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100% Escolhas do Coração - A Decisão / Chapter 98: Capítulo 91 – Weenny: Grahamuk

Chương 98: Capítulo 91 – Weenny: Grahamuk

Salima avisa que meus padrinhos e madrinhas estão chegando, saio do palanquim e os avisto ainda longe.

Dou ordem para as minhas sudras prepararem doces e bebidas para serví-los, pretendo convidá-los para entrar em meu palácio, ainda temos tempo para uma breve conversa.

Eles chegam e sorriem ao me ver.

— Viemos para levar nossa tão querida Dulhana para a sua cerimônia Grahamuk. Chegamos atrasados? - Claudio, sorri e pergunta.

— É sempre uma grata surpresa vê-los. Venham, os convido a entrar, podemos comer e beber alguma coisa. – digo, sorrio e faço um gesto pedindo que entrem em meu palácio.

Eles chegaram em um bom momento, preciso conversar reservadamente com eles.

Meus padrinhos e madrinhas entram, peço que se acomodem e as sudras os servem.

— Devo fazer um ritual esta noite, Eros não irá. Acontecerá sob a luz da lua e no interior de um templo, gostaria de pedir que vocês estivessem comigo e participassem ativamente do ritual, posso contar com vocês? – pergunto e observo suas reações de supresa.

— Mas hoje vamos ter o Grahamuk e também a festa Garba, correto? Quando será? Teremos que faltar em alguma cerimônia ou festa? - Mayara parece preocupada ao perguntar.

— Você só nos disse que deverá ser a luz da lua, então esse ritual pode acontecer durante a noite ou até de madrugada. – Carol diz.

— E como vamos saber o que devemos fazer? - Michele pergunta.

— Por que Eros não vai? – Leonardo inquire.

— Esperem, são muitas perguntas ao mesmo tempo. Vamos participar do Grahamuk sim porque ele é agora a tarde e a festa garba será logo depois. O Ritual é para a mãe Saravasti, será feito a meia noite. Vocês lembram que no griha shanti foi dito que eu sou a benção e a shatki das deusas? Pois então, fui convidada para fazer esse ritual invocando as bênçãos da mãe Saravasti sobre as águas, os campos, os animais e sobre o povo. A participação de vocês será na música de invocação da deusa e na ajuda para o ritual, fiquem tranquilos que eu vou instruí-los. Sobre a participação do Eros, ele não deve ir justamente porque não é o momento adequado para os noivos ficarem juntos, além disso toda adoração e devoção deverá ser dedicada aos deuses. – explico.

— Mesmo você não sendo indiana pode fazer um ritual para ajudar os indianos? – Samara pergunta.

Preciso arrumar uma desculpa convincente urgente.

— Nós indianos somos supersticiosos, lembram que no Griha Shanti foi falado que a Dulhana é a benção e a força das deusas? Então nós passamos a acreditar e desejamos o apoio dela, quem sabe esse ritual pode nos ajudar? – Tia é mais rápida e perspicaz na resposta.

Vejo que todos concordam e aceitam os argumentos da tradutora.

Ufa, que alívio.

Aviso que eles ficarão bem próximos de mim durante todo o ritual, terão uma discreta participação, faço questão de explicar o que devem fazer em detalhes.

Como não podemos atrasar para a cerimônia, encerramos a conversa e saímos do meu palácio, meus amigos e seus tradutores entram no micro-ônibus, enquanto eu sento em meu palanquim.

É importante que meus padrinhos e madrinhas cheguem mais cedo no local escolhido para o Grahamuk, porque precisam recepcionar os convidados nesta cerimônia que é muito relevante.

Noto que o ritmo e movimento do palanquim diminui, percebo que estamos perto, decido espiar pelo vão da cortina e vejo um lindo caminho de flores.

Paalakee neeche chalate hain! Main is tarah se phoolon ke maadhyam se chalana hoga, main is paridrshy kee khoobasooratee kee saraahana. (Desçam o palanquim! Vou andar por esse caminho florido, desejo apreciar a beleza desta paisagem.) – digo.

