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86.56% Sacred Gear Creator (PT-BR) / Chapter 57: Berserker

บท 57: Berserker

"Nee-san", a minha frente está a filha legitima de Kiritsugu Emiya e minha irmã mais velha, Illyasviel Von Einzbern, me encarava. Sua presença me surpreende, pois não imaginei que ela participaria dessa Guerra, mas sim algum aliado de sua família.

Sua aparência infantil é bastante chocante, cabelos brancos longos que fluem ao vento da noite e olhos vermelhos cativantes, um pacote perfeito se não fosse a sua estatura minúscula tendo menos de 1,40m de altura, ela é mais velha que eu, apesar de ouvir relatos de meu pai que haviam feitos experimentos com ela para maximizar seus circuitos mágicos e servir como um Graal de reserva caso fosse necessário, prejudicando seu desenvolvimento físico.

Cerca de dois meses atrás recebi uma carta dela e começamos a nos corresponder, era mais eu falando sobre meu cotidiano para saciar a curiosidade dela, suas palavras e escrita eram de uma garota que nunca saiu de casa e queria conhecer o mundo, os assuntos mais triviais como o almoço da cantina tornava-se um grande tópico, até que um dia ela simplesmente parou de dar notícias e pensei que o seu interesse em mim havia acabado.

"Oni-chan eu vim visitar, gostou da surpresa?", minha irmã diz sorrindo docemente e desce do ombro do bárbaro negro equipado com uma enorme espada que parece um pedaço de muro com pedaços de ferro pontiagudos saindo de sua lâmina.

"Como eu disse em minha carta, você é sempre bem vinda para visitar", digo sorrindo, mas suspiro internamente, essa não é uma simples visita e a presença de um Berserker de 2,5 metros de altura é a prova perfeita disso, além do sorriso psicopático em seu rosto, mas pessoas de fora apenas veriam uma garotinha fofa sorrindo.

Estou feliz com a presença dela, o ultimo parente vivo que tenho, mesmo que não seja alguém com quem convivi ou tenha laços sanguíneos, mas ainda lembro dos momentos em que vi Kiritsugu extremamente depressivo, acontecia duas vezes ao ano, no dia em que sua mulher morreu e no dia do aniversario de Illyasviel, os sentimentos dele me afetaram e não pude deixar de criar sentimentos de afeto pela garota que nunca conheci.

"Ainda bem", vejo ela suspirar tranquilizada enquanto coloca a mão no peito e continua a falar, "Mais uma coisa, você é um Mestre?", seu olhar fica afiado enquanto o chão próximo aos pés de seu servo começa a rachar e o ar envolta dele fica mais pesado.

"Sou", não havia motivos para mentir, principalmente quando existem três espíritos heroicos na minha casa e ela poderia facilmente descobrir observando meu fluxo de poder magico.

O olhar dela vaga ao meu redor verificando se eu estava falando a verdade e demonstra um rosto de satisfação, provavelmente devido a eu não tentar engana-la ou talvez por me reconhecer como um mago qualificado.

"Oni-chan, que tal desistir da guerra e vir morar comigo? Tenho permissão para ter servos pessoais, seja meu servo e viva ao meu lado, você será tratado como meu irmão, eu darei a você permissão para divertir-se com todas as servas em minha propriedade e ainda por cima seremos felizes como uma família", ela diz palavras assustadoras enquanto sorri docemente, certa de que irei aceitar essa oferta que muitos homens jamais negariam.

"Eu me nego", digo olhando diretamente nos seus olhos para transparecer minha seriedade, jamais seria o servo dela e de ninguém.

Talvez se fosse na minha antiga situação onde havia aonde eu ir e contei com a ajuda de um desconhecido, provavelmente aceitaria a proposta dela, assim como foi com Kiritsugu, apesar de tudo ele apenas pegou uma criança aleatória enquanto a usava para cuidar da casa e si próprio, ainda assim sou grato a ele.

Porém na minha situação atual eu já sei como o mundo funciona, vivi o suficiente para não me contentar em ser um servo e também não preciso da proteção de uma família poderosa para me manter seguro, graças a Kiritsugu fui criado e educado sobre tudo que precisava para sobreviver nesse mundo sem depender de ninguém e saber avaliar os risco que sou capaz de encarar.

Eu não desejo muitas mulheres ou riquezas e se eu quiser poder posso sempre ficar mais forte treinando, estudando e criando experimentos por conta própria, mas simplesmente a ideia de abaixar minha cabeça e fingir que sou inferior a ela não me satisfaz, o que eu desejo é maior que isso, eu quero ser "Um rei demônio", é a frase que vem a mente, mas logo descarto esse pensamento e retorno a realidade.

As palavras que ela utilizou foram as palavras chaves que me fizeram negar sua oferta, se apenas fala-se algo como, "Vamos morar juntos" ou "Eu sou sua irmã então é minha responsabilidade cuidar de você", aceitaria de boas, apesar de nunca termos nós falado pessoalmente criei uma ligação com ela, principalmente por ser a filha de Kiritsugu, meu pai.

"Você também vai me abandonar?...", ela abaixa a cabeça e começa a murmurar depressivamente, "Aquele homem escolheu você, me abandonou e agora você vai fazer o mesmo", suas palavras gradativamente transformam-se em um chiado de choro, seu corpo todo estava tremendo fortemente. Uma mudança drástica de atitude, passando de uma adorável e fofa irmã mais velha, para uma garota altamente depressiva.

Espero algum tempo enquanto ela desaba em lagrimas, eu poderia a consolar, mas no momento não sou a pessoa mais indicada para isso, pois qualquer argumento ou desculpa que use só pioraria a situação.

Mordred já estava em posição ao meu lado, pronta para agir caso fosse necessário um combate, porém duvido que no estado atual ela vá conseguir lutar e manter seu servo sobre controle, provavelmente um da Classe Berserker, dado as classes ainda disponíveis para outros Mestres, sendo elas, Lancer, Assassin, Caster e Berserker.

