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60% O Menino e o Poço / Chapter 2: Capítulo 3

บท 2: Capítulo 3

O enorme fio amarelo, desajeitadamente arrastado por Scott, acabou se enroscando em um galho robusto, suspendendo a motosserra no ar e enchendo a floresta com o barulho assustador do motor. Vicky, o mais tímido do grupo, recuou instantaneamente ao vislumbrar a serra elétrica, sua mente imediatamente relembrando seus piores medos. Um soluço escapou dele quando a dor latejante de sua perna ferida o atingiu novamente, as lágrimas marcando seu rosto angustiado. Enquanto isso, Scott e Evan trocavam olhares confusos, tentando compreender por que a motosserra estava pendurada no galho. O nervosismo de Evan borbulhava à superfície quando ele começou a temer as consequências de suas ações imprudentes.

— Por que a serra não caiu? — Evan questionou, sua voz trêmula de ansiedade.

— Não faço ideia —, respondeu Scott, sua própria incerteza mascarada pela bravata.

A agitação de Evan aumentou enquanto ele se agarrava à cabeça em desespero.

— Eu sabia que não deveríamos ter feito isso... nós nos metemos em encrenca, nossos pais vão nos matar —, lamentou.

A paciência de Scott atingiu o limite quando Evan continuou a reclamar, ameaçando-o com um golpe impulsivo. Mas quando sua mão se ergueu, ele percebeu o verdadeiro motivo pelo qual a motosserra estava presa.

— Achei o problema —, anunciou Scott, um sorriso malicioso brincando em seus lábios.

Ele se aproximou do galho que bloqueava o poço, libertando o fio enroscado e revelando a causa do impasse. Com o fio nas mãos, Scott lançou um olhar travesso para Evan.

— Agora sim, esse estranho vai gritar —, murmurou Scott, antecipando a diversão perversa que estava prestes a seguir.

Scott estava prestes a soltar o fio, quando Evan deu alguns passos para trás, visivelmente assustado. Antes que pudesse reagir, a avó, Conceição, repentinamente segurou o braço de Scott com firmeza.

— Scott! O que você está aprontando desta vez?! — falou Conceição com um tom de raiva palpável.

— Eu já te avisei para ficar longe deste quintal, mas você é um menino tão teimoso e rebelde. Nem parece que tem 11 anos. — Continuou, sua voz carregada de desapontamento.

— Solta o meu braço, vovó... você está me machucando. — Disse Scott, tentando assumir o papel de vítima.

— Você não me engana. Eu sei que está aprontando alguma coisa, garoto. — Em um movimento decisivo, ela arrancou o fio das mãos de Scott e o empurrou para o chão.

— Eu não sei o que você está tramando, mas a partir de agora, está de castigo. — Confirmou Conceição, determinada.

Enquanto isso, ela se aproximava do poço, mas Evan se interpôs, tentando desesperadamente bloquear sua visão do fundo do poço.

— Espera aí, tia, não olhe aqui. — Pediu Evan, colocando as mãos em seus ombros.

— E por que eu não posso olhar? O que vocês estão escondendo de tão grave? — Questionou Conceição, sua curiosidade intensificada.

— É sério, por favor, não olhe! — clamou Evan, com uma expressão de urgência estampada em seu rosto.

A brisa noturna serpenteava entre as árvores antigas, carregando consigo um ar de mistério e tensão. Conceição, com o coração acelerado, ignorou Evan e dirigiu seu olhar para o fundo do poço, onde uma visão terrível a assaltou: uma criança machucada lutava desesperadamente pela sobrevivência.

— MEU DEUS! O que estão fazendo aqui?! — perguntou ela, sua voz ecoando de horror.

— Não é o que parece, Conceição. — tentou explicar Evan.

— Como assim? É exatamente o que parece! Estou vendo com meus próprios olhos! — insistiu Conceição.

Recuando alguns passos, ela viu Scott se levantar e ficar ao lado de Evan. Num instante, a verdade cruel se revelou: seu próprio neto estava envolvido na tortura daquela criança.

— Oh, meu Deus... Vocês estão se divertindo com o sofrimento dessa criança! Como conseguem dormir à noite? — indagou Conceição, com o coração apertado de angústia.

— É fácil, Conceição. Basta deitar a cabeça no travesseiro e fechar os olhos. — Respondeu Scott, com um sorriso irônico.

Sem hesitar, Conceição desferiu um tapa no rosto de Scott, fazendo-o cair ao chão.

— Esta não é a educação que seus pais lhe deram, Scott. E você, Evan, estou profundamente decepcionada. — lamentou Conceição, com os olhos cheios de tristeza.