Haan Rajkumari, aap chaahate hain. (Sim Princesa, como desejar.) – alguns servos respondem ao mesmo tempo.

Acatam o meu pedido e minhas sudras vem me ajudar a sair do palanquim, vejo meus padrinhos e madrinhas recepcionando os convidados com sorrisos e breves conversas, sorrio orgulhosa de ter amigos tão bons e prestativos.

Olho para o caminho minha frente, é como uma pequena rua com dois canteiros floridos em suas laterais, tudo tão especialmente preparado, flores cultivadas em pelo menos quatro cores diferentes, além do gramado, cuidado e podado com zelo para formar o desenho de uma mandala grande e colorida.

Bhagavaan is tarah ke saundary ke lie prashansa kee jaanee! (Deus seja louvado por tamanha beleza!) – digo mais alto do que deveria, entretida com tamanha beleza.

Bhagavaan apane mahaan sundarata ke lie prashansa kee jaanee. (Deus seja louvado por sua enorme beleza!) – ouço a voz do meu Jagal.

Levo as mãos ao rosto, meu Jagal se aproxima sorrindo, seguro o pallu na tentativa de esconder o rosto, esse gesto o faz rir.

— Você faz questão de me deixar tímida, não é? - discretamente e com a voz baixa eu digo e o vejo abrir um largo sorriso — Ah, você está tão lindo. Aliás, você é lindíssimo.

O sorriso dele enche meu coração de alegria.

Caminhamos lado a lado até a imponente entrada onde há um tapete vermelho estendido e um enorme prédio em formato arredondado, decorado com luzes e desenhos geométricos em vermelho. Um pouco mais adiante vemos um rangoli diferente, desta vez com desenhos de flores feitos com uma espécie de pedraria especial.

Seguimos para o hall de entrada, é simplesmente soberbo! Detenho a caminhada para apreciar o ambiente, há um tapete vermelho estendido bem a nossa frente, vejo pequenos desenhos com flores brancas em suas laterais, vemos logo diante de nós três tendas douradas sustentadas pelos largos pilares, uma no centro e as outras duas nas laterais, todas esculpidas com esmero e decoradas com cordões de flores, mais a frente consigo ver algumas poltronas e a movimentação de funcionários e convidados.

— Como você consegue fazer tudo tão perfeito? – olho para o meu Príncipe e digo.

— Tudo o que fiz foi pensando em você. - Jagal se aproxima e diz.

Sorrio e continuamos a andar em um confortável silêncio.

A medida que vamos entrando nos salões do Grahamuk sinto a ansiedade crescer, meu Dulhan está ao meu lado, mas não me toca e mal me olha, nossos amigos e padrinhos caminham logo atrás e permanecem por tempo suficiente para conhecer os salões, mas agora estão indo para os seus lugares.

 

Os Amigos POV:

Depois da conversa com a Dulhana, todos estão encantados com a possibilidade de participar de um ritual tão diferente, que certamente desperta a curiosidade de todos eles.

Partem apressadamente porque precisam recepcionar os convidados.

Assim que chegam, Tia e Amitabh instruem aos padrinhos dizendo que o local mais adequado para receberem os convidados é logo na entrada do caminho florido, já que lá não há espaço para os carros e vans passarem.

Os pais da Dulhana certamente estarão no interior do prédio.

Padrinhos e madrinhas aceitam de imediato a sugestão dos seus tradutores e se posicionam para recepcionar os convidados, mulheres à esquerda e homens à direita. Todos têm a frase de boas-vindas decorada "Shaadee men aapaka svaagat hai, krpaya aao." (Sejam bem-vindos ao casamento, entrem por favor).

— Me sinto tão orgulhosa por poder receber os convidados como madrinha dos nossos amados amigos. - Gislaine, com alegria, diz.