Consigo sentir a presença de Rider dentro da casa em prontidão para minimizar os danos em volta de Sakura que precisa de extremo repouso. Tohsaka poderia defende-se junto de sua irmã facilmente e em casos de fuga um servo como Medusa seria de grande ajuda nessa hora, visto que Tohsaka não é a mais muito atlética e Sakura havia acabado de passar por uma cirurgia.

Para casos como esse que implantei a barreira na escola como um ponto de segurança caso minha casa fosse comprometida, sendo o ponto ideal por ser ligeiramente afastada da cidade e ter um terreno amplo que poderia ser usado para combates e ao mesmo tempo diminuir os danos colaterais.

O som de choro e ranho para, apenas o som do vento e algumas folhas das arvores espaçadas pelo pátio preenchem o ambiente. "Nee-san", chamo seu nome enquanto espero alguma reação.

"Você está certo, eu deveria ter feito isso desde o início", seus murmúrios começam a fazer sentindo, mas ela para de falar quando cospe sangue e cai de joelhos no chão, uma forte flutuação de poder magico atingiu a área a nossa volta.

"Você está bem?", digo preocupado enquanto dou alguns passos à frente e pulo do telhado e pousando no chão esperando a resposta dela, mas não houve.

Quando começo a me aproximar mais dela sinto uma grande aura assassina direcionada a mim e graças a isso consigo desviar, usando dois passos laterais rápidos e simples, de um ataque surpresa que Berserker lançou para me partir ao meio,

Não dou atenção para o Servo e encaro minha irmã, todo o seu corpo estava brilhando fortemente em vermelho, mais precisamente era seu selo de comando que se estendia pela superfície de todo o corpo similar a uma tatuagem tribal, o brilho era forte o suficiente para atravessar suas roupas.

Talvez ignorar um golias negro querendo a minha cabeça pronto para lançar o próximo golpe e me matar instantaneamente fosse um ato de burrice muito grave, porém eu nãou estou sozinho.

Mordred havia amadurecido desde sua última batalha contra Rider e agora estava mais vigilante ao meu redor, eu poderia ser capaz de lutar contra um servo em igualdade e até mesmo derrotar alguns sem muito esforço, mas ainda era seu dever me proteger e era exatamente isso que o som de metal chocando e o barulho do chão rachando estavam reforçando.

Mordred estava me protegendo aparando com sua espada o corte transversal descente que o Servo de minha irmã tentou atingir em meu corpo.

*

"Mestre, eu cuido disso", Mordred diz cheia de confiança, raios vermelhos começaram a envolver o seu corpo, enquanto o Berserker a estava vencendo em uma competição de força entre as espadas fazendo-a deslizar pelo chão.

"Eu estou irritada, então vou descontar em você", Mordred fixou os pés no chão fortemente e assumiu sua base de esgrima a impedindo de deslizar, a confiança no olhar dela foi substituído por um sorriso feroz, o aperto em sua espada ficou mais forte enquanto encarava o ser a sua frente com o dobro do tamanho.

O Berserker deu um forte rugido ao notar que ela havia parado de mover-se e começou atacar utilizando apenas força bruta tentando-a partir no meio, mas não saiu como o planejado, pois em um dos cortes Mordred utilizou de toda sua experiencia em anos de combate e guerras para desviar do golpe e cortar fora o braço que segura a espada, fazendo-o gritar de dor.

"Ainda não acabou!", Mordred não deu descanso e continuou avançar enquanto brandia a espada cada passo eram três ou quatro cortes que fatiavam a pele do Berserker facilmente.

A cena para quem assistisse era impossível saber quem era o guerreiro enlouquecido em cena, o Berserker que apesar das feridas mortais em seu corpo não parava de avançar em direção ao seu inimigo ou Mordred com sua estatura relativamente pequena envolta em uma armadura desproporcional ao seu corpo, sem capacete, e em seu rosto um sorriso sádico sedento por sangue e claramente atrasando o máximo possível em finalizar o adversário a sua frente para sentir nem que seja apenas mais um segundo de adrenalina.

A cada balançar de sua espada Mordred estava-se perdendo em fúria com o único propósito de esquecer que mesmo encontrando um desejo jamais irá realizar-se, pois o Graal está corrompido.

Os momentos de paz antes descontração com Yan antes da conversa com a Mestra de Archer serviu apenas de distração temporária e as palavras de seu mestre não eram suficientes para a manter sã diante ao desespero de não ter aonde apoiar-se.

Por isso a ela entregou-se ao prazer da batalha para evitar a dor e os conflitos em sua mente. O campo de batalha é e sempre será o único local onde Mordred pode esquecer tudo, seus medos, passado, família e até mesmo sua própria existência, arriscando apostando a vida contra outros guerreiros e sobrepujando-os.

"Vamos, lute! Mostre a ferocidade que você tinha no início do combate e lute!", sua voz enlouquecida reverberava pelo quintal.

*

Yan começou a andar em direção a sua irmã notado a estranheza da situação, quando de seu bolso três orbes dispararam em alta velocidade e pouco antes de entrar em contato com o corpo dela desfizeram-se e uma lama negra começou a materializar-se no chão logo em seguida.

"Os fragmentos do Grall corrompido", disse Yan enquanto confirmava a falta dos orbes em seu bolso e o desespero batia em seu coração, "Não pode ser, eles não deveriam ter resquícios de poder magico e a minha barreira de contenção impediria eles de receber poder externo para reativação".

"Oni-chan, você é que nem ele", Illya disse enquanto levantava-se, seus orifícios corporais sangravam, a lama sombria no chão aos poucos ia envolvendo o seu corpo diminuto.

"Me deu alegria apenas por saber que ele estava ali, mas quando eu precisei sumiu e me deixou só, sem dar notícias e arranjou outra família", lagrimas misturadas a sangue escorriam pelo rosto dela, mas a sua expressão triste logo foi substituída por fúria, "Eu deixei meus ressentimentos de lado e fui até você, apenas para ser tratada da mesma forma novamente", Ela estava visivelmente instável.

