บท 23: mais um aniversário de Rodrigo
Petúnia e Gilson corriam pela casa, ajustando os últimos detalhes para a grande festa de boas-vindas aos novos funcionários da empresa. Mesas decoradas, luzes cintilantes e o aroma tentador da comida enchiam o ar enquanto eles supervisionavam cada aspecto.Enquanto isso, Alexandre, um dos membros mais antigos da comunidade local, observava a conquista com um brilho intrigante nos olhos. Ele se mudou de Petúnia e Gilson, sussurrando: "Vocês perceberam a energia desta noite? Sinto que algo está prestes a acontecer, algo que poderá mudar toda esta região de uma vez por todas."Petúnia olhou para Alexandre com curiosidade. "O que você quer dizer, Alexandre?"Ele acenou misteriosamente. "Não sei ao certo. Talvez seja a chegada desses novos funcionários ou algum evento inesperado. Mas algo me diz que esta festa marcará um ponto de virada para todos nós."Gilson, com um sorriso confiante, colocou a mão no ombro de Alexandre. "Bem, seja o que for, espero que seja algo bom para todos nós. Esta festa é um marco para nossa empresa e nossa comunidade."Enquanto os convidados começavam a chegar, o céu noturno se luminou com fogos de artifício, espelhando a empolgação e a expectativa que emparelhavam sobre todos ali. Entre risos, conversas animadas e a música que preenchia o ambiente, o presságio de Alexandre emparelhava como uma promessa no ar, aguardando sua revelação. A noite parecia compartilhada de possibilidades, pronta para desvendar segredos que poderiam transformar o destino daquela região para sempre.
Alexandre e Sebastião montaram seus cavalos, partindo para uma cavalgada pela vasta campina que se estendia além das colinas. O vento fresco acariciava seus rostos enquanto os cascos dos cavalos batiam no solo, criando uma melodia reconfortante.Enquanto cavalgavam lado a lado, o silêncio entre eles era necessário apenas pelos filhos suaves da natureza. O sol poente pintava o céu com tons de laranja e rosa, emoldurando a paisagem com uma beleza serena. Sem a pressão das responsabilidades diárias, Alexandre e Sebastião permitiram que suas mentes se libertassem, aproveitando a tranquilidade para refletir sobre suas vidas e os rumores da região.Alexandre olhou para as colinas verdesjantes se estendendo até o horizonte. "É incrível como a natureza aqui permanece tão intocada, mesmo com todas as mudanças ao nosso redor."Sebastião feliz, observando os pássaros voando livremente. "Às vezes, é nestes momentos de calma que encontramos claramente. A vida moderna nos afasta disso, mas aqui, nesta campina, tudo parece simples e puro."Enquanto os cavalos seguiam seu caminho, os dois amigos absorviam a paz do ambiente, permitindo que seus pensamentos fluam livremente. Longe das preocupações cotidianas, aquele momento na campina oferece uma sensação de liberdade e serenidade, permitindo-lhes encontrar respostas para perguntas que nem sempre tiveram tempo para explorar.
Margarida e Petúnia ficaram empolgadas enquanto preparavam todos os detalhes para a festa de aniversário de sete anos de Rodrigo. A casa estava repleta de balões coloridos, guirlandas estendidas e uma mesa decorada com um bolo magnífico no centro. Margarida segurava um rolo de papel de embrulho, enquanto Petúnia organizava os presentes cuidadosamente. "Acho que essa festa será inesquecível para o Rodrigo. Ele vai adorar cada detalhe!", Margarida disse, sorrindo.Petúnia animada. "Tenho certeza disso! E as atividades que planejamos vamos mantê-lo e seus amiguinhos super entretidos."No grande jardim, uma área foi decorada com jogos e brinquedos para as crianças. Uma mesa de artes e artesanato aguardava os pequenos artistas em potencial, enquanto perto dali, um palhaço se preparava para entreter com suas habilidades de malabarismo e mágica. Ao longo do dia, as crianças chegavam, ansiosas para participar da festa. Rodrigo, com um sorriso radiante, corria para abraçar Margarida e Petúnia. "Esta é a melhor festa de todos! Vocês são demais!"À medida que o sol se punha, todos se reuniram ao redor da mesa, cantando "Parabéns pra Você" enquanto Rodrigo apagava as velas do bolo. Risos e sorrisos preenchiam o ar, transformando aquele dia em um momento mágico e inesquecível para o pequeno aniversário e seus amigos. Margarida e Petúnia olharam com satisfação, sabendo que o esforço e carinho dedicados à festa valeram a pena ao ver a alegria estampada nos rostos das crianças.
