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60.52% Amor zumbi (livro 2 em 1) / Chapter 23: Capitulo 23

บท 23: Capitulo 23

(…)

Charlotte

Nunca na minha vida imaginei que poderia ter zumbis racionais, e quando conheci o Dylan fiquei tentando entender como era possível, um morto- vivo canibal sem consciência sua única função era matar seres vivos.

Então, ver um zumbi enorme usando uma máscara e sendo domesticado, foi chocante e ainda ele ainda tinha sua consciência humana.

Como isso era possível?

Sou uma cabeça de prego e o único que poderia responder as perguntas é o Gilbert. Ele era o inteligente do grupo, mas infelizmente foi morto como o resto dos meus amigos.

Por ter se transformado em zumbi e mesmo com sua consciência humana, a personalidade do Dylan foi afetada, que o deixou sendo um neném gigante. Mas na realidade ele é um demônio sádico e autoritário.

Tenho certeza que esse homem será a minha ruína. Me sinto cada vez mais atraída por ele, e isso nem deveria acontecer, como o meu amor por ele.

Me apaixonei muito rápido.

Lembro que demorou quase um ano para o Nikolas me conquistar, antes dele estava dividida entre o Gilbert e o Jacob. Não posso negar que os homens que eu considerava meus irmãos, deixava o meu corpo quente só de ouvir a voz deles.

Talvez por isso Gilbert sempre estava me provocando e me deixando sem jeito, suas habilidades dava para ele saber o que estava se passando na minha cabeça.

"Ele podia escutar os pensamentos e ver as lembranças com um único toque."

De todos, Gilbert era o mais habilidoso e que possuía poderes especiais, não era atoa que ele era o líder de todos.

Ele era gentil e carismático, sempre estava lá quando eu precisava. E era o único que me ajudava não desistir da minha vida.

Sentia uma atração muito forte por ele, tão forte que muitas vezes me tocava pensando nele. E com o Jacob foi um pouco difícil.

Enquanto Gilbert era comunicativo, Jacob era mais na dele, e raramente falava com os outros. Mas era gentil comigo e muitas vezes o vi sorrindo para mim.

Eu gostava muito de falar com ele, e muitas vezes se abria comigo e por trás de sua parede impenetrável, tinha um homem muito gentil que sentia saudades de sua família.

A primeira vez que me senti atraída por ele, foi quando estávamos treinando. Acabei caindo em cima dele e nossos rostos ficaram muito próximos e pela primeira vez vi o quanto ele era lindo.

Sua pele morena e seus olhos castanho claros, seu sorriso com covinha acelerou o meu coração, mas o que chamou a minha atenção foi seus lábios carnudos que me deixou com água na boca para beija-ló.

Me senti daquele jeito, fiquei assustada e acabei fugindo. Já estava sendo difícil o que estava sentindo pelo Gilbert, todos se consideravam irmãos e eu estava tendo fantasia com um deles, e depois passei a sentir atração por mais um.

Nunca entendi porque aquilo estava acontecendo comigo, tinha vergonha de falar com eles a respeito do que estava acontecendo comigo. Me sentia um ser repugnante por estar atraída por dois homens que para mim era como meus irmãos mais velhos.

Eu estava me tornando alguém que não queria ser, estava fora de controle e isso me assustava.

E um dia tudo mudou!

Dei uma escapada para ver a chuva de meteoros, quando Gilbert apareceu e revelou seus sentimentos para mim, lembro que foi uma explosão de sentimentos.

"Falhei em quase todo os testes."

Suas palavras fez o meu coração gelar, porque eu sabia o que aconteceria se um de nós falhasse nos testes, e Gilbert sendo um super humanos incrível tinha falhado. Então o medo tomou conta de mim, ao pensar que nunca mais iria vê-lo

"Posso estar sendo egoista, mas quero te fazer um último pedido. Só por hoje seja minha."

