Lyla [Aviso 18+ e cena explícita]
Não conseguia esquecer o sorriso satisfeito no rosto dos meus pais e irmã. Clarissa quando os Guerreiros da Matilha Lua Branca me levaram embora.
Eles estavam felizes que eu finalmente iria desaparecer.
Suspirei quando o veículo parou na entrada da Região das Montanhas Brancas. Já tinha ouvido falar sobre seu esplendor e beleza—A região é composta por quatro grandes Matilhas Lycan. A Matilha Lua Branca, que era a matilha de Ramsey, a Matilha do Lago Branco, a Alcateia da Colina Branca e a Alcateia da Nuvem Branca. Era o lar de 1% dos Lycans do mundo.
Dirigimos por um tempo até chegarmos à Matilha Lua Branca.
Saí do carro com o coração batendo forte contra minhas costelas enquanto olhava para a Packhouse. Os portões imponentes e a Packhouse altaneira me fizeram sentir como se tivesse entrado em um romance de fantasia, mas então percebi... Se me trouxeram aqui, só poderia significar uma coisa...
Eu ia ser punida.
Essa era a única explicação.
O Líder Lycan queria me punir pelo que acontecera no baile de gala e por não me cuidar durante meu cio. Meu corpo ainda doía da surra que levei dos meus pais na noite passada—e orei à Lua para que minha punição fosse algo que eu pudesse suportar.
Depois disso, nunca mais vou colocar os pés neste mundo novamente.
Os guerreiros me conduziram para dentro com pouca cerimônia, suas expressões ilegíveis enquanto me guiavam pelo imponente corredor da Packhouse.
Tudo era impecável e luxuoso, desde os tetos altos até os lustres incrustados de diamantes e as paredes adornadas com retratos de antigos Líderes Lycan. Eu me sentia completamente deslocada, como uma mancha em uma tela perfeita.
Eles me levaram para um quarto onde um homem grisalho estava esperando. Ele acenou para os guerreiros que me soltaram e foram embora, deixando-nos a sós.
— Bom dia, senhor! — cumprimentei, engolindo em seco. Talvez demonstrar respeito reduza minha punição.
— Meu nome é Seth e sou o Mordomo da Matilha — o homem disse sem rodeios ou reconhecer minha saudação. Ele nem sequer agia como se meu cheiro o incomodasse. Sua face era impassível.
— Fique neste quarto até eu vir com instruções adicionais — continuou. — Você pode passear pelo jardim atrás do seu quarto, se desejar, mas não mais do que isso. Não tem permissão para acessar qualquer outra parte da Packhouse até que eu diga. As refeições são pontuais aqui: o café da manhã chegará em breve às 10h, o almoço às 14h e o jantar às 19h. Vou enviar um Ômega até você durante os horários de banho, então, por favor, coopere e lembre-se, não fique vagando pela Packhouse e permaneça no espaço delimitado para você. Aproveite sua estadia. — Ele me deu uma breve reverência e saiu antes que eu pudesse fazer perguntas.
Fiquei olhando-o partir, perguntando-me por que estava ali.
Esperava ser jogada numa masmorra ou algo pior. Por que me colocaram num quarto?
Era esta a tentativa do Líder Lycan de me punir mostrando que a vida poderia ser boa antes que eu fosse enviada para a masmorra?
Caminhei pelo meu quarto, tentando imaginar todos os cenários mais terríveis que podia pensar, e era pior porque também não trouxe meu celular.
Incapaz de suportar mais a tensão e precisando escapar da atmosfera sufocante, vagava pelo jardim atrás do meu quarto.
Encontrei-me em um vasto jardim lindamente mantido, com um labirinto de sebes cuidadosamente aparadas, flores vibrantes e árvores.
Em pouco tempo, senti minha ansiedade diminuir.
Tentei me concentrar na brisa suave e no som dos pássaros, mas não adiantou. Meu cio estava aumentando… pela plenitude da lua que vi na noite passada. Eu sabia que hoje seria meu ápice. Acomodei-me em um banco do jardim, ofegante.
— Controle-se! — murmurei, tentando me acalmar.
O desejo entre minhas coxas crescia a cada segundo. Meu corpo pulsava de necessidade e cada sopro do vento contra minha pele parecia uma provocação. Meus dedos deslizaram até a bainha do meu vestido, hesitantes subindo mais.
Mordendo os lábios, hesitei, sentindo-me envergonhada pelo que estava prestes a fazer, mas a necessidade era forte demais. Tremendo, deixei minha mão tocar meu centro encharcado, meus dedos escorregando por entre minhas dobras cintilantes.
Apoiei minhas costas no banco do jardim, os olhos se fechando enquanto o calor fluía em mim ao primeiro toque. Minha respiração engasgou na garganta e um gemido baixo e satisfatório escapou de mim.
