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50% REINO DE NAVIE / Chapter 4: Capítulo 3

章節 4: Capítulo 3

Felipe foi conhecer a corte do Reino de Navie, Amélia ficou em seus aposentos pensando em tudo que havia visto e ouvido, sua cabeça estava doendo pelo amontoado de informações e os olhos do futuro rei, aqueles olhos azuis cheios de confusão e luz.

Faltava pouco tempo para o chá com a rainha, as servas de Amélia voltaram para ajudar a moça a se arrumar.

Amélia desceu na companhia de suas damas e seus guardas, ela se sentia uma prisioneira. A mesa de chá estava montada no jardim, a moça sorriu ao ver as comidas oferecidas, muitas especiarias Marcelo tinham trazidos pratos típicos de sua terra, Amélia se lembrou do motivo que estava fazendo e seu coração se encheu de emoção.

Felipe já estava sentado à mesa do chá, ela achou que seria algo em família e ficou calma. Marcelo estava cuidando da guarda cerca de cem homens chegaram a nova residência de Amélia. não se sabe ao certo os planos de seus irmãos, certeza que eles estavam desbravando as terras e ocupando o que estava sem dono. Felipe se levantou e puxou a cadeira para ela cortesia apenas para demonstrar a família real.

Amélia olhou os lugares da mesa, a rainha estava sentada, próximo dela as irmãs de Nicolas juntamente com Dominique que riram de uma piada interna deixando Amélia desconfortável. Nicolas parecia um pouco desconfortável também a moça não conseguia olhar pra ele.

Felipe por algum motivo estava chateado com a situação, ele provavelmente notou que as piadas internas de Dominique e as irmãs de Nicolas tinham reação a ela, como um cavalheiro ele apenas limpou a garganta e todos se calaram, Amélia pensou em seu irmão Arthur que provavelmente viraria a mesa de forma brutal.

— Obrigada pelo convite, majestade — Amélia disse timidamente fazendo a irmã de Nicolas e Dominique rirem novamente.

— Não precisa agradecer. Era pra ser apenas nós mas se tornou um evento — Ela olhou de cara feia para Dominique e sua filha que se calaram.

— Tudo bem, é um prazer estar na companhia de vocês — Felipe disse sorrindo.

Felipe dominou a conversa com seu charme como sempre contou histórias da nossa viagem pra cá.

— Amélia — a rainha disse me chamando atenção — que belo colar você usa.

Todos se viraram para observar o pescoço de Amélia e olharam para o cordão de Amélia que tinha uma pingente que parecia mais uma chave do que qualquer outra coisa.

— Obrigada, Majestade. Era de minha mãe — Amélia segurou o pingente com força, Felipe neste momento sorriu para Amélia, ele estava cheio de orgulho deles.

— Nossa mãe faleceu a muitos anos atrás — Felipe olhou para a rainha que parecia curiosa — ela era muito parecida com Amélia. Imagem quão bela era ela.

— Sim, muito bela.

O futuro rei disse em um tom baixo, poucos conseguiram ouvir com a voz do rei, mas aquilo não fugiu do radar e do ciúmes de Dominique.

Apesar do visível desconforto de Nicolas e Amélia, seus olhos se encontraram durante o evento algumas vezes, ele não podia evitar sua curiosidade sobre a moça.

Amélia avisou Felipe que iria caminhar pelo jardim, ela foi acompanhada dos guardas que agora pareciam dois patinhos seguindo a mamãe. Os guardas estavam preparados para atacar a qualquer momento, foi às ordens de Felipe e Marcelo. Amélia sabia que era apenas pose ela conhecia os gêmeos João Lucas e João Luiz, grandes homens pouco mais de 1,85 de altura com a armadura ambos pareciam maiores.

Ele os conheceu quando chegou ao reino de Navie, seus pais foram executados por dívidas da coroa. O trauma deixou as irmãs mais novas sem falar. Amélia os ensinou a escrever, seu pai cuidará dos meninos com filhos e eles em gratidão ao ato se junto às tropas para defender a família de Amélia.

