บท 25: A História Antiga da Família Ironstone (Parte 2)
"Residência da Família Ironstone." Kaizen leu em voz alta para si mesmo enquanto colocava as mãos nas maçanetas da porta dupla e finalmente as girava ao mesmo tempo, abrindo-as.
Quando as duas metades da pesada porta dupla foram abertas, o cheiro de poeira impregnou as narinas de Klaus Park, fazendo-o cobrir a parte inferior do rosto com uma das mãos. O odor escapando de dentro da residência não era fétido, mas desagradável. Esse cheiro se assemelhava a uma mistura de cinzas de fogueira e um toque de limão, fazendo Kaizen se perguntar há quanto tempo o lugar estava fechado.
Quando seus olhos pararam de arder devido ao odor repentino, ele olhou para dentro do lugar. 'Droga, está tudo escuro...'
A maior parte dos cantos daquela caverna tinha iluminação precária, mas a escuridão parecia tomar conta de cada centímetro do interior da residência Ironstone, um breu sem fim que não permitia que Kaizen visse nada ali.
Kaizen sabia que seria uma ideia muito tola entrar em um lugar sem luz, então ele imediatamente olhou em volta, procurando algo que pudesse ajudá-lo a resolver esse problema. Como Kaizen estava com sorte, ele avistou algo metálico em uma pequena pilha de cristais apagados mais à direita da entrada, e o topo desse objeto tinha uma forma muito semelhante à de uma lanterna.
Interessado, Kaizen se aproximou desses cristais, agachou-se e então os retirou de cima do objeto, revelando que era de fato uma lanterna.
A lanterna tinha a forma geométrica de um sino comum e não era dourada, mas sim prateada. Havia grades, uma pequena manivela e uma corrente para segurá-la. Além disso, havia designs ornamentais nas limitadas grades da lanterna, o que dava um aspecto de elegância e nobreza ao objeto.
[Você encontrou uma Lanterna de Minerador.]
Kaizen nunca tinha visto uma lanterna pessoalmente, mas sabia como tal objeto geralmente funcionava, pois tinha visto dezenas de filmes antigos.
Então, ele girou a pequena manivela no lado esquerdo da lanterna, esperando que ainda houvesse algum óleo ou querosene armazenado dentro, pois se não houvesse, a chama da lanterna não acenderia.
Na primeira tentativa de girar a manivela, ele nem mesmo conseguiu movê-la. Isso não era porque ele era fraco, mas porque a coisa não havia sido girada por muito tempo, ou seja, estava travada e oxidada.
'Não é possível. O que há de errado com essa coisa?'
Ainda esperançoso, Kaizen deu um leve tapa na lanterna e tentou girar o botão mais uma vez. Aparentemente, o tapa o ajudou a consertar o que estava errado, e na segunda tentativa, a manivela girou facilmente. No entanto, em vez de a manivela girar para iniciar o fogo, ela abriu um compartimento da lanterna.
*Clac*
Uma pequena porta no centro do objeto se abriu, e um brilho azulado, tão intenso quanto a luz dos cristais no segundo andar, turvou a visão de Kaizen, dilatando abruptamente suas pupilas. Ele esfregou os olhos irritados e, após alguns segundos, olhou para a lanterna novamente. O brilho intenso vinha do compartimento aberto, mas geralmente, deveria haver uma chama. Na verdade, havia um leve resíduo do tipo de cristal mais vital e brilhante.
Kaizen ficou confuso por alguns segundos, imaginando como exatamente essa tecnologia funcionava.
Não demorou muito para ele perceber o quanto essa lanterna era valiosa para os mineiros locais, pois como os cristais já emitiam naturalmente uma luz luminescente contínua, usá-los era mais barato e eficaz do que usar óleo para produzir fogo.
Segurando o objeto empoeirado pela corrente com a mão direita, Kaizen pensou em voz alta:
"Por alguma razão, o brilho do cristal ainda é forte, então parece que estou com sorte. A iluminação dessa coisa parece ser até um pouco melhor do que seria se eu usasse fogo."
Como provavelmente estava chegando perto da hora do jantar no mundo real, Kaizen não queria perder muito tempo adiando a quest. Afinal, comer em Rise Online apenas transmite a sensação de satisfação ao seu cérebro, mas não a satisfaz de fato, então seria ruim para Klaus ficar doente por jogar por muito tempo sem realmente digerir quaisquer nutrientes.
Portanto, Kaizen decidiu que avançaria para a residência Ironstone sem delongas. Mesmo estando apenas na porta, graças à luz da lanterna, ele agora conseguia ver boa parte da sala.
A sala era claramente extensa e tinha várias longas mesas de jantar, todas de madeira. Ela se assemelhava à parte de piquenique de um parque familiar e a uma grande sala de jantar por causa dos longos bancos que substituíam cadeiras.
'Agora, que tipo de casa tem mesas tão grandes? Eu pensava que a família da Therkara era apenas ela e o pai dela, pelo menos foi o que pareceu pela conversa anterior.' Klaus analisou, olhando ao redor da sala.
Foi então que ele deu o primeiro passo para entrar na sala, mas justo quando seu pé direito estava prestes a tocar o chão, ele sentiu que a sola de seu pé estava tocando algo duro. Kaizen não se importou e terminou seu passo, fincando seu pé direito no chão, e nesse exato momento ouviu um barulho de quebra. Inicialmente, Kaizen pensou que tinha pisado numa tábua fraca do chão e quebrado, mas quando olhou para baixo para confirmar essa suspeita, ficou alarmado ao ver um osso longo quebrado ao meio sob seu pé.
'O que diabos é... isso?'
Rapidamente, Kaizen recuou dois passos e iluminou melhor o chão do recinto com a luz da lanterna. Naquele momento, ele viu que o osso quebrado não era nada mais do que uma pequena fração de um grande esqueleto humano que estava caído no chão. Ele não pôde deixar de se chocar. Não importava se isto era apenas um jogo ou não, encontrar-se nesta espécie de situação tão inesperadamente era macabro, no mínimo.
Kaizen começou a recuar lentamente com as costas para a entrada, os olhos franzindo para o esqueleto.
"Que diabos aconteceu aqui?" ele perguntou em voz alta, transpirando frio, com todos os pelos de seus braços absolutamente arrepiados.
De repente, uma voz familiar respondeu à sua pergunta.
"Eu não pude ajudá-los..." disse Therkara Ironstone com um tom de lamento.
Kaizen virou-se para trás, para fora da residência, e viu a mulher-rei parada ali, sem o capuz no rosto, expondo seus longos e delicados cabelos castanhos. Antes que Kaizen pudesse perguntar ou dizer alguma coisa, Therkara continuou a falar.
"Agora eu lembro de tudo perfeitamente. Voltar à casa da minha família é como... tomar um banho com água fria durante o inverno." Ela disse, olhando para Klaus. "Escute bem, Kaizen, o que estou prestes a te contar aconteceu apenas cem anos atrás, mas eu lembro como se fosse ontem..."
...
Editado por: DrHitsuji
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