บท 27: Capitulo 27
(...)
Dylan
Charlotte tomou a decisão de acolher Stefany e os outros sob nosso teto, e, para meu desgosto, isso se tornou um verdadeiro tormento. As últimas duas semanas foram um verdadeiro inferno, com Anna sempre grudada em mim e o novo admirador da minha esposa, Samuel, se intrometendo a cada momento.
Até Dion, meu irmão, não esconde sua insatisfação com o novo "ajudante" de Charlotte, mas ela insiste que estamos exagerando.
Foda-se.
Na verdade, toda noite é um castigo devido a essa escolha dela. E, claro, sempre que estamos a sós, faço questão de fazê-la gritar e gemer meu nome. Charlotte pode se queixar do meu jeito bruto, mas, quando estamos juntos, ela implora por mais intensidade.
Finalmente consigo me livrar de Anna e me sento sob uma árvore, apreciando um momento de paz que não experimentei desde que essa garota voltou a vida.
"Se arrependimento matasse, eu estaria morto."
"Te achei," - diz Dion, sentando-se ao meu lado. - "Está se escondendo da pentelha?"
"Ela é igual a um carrapato," - eu respiro fundo, enquanto meu irmão dá risada. - "E Charlotte?"
"Está cuidando do Aaron," - ele se acomoda. - "Eu sei que você jamais trairia Charlotte, mas precisa ter mais cuidado com a Anna."
"Eu amo a Charlotte."
"Não duvido. Mas Anna está se tornando um obstáculo entre vocês e agora temos mais um, o Samuel. Ele quase envenena a cabeça da Charlotte."
"O que ele fez?" - pergunto, a raiva crescendo em meu peito.
"Ele disse que você não está fazendo nada, porque gosta que a Anna fique se esfregando em você." - Faço um esforço para não ir atrás do garoto. - "Está mais do que na hora de você dar um basta nisso. Anna está tornando tudo insuportável."
"Já fiz de tudo, mas ela é mimada e teimosa."
"Então, tente mais. Tenho certeza que Anna está usando Samuel para se livrar da Charlotte, assim o caminho fica livre para ela."
"Isso nunca vai acontecer. Mesmo se Charlotte me deixasse, ela sempre será a mulher que amo," - eu me levanto, indignado. "Mas, de certa forma, a culpa é da Charlotte. Era para nós quatro estarmos vivendo em paz na fazenda. Mesmo sabendo das intenções da Anna, Charlotte permitiu que eles ficassem."
"Colocar a culpa nela é fácil. Mas você também tem sua parte de responsabilidade. Desde o início, foi gentil com a Anna, e isso a deixou interessada por você. Depois, não foi firme nas suas ações."
"O quê?"
"Você só reclama e não faz nada. O que eu sou para pensar?" - eu fico em silêncio. - "Eu sei que não sou a pessoa certa para dizer isso," - ele se levanta. - "Mas não magoa a Charlotte. Ver os olhos dela cheios de dúvida e medo não foi nada agradável."
"Jamais a magoarei."
"Vou confiar na sua palavra. Mas tenha cuidado com essa garota. Meninas como ela costumam ser um verdadeiro tormento."
"Você acha que Anna não vai desistir?"
"Se eu estiver certo, coisas desagradáveis estão por vir por causa dela."
"Como assim?"
"Samuel chamou Charlotte para ir à cidade ver a rádio da escola. Tenho certeza que isso é mais um plano da Anna. E Charlotte não acredita que o garoto está ajudando a pirralha a separá-los. Ela precisa ver com seus próprios olhos que isso não é paranoia da minha cabeça."
"Você está calmo."
"Estou calmo porque Charlotte não demonstrou interesse nele e garantiu que o vê de outra forma. Eu confio nela."
(...)
Charlotte
As palavras de Samuel deixaram uma dúvida esmagadora em meu coração, mas felizmente Dion conseguiu dissipar essa sensação.
Dylan jamais faria isso comigo!
Passei a tarde cuidando do meu filho e, surpreendentemente, Anna não perturbou Dylan durante a noite.
Quando nos preparamos para dormir, Dylan apenas me abraçou, o que achei estranho, já que normalmente ele tem um jeito bem mais... intenso durante a noite.
Me viro de frente para ele e, ao sentir seus braços me envolvendo mais forte, começo a acariciar seu cabelo.
"Amor!"
"Hum?"
"Desculpa."
"Pelo quê?"
"Mais cedo, Samuel disse algo que me deixou em dúvida," - ele olha diretamente para mim. - "Duvidei da sua lealdade."
"Dion me contou, mas preciso deixar algo claro," - eu me posiciono sobre ele. - "Você é minha , e nenhum pirralho vai me tirar de você, nem mesmo essa garota insuportável."
"Anna não vai desistir."
"Ela terá que desistir, porque sou seu, assim como você é minha," - Dylan começa a mordiscar meu pescoço e fecho os olhos, perdida na sensação. - "Eles não vão nos separar." - Ele me olha com intensidade. - "Não passei um inferno te procurando para que uma pentelha e um pirralho nos atrapalhem," - e então ele me beija com fervor. - "Quem você ama?"
"Você!" - Ele volta a me beijar intensamente, enquanto abraço seu pescoço.
"Vocês se cansam?" - Dion interrompe ao entrar no quarto.
"Bater antes de entrar é uma boa prática," - Dylan diz, saindo de cima de mim e deitando ao meu lado. - "Pesadelos, irmão?"
"Quem não tem pesadelos com o barulho do quarto ao lado? Vou dormir aqui," - ele se acomoda na cama. - "Sua admiradora geme muito alto," eu - olho para ele, intrigada.
"Será que ela desistiu?"
"Garotas como ela fazem de tudo para conseguir o que querem. Estou dizendo que Anna e Samuel estão juntos nessa."
"Ela está transando com Sam?"
"Anna não é tão santa quanto sua irmã pensa," - ele fecha os olhos, exausto. - "Agora, calem a boca que estou com muito sono."
"Você invade nosso quarto e ainda é exigente," - eu digo, brava.
"Vamos dormir, amor," - Dylan fala, então me viro e abraço ele. - "Amanhã, tenha cuidado quando estiver sozinha com o garoto."
"Vou ter, não se preocupe."
"Quietos os dois," - Dion diz, e eu solto um suspiro.
"Boa noite, mamute 2."
"Boa noite!"
"Boa noite, mamute 1," - seguro o rosto de Dylan e dou um selinho.
"Bom noite!"
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