Eu deveria ter dito que iríamos fugir antes dos cientistas se livrar dele, mas em vez disso acabei aceitando seu último pedido e ficamos a noite toda.

Foi a primeira vez de muito tempo que deixei um homem me tocar, mas não sei porque seus beijos e toques eram nostálgicos.

"Quem é você? Porque sinto nostalgia ao senti-lo sobre a minha pele?"

Em vez de responder a minha pergunta, Gilbert me deu mais prazer, e no outro dia acordei sozinha e quando voltei para instalação o meu mundo desabou.

"Os cientistas levaram o Gilbert."

As palavras da tempestade me fizeram surtar, estava triste e com raiva e por perder o controle, me apagaram.

E como punição passei um ano em isolamento, e está à beira da loucura e quando a minha punição chegou ao fim, fui liberada e lá estava o Gilbert.

Mas ele não era mais o mesmo, parecia que não se lembrava de mim e era frio como gelo. Passei meses tentando entender o que tinha acontecido para ele não se lembrar de nada do que aconteceu entre nós.

Mergulhada na tristeza, acabei ficando mais próxima do Jacob, ele sabia o quanto Gilbert era importante para mim e me deu muita forças.

Jacob se tornou o meu melhor amigo e alegrava os meus dias com o seu lindo sorriso, apesar da atração que sentia por ele, nunca aconteceu nada entre nós. Gostávamos de treinar juntos e jogar conversa fora.

Os cientistas fizeram algo para o Gilbert não se lembrar de mim, e fizeram o mesmo com o Jacob.

Porque um dia ele foi na avaliação e no outro dia estava igual o Gilbert. E mais uma vez estava sozinha.

Seis meses depois uma nova cobaia tinha acordado do experimento, o número vinte. Seu nome era Nikolas, ele tinha por volta de vinte e cinco anos.

No começo não me importei com sua presença, mas depois ele passou a falar comigo, e mesmo ignorando ele. Nikolas era persistente e sempre estava me cantando e dizendo palavras com dublo sentido.

Ele passou meses me atormentando, e saber que aquilo não afetava o Gilbert me deixou com raiva, e por estar com os sentimentos fodidos, acabei cometendo uma loucura.

Por estar fazendo muitas missões com o Nikolas, acabei ficando com ele. Mas era só sexo, não sentia nada por ele e mesmo com suas cantadas horríveis sabia que era a mesma coisa.

Mas meses depois Nikolas foi mudando, onde só existia desejo sexual, passou a ter sentimentos e até o seu jeito mudou. Ele ficou mais ciumento e as vezes dava crises de ciúmes quando me via com os outros.

E quando tivemos a nossa primeira briga, ele acabou dizendo que estava apaixonado por mim, seus olhos azuis brilhavam. E por ter superado o Gilbert, aceitei os sentimentos dele.

Mas só depois de um ano que passei a ter sentimentos por ele, fizemos planos de nós casar quando o programa acabasse.

Ele era incrível e muito gentil.

Cinco anos depois o apocalipse zumbi aconteceu e meses depois os meus irmãos foram morrendo um por um até não restar nenhum deles.

****

Faz horas que estamos correndo sem parar, os soldados humanos continuam nos caçando em vez de estar eliminando os zumbis. De vinte e um super humanos, só restou dois.

Eu e o Nikolas.

Não sei quantos dias estamos fugindo sem parar, e nenhuma vez paramos para descansar ou beber água.

Encontramos um prédio em ruínas e Nicky fala para nos escondermos nele, e por estar no limite da minha capacidade, aceito entrar no prédio.

"Vamos passar a noite aqui," - Nicolas fala ao encostar na parede. - "Venha, meu amor," - vou até ele e o abraço forte.

"Todos estão mortos, Nicky." - fecho os meus olhos com força e lembranças dos meus irmãos sendo mortos veem na minha cabeça. - "É inútil ficar fugindo, eles vão nos matar."

