章節 6: O início de Uma Guerra sem Fim
Covil dos Caídos - 12:02 PM
Azazel estaria explicando o que Kazuhiko precisava como o básico antes de entrar na linha de frente. Kazuhiko, já completamente curado graças aos poderes de cura dos Caídos — uma habilidade rara aprendida diretamente com o próprio Azazel — estava atento às palavras do líder.
Azazel: — Seguinte... como você bem sabe, existem sete Arcanjos...
Kazuhiko: — Na verdade... são seis agor-
Azazel: — Cala a boca! Eu sei muito bem que são seis agora, mas estou falando que era um grupo formado por sete! Fica de boca fechada e ouça o que vou dizer. Enfim, cada Arcanjo tem uma função bem específica e serve como suporte para os fiéis aqui na Terra. Eles mantêm a fé em Deus e preservam a harmonia no Reino Normal. O general deles é um Principado, o governante divino do Reino Normal, que comanda tudo por lá e está no topo da hierarquia.
Kazuhiko: — Caramba... ele parece ser bem casca grossa... Qual o nome dele?
Azazel: — Na verdade, eu não sei. Ele nunca apareceu no nosso radar. Não sei se é porque nunca precisou agir ou algo do tipo. Então, se ele vier junto com os Arcanjos, será uma surpresa até para mim, e nossas chances diminuiriam muito. Mas vou te passar o que sei sobre os Arcanjos.
Rafael
O mais fraco entre os Arcanjos. Ele não nasceu para batalhas diretas, mas será um suporte formidável para o lado deles. Não é chamado de "A Cura de Deus" à toa. Sua magia transcende qualquer tipo de ferimento, podendo regenerar membros e curar instantaneamente até ferimentos fatais. Ele consegue estender essa habilidade em um raio de até 100 km. É provável que ele nem esteja no campo de batalha, mas sim em um local seguro, curando seus aliados. Isso o torna um dos alvos mais complicados de se lidar.
Uriel
O "Anjo da Morte". Ele pode criar pragas e toxinas fatais para qualquer ser mortal. Sua especialidade é a piromancia, dominada a um nível tão alto que dizem que seu corpo queimou de dentro para fora devido às toxinas injetadas nele. Seu apelido, "As Chamas de Deus", vem dessa habilidade devastadora. Ele carrega uma foice envolta em chamas perpétuas e uma frieza absoluta em suas ações, muitas vezes carregada de uma melancolia sombria. Sua presença emana desespero, tanto pelo poder quanto pelo peso que ele carrega.
Jofiel
Um dos Arcanjos mais temidos. Ele é o juiz das almas no pós-vida, sendo responsável pelo julgamento final. Jofiel consegue aprisionar almas em uma dimensão infinita conhecida como Sala do Julgamento, da qual ninguém escapa até que seja punido pelos pecados cometidos. Seu controle sobre as almas e sua capacidade de manipulação são absolutos, tornando-o uma ameaça terrível tanto em combate quanto no plano espiritual.
Castiel
Ele provavelmente estará na linha de frente. Conhecido como o "Escudo de Deus", ele possui um corpo quase indestrutível, reforçado pela bênção divina que foi fundida à sua alma. Castiel é um estrategista militar exemplar. Em uma guerra passada, ele perdeu menos de 100 soldados em um exército de 10.000 devido à sua liderança impecável. Castiel é arrogante e extremamente confiante, zombando de seus oponentes e usando seu intelecto para dominá-los antes mesmo que percebam. Ele já lutou por um século inteiro sem demonstrar cansaço.
Gabriel
O "Mensageiro Divino". Gabriel é conhecido por sua inteligência absurda, sendo considerado quase onisciente. Ele está treinando para alcançar a verdadeira onisciência, o que o colocaria no mesmo nível dos Celestiais. Ele sabe quase tudo o que acontece na Terra, mas seus poderes em batalha permanecem um mistério. Mesmo assim, suas estratégias são possivelmente ainda mais avançadas que as de Castiel.
