"Agora, conte-me," Arlot se abaixou, passando o dedo pelos olhos avermelhados de Cynthia. "Você esteve chorando?"
A jovem de cabelos prateados simplesmente balançou a cabeça.
Com uma risadinha suave, Arlot sentou-se ao lado dela, apoiando as costas na parede, seu olhar se desviava para a janela quebrada por onde um vento frio varria o quarto.
"Sua Alteza, o que aconteceu?" ele perguntou, quebrando o breve silêncio que se estabeleceu entre eles.
Sem uma palavra, Cynthia baixou a cabeça no ombro de Arlot e fechou os olhos.
"Você..." Arlot hesitou, surpreso pelo gesto. Ele não queria perturbá-la questionando seu estranho comportamento—com certeza já tinha o suficiente com que lidar.
"Não deveria perguntar a ela," ele pensou.
Enquanto estava ali sentado, ele olhou suavemente para a jovem cansada ao seu lado. Ele queria perguntar a ela, "O que fez você chorar tanto que seus olhos ficaram vermelhos?"
Mas ele não podia.
Ele não tinha o direito.