"Isso não irá acontecer," - segura o meu rosto. - "Falta dois dias para chegarmos no Alaska, vamos para minha cabana de caça e ficaremos seguros, te prometo," - se abaixa e começa a me beijar, escuto passos. - droga! - me afasto. - "Vamos sair daqui," - segura a minha mão e começo a correr e minutos depois saímos do prédio.

"Escuto muitos passos," - falo enquanto estamos correndo.

"CUIDADO, CHARLOTTE," - Nikolas grita ao parar de correr, ele me abraça e vira o corpo

"Nicky," - olho para cima e arregalo os meus olhos ao ver um buraco na cabeça dele. - "NIKOLAS." - abro os meus olhos e vejo que estou no quarto, sento na cama e sinto o meu coração batendo muito forte, passo a mão no rosto e depois saio da cama com cuidado para não acordar o Dylan. Vou até a porta e saio, minutos depois estou na varanda olhando para o céu.

"Pesadelos?" - olho para trás e vejo Dion

"Vejo que você também teve pesadelos,"- falo ao vê-lo suado

"As vezes a minha falha como marido e pai vem me atormentar nas madrugadas," - fica do meu lado. - "E você?"

"Lembranças do passado," - seguro as alianças que estão no meu pescoço, Dion segura a minha mão e olho para ele.

"Eu nunca irei me perdoar por toda dor que te causei. Tirei a pessoa que você amava,"

"É passado, Dion."

"Não é. Você senti falta dele, se não já teria se livrado das alianças."

"Elas são um lembrete," - solto as alianças. - "Um monstro como eu não tem direito de ser feliz, por isso que não me livrei delas."

"Você não é um monstro,"

"Se não sou, porque sou a única que sobreviveu?"

"Charlotte."

"Todos perderam suas vidas ao me proteger, porquê?"

"Porque eles te amavam."

"Me amavam," - dou risada amargurada. - "Aos pouco meus irmãos foram mudando e se tornaram frios comigo e o único que não mudou foi o Nikolas. Os cientistas mudaram eles, e se não fosse o apocalipse zumbi, iria acontecer o mesmo com Nikolas."

"Porque fizeram isso com seus irmãos?"

"Porque monstros não podem amar e muito menos ser felizes. Primeiro foi o meu primeiro amor, depois o meu melhor amigo e por último os meus irmãos," - sento no chão. - "Perdi todos que amava por causa do que sou, e agora que tenho tudo isso. Não sei por quanto tempo irá durar."

"Ter medo é normal," - senta do meu lado.

"Só acho que não mereço nada disso," - olho para ele. - "Dylan não me conhece totalmente, e se um dia me conhecer, ele terá que fazer uma escolha difícil."

"Que escolha?"

"Me aceitar do jeito que sou, ou me deixar. Mas tenho certeza que irá me deixar, os dois vão."

"Não importa o que tenha acontecido no seu passado, eu nunca irei te deixar,"- toca no meu rosto. - "E se você é um demônio ou um anjo, não fará diferença para mim e tenho certeza que será o mesmo com o Dylan." - fico em silêncio e olho para o céu estrelado, Dion tira a mão do meu rosto e faz o mesmo e ficamos apreciando o silêncio, minutos depois Dylan senta do meu lado.

"Não sei quando foi a última vez que olhei para o céu," - Dion fala. - "Nem lembro se já existiu um céu tão estrelado assim."

"Com os humanos quase extintos tem suas vantagens," - falo e deito a minha cabeça no ombro do Dylan. - "O que vocês estariam fazendo se o apocalipse zumbi não tivesse acontecido?"

"Estaríamos no exército," - Dylan responde. - "Era a única vida que eu conhecia."

"Nada de namorar ou casar?"

"Já tinha me decidido só focar no meu trabalho."

"Espera! Te peguei virgem?" - Dion da uma gargalhada com a minha pergunta

"Virgem! Dylan era o maior comedor da base, ele só não queria responsabilidade e muito menos relacionamento."