João Branco e Ana dirigiram pelas estradas sinuosas que levaram à fazenda que agora seriam deles. O sol brilhava alto no céu azul, e o vento acariciava suavemente o campo ao redor, criando ondas nas plantações que se estendiam até onde os olhos podiam alcançar.Enquanto se aproximavam da propriedade, a nostalgia inundava João Branco. Lembranças de infância corriam por sua mente, revivendo os momentos felizes passados ali com seu irmão Gilberto, que cuidava daquela fazenda por anos.Ana olhou maravilhada para as paisagens campestres. "É lindo aqui, João. Imagino novas histórias essa fazenda guarda."João transmitido com ternura. "Meu irmão amava este lugar. Ele investiu tempo e paixão aqui, transformando-o em algo especial. Agora é nosso legado."Ao estacionarem, foram recebidos por um silêncio sereno, quebrado apenas pelo canto dos pássaros e pelo farfalhar das árvores. A casa, rústica e acolhedora, parecia abraçá-los calorosamente à medida que se aproximavam.Adentrando a casa, fotos antigas decoravam as paredes, testemunhas dos tempos felizes que ali foram vividos por Gilberto. Cada canto da propriedade trazia consigo memórias e histórias entrelaçadas com a terra. João Branco e Ana caminharam pela terra, explorando os campos e os estábulos, respirando a energia da terra que agora estava em suas mãos. Sentiram uma mistura de responsabilidade e gratidão por terem herdado um lugar tão especial. À medida que o sol se pôs no horizonte, João Branco e Ana se sentaram nos degraus da varanda, observando como os núcleos do céu mudavam lentamente. Em silêncio, absorviam a calma e a beleza daquele momento, honrando a memória de Gilberto e se preparando para escrever um novo capítulo na história daquela fazenda, que agora eram deles para cuidar e amar.
Alexandre e Sebastião se encontraram em uma noite tranquila, olhando para o céu estrelado em meio à brisa suave que balançava nas folhas das árvores. Sentados em um banco de madeira no jardim, ambos compartilharam um momento de introspecção."Alexandre, você já pensou em deixar algo para Rodrigo entender o que sentimos e pensamos sobre tudo isso?" sugeriu Sebastião, olhando para o horizonte.Alexandre assentiu, seus olhos brilhando com a ideia. "Sim, uma espécie de registro para ele, algo que conte nossas histórias, sentimentos e visões sobre este lugar e nossas vidas. Mas deveríamos prometer não revelar isso até que ele complete 18 anos."Sebastião descobriu, admirando a lua que começou a surgir . "Seria uma maneira de compartilhar nossas perspectivas e talvez ajudá-lo a entender o que moldou este lugar e nossas escolhas."Eles concordaram em começar a escrever cartas, diários e memórias, expressando suas jornadas, as mudanças na região e suas esperanças para o futuro. Decidiram selar cada palavra e experiência, prometendo guardar os registros com cuidado até o momento certo.A lua cheia brilhava no céu, testemunhando a promessa feita entre Alexandre e Sebastião. Era como se os raios lunares estivessem abençoando o compromisso feito naquela noite, um testemunho silencioso de uma promessa que permaneceria guardada e preservada até o momento certo, quando Rodrigo estava pronto para desvendar os segredos e emoções registradas por aqueles que tanto amaram e moldaram o caminho aquela região.
A festa de aniversário de Rodrigo estava em pleno vigor. A sala estava repleta de amigos, familiares e risos. O bolo de aniversário, decorado com cores vivas e velas estendidas, ocupava o centro da mesa.Rodrigo, com seus grandes olhos estendidos, segurava o primeiro pedaço de bolo em suas mãos. Com um sorriso radiante, ele caminhou até Sebastião, seu rosto transbordando de alegria e gratidão. "Tio Sebastião, isto é para você. O primeiro pedaço do meu bolo."Sebastião ficou surpreso e emocionado com o gesto sincero de Rodrigo. Ele olhou para o menino com os olhos marejados, sentindo um nó na garganta. Com a voz embargada, agradeço: "Obrigado, Rodrigo. Isso significa muito para mim." Ao receber o pedaço de bolo das mãos pequenas de Rodrigo, Sebastião sentiu uma onda de emoção inundar seu coração. Aquela oferta simples, feita com tanto carinho, era mais do que apenas um pedaço de bolo. Era um símbolo de amor, respeito e apreço, um gesto puro que tocava profundamente o coração de Sebastião. As lágrimas escaparam dos olhos de Sebastião enquanto ele abraçava Rodrigo com ternura, agradecendo por aquele momento especial. O salão ficou silencioso por um instante, testemunhando a emoção crua e a conexão sincera entre os dois.Enquanto Sebastião saboreava aquele pedaço de bolo, ele viu que aquele gesto simples continha um significado imensurável. Era mais do que açúcar e farinha; era a generosidade, a segurança e o amor genuíno de uma criança que tocava profundamente o coração de um homem que sempre esteve ao seu lado.
Petrônio sentou-se no cockpit do avião, ajustando os controles com familiaridade enquanto olhava pela janela para as luzes da cidade que se distanciavam lentamente. O som dos motores ecoava no ar enquanto a aeronave ganhava altitude. Olhando para o horizonte, Petrônio sentia uma mistura de emoções. A ideia de mais uma viagem internacional, desta vez aos Estados Unidos, era emocionante e ao mesmo tempo repleta de incertezas. Era uma busca por algo novo, uma última aventura antes de retornar para casa de forma definitiva.Enquanto o avião cortava os céus, Petrônio refletiu sobre as experiências que o trouxeram até aquele momento. Foi uma jornada repleta de descobertas, desafios e aprendizados. Agora, ele buscava algo que desse um sentido final à sua busca, algo para preencher o vazio que sentia ao pensar em voltar para casa.Olhando para o mapa de voo, ele sabia que essa viagem era mais do que apenas uma busca por algo material . Era uma busca por uma paixão, um propósito ou uma experiência que o fez sentir que sua jornada havia valido a pena. O avião avançava pelo céu noturno, levando Petrônio em direção ao desconhecido, à espera do que o destino reservava. Era uma jornada de autodescoberta, onde cada nuvem, cada estrela no céu, carregava a promessa de uma possibilidade, de algo novo que poderia dar um novo rumo à sua vida.
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