"Maldito inferno!" Gritei jogando o pincel para esquerda da mesa, manchando ela de tinta negra, mas não me importei, isso é irritante.
Pela décima segunda vez, acabei falhando em criar um Shikigami, na verdade, falhei na tarefa de escrever o encantamento no papel cortado numa pequena tira na forma típica dos talismãs, usando um pincel antigo. Caligrafia nunca foi algo que tive muita habilidade, requer muita coordenação e paciência, só tenho uma dessas coisas, mas fazer o que, é preciso escrever no maldito papel o encantamento sem sentido.
Os encantamentos são do mesmo tipo que as Técnicas Inatas precisam para serem usadas, ser um Feiticeiro habilidoso, significa reduzir o tempo de uso das Técnicas, mas o engraçado, é que após dominar uma Técnica a podendo utilizar sem encantamentos ou gestões de mãos, você ganha um aumento de poder se utilizar essas duas coisas, como fiz na minha luta contra a Maldição que devorou o dedo.
De qualquer forma, tenho que escrever perfeitamente essas frases sem sentido num pequeno papel, a tinta, vai servir para guiar minha Energia Amaldiçoada pelo papel, conseguindo assim o efeito de criação. O que estou fazendo é literalmente amaldiçoar um papel, pelo menos é isso que dizem os livros.
Até agora nunca tentei criar um Shikigami, mas após dar de cara mais uma vez na minha pesquisa sobre a Expansão, precisava de mais alguma coisa para limpar a mente, um novo projeto, esperando assim conseguir mais uma revelação num projeto antigo, como aconteceu na luta anterior.
Depois de duas semanas sem pesquisar a Expansão, e finalmente encontrei algo para fazer.
Peguei o maldito pincel de novo e o levei até o pote de tinta enquanto fazia uma bola com o papel que errei para o jogar no chão, depois, segurando o pincel com delicadeza usando minha mão para agarrar meu pulso, ganhando assim um pouco mais de estabilidade, guiei o pincel até o papel em branco já preparado.
Da forma mais fluida que consegui, escreve as palavras, não ligando que algumas delas ficaram um pouco mais fracas em cor, mas tudo bem, o importante é escrever tudo, e dessa vez consegui, é um trabalho bem porco comparado aos exemplos dos livros, mas consegui.
Shikigamis são interessantes, mas quando você pode correr tão rápido quanto um carro popular e quebrar paredes com os punhos, meio que eles perdem o sentido a não ser é claro, para espionagem, acho que é por isso que muitos Feiticeiros não os usam, semelhante às barreiras, tem que haver um certo talento para conseguir fazer a coisa funcionar, se não é trabalhoso.
Aprender essa técnica tem suas vantagens e desvantagens, por exemplo, você não sabe que tipo de Shikigami vai ganhar, e uma vez destruído, esse é seu fim, mas tudo bem, você pode criar quantos quiser se tiver materiais e paciência para isso. O engraçado, é que um Shikigami, não é nada mais do que um Espírito Amaldiçoado criado a partir da energia do usuário que está sobre seu controle, então, estou criando uma Maldição.
Fiz mais dois talismãs de papel depois do primeiro demorando mais meia hora, caso não consiga realizar a técnica, vou ter mais duas tentativas antes de voltar para essa maldita mesa. Estou animado para tentar, quero ver o que vai sair desse maldito papel, mas não posso fazer isso na biblioteca, vai que tudo exploda na minha cara.
Levantei-me da cadeira movendo seus membros cansados, fiquei sentado por duas horas só para desenhar isso. Ando calmamente pela biblioteca vazia passando pela mesa do Yuta, que no momento está treinando junto do Panda, já que meus outros dois colegas estão em missões no momento, a primeira vez desde que sai na minha, ainda vai demorar um pouco para eu ter missões, ainda bem, parece que eu atraio problemas, isso meio que virou conhecimento público agora.
No momento em que abri a porta para fora da biblioteca, dou de cara com o meu torturador pessoal.
"Yama-chan!" Gojo-sensei, gritou animado com as duas mãos acima da cabeça, fingindo estar em êxtase.
"Quando é a sua próxima missão?" Não pude deixar de perguntar.
Ele voltou faz só alguns dias, bronzeado e cheio de sacolas, vestido com roupas floridas e bermuda, roupas de praia. Como todo mundo pensou que ele iria fazer, Gojo-sensei tirou um tempo de férias após realizar sua missão a custas do governo de outro país que pagou sem dizer uma palavra, afinal, ele é o Honrado. Só que ele voltou quase no momento que estávamos começando a sentir falta dele. Dois minutos depois de sua volta, essa sensação desapareceu completamente, agora estamos todos rezando para ele sair de férias mais uma vez.