Durante toda sua infância até os dias atuais, ela foi sendo doutrinada a odiar Kiritsugu, impedindo o contato entre eles e ao manipular as poucas informações que a garota recebia do exterior, além disso as cartas que Yan mandavam sempre eram lidas primeiramente pelas empregadas de mais alta confiança da família Einzbern antes de serem repassadas a Illyasviel para garantir que não houvessem qualquer informação ou magia para a não a fazer duvidar que foi abandonada por seu próprio pai.

A lama negra sob os pés dela temia a presença de Yan e toda que ele tentava aproximar-se da garota a lama tomava forma de estacas e tentava perfura-lo, em prol de impedir um contato direto entre ambos.

"Nee-san", Yan estava preocupado, o estado de sua irmã era bastante incomum e a situação apenas piorou quando os fragmentos entraram em contato com ela, resultando na contaminação do Graal menor em seu coração.

Todo um plano de meses foi por agua a baixo em alguns segundos quando Illya foi contaminada, o plano era simples, na melhor das hipóteses, aliar-se a pelo menos um mestre e eliminar outros mestres e antes que o ritual fosse completo encontrar e destruir o Graal Maior e com ele sua corrupção e na pior das hipóteses pensadas, por Yan, foi o de não haver aliados e ter de procurar o Santo Graal Maior sozinho.

O motivo para não ir atrás do Santo Graal antes do tempo é a interferência externa, durante a guerra qualquer interferência externa no ritual do Santo Graal é punível por agentes externos, como a torre do relógio, a maior e complexa associação de magos do mundo, e a igreja, ambas trabalhando em conjunto por benefícios próprios. Dando assim a Yan a capacidade de destruir o Graal em segurança, sem o perigo de visitantes indesejados interferindo em suas ações realizando o desejo de seu pai Kiritsugu e finalmente pagando toda a bondade que recebeu.

"O Graal está corrompido, mas eu posso tirar ele do seu corpo e podemos viver como irmãos comuns, não precisamos lutar", Yan tentou apelar a ela.

Sem sucesso.

"Eu sei sobre tudo, você não precisa me dizer", ela diz tossindo um pouco de sangue, "Eu sei sobre a corrupção do Graal e todo o resto", um sorriso psicopático surge no rosto da garotinha.

A declaração de Illyasviel não surpreendeu tanto Yan, afinal é de conhecimento comum que os Einzbern têm uma relação muito mais próxima ao Graal que o resto das famílias Matou e Tohsaka visto que eles produzem o canal de ligação entre o Graal maior e os Mestre.

A lama borbulhava como se estivesse fervendo e das bolhas uma figura foi sendo moldada, uma figura feminina alta e voluptuosa, usando um vestido revelador negro com detalhes vermelhos e brancos, além disso sua aparência é muito similar à da Illyasviel, tendo cabelos brancos, pele pálida e olhos vermelhos.

Yan reconheceu a mulher, era bastante fácil depois de ver inúmeras fotos guardadas por Kiritsugu, diante dele e abraçando a garotinha pelas costas estava Irisviel Von Einzbern a esposa de Kiritsugu e mãe de Illyasviel.

*

O corpo desmembrado do Berserker caia sobre a terra úmida de sangue, enquanto debatia-se tentando voltar ao combate, com Mordred em pé no seu peito, sua armadura e espadas estavam ensanguentadas, mas o sangue não era dela.

"Caralho!", raiva e insatisfação, os sentimentos mais fortes no coração de Mordred nesse momento, o Berseker não era tão forte quanto seu corpo musculoso e tamanho descomunal transparecia e foi facilmente dominado por ela sem a necessidade de usar o seu fantasma nobre.

Logicamente entre Rider e Berserker o ultimo era muito superior, mas o fortalecimento da loucura, benefício da classe que sacrifica a sanidade mental do alvo em troca de fortalecimento físico, deteriorou suas técnicas de combate e isso é uma péssima combinação para uma luta contra Mordred que pode ser considerada a guerreira quase perfeita quando o assunto é equilíbrio entre ferocidade e técnica, sendo capaz de reagir aos movimentos imprevisíveis dele e fazer cortes precisos enquanto aproveita o combate.

Tendo sentimentos controversos em seu peito Mordred encerrou o sofrimento de seu adversário o decapitando e fazendo sua cabeça voar alguns metros para longe. Ela não sente prazer em ver seus inimigos sofrerem sem necessidade, apenas o calor da batalha e a troca de golpes é capaz de gerar esse sentimento, torturar um inimigo não é de seu feitio e por isso o finalizou apesar de sua sede por batalhas.

"Mestre! Terminei!", grita ela monotonamente, avisando ao seu mestre do fim de seu embate.

A batalha de Mordred havia acabado.

*

A facilidade que Mordred venceu foi muito estranha, não houve nem a necessidade de usar seu Fantasma Nobre e ainda assim conseguiu finalizar um servo da classe Berserker facilmente, além da quantidade de destruição a casa e ao quintal ser mínima, porém deixei isso de lado, ela não tem motivos para mentir.

As palavras de Mordred servirão para aumentar as minhas chances, no momento eu não sabia o que falar para que minha irmã desistisse dessa guerra, mas agora que seu servo estava morto não havia motivos para minha irmã continuar a lutar, um mestre sem servo não pode vencer.

"Seu Servo foi morto Nee-san, venha comigo e eu jamais irei abandonar você", eu estendo a mão para ela enquanto mantenho um leve sorriso no rosto, quero ela ao meu lado, proteger a ultima parte de meu pai que ainda vive nesse mundo, por isso estou tentando ao máximo evitar um conflito direto com ela.

"Illya, não acredite nele, as palavras de alguém criado por um traído são cheias de mentiras", a dona da voz doce e sinistra era Irisviel que abraça Illya pelas costas enquanto acaricia os cabelos da pequena, "Você foi trocada, Kiritsugu que dizia amar você era capaz de mata-la para atingir seus objetivos e alguém criado por ele compartilharia dos mesmo princípios", completou enquanto a lama corrompida começava a fundir-se ao corpo de Illya.