Afastei mais as pernas, trazendo à mente a imagem do Alfa Ramsey da noite passada. Passei um dedo para cima e para baixo em minha fenda molhada… sentindo-me mais desesperada, mais frenética… Imaginei o hálito de Ramsey no meu rosto, seus lábios nos meus, e me sacudi, gemendo ao sentir outra onda de desejo passar por mim.
Me esfreguei, tentando ser silenciosa enquanto gemidos suaves escapavam dos meus lábios, meus quadris movendo-se involuntariamente ao ritmo de meu toque. Não era suficiente, no entanto… por mais que tentasse, não era o bastante para saciar a ardente necessidade que sentia.
Meu cio exigia mais, ansiava por mais… mas depois de hoje… tudo acabaria e teria de esperar até o próximo mês.
Minha mão moveu-se para meus mamilos túmidos, alisando e brincando com eles enquanto minha outra mão se concentrava na poça abaixo, mas justo quando estava à beira, um rustle de movimento chamou minha atenção.
Meus olhos se arregalaram, e congelei, mortificada, meu coração falhando uma batida.
Alfa Ramsey estava ali, me observando, seus olhos âmbar escurecidos por uma intensidade que me enviou arrepios pela coluna. Era uma mistura de raiva, desejo e algo mais sombrio que fez meu coração acelerar.
— Ramsey–Alfa Ramsey — crocitei, puxando minha mão, me sentindo envergonhada e perturbada enquanto tentava me recompor, mas o olhar em seus olhos me disse que era tarde demais -ele tinha visto tudo.
— O-O que está fazendo aqui? — gaguejei, levantando-me. — Não deveria estar aqui.
— Esta é minha casa—meu jardim—minha matilha. É você quem não deveria estar aqui — retorquiu, e em alguns passos longos, ele estava à minha frente, seus olhos âmbar em chamas.
Antes que pudesse pronunciar outra palavra, as mãos de Ramsey estavam em mim, puxando-me para perto com uma força que me fez ofegar. Seus lábios encontraram os meus em um beijo fervoroso e desesperado, como se estivesse tentando devorar toda a contenção que havia mantido.
Respondi instintivamente, derretendo-me nele, minhas mãos se enredando em seu cabelo, enquanto ele pressionava minhas costas contra uma árvore, devorando minha boca com uma fome que correspondia à minha.
Descartamos apressadamente nossas roupas, rasgando-as em nosso frenesi para sentir a pele um do outro. O toque de Ramsey era áspero e possessivo, e eu o recebi.
Suas mãos vaguearam por meu corpo, explorando cada curva, cada reentrância como se estivesse tentando me memorizar. Gemia de prazer quando sua boca desceu pelo meu pescoço, seus dentes roçando minha pele sensível, enviando-me uma saraivada de prazer.
Ele me empurrou para o banco e sentou-se ao meu lado. Perguntei-me como poderíamos caber no estreito banco.
Meu corpo tremeu quando sua língua percorreu meus mamilos túmidos. Gemido, segurando sua cabeça ali, gemendo seu nome.
Seus dedos deslizaram por debaixo do meu vestido, encontrando seu caminho até meu centro encharcado. Assim que ele me tocou… Eu me esfreguei contra ele, convulsionando sobre suas mãos.
— Minha! — ele rosnou contra minha pele e veio para se firmar entre minhas pernas.
Seus olhos tinham escurecido… seu Lycan estava me compartilhando assim como ele.
Era uma necessidade crua e primal, e enviou arrepios pela minha coluna. Envolvi minhas pernas ao redor de sua cintura, puxando-o para mais perto, e ele não hesitou. Ele entrou na sua segunda tentativa.
Inclinei-me para trás, rangendo os dentes enquanto um momento de dor percorreu meu corpo e então, em um movimento rápido, ele me preencheu.
Gritei enquanto nossos corpos se moviam juntos em um ritmo frenético, minhas unhas cravando-se em seus ombros enquanto ele se movia dentro de mim. Cada estocada acendia o fogo que ardia em mim há tanto tempo.
Agarrei-me a ele, perdida na sensação de ele me reivindicar da maneira mais primitiva e perversamente impiedosa que poderia imaginar bem no banco do jardim.
Nunca havia sentido algo assim—tão intenso, tão apaixonante. Nos encaixávamos perfeitamente como se fôssemos feitos um para o outro.
Então ele ergueu a cabeça para o céu, suas pálpebras meio fechadas enquanto tremia e rosnava …
— COMPANHEIRO!!!
Seus caninos se projetaram e, em um frenesi, ele se inclinou contra mim e cravou seus dentes ao lado do meu pescoço.
A dor enviou um choque através de mim, misturado ao prazer dele me penetrando abaixo.
Eu gemi enquanto meu corpo convulsionava de prazer… senti ele também parar, sua respiração quente contra meu ouvido, seus dentes ainda cravados em meu pescoço… eu não conseguia… nós não conseguíamos mais aguentar…
Nós nos deixamos ir.