Em silêncio, Scott e Evan se encararam, perdidos em seus próprios pensamentos sombrios. O mistério do poço, agora revelado, lançou uma sombra sobre a família, desencadeando uma série de eventos que mudariam suas vidas para sempre.

A tarde quente de verão pairava sobre a pequena cidade, enquanto a tensão se acumulava no quintal da casa do poço. Seu olhar severo recaía sobre Evan e Scott, como se buscasse extrair confissões das profundezas de suas consciências.

— Além de você colocar juízo na cabeça de Evan. Você faz tudo ao contrário... agora mesmo vocês estão muito encrencados. Os pais de vocês vão ficar sabendo agora mesmo que vocês andam fazendo. E anda fala logo, de quem é esta criança que está lá no poço? —, esbravejava Conceição, apontando na direção ao poço 

Evan, sem conseguir encarar o olhar repreensivo da idosa, indicou com a cabeça a origem da criança aprisionada no poço. A compreensão acendeu nos olhos de Conceição enquanto ela tomava controle da situação, decidida a resolver o problema por conta própria.

Determinada, ela desligou a motosserra, aproximou-se do poço e dirigiu palavras de conforto à criança presa no fundo, prometendo buscar ajuda e tranquilizá-la. Em seguida, segurando firmemente o braço de Scott, ordenou que ele e Evan a acompanhassem de volta.

— E vocês, vai voltar comigo agora mesmo. Ligarei para os pais de vocês agora mesmo —, declarou, sua voz carregada de fúria contida.

Conceição saía do quintal arrastando Scott consigo, Evan seguia atrás, consciente do peso da decepção e da preocupação que pairavam sobre seus pais ausentes.

Enquanto isso, dentro da casa, Ramiro e Jéssica sentiam o desespero apertar seus corações, sem saber onde procurar nem o que fazer diante da terrível situação.

— Ramiro, a gente precisa chamar a polícia agora mesmo —, clamou Jéssica, sua agonia ecoando pelas paredes da casa vazia. O destino de todos estava prestes a se entrelaçar em uma teia de consequências inescapáveis.

— Não da Jéssica. A gente só pode chamar a polícia depois de 24 horas... vamos esperar e continuar procurando. Já está escurecendo e logo logo ele vai ficar com medo e vai voltar para casa. — Disse Ramiro tentando acalmá-la.

Mas a preocupação de Jéssica só aumentava.

— É isso que tá me preocupando. Eu sinto que alguma coisa aconteceu com o nosso filho só que eu não sei por onde começar.

Ramiro tentava ser firme, mas também estava preocupado.

— Por favor, Jéssica acalme-se. A gente já procurou e tudo que é canto dessa casa e não conseguimos encontrar ele.

A impotência os consumia, mas decidiram não ficar de braços cruzados.

— Eu não posso ficar de braços cruzados esperando alguma coisa cair do céu.

— E nós não vamos ficar... vamos agora mesmo lá para o quintal e olha cada canto para ver se a gente consegue encontrar ele. — Falou Ramiro.

Desesperada, Jéssica correu à frente, atravessando o corredor e a cozinha até chegar ao quintal. Lá, começou a gritar e chamar o nome de "Vicky" repetidamente. Enquanto isso, Ramiro pegou uma lanterna e vasculhou cada canto do quintal, chamando pelo nome do filho. E então, seu coração parou ao se deparar com o poço. Uma sensação ruim o invadiu, e ele se aproximou lentamente. A lanterna iluminou a frente do poço, revelando uma visão terrível. O poço sombrio estava silencioso, mas não por muito tempo. O ruído dos ratos, pequenos roedores assustados, ecoava pelas paredes de pedra, queimando a quietude que antes dominava o lugar.

Na casa de Conceição, a atmosfera pesada pairava no ar como um manto sombrio. Scott, o neto, encontrava-se no chão da sala, derrubado por um furacão de emoções que se abateu sobre ele. Sua avó, uma figura imponente, transbordava ira, palavras afiadas cortando o ar como lâminas.

— Eu nunca pensei... Nunca me passou pela minha cabeça que o meu neto fosse uma pessoa tão horrível, tão cruel uma pessoa sem coração. Torturar uma criança desse jeito que tá precisando de ajuda —, as palavras de Conceição reverberavam pela sala, ecoando na mente de Scott como um julgamento impiedoso.

— Vovó... — Scott tentou interromper, mas foi silenciado por um olhar cortante.

— Não, não, não... não fala, fica em silêncio. — a voz de Conceição era firme, sem espaço para argumentos.

