"A maldita máquina foi sabotada," Damon praguejou em voz alta, apontando um dedo para o chão, com desespero e fúria marcadas em cada linha dos seus membros. Meu coração congelou de choque. Meus olhos, estupidamente, seguiram o comprimento do braço de Damon, para ver exatamente o que ele estava apontando.
Meus olhos se arregalaram; parte da máquina que era usada para escanear o corpo do Blaise não estava mais inteira; ao invés disso, jazia quebrada em pedaços no chão.
"Ela quebrou no meio da cirurgia?" Eu perguntei, ajoelhando para dar uma olhada mais de perto. Eu tinha que respirar pela boca para reduzir o cheiro pungente de sangue e vísceras que me atingiu ainda mais forte.
"Pior," Damon disse entre dentes, com os olhos injetados. "Tinha prata maldita escondida na máquina!"
"O quê?" Esquecendo meu nojo, eu rapidamente agarrei as partes quebradas e as limpei do sangue do Blaise. Sob a cobertura vermelha, era impossível não notar o brilho da prata na alça.