Ambos tinham a pele queimada do sol, Luís raspava a cabeça enquanto Lucas tinha o cabelo maior com alguns cachos

— Eu acho que alguém impressionou o rei — disse Luís quando eu me sentei ao banco e eles se posicionaram um em cada ponta

— Não fale besteira — Amélia respondeu quase ofendida

— É impossível não impressionar qualquer homem com sua beleza, Amélia — Lucas disse com uma voz terna

— Vocês estão implicando comigo pois sabem que estou como a perfeita dama.

Os três riram da colocação da jovem, eles ficaram em silêncio novamente quando avistaram de longe Dominique e Nicolas andarem pelo jardim. Amélia observava atentamente, eles pareciam estar discutindo mas não quis se envolver. Saber da presença de Dominique era um pouco tranquilizante já que ela não estava interessada em casar com o rei e ele não estava interessado nela também.

Dominique estava andando com Nicolas, ele era geralmente quieto, agora estava mais ainda. Seus sentimentos estavam confusos, ele estava decepcionado com a atitude de sua irmã e Dominique para com Amélia.

— Você parece bravo, majestade — Dominique disse enquanto passeava com Nicolas de braços dado como um casal.

— Não havia necessidade de você e Helena ficarem rindo da moça — Aquilo foi tão de mau gosto, era decepcionante para Nicolas. — Vocês constrangeram a pobre menina.

— Aqui não é lugar dela! Ela desceu pela janela como um homem e ficou brincando de arco e flecha com vocês.

— Dominique, por favor.

Nicolas sabia como Dominique tinha essa mania dela de etiquetas isso moça não devem fazer e outras coisas que por muitas vezes lhe causaram frustração.

— Eu não gosto da presença dela aqui — Dominique disse irritada.

— Estou fazendo isso pelo meu país, não é como se eu estivesse feliz com a ideia de casar com a moça.

— Pois bem, parece muito feliz se quer saber;

— Se acalme, você sempre soube das minhas responsabilidades.

— E você sempre juro se casar comigo.

— Estamos tentando arrumar isso.

A frustração, Nicolas se sentia pressionado e por todos os lados pelos seus ministros, por sua mãe, por Dominique e agora a moça estava aqui, ela não pediu nada pra ele. Quando ela se sentiu sufocada hoje e desceu pela janela Nicolas se viu naqueles olhos, naquele sentimento, aquela sensação.

Ele olhou a poucos metros de distância e viu Amélia sentada no banco do jardim com os dois guardas, eles estavam rindo de algo com ela e aquilo chocou o jovem rei, em poucos segundos eles notaram a presença dele e Dominique. Amélia pareceu séria neste momento.

Rindo com os guardas, uma jovem dama não poderia fazer isso, Amélia se repreendeu novamente quando os seus olhos encontraram os olhos azuis do futuro rei, ele parecia estar confuso com a situação que se encontrava. Amélia poderia culpá-lo?

Nicolas e Dominique caminharam até eles, Amélia se levantou e fez uma referência aos guardas pareciam sérios e silêncio.

— Uma bela tarde, não é? — Dominique perguntou e aperto o braço de Nicolas com força para mostrar sua dominância

— Sim, eu gosto de ver o pôr do sol e do quarto que estou não dá.

— Quer que peça para mudarem o seu quarto? — Nicolas disse solícito.

— Não é necessário, majestade.

— Vamos Nicolas — Dominique disse o nome dele quase fazendo pausas como uma provocação. Ambos seguiram em seu passeio.

Amélia não entendeu a necessidade de toda a exibição de Lady Dominique, ela não estava interessada no rei e claramente o rei não estava interessada nela

Ela ficou sentada observando o pôr do sol, quando estava tarde os guardas a acompanharam até a porta de seus aposentos novamente. Amélia se banhou e colocou suas roupas de dormir, abriu a janela e pode sentir a brisa suave que beijava seu rosto, ela sentiu vontade de pular da janela, queria pular e sair voando como um pássaro já que ela se sentia engaiolada.

