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55% DUPLE (Larry A.B.O.) / Chapter 22: Boyce (alternative)

บท 22: Boyce (alternative)

Narrador's P.O.V.

Harry e Louis estavam totalmente apreensivos. Ambos não conseguiam simplesmente disfarçar sua inquietação, e era basicamente impossível ignorar o quão tenso o clima entre eles estava. O incidente do beco com certeza não seria algo fácil de se esquecer, ainda mais pelo ômega dormindo no banco traseiro do carro do alfa e pelos homens sangrando que ficaram para trás.

Com certeza Tomlinson queria explicações.

Muitas explicações!

- O que eu iria fazer, Louis? Não poderia só ignorar! - Disse enquanto focava na estrada a sua frente, mesmo que seus pensamentos estivessem uma completa bagunça e que ainda tentasse prestar atenção em Louis.

O cacheado dirigia sem rumo, dirigindo apenas por dirigir. Eles apenas precisavam resolver toda aquela situação antes de qualquer coisa!

- Primeiro: O que diabos você estava fazendo lá? - Questionou. O de olhos azuis ainda tentava digerir tudo o que viu, mas não podia deixar de pensar no quão difícil seria.

Todo aquele sangue...

O homem nas mãos de Harry...

E ainda tinha ele: O bendito ômega!

- Eu fiquei cansado de te esperar então decidi dar uma volta na rua, e quando estava passando por aquele beco notei uma movimentação estranha. - Só de lembrar o mais velho conseguia sentir um pouco de toda aquela raiva de antes. E nojo, apenas nojo daqueles dois filhotes imundos de alfa! Homens desprezíveis que mancham a honra do status que carregam!

- E por que você foi até lá?!

- Porque eu não poderia simplesmente ignorar, Louis! - Ralhou. - Você não me entende!

- Então me explique, oras! - Era visível o quanto ambos estavam tentando evitar um conflito inevitável.

- Você não sabe o quão horrível foi sentir o cheiro podre do tesão daqueles caras misturado com o medo desse menino... Amor, ele deve ter sua idade, isso se não for mais novo que você, e se eu não estivesse lá pra ajudar com certeza ele teria sofrido abusos terríveis! Eu precisei intervir!

- Harry, você ia matar eles...

- É o que eles merecem! - Louis se encolheu com o tom que seu namorado usou. Não chegava a ser um rosnado, mas ainda assim o assustou. - Lou... Me desculpe! Mas você nunca vai conseguir me entender. Aqueles dois tiveram a chance deles, eu pedi para deixarem o garoto em paz, mas ao invés disso eles decidiram me atacar, então eu apenas revidei. E eu sei que você está pensando que eu fui longe demais, mas pensa comigo: Quantos outros ômegas, betas e até mesmo alfas não devem de ter passado pela mesma situação com aqueles caras? Quem garante que eles já não fizeram isso, ou então que não irão mais fazer? E não, eu não pretendia matar eles, mas minha intenção era fazer com que eles nunca se esqueçam do dia de hoje e pensem muito bem antes de tentar algo igual!

Tomlinson se viu sem palavras. Nunca imaginou que Harry, seu Harry que é sempre sorridente, grudento, bobão, amável consigo, um dia poderia ferir as pessoas daquela maneira brutal. Tirando os incidentes com Bryan, ele nunca o vira realmente irritado, mas de certa forma entendia que houveram motivos de sobra para que ele o fizesse. Ele entendia que ali era tudo ou nada, e que seu namorado precisou usar da força para poder resolver toda aquela situação. Era exatamente isso que o assustava. Style poderia mesmo ser um alfa tão poderoso assim? O menino só havia o visto com raiva poucas vezes, e em todas ele não conseguiu ter uma noção da força de seu alfa, mas naquele dia havia sido completamente diferente!

- O que vamos fazer agora? O que vamos fazer com ele? - Perguntou e olhou para o menino que ainda dormia.

- Ele está em choque, com certeza não deve acordar tão cedo, então...

- Então... - Sinaliza para que continue.

- Então eu vou levar ele pra minha casa. - Respondeu. O ômega mais velho o olhou incrédulo.

- O quê?!

- Amor, e...

- Você não vai levar ele pra sua casa, Harold Edward Styles! - Rosnou. O alfa se segurou para não sorrir. Amava saber que seu namorado sentia ciúmes de si.

