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"É realmente triste, câncer ósseo avançado sem ninguém ao lado dele para cuidar."
"Mas, ele é bonito, ainda mais do que os ídolos que a Luminous Entertainment lançou este ano!"
"Você, toda animadinha durante as rondas, cuidado ou a enfermeira-chefe ouvirá e descontará do seu salário..."
"Hehe, querida irmã, você deve guardar este segredo para mim!"
Enquanto as vozes brincalhonas das enfermeiras se dissipavam, o quarto do hospital se imergia em silêncio, quebrado apenas pelo bipe do monitor cardíaco. Lorcan jazia tranquilamente na cama do hospital, com os olhos bem fechados, a respiração fraca, como se seus sinais vitais o tivessem deixado. A maior parte de seu rosto estava coberta por uma máscara de oxigênio, suas bochechas profundamente encovadas, a tez mortalmente pálida e sem qualquer vitalidade, mas suas sobrancelhas e olhos ainda retinham o olhar bonito e distinto de sua juventude.
Seus dias estavam contados, apenas suportando a dor inevitável. Os médicos lhe deram não mais que um mês de vida, mas ele persistiu por dois, agora completamente esgotado. Foi então que Lorcan lentamente abriu os olhos, seu olhar belo como água parada, observando silenciosamente o céu distante. A chuva continuava a cair, o céu coberto de nuvens escuras, o ar preenchido com o aroma úmido e terroso da vegetação.
Deve ser o último dia. Lorcan até podia sentir o cheiro da morte, um frio desesperador. Antes deste capítulo de sua vida se fechar, ele conseguirá esperar por aquela pessoa que viesse?
As enfermeiras, rindo e conversando, quase colidiram com um homem que se movimentava rapidamente conforme se afastavam pelo corredor. Virando-se rapidamente, viram sua estatura alta e postura reta, que lembrava um pinheiro. Vestido com uma camisa preta e calças cargo, ele exalava um comportamento casual, mas aguçado. O homem caminhava com propósito, desaparecendo da vista ao dobrar o fim do corredor.
Elvira havia recebido o aviso de condição crítica dias atrás. Ele ficou parado, atônito, com um olhar de total desconcerto em seus olhos. O papel estava amassado de tanto ser manuseado. Fazia eras que ele não pensava em Lorcan, e agora, pensar que Lorcan estava à beira da morte.
Que sorte e que bom dia, ele pensou, que Lorcan estava morrendo. Agora, diante do quarto de hospital de Lorcan, ele encarou o número do quarto na porta por vários segundos antes de finalmente chutar a porta para abri-la.
Com a porta se abrindo, Lorcan apenas levantou as pálpebras, olhando calmamente para a pessoa na porta, e sorriu, dizendo, "Você veio."
Elvira, observando o Lorcan diminuído e frágil, viu um contraste gritante com o homem robusto e bonito que se lembrava, provocando um sorriso lateral. Ele se posicionou ao lado da cama, olhando para baixo em direção a Lorcan, seus olhos carregando um traço de escárnio enquanto admirava a aparência constrangida de Lorcan naquele momento.
"Eu nunca esperava te ver assim, Lorcan," Elvira riu.
"Todos morrem, inclusive eu," Lorcan respondeu levemente, desviando seu olhar para a janela.
"Sim, eu estive ansiosamente esperando pela sua morte," ele disse enquanto arrastava uma cadeira para perto da cama, dando uma olhada casual em Lorcan.
"Esperei muito tempo por você, Elvira," Lorcan olhou novamente para o jovem ao seu lado, sua voz suave com resignação. "Mas você finalmente veio."
Sem mais palavras, Elvira bateu palmas, então tirou uma maçã do bolso, girando-a em sua mão. A maçã era grande, redonda e vivamente vermelha, obviamente de casca fina e suculenta.
"Estou morrendo, Elvira," Lorcan suspirou, balançando a cabeça, a luz em seus belos olhos se apagando enquanto continuava, "Não peço seu perdão, apenas imploro uma coisa."
Elvira permaneceu em silêncio, em vez disso sacou uma adaga de suas costas, iluminando instantaneamente o quarto de hospital escuro com um deslumbrante lampejo de luz fria. Ele apontou-a para a garganta de Lorcan como se realmente contemplasse a ideia de acabar com sua vida com um único golpe. Então, com um encolher de ombros, começou a descascar a maçã seriamente, o único som no quarto era o "sha sha sha" da faca contra a fruta.
"Eu peço que vá ver ele por mim e você sabe de quem estou falando." O olhar de Lorcan se voltou para o teto, seus olhos impotentes cheios de tristeza e súplica.
Elvira inclinou a cabeça, aparentemente considerando a questão seriamente. De repente, ele fez um som exagerado de "oh", e com um sorriso casual, perguntou, "Você está falando daquele seu amantezinho?"
"Talvez ele já esteja morto. Durou ainda menos que você," Elvira disse depois de terminar de descascar a maçã, mordendo-a com um grande bocado.
Lorcan suspirou, uma ponta de resignação enquanto retirava sua máscara de oxigênio e olhar sinceramente no rosto desafiador de Elvira, como se através dele, visse outra pessoa. "Você se parece tanto comigo, deveria ir vê-lo. Considere como um pedido meu, vá e diga adeus por mim a ele."