"Você acredita que os idiotas tentaram me mandar para a Rússia? Não gosto de frio." Ele falou balançando a cabeça.
Ele é um idiota, mas não tão idiota. Claro, que o Gojo-sensei, não escolhe apenas as missões fora do país que tem lugares agradáveis, se ele não foi, quer dizer que o problema pode ser cuidada pela Rússia sozinha, é também de conhecimento comum que muitas dessas missões onde outras organizações pedem ajuda são mentira, uma tentativa de atrair o Mais Forte e o seduzir, visando o fazer mudar de país.
"Oh, Yama-chan, você está prestes a fazer seu primeiro Shikigami?" Ele perguntou, olhando para os talismãs de papel na minha mão.
"Dei um tempo no que estou estudando, mudei um pouco para variar, alguma recomendação?"
"Vai saber, nunca fiz um." Ele falou isso com aquela mesma cara de idiota que me deixa furioso.
Como falei, não é surpreendente, muitos não ligam mesmo para os Shikigamis.
"Mesmo assim, você já deve ter lido algo."
"Verdade, mas não é algo muito complexo, ou você consegui, ou não, depende muito da habilidade pessoal e o talento, vai ser difícil para você."
"Eu sei, meu controle é uma porcaria."
"Isso é verdade, mas não só por isso, você esqueceu da característica da sua Energia Amaldiçoada."
Sim, eu tinha esquecido.
"Droga!" Xinguei como o diretor dessa escola.
Normalmente, minha Característica é uma grande vantagem sobre todo mundo, cada soco meu suprime a resistência daquele atingido, aumentando assim o dano causado, mas isso não é tanto quanto minhas técnicas fazem, e como o meu controle é fraco, não tão efetivo. Essa é a vantagem, a desvantagem está na própria natureza da vantagem, não posso usar Equipamentos Amaldiçoados por que eles são enfraquecidos e se quebram quando recebem minha Energia Amaldiçoada para trabalhar, e o mesmo deve acontecer com esse papel.
Assim que eu passar minha energia pelo Talismã, ele vai se rasgar mais rápido do que um Equipamento é destruído, isso é certeza, então, a dificuldade agora não é só o controle, e sim a contensão do meu poder, algo tão natural quanto respirar para mim.
"Acho que vou deixar isso para mais tarde então." Suspirei, quase guardando os talismãs no meu bolso.
"Não, não, não, acho que você tem que tentar isso imediatamente."
"Você não acabou de dizer isso tudo?"
"Sim, mas é um bom treinamento, e se você conseguir, vai ajudar muito no seu principal problema e ambição."
Gojo-sensei, sabe muito bem que estou tentando conseguir a Expansão, ele já até me ajudou um pouco me guiando na direção correta, guiando, mas nunca apontando o caminho, de acordo ele, tem partes na Expansão que são muito pessoais e não podem ser ensinadas facilmente, no início, não entende, até entender, e ele está certo, tudo que uma pessoa de fora pode ajudar nessa tarefa e na parte das Barreiras, no que sou ótimo, diga-se de passagem.
"Tudo bem, mas acho que não vou conseguir muito só com três tentativas." Suspirei, mostrando meus papéis para ele.
"Quem sabe você tem sorte." Riu Gojo-sensei, me dando passagem para sair da biblioteca para em seguida andar do meu lado pelos corredores vazios.
Fomos para a parte de trás da biblioteca, onde havia um terreno só com grama-baixa e muito espaço livre, um bom lugar para treinar como qualquer outro. Gojo-sensei, ficou encostado na parede do prédio com os braços cruzados na sombra enquanto eu fiquei mais à frente, segurando o Talismã de papel com uma só mão na frente do meu rosto.
Lentamente e com muito cuidado, deixei a energia correr pelo meu corpo o alimentando, o frio um pouco confortável da energia amaldiçoada desceu pelos meus braços até meus dedos lentamente indo até o papel, a energia saio pelos meus dedos envolvendo o papel em algo que se parece chamas sem cor, tremulando ao vento. Guiei com o máximo de cuidado possível ela pelos caminhos da minha escrita, um segundo depois, o papel se rasgou em vários pequenos pedaços ao ser atingido pela força do vento.
Uma falha completa.
Na verdade, foi pior que isso, o maldito papel não aguentou nem mesmo o início.
Peguei o segundo Talismã que criei e tentei de novo, dessa vez, com mais cuidado ainda quase não usando Energia, só metade do que usei na primeira tentativa, o já não era muito. O mesmo aconteceu, o papel não durou nem mesmo um segundo.
