บท 59: Capítulo 54 – Carol: Índia, cheguei
Ainda nesse clima de descontração, o Claudio nos diz que tem vídeo dos bastidores do primeiro filme que gravamos. E todos nos animamos para assistir. Então vamos chamar a Weenny para assistir.
Mas parece que ela está longe, porque estamos chamando e ela continua olhando para fora do avião, somente o corpo está aqui, pois a mente tenho certeza de que está em Eros.
Chamamos de novo e agora ela responde perguntando se estamos chamando e nos pede desculpas por estar distraída e Gi diz que óbvio que estava, por seus pensamentos estava em certo alguém, e ela somente sorri.
Claudio aproveita e fala que irá colocar para nós a gravação dos ensaios do remake que ele fez. Assim como ninguém é de ferro, todos matam a saudades um pouco.
Assim que ele coloca, bate uma saudade gostosa de tudo que vivemos naquela época, sabe? Da primeira viagem internacional, toda equipe de produção, toda paciência conosco, eles acreditarem e incentivarem o nosso trabalho, e a festa de estreia então...
Foi tudo fantástico, parecia um sonho. Ver nossos rostos estampados em capas de revistas, jornais, comerciais de tv, nós sendo capas de revistas conceituadas, programas de tv especiais para nós, com tudo isso o pedido de casamento da Weenny sem igual.
A filmagem acabou e nesse clima de nostalgia e ficamos conversando.
Porém as perguntas voltam e Iara pergunta quando foi o primeiro beijo entre Weenny e Eros e ela por sua vez reclama dizendo sobre aquela pergunta de novo.
Bom, ela já contou para nós que tinha sido na competição e ela afirma isso dizendo, que não estava mentindo a esse respeito.
Dani e Gi pergunta como tinha sido o segundo primeiro beijo, eu só observo sem nada dizer.
E ela entendeu aonde as meninas querem chegar e diz que foi durante as gravações. Eros sempre a desestabiliza, desperta emoções fortes, então fica difícil dela se controlar perto dele. E explicou tudo a cerca disso.
Ela termina dizendo que Eros é um monumento a sedução e as meninas corrigem dizendo que ele é um monumento a perdição.
Mih diz que quem poderia imaginar que ela sentia tudo isso. E realmente não imaginava que a conexão deles fosse nesse nível, o quanto ele mexe com ela.
Depois dela ter falado isso, dá pra entender melhor o tanto que Eros faz falta para ela. O quão difícil é ficar longe dele.
Eu me coloco no lugar dela. Fico imaginando Claudio e eu nessa situação e chega a doer a saudade só de imaginar.
Mas ainda assim quero saber como ela consegue lidar e pergunto para ela, como ela conseguiu aguentar na época.
Ela podia jurar que Eros era apaixonado por outra pessoa, por conta disso ela se continha, porque respeitava isso, ela enfatiza que ele é o tipo de homem que toda mulher deseja ter. E por conta disso respeitou.
Mas o que realmente as meninas querem saber mesmo é da cena de amor entre Baby e Ethan, se realmente rolou mesmo ou foi tudo encenado e Samara deixa isso bem claro porque ela quer detalhes.
Weenny começa explicando que as gravações foram tensas e estranhas, e dá todos os detalhes como Samara queria, inclusive o fato que estavam quase nus.
Percebemos que Weenny não quer contar tudo e está enrolando e Maria José é direta no gatilho e diz pra ela parar de enrolar e contar tudo, pois quer saber como ela se sentiu.
Ela respira, creio que seja mais para criar coragem do que falta de ar propriamente dito, Igor pede inclusive para ela continuar.
Então ela começa dizendo que tudo foi muito estranho, tenso e tudo a flor da pele. E que naquele dia. Tudo parecia conspirar para que ficassem lado a lado.
Ela diz que assim como nós na época, ficou confusa quando viu a fúria do Eros quando atacou aquele cara.