"Comedor! Foram quantas?"

"É passado, amor," - me abraça e fico em silêncio. - "E você? O que estaria fazendo se não tivesse acontecido o apocalipse zumbi?"

"Sendo uma cobaia, provavelmente."

"Vocês eram prisioneiros?" - Dion pergunta

"Por muito tempo pensava que éramos livres e estávamos no programa por vontade própria. Mas depois que aconteceu o apocalipse zumbi, percebi que nunca iríamos deixar de sermos ratos de laboratório e nem sermos livres."

"Você está livre e pode fazer o que dizer." - Dion coloca a mão na minha cabeça

"Se fizer o que eu quiser. O mundo pega fogo," - falo sem graça. - "E um comedor de mulheres ficaria sem pau."

"Sério, Lotte?" - Dylan pergunta e olho para ele.

"Quantas foram?"

"Todas da base," - Dion responde e bato no braço do Dylan

"Você está me ferrando, Dion," - Dylan fala ao segurar o meu braço. - "Está brava porque? Tenho certeza que você também teve muitos homens em sua vida."

"Não sou puta. Só tive dois, eu acho."

"Como assim você acha?"

"Eu só tenho lembranças até os meus dezoito anos de idade, do dezenove até os vinte e cinco só tem branco."

"Você perdeu sua memória?"

"Disseram que eu perdi a minhas memórias em uma missão que fiz com um grupo de soldados norte-americanos. Mas não é estranho perder só sete anos de memórias?"

"Perda de memória recente. Tinha muitos casos assim no exército, principalmente aqueles que sofriam um trauma psicológico muito grande," - Dion fala e olho para ele. - "Talvez tenha acontecido isso com você."

"Provavelmente!"

"Em sete anos, você deve ter conhecido muitos homens."

"Acho que não. Até os meus dezoito anos, eu era muito séria e chata e todos na base me odiava, tenho certeza que a minha personalidade não mudou tanto. Eu posso ter tido um namorado ou marido, sei lá."

"Marido?"

"Tudo é possível," - me levanto e olho para ele, e vejo que está com expressão séria. - "Está com ciúmes?"

"Isso não me agrada," - se levanta e agarra os meus cabelos. - "Três é um número grande."

"Você comeu todas na base e deve ter sido mais de trezentos."

"Mas a diferença que sou homem," - puxa os meus cabelos com força.

"Você também é machista?"

"E entre outras coisas," - Dion segura o braço dele. - "Todos nós temos um passado problemático, então não vamos exagerar no ciúmes porque nenhum fez participação do passado do outro," - Dylan solta o meu cabelo.

"Tudo bem," - Dylan fala e fica olhando para mim. - "Já que o passado está morto, tira isso do seu pescoço e joga fora. E isso não é um pedido," - fala das alianças

"Da elas para mim, Charlotte," - Dion fala e olho para ele. - "Só faça isso, querida." - tiro a correntinha do meu pescoço e entrego para ele.

"O irmão mais novo é ciumento e o mais velho não é. Vocês são tipo; o policial bom e o policial malvado?"

"Digamos que sou mais compreensível que o Dylan, ou seja tenho muita experiência com relacionamentos. Você está sendo a primeira que ele tem um relacionamento, então terá que ter muita paciência se quer mesmo ficar com o Dylan."

"Quero o meu zumbi de volta," - penso e solto um suspiro

"Está suspirando porque? Se arrependeu?"

"Meu Deus, Dylan."- Dion da risada - "Sinto que você está amando isso."

"Um pouquinho."

"Dion!"

"Desculpa por ser um sadico," - abraça o pescoço do Dylan. - "Sua expressão de desespero sempre que descobre algo do Dylan é excitante e divertido."

"Você é louco, ou melhor os dois são loucos."

"Ela só descobriu isso agora, irmão."

"Mas agora é tarde de mais," - Dylan fala e os dois abrem um sorriso macabro.

"Me fodi." - pensei.


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