"Isso vai demorar alguns meses." Suspirei olhando para Gojo-sensei, e mesmo com seus olhos cobertos e um rosto sério, sei muito bem que ele está achando isso muito engraçado.
"Alguma dica?" Gritei perguntando.
"Você está indo bem assim!" Ele gritou de volta fazendo um sinal de positivo com a mão.
Ele com certeza, é o professor mais inútil e útil que uma pessoa pode ter na vida.
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"Como é bom comer algo que não faz bem!" Falei feliz após dar mais uma mordida no meu hambúrguer e tomar um gole do meu milkshake de morango.
"Temos que levar um pouco para o Yuta-kun, estou me sentindo mal por deixar ele para trás." Comentou Panda, também comendo, mas ele está devorando hambúrgueres com apenas uma mordida chamando muito atenção para ele.
O engraçado, é que ninguém na rua ou dentro dessa lanchonete falou nada sobre sua aparência peculiar, um panda falante andando de duas pernas não chama muita atenção nas ruas do Japão, na verdade, ele nem entrou no top dez das coisas mais estranhas que encontramos na rua até aqui, claro que todo mundo pensa que ele está usando uma fantasia, mesmo assim, é um pouco surpreendente.
"Não vamos levar nada para ele se você continuar comendo assim!" Gritou Maki-san, a responsável pela escolha da lanchonete.
Diferente das franquias mais conhecidas, ela nos trouxe para um lugar longe com cara bastante acidental, uma lanchonete temática com decoração dos anos oitenta que serve o real hambúrguer e batatas fritas cheios de gordura, o bastante para dar um ataque cardíaco se não fossemos sobre-humanos.
Comer assim não é saudável, mas toda a comida servida no refeitório da escola, mesmo sendo cozinhadas pelos melhores cozinheiros, tem um repertório bastante simples e saudável, nunca variando muito, isso é quase morte para um adolescente.
"Salmão." Comentou Toge-san, comendo com modos suas batatas fritas, diferente de todos os outros.
"Sim, não me senti bem de deixar ele para trás daquela forma, você viu como ele olhou para nós?" Perguntei, ainda comendo.
"Parecia até um cachorro perdido."
Nos fugimos.
Estamos sem missões já faz duas semanas, e então percebemos que nunca saímos juntos como colegas ou amigos, sempre saímos da nossa prisão separados, missões em grupo são raras, então, fugimos.
Dizer que fugirmos também é um pouco de exagerado, não há grades nos contendo na escola ou qualquer tipo de segurança protegendo os portões, o único motivo do que por que ninguém sair todo dia para comprar algo ou apenas passear e o isolamento, a montanha onde a escola se encontrar é muito longe de tudo, uma hora de carro até a cidade mais próxima, uma cidade pequena e rural, duas horas para a civilização, dobre esse tempo se formos usar o transporte público, e não tínhamos carros, e também não podemos correr como doidos por horas sem parar.
Então, como chegamos aqui?
Simples, o Panda, do nada, comentou que sabia dirigir, roubamos a van vinte minutos depois dessa revelação e aqui estamos.
"Yuta-san, sabia muito bem do perigo que era ir para cidade, ele queria muito vir, deu para perceber, mas parte de mim está feliz, já falei, o menino é como uma bomba nuclear ambulante, me deixa mais calmo saber que ele tem tanto controle, oitenta por cento dos adolescentes do mundo inteiro não conseguiriam agir assim."
Meus amigos concordaram, balançando a cabeça.
"Então, vai ficar tudo bem, vamos levar um grande pedido para viagem, isso se o Panda, não comer toda a comida do restaurante." Brinquei.
"Eu não sou gordo!" Protestou o urso gigante preto e branco depois de devorar um quilo de batatas fritas.
O apetite de um Feiticeiro é grande, mas o Panda, está em outro nível.
"Vocês gostariam de pedir mais alguma coisa?" Perguntou uma garçonete educadamente vestida de branco com o cabelo preso num penteado bem típico dos anos oitenta, brega, mas interessante.
"Eu quero mais um hambúrguer e batatas fritas." Pediu Panda.
"O mesmo." Maki-san, falou e o Toge-san, levantou o braço também.
"Eu também vou querer, mas agora tenho que ir ao banheiro." Falei me levantando e passando pelo lado da mesa ficando do lado da garçonete.
Mais ágil que uma cobra, move minha mão atingindo com os dedos o corpo da pequena Maldição que parecia um pequeno macaco preso ao redor do pescoço dela o explodindo.