Miguel
O líder dos Arcanjos e símbolo de perfeição celestial. Miguel é conhecido como o prodígio dos céus, servindo a Deus diretamente por milênios. Ele é o guerreiro definitivo, combinando habilidades, inteligência, beleza, poder e carisma. Se Miguel entra na batalha, o combate alcança outro nível. Ele é imparável contra qualquer força maligna e lidera com uma autoridade inquestionável.
Azazel: — Bom... é isso. Agora vamos nos preparar de uma vez. A batalha pode acontecer a qualquer momento, e definitivamente não queremos ser surpreendidos por eles.
Kazuhiko: — Caramba... Tem certeza que eu tenho que memorizar tudo isso? é coisa demais...
Azazel: — Para de graça! O que vamos fazer agora vai ser muito crucial. Nós dois seremos generais do nosso exército. Não sabemos quantos anjos eles vão trazer, mas teremos que matar pelo menos 20 cada um para fazer diferença na batalha. Nós temos apenas 500 anjos qualificados para lutar e 200 curadores, totalizando 702, contando comigo e contigo. Então, não basta bater de frente; teremos que superar eles completamente.
Kazuhiko: — Ok... mas o que vamos fazer com os arcanjos? Eles com certeza vão ajudar o exército deles no ataque. Não podemos aguentar tanto assim.
Azazel: — Tem razão. Por isso, nós dois lidaremos com três arcanjos cada.
Kazuhiko: — Três?! Isso parece impossível... eu mal consegui vencer o Zadiel daquela vez...
Azazel: — Relaxa. Do jeito que o Rafael é, ele nem vai aparecer. Então tu vai ficar apenas com dois. E Miguel não entrará em confronto direto até o momento realmente crítico para eles, então ficamos com dois arcanjos para lidar no momento. Eu decidi pegar os mais problemáticos: Castiel e Jofiel. E tu fica com Uriel e Gabriel. Acha que consegue?
Kazuhiko: — Acho que sim. Bom... não temos mais tempo. Vamos!
Azazel: — Certo. Vamos para um deserto. Não quero nenhum acidente acontecendo, e lutar na cidade ia atrapalhar muito a nossa mobilidade. Caídos! Se juntem. Estamos partindo para a guerra.
Os Caídos logo formavam um círculo ao redor de Azazel e Kazuhiko. Azazel fechava os olhos e murmurava um feitiço de teletransporte avançado. Com apenas um clique, os 702 foram teletransportados para um deserto no Egito.
Azazel: — Hmmm... chegamos antes. Parece que eles não estão muito preocupados com a guerra que vai acontecer...
Azazel olhava para o céu enquanto Kazuhiko já sentia o calor sufocante do deserto.
Kazuhiko: — Por que tinha que ser justo no deserto?! Aqui está um calor dos infernos!
Azazel: — Fresco. A temperatura aqui para mim parece a Antártica comparado ao seu inferno aí.
Logo, um grande brilho saía do sol. Era possível ver muitos anjos descendo formalmente. Após o exército padrão dos anjos, desciam cinco figuras que pareciam humanos normais, com a pessoa do meio brilhando intensamente.
Azazel: — Bom... acho que me precipitei. Pelo menos Rafael não está lá, como previ.
Eles desciam pacificamente e se separavam, formando sua posição. Apenas Miguel permanecia no centro.
Miguel: — Vocês não têm noção do que estão fazendo, querido Azazel. Por que resolveu agir? Gabriel me disse que tu não seria um problema no futuro, mas parece que ele se enganou. E você... mero mortal. Você é a razão de tudo isso estar acontecendo. Ainda vou te dar a chance de se redimir. Era o que Zadiel faria. Se tu se render agora, todos que estão atrás de você serão absolvidos e não sofrerão nenhum castigo.
Kazuhiko: — ATÉ PARECE QUE VOU ME RENDER PARA UM CARA COMPLETAMENTE GENÉRICO! VOCÊS SÃO AS VERDADEIRAS MALDADES DESSA TERRA! VOCÊS MATARAM A MINHA AMIGA!