E foi contando todos os detalhes que ocorreu dentro de si naquela fatídica noite.
Jurava que jamais ia saber como ela estava se sentindo aquela noite, principalmente quando ela descreve que quando ele a beijou, seu corpo ficou em chamas, suas pernas amoleceram, e sei bem que sensação é essa, a primeira vez que beijei Claudio também foi assim. Digamos algo surreal.
E é exatamente isso que Weenny fala quando Marília diz que o que ela descreveu parece ser a sensação do primeiro beijo.
Além disso Weenny fala que já beijou alguns homens, mas era tudo muito comum, mas com Eros era algo diferente, único, sentiu o que não tinha sentido com ninguém.
Mas as meninas não estão satisfeitas só com isso. E Vivi expressa isso quando pergunta como foi a primeira noite deles já que o primeiro beijo teria sido de uma forma tão intensa.
May é rápida quando ela diz que aquele assunto não dava pra ser falado na frente dos rapazes.
Mas melissa está irredutível, pois a tanto tempo todas querem essas confissões que não quer parar por nada.
Weenny pergunta se realmente é isso e pede ajuda dos rapazes, mas eles concordam, querem ouvir tudo também.
Então ela continua dizendo que nos meninas sabemos, mas ela conta que Eros proporcionou todo luxo e ao mesmo tempo simplicidade. Eles vestiram vestes indianas e foi nessa noite que Eros deu o anel a ela.
Ela num clima de saudade nos conta o quanto ele é perfeito, forte, viril, poderoso, vigoroso e afins.
Realmente essa conversa não está sendo nada fácil para quem gostava da coisa e decidiu esperar o casamento.
Está ficando difícil me concentrar nessa conversa e não deixar minha imaginação começar a funcionar ou montar o cenário perfeito quando a hora com o Claudio chegar.
Tento voltar a minha mente pro agora porque senão vou ter que ir tomar uma banho gelado ou ler um livro para distrair a mente.
Ouço ao longe Weenny nos pedindo licença pois irá se preparar para o desembarque.
E olhamos para o relógio e já são quatro da tarde. Então decidimos também ir descansar.
Não dura muito, estamos ansiosos demais para o corpo relaxar, percebi isso quando chego na sala de tv e vejo todos. Um olhando para o outro e rimos.
Então agarramos numa conversa gostosa.
— E aí gente qual a expectativa pra esse shádi? Estamos todos ansiosos e nervosos. – Digo.
— Acho que é mais o nervosismo. Tenho medo de fazer alguma coisa errada, por mais que estudamos bastante, na hora do vamos ver espero não esquecer tudo e fazer errado. – May fala.
— Concordo. Até porque tudo será luxuoso, e terão muitos famosos e personalidades do país. - Victor comenta.
— Realmente, mas vai dar tudo certo pessoal, vamos dar conta, já enfrentamos coisas mais difíceis, e outra, se eles não achassem que fossemos capazes não teriam nos escolhido. - Claudio nos anima.
Nesse momento Maria José chega e todos acham uma ótima oportunidade para revisar tudo sobre o Shádi. Afinal de contas ela também será madrinha e precisa saber do máximo de coisas, então decidimos falar sobre as cerimônias e cada um pega suas anotações e começamos a passar tudo para ela.
A cada coisa que falamos, exatamente como o Guru nos ensinou, Maria José fica num misto de espanto, admiração e gratidão.
Percebemos que falta poucas horas para o pouso então Vivi acha melhor começarmos a nos arrumar.
Então Tati diz para nos arrumar, para tomar banho e Edu pede para os homens irem primeiro pois são mais rápidos, diz Igor e concordamos, claro que depois de uma breve discussão.
Enzo enfatiza que irão liberar o espaço para nós o mais rápido o possível.
Eles realmente são rápidos, porém nos grita por socorro, pois estão perdidinhos com a roupa.
Então vamos ajudar, o Claudio se esquece que já tínhamos separado um conjunto social, sem gravata para ele, terno e calça azul escura e camisa azul clara, com uma camiseta branca por baixo.