Com passos determinados, ela se dirigiu à porta do porão, sua expressão séria denotando uma mistura de determinação e preocupação. Scott a seguia de perto, uma sombra sinistra pairando sobre ele.

— Pode ficar parado aí... eu vou pegar a chave do meu carro e deixar você lá na sua mãe agora mesmo. — anunciou Conceição, sua voz embargada pela tensão do momento.

— Você cometeu um grande erro vovó. — Scott proferiu as palavras com um sorriso maligno, um prenúncio sombrio do que estava por vir.

E então, num instante de horror e traição, Scott empurrou sua própria avó escada abaixo. O som dos degraus rangendo sob o peso do corpo de Conceição ecoou pela casa, um eco macabro de sua queda fatal. Quando seu corpo finalmente encontrou o chão, a vida havia abandonado seu semblante, deixando para trás apenas silêncio e morte. O sorriso de Scott pairava no ar, carregado de uma energia perturbadora que gelava os ossos de Evan. Num instante, o jogo transformou-se em um pesadelo quando Evan desceu apressadamente as escadas do porão, apenas para ser confrontado com a visão horrível da avó de seu amigo, imóvel e sem vida.

— Scott! Pelo amor de Deus, o que você fez? — Evan implorou, sua voz tremendo com desespero. — Por favor, pare. Você está indo longe demais.

Scott virou-se lentamente para encará-lo, seu sorriso agora mais sinistro do que nunca.

— Limite... uma palavra interessante —, ele murmurou, quase para si mesmo. — Combina perfeitamente comigo.

Evan estava atônito, incapaz de compreender a escuridão que se escondia por trás dos olhos de seu amigo.

— E agora? O que você vai fazer? — ele perguntou, mas Scott permaneceu em silêncio, seus olhos fixos na figura inerte no porão.

Enquanto isso, do lado de fora, Ramiro e Jéssica vasculhavam o quintal em busca de qualquer sinal de Vicky. Ramiro segurava firmemente uma lanterna, enquanto Jéssica se aproximava com uma expressão preocupada.

— Eu revirei cada centímetro deste lugar e não encontrei nada —, disse ela, frustrada.

— O que dizer do poço? Talvez ele tenha caído lá dentro —, sugeriu Ramiro, apontando para a estrutura sombria no canto do quintal.

Jéssica franziu o cenho, hesitante: — Não acredito. Vicky tem medo de quase tudo. Duvido que ele se aproximaria desse poço.

Mas, mesmo com suas dúvidas, ambos sabiam que não podiam deixar nenhuma pedra sem revirar na busca por seu filho desaparecido. As nuvens escuras se aglomeravam no céu, prenunciando uma tempestade iminente. O ar estava carregado de eletricidade e o cheiro de chuva pairava no ar. Ramiro e Jéssica, alertados pela mudança no clima, correram para dentro de casa quando as primeiras gotas começaram a cair.

Porém, no fundo do poço, Vicky lutava desesperadamente para escapar dos ratos que o cercavam, sua perna ferida tornando a situação ainda mais desafiadora. Com cada movimento, os roedores se aproximavam, até que a chuva repentina os afugentou, trazendo um breve alívio para Vicky. No entanto, o alívio foi substituído pelo pânico quando a água da chuva começou a inundar o poço.

No interior da casa, à luz fraca da noite, Jéssica se encontrava em prantos, atribuindo a si mesma a culpa pelo desaparecimento de seu filho.

— Meu Deus! Tudo é culpa minha... Se eu não tivesse tido essa ideia estúpida de sair de casa, meu filho estaria aqui comigo agora.

Ramiro tentava confortá-la, prometendo relatar o desaparecimento de seu filho pela manhã. Enquanto isso, observando a casa da vizinha pela janela, ele teve uma ideia se formando em sua mente.

Do outro lado, na casa da vizinha, Scott cobria o corpo de sua avó com um lençol, enquanto Evan expressava sua inquietação em relação ao porão. O som da chuva batendo contra o telhado ecoava pela casa enquanto Scott e Evan discutiam seu próximo movimento. Evan sentia o coração bater mais rápido com a ansiedade da incerteza.

— Não gosto nada desse porão. — disse ele, descendo alguns degraus.

— Relaxe, Evan. Estamos sozinhos agora. Podemos fazer o que quisermos. — Scott olhou para ele com um sorriso enigmático.

— Sim, podemos fazer o que quisermos. Mas você ainda não me contou o que pretende fazer a partir de agora? — Evan perguntou, ansioso por respostas.