"Ele ia atrás de você sempre que podia, mas todos os encontros eram impedidos pelos Einzbern, não acredite nessa coisa", digo um pouco triste ao relembrar a expressão de dor e desespero no rosto de Kiritsugu quando voltava de viagem sem sucesso em entrar em contato com sua filha.

"Não, eu vi, aquelas imagens não eram falsas", Illya colocou ambas as mãos em seu pescoço e apertou com força, "Todas as noites eu sonho com ele voltando para casa e me abraçando até que o calor dos seus braços é substituído pelo do cano de uma revolve", ela diz de olhos fechados quando sengue começa a escorrer de seu pescoço e fluir entre os seus dedos.

"Eu já decidi, vou tomar você para mim, você vai ser meu, só meu e de mais ninguém, nunca mais vou ser abandonada por ninguém e nem ser manipulada, vou fazer apenas aquilo que eu quero", eu vejo os olhos de Illya despertarem um brilho ameaçador e sinto um leve arrepio percorrer minha espinha, um sentimento estranhamente familiar, mas não presto atenção sobre isso e me concentro no que fazer.

"Você não vai conseguir, seu servo morreu, agora você não pode nem lutar, apenas desista", eu jogo os fatos para ela, é impossível tentar dialogar com alguém que acha que não tem nada a perder e tudo só piora quando é alguém que não tem nada a perder querendo conseguir algo, nesse caso eu.

"Hahahaha! Você me faz rir", ela coloca as mãos na barriga enquanto tenta controlar os risos que estavam muito fortes, "Berserker é invencível!", ela diz com confiança no olhar substituindo o sorriso medonho no seu rosto.

Eu tampo meus ouvidos ao escutar um grito estridente ensurdecedor, "Impossível!", digo enquanto olho em direção ao que pode ser considerada uma junção de um filme de terror e ficção cientifica, o corpo esquartejado de Berserker reconstrói ossos, músculos e pele envolvidos por uma luz vermelha.

O servo de Illya estava de volta ao combate ainda mais feroz e motivado, dando um salto rápido e recuperando sua espada que estava cravada no chão.

"Mas como? Servos tem uma regeneração insana, porém não chega a tanto", digo admirado, mas não era hora para isso, a situação mudou novamente e pela confiança de Illya e o poder brutal de seu Servo posso concluir, "Então somo inimigos?", a encaro friamente.

"Não", ela nega com a cabeça enquanto sorri docemente, "Sou apenas uma irmã preocupada com a saúde de seu irmãozinho que quer ter certeza de sua segurança", as palavras doces escondia suas verdadeiras intenções.

*

Mordred estava de canto em prontidão esperando algum sinal de perigo para a vida de seu Mestre, em circunstâncias comuns a cabeça de Illya já estaria longe de seu corpo, porém sem a permissão de Yan ela apenas ficaria de guarda o protegendo e esperando ordens.

Contudo o despertar do Berserker a fez colocar esses pensamentos de lado e preparar sua espada para uma continuação de sua batalha insatisfatória.

"Venha!", ela gritou disparando em direção ao Berserker que retribuiu sua fúria com pura força bruta, o inicio de uma batalha brutal, apenas um balançar de sua espada lançou Mordred através da casa destruindo parede e cômodos em seu caminho.

"É disso que eu tava falando!", Mordred grita de alegria quando levanta dos destroços com um sorriso no rosto, o inimigo a sua frente não era mais apenas um guerreiro enlouquecido, agora transformou-se numa fera sedenta por sangue.

Mordred e Berserker dispararam em direção um do outro trocando golpes de espada, socos e chutes, não era uma luta de espadachins, mas sim a luta de duas bestas sedentas. Cada golpe gerava ondas de poder e destruíam tudo em seu caminho, cortando vigas como papel.

O sorriso de Mordred alargava-se a cada golpe que acertava e recebia, intensificando os raios envolta de seu corpo para acompanhar a força e resistência de seu adversário que mudou muito após a primeira derrota.

Se na primeira luta a espada de Mordred atravessava o corpo de Berserker sem dificuldade alguma sendo capaz de separar membros agora dificilmente estava fazendo cortes superficiais, "Então quando você revive ganha algum nível de imunidade, mas deve ter um limite", Mordred disse focando todos os seus golpes em um único ponto abrindo a ferida aos poucos, para poder incapacita-lo.

Os espíritos heroicos são invocados apenas com parte de seus poderes que se encaixem em determinada classe como receptáculo para acessar os seus poderes, Mordred, Medusa e Berserker, além de todos os outros espíritos estavam limitados a lutar a baixo do seu poder real em vida, por isso haveria limitações gritantes em suas habilidades e é isso que dá a ela a certeza de vitória contra Berserker.

A batalha brutal de ambos destruiu a casa dos Emiya e explodindo o botijão de gás e múltiplas das lembranças que haviam nele. E mais uma vez Mordred atingiu seu objetivo decepando a pena dele impossibilitando-o de lutar em pé, mas isso não o impediu de lutar como uma besta segurando uma espada na boca e usando Mordred de boneca a jogando de um lado para o outro destruindo sua armadura completamente a deixando apenas com seu traje de batalha reserva, consistindo de um top, uma saia larga com ambas as laterais abertas mostrando as pernas e um pequeno colar no pescoço, não sendo a roupa ideal para o combate, mas era a era o que tinha para o momento, sacrificando a defesa por mobilidade.

Não havia nuvens no céu permitindo que a luz refletida pela lua iluminasse o corpo de Mordred destacando sua musculatura magra e bem definida que adiciona um charme ainda maior ao seu corpo, que agora estava cheio de feridas superficiais e hematomas provindos dos ataques sucessivos do Berserker.

"Obrigado, Medusa", Mordred diz enquanto continua sua luta buscando finalizar o servo inimigo.

Durante a luta Mordred acabou sendo lançada no quarto de Yan, onde Sakura estava descansando e devido a interferência de Medusa conseguiu manter ao menos um local da casa intacto ao mesmo tempo que protegia Sakura.

"Heracles", Medusa falou alto o suficiente para que Mordred escutasse e deu certo, pois um sorriso ainda mais sádico surgiu no rosto de Saber que avançou ainda mais ferozmente para cima do Berserker.

