POV: Terceira Pessoa.
Em Algum Bar dos Estados Unidos.
Um Mês Depois da Coroação de T'Challa.
2017.
"BLAM!"
Angela acordou como sempre ultimamente, bêbada, com uma forte dor de cabeça e quebrando algo.
O algo nesse caso é a mesa aonde ela a pouco estava dormindo, a mesa de um bar que ela nem mesmo sabe aonde fica, depois de beber todo o estoque de bebidas, e furiosa por essas bebidas não a deixarem bêbada, ela teve que voar até Genosha, aonde conseguiu um belo suprimento de hidromel de Asgard, que ela trouxe até aqui para beber por nenhum motivo.
"Maldito Hierofantes!" Gritou Angela, levantando a mesa já quebrada e a jogando contra o vidro da janela.
"TRINN!"
O pedaço da mesa de madeira quebrou o vidro assustando os pedestres do outro lado da rua, que correram de medo, algo muito comum para eles desde que as luzes se apagaram.
Está cidade tem menos problemas que as demais, por que ela está sobre a proteção de dois vingadores, o Homem de Ferro e o Falcão, já recuperado. Mesmo assim, eventos como esse não são mais tão incomuns.
Angela, finalmente acorda, e percebendo que ela fez de novo, levanta uma cadeira do chão e se sentou nela.
"Malditos pesadelos!"
Os pesadelos estão acontecendo desde que ela começou a sentir que algo de grande importância vai acontecer. Desde então, ela tem pesadelos constantes das suas piores memórias, a memória escolhida dessa vez, foi a que às duas estão no bosque caçando, então um Hierofante aparece, e depois, o beijo compartilhado entre elas.
Esse é um dos seus pesadelos mais fracos, os outros a deixam num estado quase incontrolável, então desde que ela voltou para Terra, ela tem estado longe da civilização o máximo que pode. Ontem foi um erro, um erro causado pelo pesadelo anterior a esse.
"Onde está?" Perguntou ela olhando ao redor, procurando sua amada espada que ela esqueceu aonde colocou.
Ela se levanta mais uma vez, e bate nas suas roupas tirando a poeira. Para não chamar muita atenção, ela não está usando sua armadura, e sim uma camisa branca simples com um casaco preto por cima e calças jeans azuis.
Poderia dar certo, se ela não tivesse cabelos longos vermelhos como fogo, olhos cinzas e carregasse uma espada longa nas costas.
Após dar uma olhada por todo o bar vazio, ela não encontrou sua espada.
Angela então levantou sua mão aberta, como Thor sempre faz, e esperou.
"BLOM!" "BLOMMM!" "BLOMMMMMMM!"
Depois de pequenas explosões, uma mais alta acontece, e atravessando a parede do lado dela, sua Xiphos cai na sua mão aberta.
Um dos seus novos dons descobertos na luta contra aquele idiota azul que ela já esqueceu o nome.
Angela então prende a espada nas suas costas, e anda calmamente na direção da entrada.
"Homem de lata, o que você quer?" Perguntou ela, vendo Tony Stark de terno preto parado na rua em frente a entrada.
"Isso é minha pergunta, é você que causou essa confusão toda." Ele apontou para a sua esquerda, aonde uma loja e alguns carros no caminho foram destruídos no momento em que Xiphos veio para ela.
"Ahh, isso não vai acontecer de novo, agora saia da minha frente, estou com vontade de caçar, e se você não quer ser meu alvo, é melhor ir embora."
"Senhor amado, será que você pode não ser tão, você?" Perguntou ele.
Tony conhece muito bem o humor da irmã de Baldur, então ele e os outros Vingadores sempre dão espaço para ela, que tecnicamente também faz parte do time, mas também não faz parte do time. Mesmo assim, é difícil para ele não ficar bravo depois de cada conversa com ela, já que ela é a única pessoa que o deixa completamente sem palavras.
"Bem, eu estou indo." Falou Angela por fim.
Ela abaixou seu corpo, e das suas costas, duas asas cinzas surgem, com uma batida delas, Angela dispara para o alto o deixando para trás.