— Primeiro, ainda quero brincar um pouco com aquele maluco ali no poço... —, começou Scott, sua voz misturando-se com o som da chuva lá fora.

Evan arqueou as sobrancelhas, sentindo um calafrio percorrer sua espinha: — Mas e daí... eu estou falando da gente?

— Vai lá para cima e me espere lá na sala —, ordenou Scott, interrompendo-o. — Logo logo eu chego lá e te explico o que a gente vai fazer.

Com sua única opção sendo obedecer, Evan subiu os degraus novamente, seu coração pesado com a incerteza do que estava por vir. Enquanto isso, Scott ficou para trás, observando-o atentamente.

No poço, Vicky lutava desesperadamente no, a água da chuva aumentando rapidamente. Ele agarrou-se às paredes, machucando-se no processo. Com a chuva forte, a água continuava a subir, engolindo-o lentamente. Os ratos, agora afogados, boiavam na água. Então, um galho caído, impulsionado pelo vento forte, atingiu Vicky diretamente. Para ele, foi uma solução salvadora, agarrando-se firmemente ao galho flutuante. Mas mesmo assim, a água continuava a subir, atingindo sua cintura rapidamente.

Enquanto isso, na casa ao lado, Ramiro percebeu algo crucial.

— Tem câmera —, disse ele, sua voz tingida de esperança.

Jéssica, confusa com a mudança repentina de humor de Ramiro, perguntou: — Ramiro! Por que você está alegre numa situação dessa?

Ele explicou com uma nova energia: — Você não tá entendendo... a vizinha. Ela tem câmera e a câmera está apontada para o nosso quintal... Com certeza se a gente vê nas câmeras vamos achar o nosso filho.

Diante dessa revelação, Jéssica pulou do sofá e abraçou Ramiro com felicidade renovada, sua esperança revigorada pela possibilidade de encontrar seu filho desaparecido. Seu coração batia com ansiedade, misturado com uma dose de medo pelo que poderiam encontrar. Ramiro tentava convencê-la a esperar enquanto ele averiguava a situação, mas sua determinação era inabalável.

— Vamos lá agora, precisamos ver onde está nosso filho — insistiu Jéssica, sua voz transbordando de esperança.

— Não, não, você fica aqui e deixa que eu vou lá — argumentou Ramiro, preocupado com a segurança de ambos.

— Nunca! Vou com você... se trata do meu filho, e eu quero ir atrás também — retrucou Jéssica, firme em sua decisão.

— E se ele aparecer aqui?! E se a gente não estiver aqui quando ele aparecer? — ponderou Ramiro, buscando uma solução que conciliasse a preocupação com a possibilidade de encontrarem o filho em casa.

— Tá bom, vai você lá, mas tome muito cuidado — consentiu Jéssica, resignada, antes de abraçar e beijar Ramiro com ternura.

Enquanto isso, na sala da outra casa, Scott e Evan estavam em meio a uma conversa que parecia carregada de tensão e mistério.

— Então, o que a gente vai fazer agora?! — questionou Evan, ansioso por uma resposta que dissipasse as nuvens de incerteza que pairavam sobre eles.

— Agora eu quero fazer algo que eu estava morrendo de vontade de fazer, faz muito tempo — revelou Scott, seu olhar denotando uma determinação incomum.

— Então, fala logo, deixa de enrolação — exigiu Evan, impaciente com o suspense.

— Tira a calça e fica de costa para mim — ordenou Scott, sua voz soando firme e autoritária.

— O quê?! — exclamou Evan, surpreso e apreensivo diante do pedido inesperado.

— Tira a calça e fica de costa para mim... — repetiu Scott, sua expressão séria indicando que não aceitaria desobediência.

Com o coração apertado e lágrimas turvando sua visão, Evan voltou-se lentamente, evitando encarar Scott. Com um tremor nas mãos, ele desabotoou sua calça e a abaixou, expondo-se diante do amigo. Scott seguiu o gesto, revelando sua própria nudez. O silêncio pesado pairava no ar enquanto Scott se aproximava, seus passos lentos e determinados. Evan sentiu o ar fugir de seus pulmões quando foi agarrado por trás, uma sensação de desamparo dominando seu ser. A dor lancinante cortou seu corpo quando Scott o penetrou com violência, roubando-lhe a inocência. Os gritos de Evan foram abafados pela mão de Scott, que brutalmente silenciou qualquer resistência. No entanto, enquanto Scott se entregava ao prazer da violência, Evan se afogava em um mar de dor e angústia, sua inocência sendo arrancada à força enquanto as lágrimas corriam por suas bochechas.


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