— Eu esperei muito tempo para que a Weenny encontrasse um homem especial, sempre dissemos que seríamos madrinhas de casamento uma da outra. - Maria José olha para ela com os olhos cheios de lágrimas e diz.

Carol se aproxima e abraça as amigas.

— Eros é perfeito, aliás, eles são perfeitos um para o outro e serão muito felizes, assim como nós somos por estarmos aqui festejando com eles. – Carol diz.

Os convidados vão chegando e os padrinhos os recebem com toda gentileza e os conduzem para o interior do prédio, até verem a comitiva que está trazendo a Dulhana se aproximar, então todos param para observar e esperar.

Seis homens carregam o palanquim dessa vez, ao redor dele sempre estão as seis servas e um pouco mais afastado podem ver muitos outros homens, que a julgar por suas roupas, devem ser seguranças ou guardas, mulheres vestidas de maneira mais simples e outras pessoas vestidas com roupas de festa também os acompanham, essas últimas cantam alegramente e tem expressões que demonstram satisfação por esse momento.

Ouvem o que parece ser a voz da Weenny, mas não compreendem o que ela diz devido a distância que ainda os separa, apenas notam que o palanquim é baixado.

A Dulhana abre a cortina e recebe ajuda de uma das servas para sair, sorri para os padrinhos e madrinhas e se aproxima do caminho florido, o observa e exalta a beleza desse jardim com algumas palavras em hindi, que são prontamente traduzidas por Tia... Bem como o elogio que acaba de ser feito por seu Dulhan.

Todos se surpreendem com a presença do Eros e sorriem, as madrinhas suspiram ao apreciar a beleza do noivo, elogiam a Dulhana que está linda como uma Princesa, além de muito feliz, pena que está sempre com o rosto coberto por aquele tal de pallu.

Os noivos vão caminhando a frente enquanto os padrinhos recebem os últimos convidados, todos parecem querer chegar cedo nas cerimônias para não perder nenhum detalhe.

Quando os últimos convidados entram, os cerimonialistas tomam o lugar ocupado até então pelos padrinhos, para deixá-los livres para acompanhar os noivos.

O prédio e o hall de entrada são luxuosos e grandiosos, todos estão contentíssimos pelo privilégio de vivenciar esses momentos e conhecer ambientes como esses, privilégio que jamais podiam imaginar que teriam.

Continuam a seguir os noivos para conhecer todos os salões escolhidos para essa cerimônia, observam todos os detalhes com atenção e admiração.

Após passarem pelo soberbo hall de entrada, seguem para o grandioso salão de festas, que contam com dois ambientes totalmente decorado em vermelho e dourado, o primeiro é bem amplo, tem poltronas, bar, pista de dança e mandap dos noivos, uma linda decoração que conta com lustres, flores, tapetes e tendas no teto. O segundo ambiente segue a mesma decoração e tem muitas mesas enfeitadas com grandes vasos, elegantes toalhas e louças finas. Há uma mesa especial para os noivos e decorada com muito luxo.

Até os toaletes são decorados em vermelho!

Todos esses salões são incrivelmente lindos, ainda mais do que aqueles que todos só conseguiram apreciar em suas pesquisas nos sites de busca e em seus devaneios mais profundos.

Seguem no mais profundo êxtase para o salão do cerimonial, já pensando na beleza que os espera.

O salão é grandioso, está a meia luz, mas podem ver que tem duas cores principais em sua decoração, o vermelho e dourado. Observam a incontável quantidade de poltronas estofadas e elegantes dispostas a direita e a esquerda, elas estão cobertas por tecidos dourados, entre elas há o caminho por onde as pessoas mais importantes para esse cerimonial vão passar, há um tapete branco estendido coberto por pétalas de rosas vermelhas, nas laterais dele é possível ver dois vasos retangulares cobertos com velas aromáticas acesas e flores, a frente há uma parte elevada onde está um mandap diferente, que segue o mesmo padrão de decoração, mas tem cadeiras dispostas a direita e a esquerda e outras duas que se assemelham a tronos bem no centro, logo a frente há um recipiente quadrado.