"Que seja, vou apenas enviar a conta para o Baldur, e ele que resolva sozinho." E mais uma vez, Tony desisti de tentar lidar com Angela.
Já do outro lado da cidade que ela não se importa de saber o nome, Angela voa sem rumo numa velocidade moderada olhando abaixo procurando uma presa digna.
Caçar, lutar, dormir e comer.
Era isso que ela fazia sempre em Haven.
E mesmo após amontoar uma grande quantidade de ouro, ela nunca o gastou, tudo para ela na vida era caçar, lutar, dormir e comer. Era assim que ela passava seus dias, até que tudo mudou.
Então quando aconteceu, ela mais uma vez perdeu o sentindo em tudo, e passou a fazer as mesmas coisas apenas para simplesmente existir.
Angela procurou uma presa digna pelo mundo, mas esse reino não tinha animais que representavam qualquer perigo para ela, todos eram frágeis e fracos, então um pouco antes dela decidir sair para procurar uma presa em outro reino, algo chamou atenção dela. Foi um tigre, um velho tigre se aproximando da morte, por algum motivo, ela escolheu ele como sua presa.
Sentada do outro lado da planície atrás de uma rocha, ela olhou para o tigre velho deitado no chão se banhando com os raios de sol.
Mesmo tendo o poder matar o matar facilmente, Angela não levou essa caçada levianamente, ela colocou todas suas habilidades em uso, para dar uma morte digna ao velho tigre.
"Eu estou caçando." Ela disse então em voz baixa.
"Eu estou vendo isso." Respondeu à voz de uma mulher atrás dela.
"O que você quer, Mãe de Todos?" Perguntou Angela, para sua terceira mãe.
"Uma mãe não pode vir ver sua filha quando tem tempo?"
"Poderia, mas eu não sou sua filha de verdade." Respondeu ela rispidamente.
"Es minha filha, tanto como es dela."
"Sua filha quer caçar."
"Click!"
Com um estalar de dedos, Angela não estava mais observando sua presa, agora ela está sentando numa cadeira com uma mesa na sua frente cheia de doces no centro do local aonde o tigre estava, do outro lado da mesa, sua mãe sentada conjurou duas canecas de madeira cheias de hidromel e colocou uma na frente dela.
"Agora, vamos conversa." Falou Frigga por fim, não dando outra opção para sua filha.
POV: Terceira Pessoa.
Ilha Universidade de Genosha, Casa do Thor e Jane.
No Mesmo Momento.
2017.
Thor está se sentindo um pouco nervoso, ele está assim desde que voltou para Terra da sua aventura no espaço, aonde sempre havia alguém para lutar ou algum lugar para explorar.
Mas aqui, nessa cidade de pensadores e estudiosos, o que um guerreiro como ele podia fazer?
No espaço, ele poderia lutar e se aventurar o quanto quisesse, e sua amada ao mesmo tempo, também poderia pesquisar o quanto quisesse, os dois estavam satisfeitos.
Para passar o tempo e esquercer um pouco o que ele está sentindo, ele ajuda no que pode com os Vingadores, apagando um incêndio florestal, impedindo um furacão, levando água para uma região inteira construindo um rio, tarefas facies e nada desafiadoras.
Para passar o tempo, ele se permitiu dormir algumas horas, fazendo um grande esforço.
Como toda manhã, ele se levantou, tomou balho e foi para a cozinha, a casa estava vazia como sempre, Jane já tinha ido, ou nem mesmo voltou para casa dormindo diretamente no seu laboratório.
Sentado na mesa tomando seu café, uma bebida mortal que ele realmente aprova, ele se senti um pouco triste por Jane não estar aqui, os dois andam brigando cada vez mais ultimamente, o motivo da última briga, foi por que Jane disse que Thor está regredindo a seu estado anterior de príncipe mimado, andando por aí procurando confusão, sem nenhum plano ou panejamento, só querendo a emoção e fama.
E ela está errada, ele não está fazendo isso por esses motivos, e ela sabe muito bem disso, tudo foi uma desculpa para começar outra briga, por um motivo que ele ainda não sabe.