- Então o que você sugere, babe? - O cacheado notou que inconscientemente acabou dirigindo para a casa do ômega. Ele parou o carro na frente da casa e se virou para Louis, ainda na espera de uma resposta.

O de olhos azuis pensou. Enquanto olhava o menino deitado ele se perguntava o que fazer. Não poderia ser mau o suficiente para deixar aquele ômega desamparado, mas também não poderia deixá-lo na casa de seu alfa. Notou que o menino estava com frio, já que tremia e se mantinha encolhido como um pequeno bebê. Louis sorriu cansado. Ele sabia que precisaria ajudar aquele garoto, mas não sabia como...

Por fim decidiu.

- Ele vai ficar aqui em casa. - Deu de ombros. Styles arqueou uma sobrancelha, porém sorriu.

- Tem certeza disso? - Questionou.

- Absoluta! Eu não posso deixar ele na sua casa... - Falou, e Harry acabou sorrindo ainda mais. - Mas... Mas eu também não posso simplesmente largar ele de mão! Sabe, esse menino me lembra a mim mesmo há alguns meses atrás. Ele sofreu a mesma coisa que eu sofri com o Bryan e os amiguinhos ridículos dele, então, de certa forma, eu o entendo. Eu sei como pode ser difícil e assustador ser um ômega indefeso e fraco nas mãos de alfas grandes e fortes. - Enquanto Tomlinson se perdia em seus próprios pensamentos, braços enormes o rodearam em um forte e aconchegante abraço. Ele se surpreendeu com o ato repentino de Harry. - Por que isso do nada?

- Porque você é maravilhoso! - Disse. - Mesmo estando confuso, com raiva, assustado, com ciúmes, você ainda consegue pensar nesse menino e no seu bem estar. Você poderia muito bem dizer que não quer ele por perto e mandá-lo embora, mas não... Você ainda pensa em como o ajudar! Você é uma pessoa maravilhosa! A pessoa mais maravilhosa que pode existir!

- Oh... - O mais novo sentiu suas bochechas arderem com as falas de seu namorado.

Afinal, ele não estaria fazendo nada além do que é certo, não é?

(...)

Durante toda a tarde ambos os garotos providenciaram coisas como roupas, lençóis, comida, tudo para o ômega que ainda dormia de forma profunda. Harry o levou para um dos quartos de hóspedes da casa e o deixou descansar, mas agora tanto ele quanto Louis já estavam começando a se preocupar com o quanto o menino estava demorando para acordar. Eles chegaram por volta das duas e meia da tarde, mas já se passavam das onze da noite e nada do garoto levantar.

- Será que ele está passando mal? Ou está bem aquecido? Será que ele está febril, ou em estado de choque? - Styles não conseguia parar quieto de tanta preocupação.

- Acho que nós deveríamos ver como ele está. - O ômega falou enquanto bebericava seu chocolate quente e se remexia no colo do alfa.

- Eu acho uma ótima ideia! Mas primeiro... - Styles começou a distribuir beijos pelo pescoço do mais novo, o que o fez se arrepiar.

- Harold, por favor... - O mais novo riu, porém acabou se entregando aos encantos do cacheado.

- Nós já vamos, Loueh! - Falou, abraçando Louis com força, porém um som vindo da sala de estar os fez se separarem. - Você ouviu isso?

- Sim... - Respondeu. - Deve ser só o Dy ou a mamãe.

Poucos instantes depois é revelado o causador do tal ruído, mas não é ninguém que Louis esperava ser. O menino, o ômega que Styles salvou, entrou na cozinha de forma receosa olhando cautelosamente para os dois garotos a sua frente. Ele estava com seu rosto avermelhado, provavelmente por conta da vergonha, e só quando pararam para analisar com mais cautela o alfa e o ômega mais velho notaram o quanto de pequenas sardas que haviam no rosto, ombros e braços do menino. "Admirável..." Tomlinson pensou.

- Hey, você acordou. - O de olhos azuis foi o primeiro a se pronunciar. - Quer comer algo?

- Eu... B-Bem, eu quero... S-Sim... - Disse enquanto brincava com a barra de sua blusa. Na verdade era uma das blusas de Louis.

