Em Algum Lugar da Terra - Covil dos Caídos 11:40AM
Kazuhiko e Azazel estavam juntos, discutindo a melhor estratégia para enfrentar os anjos.
Azazel: — Então, Kazuhiko, certo? Agora que formamos essa aliança que você tanto desejava, espero que você seja tão inteligente quanto diz e tão forte quanto ao menos um dos meus anjos. Na verdade, acho melhor provar isso agora. Não quero entrar em combate liderado por alguém que mal consegue se manter de pé contra um anjo.
Kazuhiko: — Olha, sei que está desconfiado, mas já matei um arcanjo sozinho. Não acho que preciso provar nada para você.
Azazel: — Hahaha! Muito bem, garoto... Mas matar Zadiel, não é? Ele não era fraco, mas era imprudente e autoconfiante. Nem usou todo o potencial dele contra você. Você só deu sorte porque ele perdeu a paciência.
Kazuhiko: — Não importa o motivo, eu o venci. Agora tenho sua força e habilidades. Posso garantir que não sou um peso morto. Se me passar informações sobre os Arcanjos, poderei me preparar melhor contra eles.
Azazel: — Hm... Certo. Mas, se quer liderar o plano de batalha, terá que lutar comigo. Dependendo do resultado, eu te mostro tudo o que sei. Faz tempo que não luto de verdade. Então, e aí?
Kazuhiko hesita, ouvindo a voz de Kokuei em sua mente.
Kokuei: ("Não temos tempo para isso... Mas Azazel é o Demônio das Batalhas. Ele nunca cederá nada sem um confronto.")
Kazuhiko: — Tsc... Certo. Vamos acelerar isso.
Azazel: — Perfeito. Vou te levar ao meu lugar favorito em todos os meus anos de existência.
Com um estalar de dedos, os dois foram teletransportados para uma arena colossal, coberta por trevas ao redor, iluminada apenas por um globo gigante flutuando no teto. Kazuhiko, surpreso, notou a estrutura.
Kazuhiko: — Isso... É incrível! Você fez tudo isso? E o que é aquele globo? Parece um olho...
Azazel: — Simples. Isso é o Olho do Conhecimento, deixado por nosso líder, Lúcifer, antes de partir para o Submundo. Ele contém informações sobre o universo fora do Submundo. Lúcifer sabia que nunca poderia sair de lá sem uma autorização divina.
Kazuhiko: — Então... Ele está nos observando agora?
Azazel: — Provavelmente. Só saiba de uma coisa: Lúcifer é infinitamente superior a qualquer um de nós do Reino Normal. Ele bate de frente até com os Serafins.
Kazuhiko: — Ele é tão forte assim?
Azazel: — Obviamente. Ele era o anjo mais bonito e com maior potencial entre eles, mas rejeitou os planos de Deus e causou uma guerra no Céu. Depois de sua queda, fomos condenados ao Submundo. Hoje, somos poucos do exército original.
Kazuhiko: — Isso muda agora. Eles acreditam que sou a reencarnação da maldade e planejam destruir tudo relacionado a mim. Mas não vou permitir isso. Não vou deixar esses miseráveis fazerem o que quiserem só porque são divinos!
Azazel: — Motivação interessante... Mas acabar com a hierarquia dos anjos por egoísmo? Se você falhar, será o culpado por tudo. É melhor pensar bem. Agora, se perder aqui, não terá mais direito de continuar com esse plano. Entendeu?
Kazuhiko: — Certo. Vamos logo com isso.
Kazuhiko se transforma no corpo de Zadiel, crescendo em tamanho e força. Sua espada divina surge, e ele cria um braço de luz para substituir o que lhe falta. Azazel apenas observa, intrigado.
Azazel: — Hmm... Gula, não é? Interessante. Nosso líder já falou sobre isso. é capaz de não só pegar a aparência, mas tudo que a alma daquele ser tinha, isso inclui poderes, características únicas, e até mesmo armas divinas, de fato...algo bem poderoso, esse pode ser o ápice da metamorfose. Mas tem algo evidente que é uma falha...
Azazel aponta um dedo, disparando uma rajada invisível que atinge um ponto vital no corpo transformado de Kazuhiko. Ele sente a pressão e cospe sangue.