Mas as cabines para eles são pequenas, bom na verdade é o nervoso, então eles vão se trocar no corredor, e nos expulsa para não reclamarmos da bagunça.
Eles terminam e vão para a cabine de passageiros e agora é a nossa vez. Então começamos a nos arrumar.
Somos rápidas no banho, por incrível que pareça, e decidimos que vamos colocar uma roupa tradicional, o salwar kawezz, o meu é branco com detalhes em azul marinho e em dourado. Lindíssimo.
Escolhemos ir com o cabelo solto, mas decido prender, deixo metade solto e a parte de cima preso, faço duas tranças, uma de cada lado e as prendo atrás.
Nos maquiamos e algumas meninas têm dificuldade com o kajal, quem sabe ajuda.
Coloco um brinco grande com pérolas e pedras, coloco um bindi dourado também. Uma sandália baixa simples.
Assim que todas terminamos, arrumamos tudo e vamos para a cabines onde os homens estão nos aguardando.
Rafael nos elogia falando que estamos lindíssima e Leo diz que valeu a pena esperar.
Até Filipe diz que estamos lindas demais. Enzo por sua vez fala que estamos maravilhosas.
Tô começando a ficar encabulada com tanto com tanto elogio.
Igor então fala para registrar esse momento porque não é todo dia que estamos assim e procura o fotógrafo oficial.
Então eu e o Claudio pegamos nossas câmeras e começamos a tirar fotos, mas todo mundo começam a falar todos juntos.
Enzo grita pedindo que todos fiquem quietos e Dani organiza. Eu fotografo as meninas e Claudio os meninos.
— A meninas me desculpem, mas prefiro fotografar esses gatos aqui. - digo.
Guilherme ao meu favor diz que também prefere que eu tire as fotos e me promete que irá sorrir, mas Dani protesta dizendo que se ele sorrir chegará na Índia sem os dentes, impossível não dar risada.
Então o Claudio fotografa as meninas.
Começamos a nos divertir, quando Weenny entra na cabine e ficamos espantados com a beleza dela, parece que ela já é uma mulher casada devido sua vestimenta. Está bem diferente das roupas que ela usava nas aulas.
A gente ia perguntar, mas está chegando a hora de pousar, então tomamos nossos assentos e afivelamos o cinto.
Todos olham Délhi pela janela, é linda. Muitas luzes.
O avião finalmente pousa e taxia pela pista e assim que tem a parada total, soltamos os cintos e a porta é aberta.
Agora as comissárias estão vestidas com sáris, Ana, que é a chefe da tripulação, se aproxima de Weenny e faz um cumprimento de uma forma especial. Lembramos que o Guru explicou sobre isso.
Ana diz que o Guru está a esperando para recepcionada e que já está tudo pronto.
Nesse momento Weenny, se vira para nós, e pede para seguirmos na frente, cumprimentar a todos com o namastê e seguir as instruções das comissárias.
Então seguimos as instruções, nos arrumamos, eu respiro fundo. Seguro a mão do Claudio para me acalmar. Mas logo solto porque lembro sobre as demonstração de carinho em público não é bem visto, vou ter que policiar muito.
Então primeiro desce a tripulação, depois os rapazes, logo após somos nós.
Assim que saio percebo um tapete vermelho que se estende desde os degraus do jato até todo caminho do desembarque.
O tapete vermelho não foi tão estranho quanto os soldados com trajes de gala posicionados por todo o trajeto.
Em um ponto um pouco mais afastados, um grupo de homens e mulheres vestidos com roupas típicas. Homens com turbantes e mulheres com joias e sáris, mas tinham algumas mulheres de hijab, que são as vestes mulçumanas para mulheres.
Estamos todos tímidos com tantos olhares para nós e cumprimentamos a todos com Namastê.
Logo que terminamos de descer somos conduzidos para a esquerda.
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