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49.15% Revelações / Chapter 29: CAPÍTULO VIII - Conto 29: A queda de Ana

บท 29: CAPÍTULO VIII - Conto 29: A queda de Ana

Era uma tarde de sábado, não estava fazendo nada, então, fui navegar na internet à procura de amizades. Encontrei Thor, um homem muito educado, tinha uma conversa bem agradável, então, trocamos os números de celular para continuar a conversa mais tarde. Vi a foto, ele não é de se jogar fora... vou dar uma chance!

- Oi! Como você está? – cumprimentei animada.

- Bem e você, Ana? Está frio lá fora!

- Esfriou muito mesmo, estou debaixo da coberta, no quentinho e com meia.

- Eu também, hoje só saí para andar no parque. Está bom para namorar, não é?

- Sim, se tivesse namorado...

- Olha a oportunidade, você sem namorar e eu também... e o frio para apimentar...

- É mesmo... coloquei uma foto de óculos e sem maquiagem no meu perfil, você viu?

- Sim achei você bem bonita! E também carinhosa, delicada, sensível...

- Sou assim! E como você é?

- Eu sou atencioso, carinhoso, gosto de cuidar, de dar proteção, de ser parceiro, não consigo me ver com uma mulher que não seja meiga, que não curta cuidar, dar amor...

- Você é um fofo, educado, inteligente...você é advogado, disse?

- Sim, sou advogado.

- Que difícil, você é inteligente mesmo! Admiro isso num homem. Gostei do seu jeito comunicativo! Você procura o quê? Fala a verdade pra mim!

- Procuro conhecer uma mulher bacana, com quem eu tenha afinidades. E você?

- Procuro um homem amigo, educado, que me respeite e goste de mim como sou. Se vai dar namoro só o futuro dirá.

- Eu quero uma amiga também, e aí as coisas passam a ter chances de evoluir...

- Pensamos parecido. Acho que é esse o caminho.

- Eu quero uma mulher pra ser minha mulher, pra ter atenção, cuidar dela e ela cuidar de mim.

- É isso que eu quero, namorar, passear, poder conversar de tudo.

- Você é tentadora, sabia?

- Sabia. O que gostou mais?

- Gostei de como você se expressa bem e o quanto é bem resolvida com suas vontades, gostei de sua clareza e de como articula bem as palavras. E fisicamente, você é muito bonita...tem cabelos bonitos...

- Não escondo meus pensamentos. Não sou do tipo que fica brava e não fala o que está acontecendo. Conto tudo em tempo real, porque é conversando que a gente se entende.

- Eu quero assim. Você tem outra foto sua pra eu ver?

- Quer conversar pela câmara?

- Queria só te ver em outro ângulo mesmo, não tem necessidade de abrir a câmera.

- A gente fala Oi e fecha.

- Está bem, espere um pouco...

Conversamos pela câmara, desligamos, então eu disse:

- Pronto, você me conheceu!

- Estilosa hein...

- Obrigada, achei você sério e simpático. Olha, se não gostou de mim fique à vontade pra me bloquear!

- Fiquei com vontade de conhecer você pessoalmente. Você gosta de café?

- Sim, por quê?

- Porque será o gosto que terá meu beijo na primeira vez que te beijar....

- Acho que vou gostar do seu beijo.

- Eu também acho que vou gostar do seu e tenho certeza de que irei adorar te abraçar também.

- Somente vou tomar café com você! Vai me bloquear agora? – indaguei curiosa.

- Sim, eu sei. Eu tinha pensado mesmo em te ver, conversarmos e te dar um monte de beijinhos...

- Eu sou tímida.

- Você viu como sou, mas eu vou me esforçar pra ser bem simpático com você...

- Seja você mesmo.

- Sim serei. Não consigo ser diferente... gostaria de te ver esta semana ainda.

- Vamos tomar café sim. Estou de férias e com uma disponibilidade boa.

- Ótimo.

- É só a gente combinar uma hora que você possa. Pode ser numa cafeteria ou no shopping.

- Sim! Acho que um final de tarde pode ser uma boa. Talvez na quarta.

- Pode ser.

Foi incrível quando o vi pessoalmente! Fiquei admirada porque nunca me interessei tão rápido por um homem. Ele é atraente, uma mistura de seco com atencioso, gostei dele! No dia seguinte, envio uma mensagem:

- Fiquei com vontade de beijar mais, mas você fez como a Cinderela... foi embora correndo!

Risos.

- Você é mais bonita pessoalmente, Ana.

- Obrigada, gostou então?

- Gostei muito... sua pele também é incrível, muito macia e sedosa, como seus cabelos. Devem ficar ainda mais lindos mais compridos.

- Vou deixar crescer mais pra você.

- Eu vou adorar! Você é uma mulher muito bonita! – disse interessado.

- Queria te abraçar mais, queria mais beijos. Ah sim! Obrigada pelo café!

- Vai ter mais! Sabe, adorei saber que gostou do meu beijo.

Nosso relacionamento foi muito bom e intenso nos primeiros seis meses. Ele era presente, amigo, enfim, meu confidente. Também era muito trabalhador e eu o admirava por isso. Num belo mês, abriu um negócio em outra cidade, no litoral, e aí começou a trabalhar mais ainda...

- Você só trabalha e não tem tempo pra mim! – reclamo.

- Não deveria ficar chateada, Ana! Eu trabalho porque a vida é assim! Não gostaria de trabalhar tanto, mas eu estou fazendo isso porque quero garantir um futuro mais legal. – explica.

- Mas e o presente? Você não vai viver um pouco?

- Sim, mas eu acho que alguns meses não é um tempo que possa se colocar como uma vida de sacrifícios, acho que é suportável não ter muita vida social, lazer etc.

- Você pensa só em você...

- É um pouco complicado, mas eu penso em mim sim, não tenho com quem contar no futuro...

- Estou no seu presente, nem sei se estou no seu futuro!

- Eu sei, mas eu acho que se relaxar agora, terei que me matar de trabalhar quando for velho (se um dia eu chegar a ser) e não quero correr esse risco.

- Lógico que é importante e fundamental trabalhar. Entendo você, mas uma pessoa como eu também é importante, e você me troca o tempo todo.

- Sim, acho você importante, mas me dedicar a alguma coisa por alguns meses não é colocar alguém em segundo plano. Não e nada pessoal com você, até minha mãe doente está ficando mais só. Não faço por mal, não quero que fique chateada, pensativa, em dilemas, sinto-me mal assim.

- Eu estou chateada. Não entendo por que seu trabalho me exclui. Não dá pra ficar com os dois?

- Por uma questão de tempo e distância mesmo, assim como o seu me excluiria se quisesse ficar com você até tarde.

Na verdade, estava triste porque gostava dele e o via cada vez menos. Ele dizia que sentia saudades, que gostava de mim, mas só me visitava a cada três meses! Que jeito diferente de gostar, não é? Eu ria e chorava.


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