Miguel: — Eu, genérico? Olhe para si mesmo, humano. Você grita como se isso pudesse abalar minha compostura, mas tudo o que vejo é uma motivação falha e superficial. Vingança é o caminho dos fracos, daqueles que carecem de força mental. Um moleque como você jamais entenderia o significado de sacrifício por algo maior. Diferente de você, nós, anjos, daríamos nossas vidas sem hesitar pelo nosso amado Senhor.
Uma mera formiga como essa sua amiga não significa nada para nós. O que fizemos foi necessário para erradicar ameaças contra o equilíbrio. E, convenhamos, você também mata formigas sem pensar duas vezes, então não há diferença. Gabriel me alertou que você seria uma ameaça, mas eu duvido. Você é apenas um mortal que derrotou Zadiel por pura sorte, um acidente.
Kazuhiko: — Sacrifício? Não me faça rir, Miguel. Vocês chamam isso de sacrifício, mas tudo o que fazem é agir como marionetes cegas do seu "Senhor". Vocês não pensam, não sentem, não questionam. E ainda têm a audácia de dizer que isso é força? Parece mais covardia pra mim. Matar uma "formiga", como você chama, não exige coragem, só indiferença.
Você fala de "erradicar ameaças", mas olhe ao seu redor: quantas vidas vocês esmagaram em nome do equilíbrio? Quantas crianças, famílias e sonhos foram destruídos só porque o "Senhor" decidiu que eram inconvenientes? Parece que vocês não estão protegendo nada, só mantendo um trono vazio.
E quanto a Zadiel… sorte ou não, eu derrotei ele. E vou fazer o mesmo com você. Porque, ao contrário de você, eu luto por algo real, por pessoas que ainda têm coração. Você nunca entenderá isso, porque sacrificou a sua humanidade no momento em que decidiu que obedecer cegamente era mais fácil do que pensar.
Miguel: — É mesmo? não consigo discutir com um mero primata que pensa só na tua fêmea que morreu por causa da sua incopetência, mas eu aceito o seu desafio Kazuhiko, vamos ver quem estará certo no final das contas, isso é claro, se conseguir ao menos chegar perto de mim. Então vão meus queridos suditos! Vamos erradicar a existência que causou tanta morte e conflito de uma vez por todas, reencarnação de Kokuei!
Os anjos logo começavam a avançar, iniciando a guerra. Miguel subia ao céu e criava um trono de luz acima das nuvens, apenas observando. Azazel olhava rapidamente para Kazuhiko, indicando que ambos iriam para lados opostos para liderar suas unidades. Azazel iria para a esquerda, e Kazuhiko, para a direita. Eles corriam até a primeira linha de frente se chocar, causando um terremoto gigante.
Kazuhiko já se metamorfoseava rapidamente para Zadiel, mantendo apenas seu rosto. Ele começava a matar anjos na linha de frente até ser parado por Uriel, com sua grande foice em chamas.
Kazuhiko: — Anjo da morte, Uriel!
Uriel: — Eu vim ceifar sua impiedosa vida de uma vez por todas, PEDAÇO DE MERDA!!
Do outro lado, Azazel facilmente matava anjos enquanto liderava sua unidade, até ser parado por uma força bem mais poderosa que os anjos normais.
Azazel: — Ah não... já terei que enfrentá-lo... Castiel?!
Castiel: — HAHAHA! QUERO VER TENTAR, CHUPA-BOLAS DO LÚCIFER!
Voltando para Kazuhiko...
Eles trocavam golpes intensos, suas lâminas colidindo. Com uma batida decisiva, ambos se afastavam e se olhavam fixamente.
Uriel: — Hah... afinal, tu não é tão fraco assim, mortal. Mas, no fim das contas, um mortal sempre será apenas um mortal.
Uriel começava a soltar uma fumaça roxa, possivelmente venenosa. Seu corpo pegava fogo, e o calor fazia a areia ao redor derreter e virar lava. Sua foice se envolvia completamente em chamas, brilhando intensamente.
Uriel: — Vamos, mortal! VAMOS VER O QUANTO TU AGUENTA COM ESTE SEU CORPO MORTAL! CONTANTO QUE TU AINDA SEJA CAPAZ DE MORRER, EU IREI CEIFAR SUA VIDA DE BOSTA!!
Fim do Capítulo.
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