- Vou preparar algo pra você comer. - Agora é Harry quem diz. - Sente-se aqui e fique a vontade. - Ele sorriu para o ômega, este que retribuiu com um sorriso mínimo.

- Qual é o seu nome? - Tomlinson questionou assim que o outro se aproximou mais de si.

- C-Cam... Cameron... B-Boyce...

- Você não precisa ter medo ou vergonha de nós. Pode relaxar! - Cameron observava atentamente o ômega mais velho, e sorriu ao notar sua barriga saliente.

Um ômega grávido não lhe faria mal, não é?

- Tudo bem... - Murmurou. Ele ainda se sentia desnorteado, não se lembrava de muitas coisas daquele dia e a maneira como foi parar na casa daqueles dois desconhecidos era uma delas, porém algo dentro de si o fazia se sentir confortável com a presença de ambos.

- Eu me chamo Harry. Esse é o Louis. - O alfa disse, chegando com um enorme sanduíche. O ômega arregalou os olhos pelo tamanho, o que o faz prender a risada. - Desculpe... Eu imaginei que você poderia estar com muita fome, então decidi caprichar.

- Tudo bem... - Riu. - Eu realmente estou faminto.

Os meninos observavam Cameron enquanto o ômega comia em silêncio. Haviam certas coisas a serem esclarecidas entre eles três, mas os dois se sentiam felizes e aliviados por verem que, de certa forma, aquele pequeno ômega assustado estava bem. Minutos se passaram com os três em completo silêncio, mas assim que o menino estava quase terminando seu sanduíche Louis tomou a iniciativa.

- Cameron, nos desculpe se estamos sendo um pouco... Ãn... Curiosos... Mas... - Tomlinson parecia escolher as palavras certas para formar sua frase, e o mais novo notou isso. Enquanto o observava, ele não pôde deixar de conter o riso. - O que você estava fazendo lá? Sabe... Naquele beco?

- Louis! - Harry o repreendeu, mas Boyce acenou para que ele parasse.

- Tudo bem, eu posso falar... - Disse. - Bom... É uma história bem longa, mas resumindo bastante: Aqueles caras sempre me seguem. Eles ficam fazendo piadas ridículas toda vez que passo, uma vez até tentaram me puxar mas nada além disso. Porém hoje eles me seguiram e me encurralaram naquele beco.

- Nossa, que filhos da puta! - Louis se sentiu indignado. Ele sabia o que um ômega podia sofrer nas mãos de um alfa abusivo, e isso era algo que ele não desejaria nem ao seu pior inimigo.

- Pois é... E eles ainda aproveitaram o fato de estar distraído já que estava chorando, então não os vi se aproximar.

- Chorando? Por quê? - Harry perguntou, mas se arrependeu assim que viu a expressão de tristeza estampada no rosto do menino. - Se não quiser nos contar, não precisa!

- Não, tudo bem. Já que estou aqui o mínimo que posso fazer é lhes contar tudo o que aconteceu. - Deu de ombros. Ambos, Harry e Louis, se olharam e logo voltaram sua atenção ao garoto a sua frente. Cameron respirou fundo algumas vezes antes de começar a falar. - Eu perdi minha mãe no dia em que nasci, então fui criado pelo meu pai. Ele nunca foi uma pessoa muito boa e não é lá um dos melhores pais desse mundo, mas eu o amo mesmo assim... Porém ele sempre pareceu me odiar. Ele sempre me dizia que eu sou fraco por ser um ômega e sempre odiou o fato de eu atrair muitos olhares de homens. Ele é homofóbico. - Os garotos se surpreendem. - Sim, todos tem essa mesma reação, mas querendo ou não a homofobia ainda existe e meu pai faz parte dela... (N/A: No universo A.B.O. o mundo LGBTQ+ é super bem aceito porque no caso eles não são divididos entre homem e mulher, e sim alfas, betas e ômegas). Ele passou a me odiar mais quando eu disse que gostava de atrair olhares dos homens.

- Você é gay? - Tomlinson questionou.

- Sim, e me orgulho muito disso! - Sorriu.

- E como seu pai reagiu ao saber?

- Ah... Ele me pôs pra fora de casa. - Deu de ombros, mas o casal o olhou indignados.