O verdadeiro motivo dele agir assim agora, é tudo por causa da sensação constante de perigo que ele está sentindo, agir como um idiota sempre procurando o que fazer é a forma que ele escolheu para lidar com isso.
"Tip!"
Thor se levanta da mesa e vai até à sala, aonde ele toca na mesa de centro e um holograma é projetado acima dela.
{Cara, quantas vezes já disse para você usar uma camisa?} O holograma era da Viuvá Negra, Natasha.
"Um homem não deve ter medo de exibir seu corpo." Fala Thor com orgulho, se sentando no sofá na frente do holograma.
{Fale a verdade, você assinou algum contrato ou algo assim, só isso explicaria porque toda vez que eu ligo para você, você está sem camisa.}
"Eu tenho muito orgulho do meu corpo." Voltou ele a dizer, dessa vez brincando.
{Que seja, só liguei para perguntar se você ainda está livre para ajudar.}
"Claro minha amiga, Thor está com muito tempo livre no momento." Aceitou ele, nada feliz com isso.
{Vou enviar as informações, até lá então.} Natasha percebeu isso, mas não falou nada e desligou a ligação logo em seguida.
Thor em seguida se levantou e foi até a cozinha, aonde tomou o resto do seu café com um só gole e foi diretamente para seu quarto, aonde ele pegou seu comunicador e o colocou na orelha.
Pronto para sair, ele escreve uma pequena nota para Jane, como ela o ensinou, e a colou na porta do quarto deles e saiu pela parte de trás da sua casa, aonde a um grande espaço aberto com grama verde, varias arvores e até mesmo um pequeno lago com cadeiras ao redor.
Sua casa é pequena, mas uma das mais lindas de Genosha, cortesia do seu irmão.
Mas ele não ficou vendo essa bela vista por muito tempo e foi diretamente para a esquerda, aonde um martelo estava descansando em cima de um tronco cortado.
Como sempre, todas às vezes que ele o deixa para trás por muito tempo, Thor olha diretamente para o martelo, como se ele fosse uma fera que iria o atacar se ele fizesse um movimento errado.
O deus do trovão se aproximou lentamente dele, até ficar de frente para seu cabo.
Da lateral do martelo, runas em preto aparecem.
Thor não é versado na magia rúnica, mas mesmo ele pode ler o que está escrito.
{Aquele que empunhar este martelo, se for digno, possuirá o poder de Thor!}
O maldito juramento que sempre o lembra que ele uma vez não foi digno aos olhos do seu pai.
Uma vez Jane perguntou por que ele ficava assim, olhando o martelo toda vez antes de o pegar, e ele respondeu sinceramente para ela.
Ser digno não é algo que você mantêm para sempre depois de se tornar, ele sabe muito bem disso, então toda vez que ele larga o martelo, e tem que o levantar de novo algum tempo depois, ele para e se pergunta se ainda é digno.
Esse é o teste do seu pai, algo constante, que nunca vai ter fim, assim como a pergunta que ele sempre se faz em voz alta antes de levantar o martelo.
"Eu ainda sou digno?"
Esse martelo é o maior inimigo de Thor, assim como a sua maior força.
O maior temor dele, é deixar de ser digno durante uma batalha, decepcionando seus amigos e família.
Ele não hesita mais, e agarra o cabo do martelo.
Então ele sente, o poder dele conectado com seu corpo, inteiro de novo.
Todo o poder da tempestade, de todo o mundo, correndo pelas veias dele, sobre seu total controle.
Ele permitiu que seus sentidos sejam expandidos, sentindo todo o clima do planeta, desde uma pequena chuva na China, a um tornado se formando no Kansas, todo esse poder canalizado e guiado pelo poder místico deste martelo controlado por ele.
Um raio cai sobre seu corpo quando ele o levanta, e sua armadura simples com um longa capa vermelha surgi cobrindo seu corpo.
"Vamos trabalhar!"
Usando o martelo para o impulsionar para o alto, Thor quebra a barreira do som acima da sua casa e voando para fora de Genosha.