Medusa conhecia a história do semideus que após uma vida de provações e desafios, bençãos e pecados, fortuna e azar, matou seus próprios filhos e mesmo quando conseguiu redimir-se encontrou o desespero novamente, no fim foi recompensado com uma cadeira no olimpo e principalmente um corpo imortal.

"É adequado que o maior dos heróis da antiguidade e ao mesmo tempo irônico seja diminuído a uma fera irracional", pensou Medusa enquanto carregava suavemente o corpo de Sakura e Tohsaka a acompanhava, ambas fazendo seu papel de proteger Sakura.

"O que Archer está fazendo que ainda não ajudou Mordred?", pensou Tohsaka distraída, mas logo voltou a sua linha de pensamento de urgência, não era hora de pensar naquela garota egoísta que faz apenas o que quer.

*

"Eu não quero lutar contra você, mas não tenho escolha", o desejo de ter uma família existe dentro de mim, assim como o desejo de proteger a única que me resta, Illyasviel, porém aqui estou eu frente a ela e não é um momento feliz.

Nesse momento nossos interesses entraram em confronto e nenhum de nós vai desistir de seus objetivos, eu em destruir o Graal e Illyasviel de tentar me levar como servo.

"Oni-chan, não se preocupe enquanto você estiver vivo poderemos ficar juntos", com aquelas palavras havia entendido finalmente entendido, minha irmã estava quebrada a muito tempo.

Anos de sofrimento e provavelmente aguentando a corrupção do Graal ao mesmo tempo em que era manipulada por falsas informações, além de ser usada como cobaia em experimentos inimagináveis. Isso tudo fez a sua mente quebrar e quando neguei o pedido para ser seu servo, provavelmente os únicos com quem tem contato direto em sua infância a fez cair em um desespero sem fim.

Não há salvação para ela a curto prazo e tempo é algo que não temos, "Desculpe pai, eu não pude me reconciliar com ela, mas acredite em mim, ela ainda te ama tanto quanto você a ama, talvez até mais", oro de olhos fechados desviando dos ataques vindos da lama, enquanto me aproximo dela o mais rápido possível.

Já havia tomado minha decisão, em toda a minha vida nunca matei alguém que sobre o qual tinha algum sentimento, imaginei que o primeiro iria ser meu amigo Shinji, porém a primeira pessoa vai ser Illya. É muito comum em clãs de assassinos e organizações mais sombrias que o ritual de graduação seja ao matar alguém muito querido, nunca havia entendido a lógica até esse momento.

Quando você sente algum carinho minimamente verdadeiro por alguém é natural prezar pela saúde e bem estar dela, assim ter de superar esse sentimento ainda que pequeno é difícil, não por causa de Illya, por causa de Kiritsugu.

Era como pisar na bondade que recebeu, a pior forma de ingratidão possível, ser criado, alimentado e educado por alguém apenas para matar sua filha mais amada.

"Me perdoe...", murmuro com dor no peito, não abro os olhos para não perder a pouca motivação que me resta, eu já havia tomado a decisão, matar Illya é a escolha certa a ser feita.

Não vou conseguir repetir a mesma cirurgia novamente e no caso dela é muito pior não era um simples fragmento corrompido, mas todo o Graal menor em seu coração, além dela estar comandando um servo basicamente imortal que apesar de ter alguma limitação ainda é desconhecida e não posso arriscar estragar tudo em que trabalhei.

Já sentia a lama escorregadia sobre os meus pés e logo a minha frente estava minha irmã assustada, apesar de ela ter conhecimento poderosos sobre magia ainda tem um défice quanto ao físico e mesmo a lama negra era incapaz de impedir minha aproximação ficando à mercê dos meus ataques.

"Espero que um dia você se reúna com aqueles que ama", digo minhas ultimas palavras para ela com uma pequena lagrima escorrendo por meu rosto.

Nunca chorei em toda a minha vida, nem mesmo quando meu pai morreu, pois ele ainda estava vivo em mim, suas técnicas de combate, seu conhecimento como assassino, seus defeitos como humano, tudo esculpido em minha mente e corpo ao longo dos anos que estávamos juntos, até mesmo seu próprio sangue corre em minha veias, mas nesse momento eu estava o mantando com minhas próprias mãos enquanto Illya sentia a afiação da minha lamina.

Talvez um segundo o menos foi o tempo necessário para me mover em direção a ela, projetar uma espada e a decapitar, contanto que o coração continuasse intacto o ritual iria continuar, com um mestre a menos e com a corrupção sobre o meu controle.

Contudo não ocorreu como o esperado e o barulho de metal colidindo, fazendo me sentir remoço e alegria por não ter conseguido matar Illya. Abro meus olhos e o que vejo é surpreendente.

"Archer?", digo sem entender por qual motivo ela me impediu de finalizar Illya.

A minha frente estava Archer sei institivamente isso, usando um colam negro que destaca as curvas em seu corpo assim como seus seios, havendo uma abertura na área da barriga, além de aberturas laterais revelando sua pele morena.

"Não posso deixar você fazer isso Yan", ela diz seria entrando em posição de combate e finalmente consigo ver claramente o seu rosto, olhos dourados que brilham na escuridão e cativam apenas por seu vislumbre perdendo apenas para a Medusa nesse quesito, cabelos lisos e rosas levemente prateados.

"Mesmo que eu morra, não vou deixar você a matar", a seriedade em suas palavras aumentou, quando o poder magico começou a concentrar-se em suas mãos e uma palavra familiar saiu de sua boca, "Trance-on!".


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บท 58: Queda

Informação é o primeiro passo para fortalecer uma magia além de seus limites e a minha especialização em magia de Projeção e Reforço deram origem a magia original de assinatura que uso, pelo menos essa é a historia que contei para Kiritsugu e é o que está escrito no banco de dados da Torre do Relógio, porém a verdade é outra.

Meu conhecimento acadêmico, esgrima, etiqueta, entre outros, todos vieram naturalmente até mim naturalmente e com "Trance-on" não foi diferente, um dia durante meu treinamento essas palavras apenas saíram da minha boca e consegui ver todo o passado de um Bokken, espada de madeira, e a partir daí comecei a pesquisar sobre essa magia.