- Como é possível seu pai ter jogado um ômega tão novo como você a sorte dessa forma? - O alfa se sentia furioso, mas seu namorado o acalmou apenas com um toque. A conexão entre ambos já era tão forte que não era necessário que usassem palavras para se comunicar.

- Sabe... Mesmo ele tendo feito isso e mesmo depois de tudo o que sofri durante todos esses anos, ele ainda é meu pai. Eu ainda o amo! - Boyce tentava a todo custo conter suas lágrimas, mas quando o ômega mais velho segurou em sua mão ele simplesmente não conseguiu mais aguentar.

- Sabe, Cam... Chorar não é ruim! - Murmurou e sorriu para o menino na intenção de confortá-lo.

Toda aquela situação já estava fora do entendimento pessoal de Louis, e até mesmo de Harry. Bom, Styles havia sido deixado, mas ele sequer chegara a conhecer seus pais, além de que ele era um alfa. Mas Cameron passou toda a sua vida com um pai que o maltratava apenas por ser quem era. Não era sua culpa o fato de ter nascido ômega. Ninguém escolhia o status que iria nascer! O alfa se sentia irritado, furioso, com ódio correndo em suas veias descontroladamente!

Seria mesmo possível um pai simplesmente expulsar seu filho de casa, novamente, apenas por ser quem é?

Seres assim não deveriam ser chamados de pais!

- Eu... Eu sei... Obrigado! - O mais novo secou suas lágrimas e agradeceu mentalmente outras milhões de vezes ao casal. - Sabe, eu não me importo. Eu só não esperava encontrar aqueles dois alfas nojentos!

- Sua sorte é que o Harry apareceu pra te ajudar! Se não fosse por ele, você e eu estaríamos perdidos!

- Aliás, muito obrigado, Harry! - Cameron se virou para o alfa e sorriu abertamente.

- Eu apenas fiz o que senti que deveria fazer. - Disse meio sem jeito.

- Você se lembra?

- Bom... Eu não lembro do que aconteceu. - Falou. - Apenas me lembro de ver o Harry chegando e falando com os alfas, e depois de acordar num quarto.

Ambos os meninos ficaram surpresos. Seria possível o ômega simplesmente esquecer-se de tudo?

- E como você está se sentindo? - Louis indagou.

- Eu me sinto bem! - Sorriu sem dentes por estar com a boca cheia.

- E o que nós vamos fazer? - Styles questionou, agora para o ômega mais velho.

- Eu não sei... - Murmurou, suspirando cansado. - Podemos pensar nisso depois? Eu estou exausto.

- Tudo bem, amor... - O alfa sorriu e deu um beijo na testa do namorado. Ele notou que Cameron baixou o olhar um pouco envergonhado, o que fez Louis rir baixinho. - Quanto a você... Pode se sentir a vontade aqui. Provavelmente você vai ficar acordado a madrugada inteira já que dormiu até agora e, se quiser, pode ficar na sala vendo filmes ou no quarto. Pode conhecer a casa, ficar aqui comendo, ir para a piscina, ou qualquer coisa...

- Tem certeza? - O menino questionou.

- Claro! Você ficará conosco até tudo se resolver. - Respondeu. Harry foi até o ômega e depositou um beijo em sua testa, logo sendo seguido por Louis, este que fez o mesmo.

- Queremos que se sinta em casa! - O de olhos azuis sorriu e bagunçou os cabelos cacheados de Cameron.

- Oh... Obrigado... - Falou. Logo o menino se viu sozinho na enorme cozinha da casa de um casal completamente desconhecido por si, mas que lhe ajudou de uma maneira imensurável.

~*~

Niall's P.O.V.

- Qual é, Zayn... Vai ser rápido! - Tento, pela décima vez, convencer meu irmão a ir comigo ao shopping, mas ele não aceita.

- Nini, eu já te falei que não posso me atrasar porque...

- "Porque não quero deixar o Liam esperando". - Repito a mesma coisa que ele falou nas outras vezes. - Acho engraçado que Liam é meu amigo, você é meu irmão e nenhum dos dois me dá atenção. Vocês nem gostavam um do outro!

- As coisas mudam, loira. - Ri. - Eu prometo que depois vou te dar toda atenção que você quiser, mas agora não dá.

