De repente, ela sentiu a centelha familiar em sua cabeça, acariciando seus cabelos com ternura. Somente uma pessoa poderia ter feito aquilo e era ele...
Raine saboreava o toque enquanto levantava a cabeça devagar.
Seus olhos negros como obsidiana encontraram-se com os dele, um par de olhos azuis, os mais belos azuis que Raine já tinha visto, ela adorava fitá-los e Torak sentia o mesmo.
Permaneceram assim por mais alguns minutos antes de Raine se atirar sobre ele.
Torak não esperava por isso e foi pego de surpresa, caindo de bunda de maneira desajeitada, enquanto Raine continuava a chorar em seu ombro, enrolando seus braços finos ao redor de seu pescoço com força.
A menina estava com medo, e só agora que estava com ele percebeu que o medo que sentia por Torak era insignificante comparado ao pensamento de ser abandonada por ele...