro não seria mais o problema.
Garald sempre amou fazer o que sua esposa lhe pede. Desde que não seja algo perigoso. O desejo de Aileen era tão intenso que seu marido se sentiu sem saída.
O anjo Hakken descobriu o desejo de sua mãe. E apesar de não poder fazer muita coisa, tentou persuadí-la até que o ensinasse tudo o que sabe. Não demora muito para Aileen ceder e começar a ensiná-lo a cozinhar, lavar, escolher frutas e vegetais, chorar quando quiser algo e outras coisas que aprendeu com o tempo. Sua alegria acalma seu marido. (Ele deve um grande favor ao Hakken, não acha?)
É claro que seu pai também havia algo para ensiná-lo. E também, a seu irmão, é claro. Principalmente, circunstâncias relacionadas a combate e a patrões arrogantes; quando colocá-los em seu devido lugar e quando ouvir um sermão calado.
– 5... 4... 3... 2... 1... Agora!
Yasashi e Hakken se mantêm em posição de corrida enquanto Garald fazia uma contagem de forma regressiva.
Ao comando, correm em sua direção.
Entre os garotos e Garald, existiam aproximadamente duzentos metros de grama verde e cinco anosos e pequenos baldes de madeira desgastada pelo tempo e insetos. Enquanto corriam, eles precisavam pegar os baldes e levar a Garald.
Nos primeiros oitenta metros, Yasashi se mostrou mais veloz e focado, capturando os dois primeiros baldes. Porém, seu irmão mais novo capturou o terceiro e quarto balde. Nos últimos quarenta metros, os garotos começaram a correr com veemência até que um deles pegou o último balde e venceu.
– Isso aí, Hakken!
– ... — Yasashi golpeia o chão, com raiva.
Ao se "acalmar", caminhou na direção de seu pai. Hakken apenas se jogou ao chão, olhou para cima e respirou ofegante.
– Porque você e a mãe apoiam tanto ele? Quando eu venço, vocês não dizem nada!
– Não seja invejoso, filho! Eu ficaria feliz igualmente! Os dois são muito talentosos. O melhor que poderá fazer é treinar para vencê-lo novamente.
Apesar de toda essa raiva, Yasashi costumava ganhar de Hakken com um pouco mais de frequência do que o inverso.
– A comida está pronta!!! — Aileen grita para que todos ouçam, e realmente ouvem. Observação: Sua família estava há mais de um quilômetro.
– Uau.
Garald e Hakken entraram em casa, enquanto Yasashi ficou para trás, com raiva, olhando para os pássaros que construíam ninhos em árvores. Algo que costuma o acalmar e pensar em tudo com calma.
Como uma prezada mãe, A ileen se preocupa, mas, resolve não intervir, já que seu filho sempre teve tal comportamento. Talvez, isso passe de forma rápida.
– Eu acabei de limpar e perfumar o chão. Se o sujarem com esses pés podres, eu vou arrancá-los e colocá-los na sopa. — Disse Aileen com sua doce voz ameaçadora e um sorriso. — Tenham cuidado.
Com todo o seu cuidado, Garald caminha até a mesa de jantar. Aileen o acaricia por conseguir não sujar o chão com o mesmo sorriso psicótico.
– O que houve? Porque não se sentou?.— Pergunta Aileen habitualmente, ao olhar para trás e ver Hakken ainda na porta.
– Yasashi ainda está ali fora... Eu vou chamá-lo.
– Acho uma boa idéia. Eu vou montar o prato de vocês, tudo bem?
– Não acho que precise, mas se faz questão, tudo bem.
– É claro.
Yasashi não estava muito longe. Depois de uma ou duas dezenas de passos, Hakken o chama.
– Vamos comer. Mãe já terminou de cozinhar.
– Eu não estou com fome.
– A comida da mãe é melhor quente. É melhor aproveitar.
– Eu já disse que não estou com fome!
– Você que sabe. Daqui a pouco, a mãe vai te chamar e vai dizer o mesmo.
– ...
Hakken também se senta à mesa.
– Depois de comer, vocês vão direto para o banho! Aliás, já deviam ter ido!
– Sim, senhora! — Hakken e Garald dizem em coro.