Durante meus anos de vida não ouve progressos e nem mesmo Kiritsugu sabia sobre magias similares, levado em consideração que as magias de Reforço e Projeção são básicas e consideradas descartáveis é possível que não haja magos peritos nelas, fora eu.

E esse é o ponto no qual quero chegar, pela primeira vez vi outra pessoa usar projeção em batalha, além de ser exatamente a minha magia que não deveria haver alguém capaz de usar além de mim e isso me assustou.

"Surpreso?". A voz dela continha um pouco de sarcasmos, porém não saiu de sua posição de batalha em momento algum.

"Archer, quem é você?", me preparo para atacar ou defender a qualquer momento e em momento algum para de encara Illya que já havia parado de tossir sangue e debater.

"Agora sou uma estranha", sinto um pouco de dor em sua voz, porém seus olhos eram o de uma águia que iria me devorar inteiramente caso eu abaixa-se a guarda.

Os sons da luta entre Mordred e Berserker estavam cada vez mais frenéticos e eu sabia a causa disso, apesar de sua fúria ainda havia contenção em seu poder, pois não ativou seu fantasma nobre em momento algum para evitar atingir as casas próximas ou acidentalmente me acertar.

"As chances estão contra mim", murmuro e dou um longo suspiro, logicamente Archer escutou e isso a fez sorrir.

"Que tal Yan, você deixa ela ir embora e podemos parar aqui", ela fez uma boa proposta.

Dos pés de Illya surge um espinho negro, feito da Lama negra, pronto para atravessar as costas de Archer que foi parado pelo som de metal colidindo, uma espada surgiu e protegeu do espinho.

"Eu estou te protegendo, então não é educado atacar pelas costas, sabia?", Archer diz sem desviar os olhos de mim.

A mesma espada que a protegeu disparou em direção a Illya que usou a lama negra para moldar espinhos negros e proteger-se, porém a espada parecia ter vida própria ao mudar seu formato e direção conforme atravessava a muralha de espinhos e atingir em cheio a perna direita da garota a decepando. Pela segunda vez no dia havia uma garotinha caída, chorando e ensanguentada no chão.

Eu estava realmente admirado, sua posição de batalha não era comum e ainda assim demonstrava ser uma espadachim experiente e além disso conseguia fazer algo que jamais consegui, ter o controle perfeito da espada enquanto estava no ar, além de mudar sua forma após a projeção ter sido feita.

"Você é boa, mas eu não pretendo desistir agora", digo isso corro na direção dela, pronto para a atacar.

A força de um servo era baseada em quão bom um mago é no geral, por isso Medusa ficou muito mais forte quando tornou-se minha serva e ao mesmo tempo Mordred enfraqueceu devido ao aumento no consumo do meu poder magico e eu sei que consigo lutar frente a frente com ela no seu melhor estado como serva, então lutar contra uma classe mais fraca como o Archer deveria ser mais fácil.

Mas.

"Você já foi mais rápido", escuridão.

Meu rosto foi enterrado no chão com apenas um golpe, nem a vi se mover e muito menos senti qualquer intensão assassina vindo dela, além disso era como se ela se soube onde me atingir para me fazer cair com um único golpe.

"Eu já fui?", me levanto em um único pulo e entro em posição de combate novamente.

Eu não a estava vendo em lugar algum, mas o sentimento de paz e segurança que ela transmite ainda estava no ar, mesmo estando lutando uma batalha mortal e isso me incomodava muito.

"Quem é ela?", pensei comigo mesmo e finalmente uma resolução veio a minha mente.

"É logico, já sei quem é você!", grito alto o suficiente para que ela escute.

"Então quem sou eu?", desvio de algumas espadas que começaram a surgir ao meu redor, enquanto não consigo dizer de onde vem a voz dela.

"Você protegeu a Illya, tem a aparência muito parecida com a dela e tem a minha magia", cada espada que surge não estava mirando meus órgãos vitais, mas estava tentando causar ferimentos sérios ao meu corpo caso atingisse.

"Você é minha descendente com a Illya!", gritei o mais alto possível.

Era a única forma de ser possível isso, ela deve ter a minha magia devido a crista de família e foi convocada para lutar na guerra depois de ter feitos heroicos no futuro, sendo assim ela não me deixaria matar a própria mãe e isso vai pelo fato dela me dar uma sensação de paz, talvez seja meu instinto paternal adormecido que está desenvolvendo-se ou algo parecido.

Ao terminar minhas palavras escuto um estrondo vindo das paredes que cercam o jardim, o corpo de Archer avia batido com força o suficiente para abrir um buraco na parede.

"Que? Não jamais!", diz ela desesperada e com um pouco de nojo evidente em sua voz e rosto.

"Você realmente esqueceu de tudo?", o nojo e desespero em seu rosto desaparecem como se nunca estivessem lá e são substituídos por uma lagrima escorrendo por suas bochechas.

"Esqueci do que exatamente?", minha mente estava tentando reinterpretar todas as informações a minha disposição, porém não havia nada logico que eu pudesse dizer, é impossível que eu sabia algo sobre a mulher na minha frente.

Igual ao florescer de uma flor após a chuva, um sorriso floresceu no rosto lacrimejante de Archer, "Sua mente não lembra, mas seu corpo deve lembrar", simples palavras, mas meu senso de perigo disparou como nunca antes ou melhor, igual quando aconteceu mais cedo no jantar por um momento.

MEDO

Eu estava aterrorizado com o espirito heroico a minha frente, porém ainda assim não pude deixar de conter o sorriso em meu rosto, "Será que eu enlouqueci", penso comigo mesmo enquanto institivamente desvio de laminas que estava crescendo de forma irregular ao meu redor, diferente de antes locais vitais estavam sobre ataque.

"Não, você não é louco", bloqueio um chute em meu abdômen utilizando minhas lâminas que foram quebradas facilmente.

"Você consegue ler mentes?", se a resposta for sim estarei em desvantagem.