"Você tinha algo no ombro." Falei para ela fingindo tirar esse algo do seu ombro.
"Obrigado." Ela agradeceu sorrindo.
Passei por ela e andei até o banheiro.
Pequenas maldições como aquela estão em todo lugar, assim como as de Grau Quatro, voando como enxames para lá e para cá, mas aquelas do tipo parasita, que estava no ombro da garota, são as que mais me irritam.
Elas não matam seus alvos, em vez disso, os atormentam mentalmente, causando depressão, medo e outros tipos de doenças mentais, se alimentando da angústia do alvo e se fortalecendo ao ponto de mudar seu Grau, e assim, devorar seu alvo, mas isso demora muito, muito tempo, uma pessoa não tem o bastante para alimentar tanto Maldições como essa, por isso os Feiticeiros não fazem muita questão de os caçar mais ativamente.
"É realmente um mundo sujo." Falei sozinho entrando pela porta do banheiro.
Ficando tanto tempo na escola protegida por uma barreira e quase não saindo no mundo normal sem ser rapidamente após missões, você meio que esquece quantas Maldições de Grau inferior estão soltas por aí, é quase como as formigas ou pequenos animais no meio da cidade, você não pensa nisso depois de se acostumar, só olha para eles e continua seu caminho.
Acabei o que tinha que fazer no banheiro e estava fazendo o cominho de volta para minha mesa após lavar as mãos, um cara do meu lado não fez isso, quase o matei.
Em vez de encontrar os novos pedidos na mesa, ganhei novos convidados, dois deles, um homem e uma mulher, conheço a mulher, tive uma má experiência com ela antes, e pelo rosto dos meus amigos sentados, ela continua desagradável como sempre.
Lentamente, sem fazer barulho apagando minha presença, fiquei atrás dos dois, querendo os pegar no susto.
"De todos os restaurantes desse país, quais são as chances?" Perguntei, vendo o sucesso na minha ação, os dois ficaram tensos e se viraram bruscamente para mim.
"Você de novo!" Gritou Mai, irmã gêmia e muito mais chata da Maki-san.
Ela está acompanhada por um homem dessa vez, um homem perigoso e bem treinado, ele se recuperou do susto rapidamente e ergueu sua guarda, mas sem dar sinal disso.
"Sim, eu, agora, minha pergunta, quais as chances? Ou será que a escola de Quioto, gosta de perseguir os alunos de Tóquio quando eles saem para missões?"
É uma distância considerável entre as duas cidades, só que sendo as principais cidades do Jujutsu, seu território envolve muitas outras cidades entre elas, por isso mesmo estando distantes, ainda há uma certa interação entre as duas escolas na fronteira.
"Desgraçado, são vocês que estão na minha lanchonete favorita!" Gritou Mai.
Olhei para Maki-san, que balançou a cabeça concordando.
"Nós descobrimos esse lugar juntas alguns anos atrás."
"Descobrimos, mas ele é meu restaurante favorito!" Gritou Mai, ainda mais brava e intensa, deixando bem claro a palavra "meu" na sua frase.
"Mai-san, por favor." Pediu e ordenou no mesmo tom o homem do lado dela.
O homem está usando o mesmo uniforme que nos, preto com detalhes brancos, mas o dele, assim como o do Toge-san, foi alterado, os braços são longos e soltos no fim chegando até o pulso, fios douradas foram costurados ao redor do fim dos braços e botões foram postos na esquerda do tronco, era formal, quase um quimono usado pelos sacerdotes num templo. Quanto a aparência dele, era jovem de longos cabelos negros na altura do queixo soltos na parte de trás e presos em duas tranças feitas com pano branco a esquerda e direita do seu rosto, o estranho é que ele estava com os olhos quase que completamente fechados.
"Meu nome é Noritoshi Kamô, é uma honra conhecer um descendente direto dos lendários Fujiwara." Formal e muito bem-educado, nobre, foi sua apresentação para mim com a cabeça baixa.
Não querendo ser mal-educado com essa saudação educada, também abaixei a cabeça.
O Clã Kamô é uma das famílias mais poderosas do Jujutsu, e também a mais conservadora com seu sangue, para eles, descendência é tudo, e assim como o Clã Gojo, eles também tem sua Técnica Herdada, a Manipulação de Sangue, e pelo que sei, a alguém nessa geração que também herdou essa Técnica, o homem na minha frente.
"Fiquei curioso sobre o homem que estava causando tantos boatos, é minha sorte o conhecer aqui hoje."
"Boatos, garanto que metade deles são besteiras." Falei com um sorriso educado.