Os padrinhos olham para seus tradutores em busca de explicações.

— A direita está reservada para a família do Dulhan e a esquerda para a família da Dulhana, os noivos se sentarão nas cadeiras centrais. – Tia sussurra para que apenas os padrinhos possam ouvir, já que Eros e Weenny estão a poucos centímetros deles.

— Todos os elementos que serão usados no Grahamuk estão aqui, vejam os pequenos bancos que os sacerdotes ocuparão, estão bem perto de onde será aceso o Agni – Amitabh diz e aponta — Será nesse recipiente.

Todos sinalizam positivamente enquanto ouvem atentamente alguns outros detalhes sobre esse cerimonial.

Os tradutores pedem que eles se acomodem nos lugares destinados a eles, homens de um lado e mulheres do outro. Olham para os lados e observam que os convidados estão se acomodando rapidamente.

Poucos minutos se passam até que todos estejam prontos para o início desse cerimonial, os sacerdotes e os pais da Dulhana caminham para o mandap, mas permanecem em pé.

Então Eros e Weenny caminham até Ronaldo e Vilma e se curvam diante deles, buscando suas bênçãos, eles tocam a cabeça dos noivos, que imediatamente se levantam. Vão até Pandith e os demais sacerdotes e os saúdam da mesma maneira, só então todos tomam seus lugares.

De repente ouvem a voz de um servo, que já está se tornando familiar, ecoar no ambiente.

— Fiquem todos de pé, curvem suas cabeças, dobrem suas mãos em respeito à entrada e presença dos Imperadores da Índia. – todos os tradutores sussurram ao mesmo tempo, espalhando o também conhecido temor entre todos.

Os padrinhos assumem a postura devida, mas não deixam de olhar a movimentação em volta, percebem quando Eros e Weenny vem à frente do mandap.

Os Imperadores atravessam o salão calmamente, o silencio parece palpável, só estranham que as pessoas se afastam dos soberanos conforme eles se aproximam.

— Por que eles estão fazendo isso? – Samara sussurra.

— Temos que ficar em silêncio. – Dani a repreende.

— Ninguém deve estar muito próximo dos Imperadores para que isso não seja entendido como afronta ou como um provável risco a integridade física deles, por isso se afastam e mantém as mãos bem visíveis a frente do corpo. – Tia sussurra a resposta.

Weenny recua alguns passos com a aproximação dos Imperadores, mas estranhamente Eros permanece na mesma posição, ambos mantêm a cabeça baixa, os soberanos olham para os noivos, então o Imperador diz alguma coisa e Eros dá uma curta resposta.

Os padrinhos olham para seus tradutores.

— Eros apenas o saudou chamando de Majestades. Os Imperadores acabam de dar permissão para que os noivos os olhem e se aproximem. – Amitabh e Tia avisam.

 Notam que os noivos levantam suas cabeças e se aproximam para saudá-los, mais uma vez são tocados pelos Imperadores como retribuição da vênia, uma grande honra.

 

Weenny Alves POV:

Todos nos observam curiosos quando cumprimentamos meus pais e ainda mais depois do anúncio da chegada dos Imperadores. Depois da saudação não trocamos nenhuma palavra, apenas nos sentamos nas cadeiras sob o mandap, Pandith tem um espaço especial entre nós, os Imperadores e meus pais estão ao nosso lado.

Brâmane faz pujas para invocar tudo o que é auspicioso para nós e para a nova família que está sendo construída.

Pandith entoa canções e nos avisou que esse é o momento auspicioso para acender o agni, então pegamos o ghee, que é uma espécie de manteiga usada para acender e alimentar o fogo sagrado, juntos acendemos o agni enquanto Pandith e um Brâmane dizem algumas palavras para invocar a presença desse deus.

Pandith coloca alguns grãos em nossas mãos.