Azazel: — Quanto maior o corpo, mais previsível você se torna. Não ache que isso vai te ajudar.
Kazuhiko: — Argh! Mas não pense que só isso vai me parar!
Kazuhiko avança a velocidades absurdas, mas Azazel, impassível, desvia facilmente e contra-ataca, afundando Kazuhiko no chão com um golpe, criando uma cratera grande, onde kazuhiko cospe mais sangue ao receber o impacto, dando para ouvir estralos de ossos se quebrando.
Azazel: — Rápido... Mas só ser veloz não basta. Confie em seus instintos. Para mim, lutar de olhos abertos ou fechados é o mesmo.
Kazuhiko se ergue, ignorando a dor no momento, ele limpava sua boca que tinha sangue e usava a sua velocidade para criar clones e cercar Azazel, aquecendo o ambiente com trilhas de fogo. Ele ergue uma barreira brilhante ao redor.
Kazuhiko: — Gaiola da Justiça!
Os 4 clones agora posicionados, atacam de todos os lados, enquanto a gaiola de luz que se formava rapidamente, usando os clones como pontos e enquanto os clones se aproximava, a gaioila iria se fechando. Azazel começa a rebater os golpes com facilidade, enquanto o terremoto dos socos aumentava constantemente, criando algumas rachaduras e pequenas fendas na arena.
Azazel: — Hmm... só porque criou mais de você... não significa que está me encurralando nessa gaiolinha. Tudo bem... vou começar a atacar também.
Azazel parava de apenas desviar e começava a revidar. Seus movimentos eram tão calculados e precisos que ele acompanhava cada clone de Kazuhiko, rebater por rebater, golpe por golpe, como se estivesse brincando.
Kazuhiko: — Droga! Por que não consigo te acertar?!
Azazel: — Tenho muito mais experiência que você, moleque... Não ache que vou deixar que me toque tão fácil assim.
Kazuhiko ficava ainda mais rápido, forçando seu limite. Ele criava ainda mais clones ao redor de Azazel, desferindo uma enxurrada de ataques com sua espada. Ele também começava a soltar rajadas de luz que vinham diretamente das barreiras da gaiola, tentando cobrir cada ponto cego. Porém, Azazel acompanhava tudo sem esforço, bloqueando golpes com precisão ou desviando com a elegância de um veterano.
Kokuei: (Kazuhiko! Só atacar o Azazel não vai ser suficiente! Você precisa ser criativo! Surpreenda-o com algo que ninguém tentaria!)
Kazuhiko: — Tsc!
Kazuhiko tentava de tudo: combinações, truques, até mesmo armadilhas improvisadas. Mas nada adiantava. A frustração começava a crescer. Ele sabia que, mesmo com toda a sua determinação, Azazel era absurdamente mais forte. A inveja queimava dentro dele, não porque queria ser melhor, mas porque odiava a impotência. Então, em um ato desesperado, ele saía da gaiola, a comprimia ao máximo e explodia em uma luz intensa e devastadora.
Após a poeira baixar, Azazel permanecia ali, intacto. Sua silhueta surgia no meio da destruição causada, com as roupas levemente sujas de poeira e um sorriso desdenhoso no rosto, ele limpava sua jaqueta enquanto olhava os escombros ao teu redor.
Azazel: — Hmm, legal... Acho que isso significa que é a minha vez, certo? Agora vou usar metade da minha força nesse próximo soco... só metade.
Kokuei: (Kazuhiko! Não foque nele! Foque apenas no seu instinto! Como ele mesmo disse, velocidade não importa se seu instinto for certeiro! Confie em si mesmo!)
Kazuhiko: — Certo...!
Kazuhiko respirava profundamente, enchendo os pulmões ao máximo. Ele fechava os olhos, tentando bloquear o medo e se conectar com o ambiente. Era como se o mundo ao redor desaparecesse, deixando apenas as vibrações do ar, o som quase imperceptível das moléculas se movendo, e o pulsar da terra sob seus pés.
Kazuhiko: — Venha, também irei usar só a metade da minha força.
Azazel franzia o cenho. Ele odiava a ousadia daquele garoto. Usar as palavras dele contra ele era quase um insulto. Mas então, ele ria, apreciando o desafio.