...
Depois do almoço (e um longo banho), Hakken se jogou em sua cama, no quarto que dividira com Yasashi desde não mais cabia em seu berço. Alguns minutos depois, Yasashi fez o mesmo. Hakken esperava uma forte expiração de ódio da parte de Yasashi. Mas, dessa vez ele se comportou diferente. Até sua expressão era diferente.
Tudo apontava para ser como sempre foi. Um silêncio enfadonho, a cólera de Yasashi e o sinismo de Hakken. Mas, alguma entidade controlou a mente de Yasashi e o forçou a pedir perdão (Ao menos, foi o que Hakken diz.).
– Hakken. — Nem mesmo o tom de voz de Yasashi era agressivo como o costume. Dessa vez, era frio. Até mesmo Hakken expressou surpresa.
– Você está bem? Quando você fala comigo, parece querer me matar. Dessa vez você parece querer... se desculpar.
– É.
– Tá certo. — Seu tom frio incomoda Yasashi.
– Você não se importa, não é? Eu sendo seu amigo ou não, não importa para você. Eu achei que não passava de um implicância minha. Mas, eu estava errado. — Apesar do desaponto, a voz de Yasashi ainda não era agressiva como sempre.
– ...
– Diga algo!
– Não é bem isso. É só-
– Não minta! — Yasashi se retira do quarto.
– Parece a mãe em suas épocas vermelhas... Por trás de toda essa raiva, existe uma criança que deseja um amigo, mas é orgulhosa e sensível.
...
Depois de um dia agitado, a noite chega, junto a ela, a paz e o frescor no ambiente. Todos já estavam dormindo, quando no meio da madrugada, Garald acorda.
Com passos leves, e movimentos circunspectos, desce a escada, abre a porta e retira-se de casa. A dúvida é para quê tanta discrição. Garald não parece ser o tipo de homem que tem algo a esconder.
Por algum extinto divino (dessa vez, não digo de forma sarcástica), Hakken sente a ausência de seu pai. Mesmo que não houvera ouvido um só ruído. E apesar de nunca acreditar nesse tipo de coisa, isso o incomodava.
– '''Que sensação é essa?''' — Fala enquanto boceja.
Sua intuição impedia-o de dormir novamente, então, como lutar contra esse ímpeto seria inútil, Hakken resolveu ir até onde a sensação o mandava; o quarto de seu pais. Ao chegar, comprovou que seu pai não estava em casa. Para não acordar Aileen, fechara a porta do quarto e retrocedeu ao seu quarto de forma lenta e leve.
Ao retornar, Hakken acordou seu irmão. Nem preciso dizer como Yasashi se levantou, não é?
– O que você quer?! – Yasashi diz de forma moderadamente alta. E claro que em um horário como a madrugada, isso se compara ao grito de "A comida está pronta!" de Aileen.
– "Shhh!!! Fala baixo, Yasashi! ...Nosso pai não está em casa."
– ...— Yasashi se dispõe a ouvir Hakken. Apesar dos conflitos, sabe que seu irmão não é fã de brincadeiras desse tipo. – ''"Quando ele saiu?'''
– '''Se eu dissesse que eu vi ou ouvi ele saindo, eu estaria mentindo. Mas eu senti. Não faz muito tempo."
– '''E desde quando você acredita em intuições?"
– '''Desde há 15 minutos. Eu não consigo dormir por conta dessa sensação.'''
– '''Me acordou por uma sensação irracional? Você também não parece estar muito bem.''' — Disse Yasashi, ao se lembrar do que Hakken disse quando resolveu pedir desculpas.
– '''Eu preciso da sua ajuda. E se te serve de consolo, me desculpa por aquilo que falei de tarde.'''
– '''Imagino o quanto cogitou em me pedir ajuda.'''
– '''Sem gracinhas, Yasashi! Agora não é hora disso. O nosso pai pode estar em perigo. Vai me ajudar ou não?'''
– '''É claro. Vamos.'''
Yasashi levanta, boceja e acompanha Hakken em uma trilha... invisível.
– Que trilha você disse que está vendo?
– Eu não estou vendo. Eu disse que estou sentindo.
