Arlan estava em seu escritório, mesmo sendo tarde da noite. Ele havia dispensado seus servos e estava sentado em sua cadeira enquanto olhava para o céu sem lua pela janela. Ele ainda estava angustiado com o que aconteceu com Oriana e não conseguia acalmar sua mente.
'Ela está dormindo bem?'
Os quartos deles estavam no mesmo andar. Mais cedo, seus sentidos captaram os suspiros cortantes de dor dela sempre que ela se movia do jeito errado. Quando ela murmurou que doía, ele pôde imaginar a cena do conde barrigudo chutando sua pequena forma ajoelhada.
Talvez porque fosse sua própria imaginação, Arlan tentava visualizar o rosto bonito dela se contraindo de dor, apesar de seu olhar inabalável. Oriana era uma encrenqueira constante, o tipo de pessoa que ofenderia um nobre por causa de um veado grávido e o tipo de metida que ajudaria um estranho com uma filha doente a não ser enganado.
Se Arlan chegasse àquele quarto um segundo mais tarde, a espada empunhada pelo Conde Milton teria…