Ki shaadee ke lie shubh hai sabhee laagoo pavitr agni mein in anaaj phenk den. (Lancem esses grãos no fogo sagrado invocando tudo o que é auspicioso para esse casamento.) – o sacerdote ordena.

Fazemos as oferendas ao deus do fogo com a devida reverência, lançando os grãos e pedindo que o deus Agni abençoe e esteja conosco em todo o cerimonial e em todos os dias do shádi.

Nós, os sacerdotes e nossas famílias ficamos de pé, vou com Eros até um pequeno altar montado no mandap e depositamos algumas oferendas.

Jagal se prepara para recitar o mantra para o deus Agni.

Om bhūr bhuva svar (Ó deus da vida que traz felicidade)

Tat savitur varenyam (Dá-nos tua luz que destrói pecados)

Bhargo devasya dhīmahi (Que a tua divindade nos penetre)

Dhiyo yo nah prachodayāt. (E possa inspirar nossa mente.)

Repetimos o mantra algumas vezes, enquanto eu me preparo para iniciar uma puja.

Om Maha jwalaya Vidhmahe Agni devaya Dheemahi. Tanno Agni Prachodayat (OM, Deixe-me meditar sobre a grande chama, Oh Deus do fogo, concede-me o intelecto superior, Oh deixe o deus radiante do fogo iluminar a minha mente.) – digo essa oração.

Todos repetimos o mantra mais importante: "OM"

Lembro das minhas aulas de vedas com o Guru Shankar, OM é uma sílaba única originada dos vedas, é uma palavra em sânscrito, significa avati raksati ou aquilo que lhe protege e lhe abençoa. É considerado o som mais próximo da palavra divina e a origem de todas as demais, por isso a usamos em todas as orações desde que aprendi.

Assim que terminamos as repetições dos mantras, o Imperador vem fazer a sua oferenda e puja, meus pais fazem o mesmo, apenas a Imperatriz que é muçulmana tem a permissão para manter uma distância respeitosa já que não é hindu.

Padrinhos e madrinhas também vêm ao altar e fazem oferendas e pujas silenciosas, tocam o mani, que é uma espécie de sino que demonstra o fim de uma oração ou petição, tem a finalidade de acordar os deuses, assim diz a tradição.

Um bom tempo depois terminamos, não apenas nós, nossos pais e padrinhos fazem as pujas e oferendas, todos são convidados a fazer, mas nem todos tem a coragem ou ousadia, já que a presença dos meus sogros é intimidadora.

Ao fim do Grahamuk, Pandith convida a todos para festejar com o banquete e música, permitimos que nossos convidados vão à nossa frente, nos despedimos dos Imperadores e só então seguimos para o salão de festas.

Os convidados se espalham pelo salão e são direcionados para suas mesas, os garçons preparam os últimos detalhes para começar a servir o banquete.

Os músicos animam a festa, enquanto o banquete é servido, são muitas as opções de alimentos salgados, doces e bebidas, além do bolo.

Passamos de mesa em mesa para cumprimentar nossos amigos, parentes, convidados e imprensa.

Paramos por um momento para descansar na mesa de alguns dos nossos padrinhos, Samara e Enzo vem até nós.

— Os amigos famosos e a imprensa estão olhando cada detalhe dos ambientes e cerimônias, parece que estão avaliando tudo o que vocês escolheram e prepararam para poder criticar depois em seus prog... – Samara começa a dizer.

— Você esquece que esse não é o momento para ter maus pensamentos, você nem mesmo sabe o que eles estão pensando e já faz conjecturas! – Enzo parece decepcionado ao repreender a noiva — Eros e Weenny, eu passei por nossos amigos famosos e pela imprensa e o que vi e ouvi foram muitos elogios a respeito de todas as cerimônias, estão todos encantados com tudo o que estão vendo e vivendo. – ele finaliza olhando para nós dois.

Samara parece envergonhada, enquanto nós nos alegramos por saber que eles estão apreciando nosso casamento.


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