Azazel: — Humano insolente... Vou mostrar que não se brinca comigo, Azazel, o demônio das batalhas!
De repente, Azazel desaparecia em uma explosão de velocidade, tão rápida que seu corpo parecia ter deixado de existir naquele tempo. Ele poderia atacar de qualquer direção. A pressão do ar ao redor de Kazuhiko aumentava, e o jovem sentia cada molécula dançar no caos. Então, ele sentia. Uma leve distorção. O fluxo do ar mudava. Os átomos ao seu redor se reorganizavam. Azazel estava vindo.
Kokuei: (DOMINE A VELOCIDADE, KAZUHIKO! REDIRECIONE ELA CONTRA ELE!)
Em um piscar de olhos, Azazel reaparecia ao lado de Kazuhiko, desferindo um soco tão rápido e potente que quebrava a barreira do ar, deixando uma trilha de destruição molecular. No entanto, Kazuhiko, com os olhos ainda fechados, sentia o momento exato. O tempo parecia congelar. Movimentos extras eram desnecessários. Ele redirecionava o golpe com a palma da mão, queimada e rasgada no processo. A força era tão brutal que a onda de choque destruía tudo ao redor, onde a onda do choque iria até a direção do ocenao, partindo o mesmo ao meio e criando um abismo no mar.
O Olho do Conhecimento em um momento raro, virava-se a pupila na direção para a batalha que estava ocorrendo, parecendo interessado, a pupila se dilatava.
Ambos não perceberiam aquilo, já que Kazuhiko não parava. Aproveitando a guarda aberta de Azazel, ele retribuía com um soco no mesmo nível de força graças ao pecado da inveja, direto no queixo do demônio. Azazel tentava bloquear instintivamente, mas o impacto era inevitável, ele mal conseguia colocar seus braços na frente para bloquear adequadamente. O golpe era tão poderoso que o topo da arena e todo o covil desapareciam. Azazel era arremessado para fora da atmosfera terrestre, voando tão rápido que parecia uma estrela cadente invertida.
Quando Azazel finalmente parava no vazio do espaço, ele olhava para seus braços destruídos. Ossos expostos, carne despedaçada, e apenas fragmentos de pele segurando tudo no lugar.
Azazel: — Caralho... Esse garoto... é realmente alguma coisa!
Com um piscar de olhos, Azazel se teletransportava de volta para a arena, agora completamente destruída. Ele olhava para Kazuhiko, que mal conseguia se levantar, com o braço pendendo inutilmente ao lado do corpo.
Kazuhiko: (Droga... Não tenho mais energia... Meu braço está acabado... Se ele continuar, é o meu fim... Mas não posso desistir!)
Kazuhiko, tremendo, assumia novamente sua posição de luta. Azazel, ao ver isso, soltava uma gargalhada, cheia de respeito e diversão.
Azazel: — Haha! Parece que você é realmente algo especial... Tudo bem. Você passou.
Kazuhiko: — Ahn...?
Azazel: — Você seria um ótimo rival! E mostrou ter potencial para liderar na batalha. Considere-se aprovado.
Kazuhiko: — Mas... nenhum de nós caiu!
Azazel: — Verdade... Mas estamos aqui para testar sua força, não lutar até a morte. Haha!
Kazuhiko: (Mas você tentou me matar!)
Azazel: — E percebi que você não tem algo essencial: energia e regeneração avançada. É por isso que será nosso canhão de vidro!
Os braços de Azazel se regeneravam em segundos, como se nunca tivessem sido destruídos.
Kazuhiko: — Isso... não é justo... E eu não gosto da ideia de ser um canhão de vidro...
Azazel: — Haha! Não se preocupe! Você só vai lidar com os "peixes grandes". Minha equipe cuidará das suas feridas. Mas devo admitir... você realmente me fez suar naquele soco. Gostei de ver!
Azazel dava uma forte palmada nas costas de Kazuhiko, quase derrubando-o, e logo voava para longe.
Azazel: — Ops... Me empolguei. Caídos! Venham cuidar deste infeliz.
Kazuhiko: — Eu... te odeio...
Fim do Capítulo.