A resposta não veio e continuamos a lutar, pouco a pouco ela estava me cansando igual a um gato que brinca com um rato, diferente da minha luta com Mordred que eu conseguia melhorar minhas projeções aos poucos até que chegaria a um ponto no qual me equipararia a ela, com Archer é impossível seguir com isso.

"Não consigo copiar uma espada que não tem forma", em palavras simples era exatamente isso, não consigo copiar espadas que não tem forma ou funções especificas, Archer estava mudando suas configurações, funções e até mesmo composição sem me dar tempo de copiar ou mesmo melhorar minhas próprias projeções e ainda por cima sua capacidade física era muito superior a minha ou até mesmo Mordred no seu auge.

Os ferimentos no meu corpo estavam se acumulando cada vez mais e a perda de sangue me deixou tonto, fazia muito tempo que não saciava minha sede de sangue e isso só piorou o meu estado de abstinência.

Esse tipo de luta não é o ideal para mim, nossos estilos de lutas são muito similares e ao mesmo tempo completamente opostos, enquanto eu tenho uma abordagem direta e me utilizo da esgrima padrão utilizando movimentos limpos e elegantes para lutar o meu oponente luta através de uma estratégia de bater e correr limitando meus movimentos e impedido qualquer contra-ataque através do aparecimento de laminas em momentos crucias.

"Quando você vai lutar a sério?", diz ela destruindo as espadas que estavam em minhas mãos com apenas um soco.

Isso fez meu sangue ferver.

Se a luta entre Archer e Yan estava no nível de batalha técnica e estratégica, então a luta de Mordred contra Berserker era apenas brutalidade e selvageria, duas bestas feras brigando por um pedaço de carne.

Apesar de seu pequeno físico e aparência franzina o carmesim do seu sangue misturado com o do Berserker combinado ao seu olhar feroz impossibilitaria qualquer pessoa de pensar que ela é frágil, principalmente por causa da grande espada em suas mãos desproporcional ao corpo e ainda assim pequena em comparação ao tamanho do Berserker.

"Quantas vezes eu vou ter que te matar?!", Mordred gritava de ódio em seu coração, dez vezes, ele morreu dez vezes e ainda levantava normalmente a cada vez e ficando mais forte ao ponto de que nem Clarent, sua espada, estava causando um total de zero dano nele mesmo após reforça-la além de seu limite, tendo que apelas para formas alternativas de mortes como estrangulamento, não sendo uma das mais fáceis devido a sua capacidade física elevada, até mesmo o fazendo suicidar-se ao desviar golpes de espadas.

(Sei que ele revive menos que isso, porém vou explicar tudo conforme a história progride)

Mordred estava na defensiva, após superar seus limites, pela primeira vez, aprendeu a controlar a amplificação de seu poder nesse corpo e agora estava utilizando um nível superior apenas em momentos decisivos e por tempo limitado deixando seu corpo capaz de regenerar naturalmente os estragos, porém até mesmo para um servo existem limites que seu corpo é incapaz de aguentar e Mordred estava sentido isso em primeira mão ao estar levemente tonta.

Berserker não teria piedade e continuou a atacar sem dar descanso a Mordred que confiava apenas em sua técnica já precária para aparar e desviar dos cortes e ainda assim saia machucada dos efeitos colaterais como a força do impacto ou mesmo os danos de usar o reforço em excesso que estavam acumulando-se. Por ironia do destino, ambos mestres e servo estavam em situação similares, perdendo para si mesmo e suas limitações, mas Yan ainda estava vivo e conseguia ficar forte, enquanto Mordred estava limitada a uma casca que não condizia com seu real poder em vida e incapaz de fortalecer-se em batalha simplesmente lutando.

"Eu não vou desistir...", a voz de Mordred era quase um murmúrio, mas a determinação em seus olhos reforçava o valor em suas palavras, essa a muito tempo deixou de ser uma luta pelo santo graal ou mesmo para proteger seu mestre.

Era uma luta contra o destino, pelo menos figurativa em sua mente, sempre lutando a batalha de outros e mesmo quando vencia não era por sua vontade, o destino estava lá a fazendo repetir os mesmo atos de formas diferentes, subir até a montanha mais alta apenas para se jogar de cima e escalar novamente, isso quando não era empurrada do topo ou caia acidentalmente.

O Berserker o qual duela é invencível para ela, mesmo lutando com tudo que tinha, toda sua força, poder e técnica, existem coisas impossíveis de serem feitas até para um herói e derrota-lo agora era impossível, nem forças para ativar seu fantasma nobre existiam e mesmo que tivesse Berserker não daria tempo o suficiente para isso.

Em momentos como esse o pensamento que passaria pela cabeça de qualquer pessoa é bastante simples, desistir e aceitar a derrota, mas Mordred não conhecia o significado de desistir, sendo capaz de iniciar uma revolução e matar o próprio rei para que fosse reconhecida.

"Pense! Pense!", ela repetia a si mesmo, sua derrota era certa, porém ainda não havia desistido de lutar.

Não havia nuvens no céu e a luz da lua era forte o suficiente para refletir em objetos e um objeto brilhando não passou despercebido por Mordred que lembrou de uma das histórias de seu pai que valorizava muito a espada, "Não custa tentar".

Ainda um pouco tonta e cansada conduziu o Berserker até o local onde queria ir, nos entulhos da casa que havia sido destruída na batalha feroz entre ambos e no meio de tudo isso estava um objeto brilhando fortemente, pegou rapidamente com destreza sem dar oportunidades para o seu inimigo aproveitar.

"As vezes o importante não é a espada que fere, mas a bainha que protege", nas mãos de Mordred estava Avalon o tesouro que apenas seu pai poderia usar ou aqueles que tinham o contrato com ela, mas agora estava inerte devido a Yan gastar os poucos de energia que restava na mesma para não morrer acidentalmente contra Mordred.

"Se eu consegui brandir Clarent, posso usar você também", Mordred tinha certeza que podia, sua espada Clarent é a espada que dá o direito de sucessão ao trono, normalmente dada ao próximo na linha de sucessão, ela a roubou e com isso boa parte de seus poderes foi perdida, porém ainda assim é capaz de rivalizar com outras armas que não foram degradadas e vencer.