"Oh, então você não matou uma Maldição de Grau Um no momento que despertou sua Técnica Inata?"
"Isso é verdade."
"E você não é o discípulo direto do Honrado?"
"Isso é mentira."
Kamô-san, virou sua cabeça levemente para esquerda, não acreditando em mim.
"Todo mundo sabe disso, pare de fingir!" Gritou Mai.
"Não estou. O Gojo-sensei, nunca falou em voz alta que ele é meu mestre direto, é verdade que treinamos muito juntos, mas ele é um professor da nossa escola, então tecnicamente, ele está apenas fazendo sua função." Dei minha desculpa até que verdadeira.
"Quanta besteira." Mai e Kamô-san, não acreditaram.
"A mais boatos, o último agora, é que você lutou e ganhou contra uma Maldição de Grau Especial, e está a um passo de se tornar o mesmo."
Essa é o nova.
"Era uma Maldição Quase-Grau Especial, e estou muito longe do Gojo-sensei, para ganhar uma promoção dessas."
Kamô-san, abriu um sorriso no canto da boca.
"Por favor, não compare os outros Graus Especiais com o Honrado, a diferença é enorme, se existisse outro Grau acima do Especial, seria onde ele estaria agora."
Bem, nunca tive ninguém com quem comparar o Gojo-sensei, então minha percepção do Grau Especial pode provavelmente estar muito, muito acima do esperado.
"De qualquer forma, continuo longe disso." Falei para ele balançando minha mão em negação, mas percebe que Mai e o Kamô-san, não acreditaram completamente nisso também, não posso fazer nada sobre isso, os rumores cresceram de forma completamente anormal.
"Por que vocês dois não se sentam com a gente, adoraria ouvir as histórias embaraçosas da Maki-san, quando criança." Panda, entra na conversa trazendo um pouco de humor.
"Não!" "Não!"
Gritaram as duas irmãs juntas, e sua voz, mesmo que em tons diferentes, eram muito semelhantes, quase iguais.
"Não queremos perturbar mais ainda usa refeição, vamos voltar outra hora."
"Mas…!" Mai, tentou falar nada, mas só bastou um olhar do Kamô-san, para ela calar a boca.
"Eu tenho mais uma pergunta para fazer, se você não se importar em responder." Da mesma forma educada, ele fez o pedido.
"Pode falar."
"É sobre a ameaça de Grau Especial, Yuta Okkotsu, é verdade que você e o Honrado, ficaram contra a decisão dos líderes sobre sua execução?"
Sim, percebe agora, esse cara é aquele tipo de cara, o que sempre segue as decisões do que estão acima sem hesitar em nenhum momento, isso explica sua postura e educação.
"Gojo-sensei, realmente foi contra a decisão dos Velhos Idiotas, eu não tinha poder nenhum naquela reunião."
Quando falei as palavras, Velhos e Idiotas, pude ver uma reação mais grave, seus músculos da face se contraindo, foi um teste meu provando meu pensamento anterior, e mesmo bravo, ele não perdeu o controle.
"E de que lado você ficaria se a decisão fosse tomada?" Ele voltou a perguntar.
"Pessoalmente, do lado do Gojo-sensei e do Yuta-san." Isso é claro, se ele não fosse o mesmo que é agora, e estivesse para perder o controle.
"Entendo." Foi tudo que o Kamô-san, falou para depois se despedir educadamente.
Depois que ele e a Mai, foram embora, ficamos em silêncio por alguns minutos, até a Maki-san, se manifestar.
"Que foi isso!?" Ela quase gritou perguntando.
"Isso, foram os Velhos, eles queriam saber minha opinião e mandaram alguém perguntar." Responde.
Esse encontro não foi ao acaso, foi a continuação daquela reunião que participei em silêncio com o Gojo-sensei, só agora, eles vieram saber minha opinião de forma discreta, talvez por causa da Maldição que lidei, isso deve ter sido o bastante para focar o interesse deles de volta em mim.
Sim, acabei de ficar contra o poder dominante desse mundo, pelo menos nessa questão, vou apenas rezar para que eles não sejam tão mesquinhos, e não me deem problemas por causa disso.
Estamos de volta!
Quero pedir desculpas pela demora, a intenção era tirar apenas uma semana de folga. Quando vi, quase se passou um mês sem nenhum capítulo, sinto muito por isso, mas precisava de algum tempo para descansar.
Estou aceitando ideias sobre a forma do Shikigami do Yama-chan, mas vou logo avisando, sem coisas exageradas ou insanas, nada de dragões, Fênix e por aí vai.
Espero que tenham gostado, até o próximo sábado.