"Um futuro?" Lucian repetiu, um sorriso amargo puxando seus lábios. "E como você acha que esse futuro deveria ser? Filhos? Um lar?" Ele deu de ombros, sacudindo a cabeça. "Com alguém como você? Você destruiria—"
"Você acha que eu também destruiria uma criança?" Cíntia interrompeu, com uma voz surpreendentemente aguda, como se estivesse perdendo o controle de si mesma, o que era atípico para ela. "Odeie-me se você precisar. Mas e quanto à criança nascida de você? Você desprezaria seu próprio sangue porque sou sua mãe?"
A expressão de Lucian escureceu. Ele se virou completamente em direção a ela, seu olhar se fixando no dela. Por um longo momento, nenhum dos dois falou. A pergunta de Cíntia pairava entre eles como uma sombra viva movendo-se pelo ar.
"Não distorça as minhas palavras," ele disse, finalmente.
"Não estou," ela respondeu, soltando a mão dele e deixando-a cair entre eles. "Eu só quero saber… se você sequer consideraria. Ou se vai continuar fingindo que eu não existo."