Ela olhou para o jardim e viu Nicolas e Olavo deitados na grama conversando, a curiosidade lhe dominava, ela ficou os observando durante um tempo, Nicolas apontava para o céu, eles deviam estar estudando astronomia. O futuro rei parecia um homem paciente e gentil aos olhos de Amélia, com seus irmãos e Dominique.

O vento batia nos cabelos soltos de Amélia. Nicolas e Olavo riam de algumas piada entre eles e Amélia os observava com atenção. A jovem resolveu fechar a janela e ir se deitar, Catarina avisou que os dias na corte são animados porém a maior parte do tempo Amélia estava entediada

Nicolas e Olavo estavam no jardim estudando astronomia, Nicolas encontrou livros que falava sobre as estrelas a muito tempo e Olavo pediu para aprender os ministérios do céu, era assim que o jovem falava.

— O que você acha da Amélia — Nicolas perguntou para seu irmão após Olavo enumerar as estrelas que ele conhecia.

— Eu achei ela bem bonita e divertida — Olavo falou animado.

— Em qual sentido?

— Ela sabe atirar com arco e flecha melhor que você — Olavo riu — eu fiquei sabendo por um dos guardas que ela é muito gentil.

— Você é um grande falador, não é mesmo?

— Estava investigando. — Olavo disse sério — descobri outras coisas se quiser saber.

— Pode falar — Nicolas olhou atentamente para o seu irmão mais novo.

— Por onde eu começo — Olavo parecia procurar as palavras — Eles se mudaram pra cá a uns 5 anos talvez. Eles vieram com alguns barcos, há quem diga que eles pegaram barcos piratas no caminho.

— Olavo — Nicolas riu da história maluca.

— É verdade. Além disso descobri que a mãe de Amélia morreu quando nasceu e por isso ela sabe essas coisas de homens. Me contaram também que os bisavós de Amélia vieram de outro continente. Eles têm alguns hábitos incomuns — Olavo disse pensativo — sabia que as tropas da família não treinam só com espadas? Eles usavam adagas, flechas.

— Outro continente?

— Sim, foram perseguidos e fugiram para cá em uma canoa.

— Canoa Olavo?

— Foi o que eu ouvi — Nicolas começou a rir da história mirabolantes de Olavo — alguns falam que eles conhecem o paraíso e de lá sempre trazem coisas.

— Que coisas?

— Também não sei o que são essas coisas, mas vou investigar. Um dos guardas me contou que eles tem um jeito diferente de plantar e armazenar as coisas, deve ser por causa dos antigos né?

— Pode ser, Olavo — Nicolas continuou rindo das histórias.

— Aquele guarda mais bravo que está sempre próximo de Amélia, ele disse que deve a vida a família de Amélia. Contou que Amélia ensinava as crianças a ler e escrever onde moravam.

— Isso é gentil da parte dela. — Nicolas perguntou — quem perguntou essas coisas?

— Mamãe está interrogando todos do círculo de Amélia. E todos dizem que a família dela e ela são muito amados no sul do país e conhecidos também.

— O que mais você soube? — Nicolas perguntou curioso.

— Os homens que acompanham ela e o irmão estão aqui para morrer por ela se necessário.

O pensamento de Nicolas vagou até a hora do chá, a moça parecia não estar acostumada com a corte e parecia pequena e frágil.

— Ela é bonita também — Olavo seguiu falando — eu me casaria com ela se fosse o rei, seria divertido. Ela poderia me ensinar as coisas, como caçar e lutar com a espada e ela tem um cheiro bom — Olavo neste momento sorriu parecendo encantado com Amélia

— Cheiro bom?

— Sim. Como uma fruta.

— Você é muito jovem pra pensar nisso

Nicolas repreendeu o irmão mais novo que começou a rir. Amélia realmente era encantadora e gentil o suficiente para rir com os guardas que estavam com ela. Ele estava surpreso com Amélia, não esperava isso quando viu a imagem da jovem moça


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