- Tudo bem. Mas saiba que eu vou te cobrar, Malik! - Digo, e logo ele estaciona em frente ao shopping.

Me despeço de meu irmão com um beijo em sua bochecha e logo entro no prédio. O shopping (N/A: Lembrando que para a gringa "shopping" não é o mesmo que para os brasileiros, mas eu vou por aqui como se fosse. Lá eles tem outra expressão, mas não vejo necessidade de mudar) é bem grande, e hoje especificamente está bem cheio, o que me deixa ainda mais animado. Não creio que eu vá demorar muito, apenas irei comprar umas coisas aqui, outras ali...

Mas me conhecendo do jeito que sou...

Realmente não queria vir sozinho, mas Josh disse que não poderia por causa do trabalho, Zayn e Liam estão de namorico e não me dão mais atenção e eu não quis incomodar os meninos, então não tive opção. Começo a andar por entre as lojas bem iluminadas e decoradas na medida certa para chamar a atenção de qualquer pessoa que passe e logo percebo que será um longo dia.

- Um longo... Bem longo dia... - Susurro com um sorriso enorme em meu rosto.

(...)

Depois de passar em algumas (várias...) lojas e de arrecadar algumas dezenas de bolsas grandes e pequenas, eu finalmente decidi terminar meu "passeio" na praça de alimentação.

Meu lugar favorito de todo o shopping!

- Por favor... - Chamo a atendente do meu amado McDonalds.

- Sim? - A menina pergunta.

- Pode adicionar uma porção extra de batatas e cheddar ao pedido?

- Mas é claro, lindo. - Sorri. - Posso te fazer uma pergunta?

- Claro. - Dou de ombros.

- Eu estive te observando e notei que você está sozinho. Sou alfa, mas sou lésbica... - Ela sussurra essa última parte como se fosse um segredo, e eu acabo rindo. - Bom... Eu senti seu cheirinho doce de ômega, então deduzi: Você está comendo por dois?

- O QUÊ?! - Arregalo os olhos e começo a gargalhar com a pergunta dela. - Não, eu não estou grávido... É meu estômago solitário de irlandês. - Digo.

- Ah, sim... Te entendo, minha namorada é igual a você! - Ela sorri mais uma vez e me entrega uma bandeja com o meu lanche. - Muito obrigado, e aproveite.

Me despeço da menina, que eu achei bem simpática por sinal, e vou me sentar em uma das mesas do lugar. Assim que acho uma mesa de meu agrado me sento e logo começo a comer enquanto vejo um vídeo qualquer no YouTube. Sem que eu perceba acabo perdendo um bom tempo ali, mas realmente não me importo.

- Com licença... - Ouço uma voz que me soa bastante familiar.

- Sim... - Quando levanto o olhar para ver quem é me surpreendo ao dar de cara com Jamie, o atendente do restaurante em que o Josh me levou há uns dias atrás. - Jamie!

- Oi, Niall... - Sorri. - Posso me sentar com você?

- Sim, claro que sim! - Falo e sinalizo para ele se sentar. - O que está fazendo por aqui?

- Eu vim comprar algumas coisas para a namorada do meu irmão, já que ele é um idiota e esqueceu que amanhã é o aniversário de namoro deles. - O moreno revira os olhos, mas sorri. Típica relação entre irmãos. - E você?

- Ah, eu só vim fazer umas compras pra me agradar mesmo, nada demais. - Jamie ri com a maneira que falo.

- Eu percebi que está sem seu alfa, e espero não estar atrapalhando ou...

- Qual é, Jamie. Relaxa! Eu realmente estou sozinho, mas é bom não ter que ficar o tempo todo só.

- Realmente. - Ele sorri. Pela décima vez, mas sorri. Gosto de pessoas como ele.

Só agora fui me dar conta de que ele se referiu ao Josh como "meu alfa" e eu me senti bem com isso. Eu gostei de ouvir isso vindo de outra pessoa. Não sei se são meus instintos primitivos de ômega ou qualquer merda do tipo, mas apenas sei que gostei.