"Por que deveria fazer sua vontade, dizer adeus por você? Você nos deixou, a mim e a mãe, sem notícias por anos, não estava feliz o bastante com seu amante? Agora, enquanto está morrendo, aquele filho da puta não veio te visitar, e você quer que eu rasteje como um cachorro por sua afeição?" Elvira de repente segurou a adaga, girando-a elegantemente no ar, e então apontou a ponta perigosamente perto do olho esquerdo de Lorcan, quase a uma polegada de distância. Sua voz se manteve calma, tão firme quanto sua mão sem um tremor, "Aconselho você, vamos acabar com esse drama de amor paterno e piedade filial, e te mandar para a morte mais cedo."
Lorcan lentamente levantou a mão, segurando a adaga diante de seu olho. O leve calor de sua mão fez com que uma fina névoa se formasse na lâmina brilhante, que se dissipou em um instante.
"Estou te pedindo, por favor, faça isso por mim, eu devo isso a ele." As sobrancelhas de Lorcan se franziram enquanto falava baixo, "Me mate com um golpe, se isso apaziguar sua raiva. Minha vida como sua compensação."
"Isso seria livrar você muito fácil, velho," Elvira rangeu os dentes, articulando cada palavra. Ele fechou os olhos e, quando os abriu novamente, voltou ao seu comportamento despretensioso, "Você está sonhando."
"Ele se chama Altair Sterling, o CEO da Luminous Entertainment," Lorcan disse com convicção, fechando os olhos. De repente, com um surto de força, ele arrancou a adaga da mão de Elvira.
"Me dá isso!" Elvira apenas sentiu uma força poderosa; antes que pudesse reagir, viu Lorcan manejando a adaga que ele prezava tanto quanto a própria vida. "Que direito você tem de segurar a faca da minha mãe!"
Lorcan permaneceu em silêncio, seu olhar gelado, mas brilhante. Segurando a adaga, ele a manobrou habilmente, a luz fria da lâmina dançando em sua palma, traçando arcos limpos e afiados, sua borda ameaçadora. Com um movimento de pulso, Lorcan lançou a adaga como um meteoro, seu brilho intenso, cravando-a firmemente na parede oposta. A ferocidade, a beleza impressionante e o esplendor desse lançamento deixaram Elvira atônito, paralisado no lugar.
"Você não consegue lidar com esta lâmina." Lorcan dispensou as palavras de Elvira, assim como parecia desconsiderar o pouco tempo de vida que lhe restava, gastando livremente seu último bit de força. "Ajude-me a devolver isto para ele; é uma relíquia da família dele." Lorcan apontou para um broche na mesa ao lado dele. Uma pedra da lua era acolhida por folhas de louro, parecendo uma pequena e delicada coroa.
"Lorcan—Nieva—" Elvira avançou abruptamente, agarrando a garganta de Lorcan, com os olhos incrédulos enquanto exigia, "Você espera que eu leve o enfeite sujo dele para vê-lo?"
"Ele é tão bom? A ponto de te assombrar por mais de vinte e três anos! A ponto de te deixar indiferente à minha mãe, me deixando completamente só desde a infância!"
"Eu nunca concordei com seu nascimento; você deveria ter sido estrangulado por mim no início." As palavras que Lorcan lutava para dizer estavam carregadas de sarcasmo frio, surpreendendo Elvira.
O pouco de coração que restava no peito de Elvira se estilhaçou. Então, balançando a cabeça, ele soltou uma risada de resignação, voltando à sua falta de preocupação anterior.
Ele deu um tapinha na bochecha pálida de Lorcan, "Pena que você não me estrangulou, você vai se arrepender." Ele olhou para o broche ao lado da cama, sua voz cheia de malícia, sussurrando lentamente no ouvido de Lorcan, "Deixe aquele filho da puta do Sterling esperar, eu vou foder ele por você, de um jeito que ele não vai conseguir andar direito."
Lorcan virou-se abruptamente, agarrou o ombro de Elvira e desferiu um tapa alto em seu rosto. Ele apontou para o rosto de Elvira, furioso e ofegante, incapaz de parar de tossir, quase vomitando seus órgãos, cuspindo sangue enquanto o fazia. Seu olhar era feroz, cheio de um ódio quase profundo.
"É assim que tem que ser. Isso é como deve ser, pai," Elvira calmamente pegou o broche, deslizando-o para o bolso de suas calças cargo.
Ao se levantar para sair, algo lhe ocorreu. Virando-se para olhar para Lorcan, ele disse, "Velho, lembre-se de me estrangular rapidamente na próxima vida."
Depois de falar, ele foi até a parede oposta, puxou a adaga, examinou-a cuidadosamente e, em seguida, a embainhou em suas costas. Elvira olhou para trás para Lorcan, que ainda estava tossindo em choque, então virou-se e saiu com passos desprovidos de emoção.
Enquanto Lorcan observava a figura do filho se afastando, seus dedos se moviam ligeiramente na cama do hospital, desenhando um pequeno símbolo que logo brilhou com um totem dourado. Rapidamente, o totem dourado desapareceu, e com ele, o fôlego de Lorcan.
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