– Ah, é verdade. Eu estou com sono... — Disse, e logo bocejou. – Você sabe que isso tudo é muito estranho, não é?
– É óbvio.
...
Garald havera entrado em uma vereda sem saída na área divisória Barddone - Sonjoan; há quase uma hora de distância de sua casa. Ali haviam caixas de papelão, de madeira, teias, algumas baratas, outros insetos repulsivos e um pouco de intensa escuridão. Três homens estavam parados e encapuzados. Provavelmente, esperavam por Garald. (Haja coragem para ter contato com esse tipo de gente.)
– Vamos acabar com isso logo.
– Porque tanta pressa? Você chegou agora! — As unhas do homem à frente se tornam garras, aparentemente de algum tipo de metal. – Eu não gosto de comer com pressa. Ainda mais algo tão saboroso.
– Não preciso que me bajule. Minha esposa faz isso de forma bem mais agradável. Apenas beba e siga seu caminho podre.
– Você é tão antipático. Hakken aprendeu bem com o pai dele.
– Não diga o nome dos meus filhos! Bebe a porcaria desse sangue, e vai embora! — Garald exclama.
– Não se altere dessa forma. Seu sangue fica amargo. Farei o que pede.
Hakken e Yasashi chegaram nesse momento. Os garotos se esconderam atrás de algumas caixas na entrada da vereda.
Yasashi possuía uma melhor audição, e Hakken, uma melhor visão. Então, enquanto um ouvia o diálogo e os ruídos, outro observava as expressões e ações.
– '''O que estão dizendo?''' — Pergunta Hakken.
– '''Por enquanto nada. Tenha um pouco de paciência.'''
O homem estranho faz um pequeno corte no lado direito do pescoço de Garald, que nem ao menos expressa dor.
– Já acostumou ao ponto de não sentir mais dor? Ou você é apenas muito macho.
– '''Acostumado? Não é a primeira vez que o pai vem aqui!''' — Yasashi profere à Hakken.
O homem que falava a todo momento retirou o capuz e mostrou uma língua comprida e bifurcada, lembrando uma cobra; além de também havera dezenas presas afiadas. Com exceção dessas características, esse homem parecia um humano comum. Talvez, nem tão comum assim; um pouco psicótico. Eles eram criaturas chamadas de Gardenas.
Como em uma fila de jardim de infância, as Gardenas fazem um fila para fazer um alegre lanche. Elas se alimentam de sangue humano. E se o gosto for de vosso agrado, realizam desejos permanentes, como no caso de Garald. Ele acreditava que se elas fossem alimentados por ele, trariam a paz e harmonia ao seu lar. Principalmente, em circunstâncias que envolvam o olho direito de Hakken. Parece confuso agora, mas em um futuro próximo, você há de entender.
– Já chega. Agora eu preciso voltar para casa antes que sintam minha falta. — Disse Garald antes de dar alguns passos.
A Gardena houvera o interceptado, segurando-o pelo ombro direito.
Ao ouvirem os passos de Garald, seus filhos correram em direção de casa. Mas, claro, sem antes se afastar com cuidado.
– Espera.
– O que você quer?
– Na próxima vez que voltar aqui, esteja preparado. Ultimamente, eu estou a fim de encher a cara. Vou querer dose dupla. — A Gardena diz com um sorriso desagradável.
– Você está gozando com a minha cara, não é?
– É o que você acha?
– Você já não acha que estou sendo muito altruísta? Eu fico sem força alguma no dia seguinte. Se vocês beberem "dose dupla", eu vou morrer.
– Tudo tem um preço, senhor Garald. Negociar com Gardenas também. Quando o gosto nos agrada, queremos mais e mais. E o seu final, você já sabe. Independentemente de continuar nos alimentando. Mas não se preocupe. Você ainda tem uma escolha. Fica a seu critério de que forma deseja morrer. Sem dor alguma, ou... — A criatura sorri, revelando o restante de seus dentes pontiagudos e sujos de
sangue.
– Já que você é tão persuasivo, eu vou pensar direitinho. — Disse Garald com um sorriso sarcástico. – Tchauzinho.
– Eu adoro o jeito que você brinca com o perigo, Garald. — A criatura permite que Garald vá embora.
...