Eu e o índio (Jamie parece um índiozinho) passamos um bom tempo conversando. Trocamos informações sobre nós e várias outras coisas que se fazem quando se começa uma nova amizade. Descobri que ele se chama Jamie Yuma Kanti, o que significa "filho do chefe" (Yuma) e "o que canta" (Kanti). Descobri também que sua família vem de descendentes indígenas de Dakota, mas que eles se mudaram para cá quando ele era criança. Coisas pequenas. Alfa, 20 anos, gosta de frio, ama desenhos... Nada demais. Duas horas e meia se passam e eu só começo a me dar conta do horário quando minha mãe começa a me ligar, porém se não fosse por isso poderia passar horas e horas conversando com Jamie e não iria me dar conta do tempo.

- Jamie, eu tenho que ir. Essa foi uma mãe furiosa me ligando para saber onde eu estou. - Rio.

- Eu também tenho que ir, ainda vou passar na casa do meu irmão. - O alfa se levanta rapidamente e leva nossas bandejas para a lixeira mais próxima, logo voltando. - Você quer que eu te ajude com essas bolsas?

- Eu agradeceria bastante. - Respondo.

- Bom, posso levar até o seu carro. - Ele diz enquanto pega algumas das minhas bolsas, tomando cuidado para não se misturarem às suas.

- Eu não vim de carro hoje, já que meu irmão me trouxe. Vou voltar de táxi. - Dou de ombros.

- Ora, se quiser posso te dar uma carona até em casa. - Sugere.

- Agradeço bastante, mas minha mãe me ensinou a não confiar em estranhos que te oferecem carona. - Brinco. Jamie ri e me empurra.

- Qual é, eu não sou um completo estranho. Nós temos umas duas horas de amizade! - Agora sou eu quem ri. Antes que perceba nós chegamos ao estacionamento do terceiro andar.

- Tudo bem, tudo bem... Eu aceito sua carona, mas só porque você é legal e bonito, Sr. Novo amigo. - Faço uma voz bem formal, o que faz o menino rir. - Sabe, amanhã vai ter uma festa do pijama na casa de um amigo meu, e outros amigos meus vão. Como você também é meu amigo seria muito legal se fosse!

- Não te garanto que vou, mas agradeço o convite. - Fala. - Como agora tenho o seu número te confirmo por mensagem caso eu vá...

- Ora, se não é o Niall Horan... - Um dos alfas do antigo grupinho de Bryan aparece de repente. - Você não é amigo daquele ômega ridículo que fez o Bryan ser preso, Horan?

- Me deixe em paz, garoto. - Digo e o ignoro. Continuo a andar fingindo que sequer o vi, mas ele corre e para na minha frente.

- Onde está indo, boneca? Acha que vai passar assim, sem nem dar um "oi"?

- Sai da frente dele. - Jamie fala num tom sério. Seu rosto se fecha de uma forma que eu ainda não tinha visto.

- E quem é você? A vagabunda aqui já mudou de alfa, foi?

Vagabunda?!

- Quem eu sou ou quem eu deixo de ser não é da sua conta, cara. Agora sai da frente do ômega. Se não sair por bem, eu faço questão de te tirar daí com meus próprios dentes. - Sorri. O medo estampado na face do alfa ruivo é nítido, mas é claro que ele não vai simplesmente recuar.

- Alfa valente, você... E se eu te disser que não vou sair? Você vai ter que vir aqui me tirar, não vai? - O outro provoca.

Jamie respira fundo e sorri novamente. Ele me entrega todas as bolsas que está segurando calmamente e me pede para aguardar. Logo ele se volta para o outro alfa e vai até ele, chegando tão perto que parece até que a qualquer momento eles podem se beijar ou se matar.

- Não diga que eu não te avisei. Pois eu te avisei. - Fala pausada e calmamente.

Antes que eu dê por mim só vejo o corpo do alfa ruivo ser arremessado para o outro lado do estacionamento, se chocando violentamente contra um carro qualquer. Quando volto a olhar para Yumi noto suas grandes presas brancas manchadas por leves respingos de vermelho escarlate. Sangue.

- Me desculpe por isso, Niall. Mas ele duvidou de mim. Minha família sempre me ensinou a manter minha honra e cumprir o que falo, ainda mais quando duvidam... - Fala enquanto limpa a boca.

- Tudo bem, eu só... Estou... Um pouco abismado... - Digo e começo a rir. Talvez pelo nervosismo, ou não sei... Mas apenas rio. - Vem, vamos embora.


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Afrodiel Afrodiel

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