A bainha rejeitava completamente toda e qualquer tentativa de Mordred forçar uma ativação, não adiantava o quanto tentasse e Berserker não dava trégua perfurando profundamente a espada na barriga dela.

Ensanguentada ela não desistiu e aproveitou o momento para desarmá-lo utilizando toda a sua magia e força restante para cortar o seu dedão e impedir que ele a use novamente.

"Merda!", Mordred gritou aos seus entanto sentia sua vida se esvair mais uma vez, "Eu nem quero ser rei!", Mordred caia no chão com a espada em seu estomago e Berserker a observando com calma, talvez um traço de sua personalidade ainda estivesse existente pois apenas observou Mordred caída no chão enquanto seu sangue escorria para dentro de Avalon e seu corpo desaparecia em partículas de luz azul, "Até algum dia, Mestre".

Illya começou a debater-se a alma de Mordred estava entrando no cálice, para que o ritual fosse completo era necessário que os 7 espíritos heroicos fossem mortos e em uma guerra normal um mestre sem servo estaria desqualificado imediatamente, mas essa não é uma guerra comum.

A conexão entre Yan e Mordred foi cortada e isso o desconcentrou levando um golpe que quase perfurou seu coração, mas a lâmina parou por vontade própria, "Na próxima eu não terei pena", disse Archer para Yan.

Yan sabia que Archer estava apenas tentando ganhar tempo para que Illya poder fugir, porém não conseguia nem chegar perto dela, matar era impossível e mesmo que e pelo fato de seu adversário aparentemente poder ler mentes apenas o colocava em uma situação perigosa.

"Essa é a pior situação possível", Yan suspirou decepcionado, não, mas triste por não conseguir despedir-se de Mordred em seus últimos momentos.

Com seu servo morto, sem aliados para ajudar, o servo reserva estava encarregado de proteger Sakura e o servo do inimigo e aquele que deveria me ajudar agora podem me atacar, "Que merda", Yan xingou pela primeira vez em sua vida, tudo estava dando errado.

"É tudo ou nada", uma serie de preparações foram feitas, no total Yan tinha três trunfos para usar na guerra, Avalon e mais duas, todas poderiam mudar o combate em apenas um momento e mesmo que Archer possa ler pensamentos não vai funcionar.

"Afinal, eu não consigo pensar quando estou assim", Yan pegou de seu bolso um pequeno orbe negro, "não vá morrer facilmente Archer", e jogou em sua boca mastigando-o calmamente.

As feridas no corpo de Yan começaram a regenerar e seu cabelo a crescer, a expressão de pesar pela morte de Mordred foi substituída por uma fúria insana, seu corpo ganhou mais músculos e a gordura desnecessária foi absorvida.

Yan não gostava disso, mas tomou uma pílula que amplia sua sede como se não tivesse bebido sangue por anos, os ingredientes para tal coisa eram muito caros e talvez nunca conseguisse outra, foi um golpe de sorte que encontrou no laboratório de pesquisa de um mago durante seus dias de trabalho.

Yan não estava mais em sã consciência, porém em troca disso seu lado combatente estava no ápice, sendo capaz de desviar de todas as espadas de Archer e ainda trocar golpes e os pouco cortes que acertavam curavam-se quase que instantaneamente.

"Mesmo assim ainda não é você, pena que quando você esteve assim foi uma das minhas transas favoritas", Archer disse suspirando e limpou um pouco da babá que escorria por seus lábios, por ter relembrado cenas do passado, "Mas esse de agora não é você".

"Leve ela para o castelo dos Einzbern", Archer fala sem virar as costas para Berserker, não havia o que temer, "Eu vou daqui a pouco", e avançou em direção a Yan o mais rápido possível.

"Esse não é o Yan que eu conheço", ela desviava de golpes selvagens e irracionais, porém muito fortes, "O Yan que eu conheço jamais pensaria na vitória apenas por vencer", Archer cortou os dedos dele apenas para outros crescerem no lugar instantaneamente.

"Ele pensaria na forma mais épica e bonita, cogitando até mesmo perder apenas pelo espetáculo", Archer estava lagrimando enquanto via o estado deplorável de Yan que para ela era digno de pena.

"Como alguém que almeja ser o Verdadeiro Rei demônio desce ao nível de apelar para seus instintos básicos e ainda perde um de seus mais confiáveis subordinados tão facilmente?".

Yan não estava escutando ou mesmo prestando atenção nas palavras ditas por Archer, apenas a sede incontrolável por sangue se mantinha, uma besta sedenta por sangue.

"Eu não quero te ver assim"

Os ataques pararam e ambos se encaravam cara a cara esperando o primeiro movimento de alguém e esse foi o erro de Yan, Archer nunca precisou falar, se mover ou agir, apenas um simples pensamento e as espadas sem forma que estavam dentro de seu corpo expandiriam e o cortariam por dentro completamente.

E foi exatamente isso que aconteceu Yan parecia um porco espinho feito de espadas, coração, cérebro, membros todos destruídos sem pena. A técnica mais mortífera de Archer, transformar as espadas em poeira e deixar o adversário inalar e após isso simplesmente o matar de dentro para fora.


ความคิดของผู้สร้าง
L4DR1X L4DR1X

Eu realmente preciso falar um pouco sobre a morte da Mordred, eu pensei bastante sobre o rumo da historia nesse meio tempo em que eu fiquei sem escrever em junho e decidi que deveria acontecer agora, os personagens morrem, e apesar de gostar muito dela tenho que deixar claro que não estou fazendo uma historia simplesmente para ver o MC, protagonista, ficar com todas as garotas, eu quero uma historia interessante e que realmente passe a sensação que nada é previsível, afinal essa sempre foi a minha proposta, fazer algo que difere da historia original, então é isso, outros personagens principais vão morrer no futuro e o Harem do MC não está isento disso, por isso espero que continuem acompanhando, bom um minuto de silencio por Mordred.

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