- Eu sei muitas coisas sobre você, que se eu vazar para a polícia ou mesmo na Internet, ferro com sua vida em um estalo de dedos.
Ele olha para o lado e rir, nervosamente.
- E o que você quer?
- Quero saber quem é o noalpha00! - permanecendo com a mesma expressão ao encará-lo.
- Não posso lhe dar essa informação!
Peguei o pen-drive no meu bolso e coloquei em cima do balcão. - Você que sabe! Nesse pen-drive tem todas as informações dos crimes que você anda envolvido e alguns deles pode infartar sua querida mãezinha, que acha que você é um santo.
Pietro tentou pegá-lo, mas fui mais rápido e peguei antes dele.
Peguei a latinha de refrigerante e joguei no lixo, andei e parei lado a lado dele.
- Tenho várias cópias, se você pegar esse, tenho outros salvos! Pensa direito! - sair e fui embora.
Muita mudanças estão acontecendo comigo, aos poucos estou tomando forma de outra pessoa, após a morte do Ryan, as ameaças que começaram a chegar e o medo de perder a garota que amo, tudo isso está causando uma intensa mudança no meu comportamento.
Quando eu estava saindo na porta, ouvir o barulho de um copo de vidro, sendo jogado no chão e estracalhar em cacos, ao ouvir esse som, sorrir maliciosamente e contente por ter conseguido o primeiro passo.
...
- Deu certo? - Beatriz me pergunta.
- Deu sim! - Ela corre, me abraça e eu abraço-a, novamente.
- E quem é o noalpha00?
Andei em direção ao sofá e sentei.
- Essa informação ainda não tenho, mas não vai demorar para o Pietro me dizer. Ele ficou bem abalado!
Ela senta do meu lado. - Estou com medo do que possa acontecer com você. - diz ela.
- Vai dar tudo certo!
Ela olhava para me, admirada.
...
Chegando na casa do meu pai, entrei para o quarto, peguei o notebook e fiz uma terceira cópia dos arquivos que eu tinha guardado sobre Pietro, e guardei em outro pen-drive.
Peguei o celular e liguei para o Brian.
"Brian, você ainda está no hospital?"
" Não, já estou em casa!"
" Estou indo aí!"
Desliguei o celular e o pen-drive, e guardei no bolso da calça.
Quando eu estava abrindo a porta da varanda, a empregada veio falar comigo.
- Juliano, você não almoçou hoje! Aconteceu alguma coisa, que você não para em casa.
Olhei para ela. - Meu amigo sofreu um acidente e eu estou indo visitá-lo. E eu almocei na casa da minha namorada.
Sair e fechei a porta.
...
Ao andar na rua, sentir que eu estava sendo seguido, aprecei os passos, coloquei o capuz do moletom na cabeça e andei mais rápido, mesmo assim, os dois homens continuavam me seguindo, chegando no meio de uma multidão que iam atravessar a faixa de pedestres, entrei no meio e me misturei com eles. Chegando do outro lado da rua, entrei em uma loja de roupas, peguei um max colete preto, uma calça preta, e uma camisa preta, entrei no provador, troquei de roupa, cheguei no balcão, baguei e dei a roupa que eu usava para a atende e disse que doasse. A atendente olhou para me, sem entender nada.
Sair, e andei normalmente na rua. Os homens estavam parados na esquina procurando por me, eles pareciam perdidos, e nem me viu sair da loja. Sorrir maliciosamente e seguir em frente.
Toda essa situação de investigação e lidando com criminosos, está me tornando um homem frio e diferente do menino nerdola de antes.
...
Cheguei na casa do Brian, toquei a campainha, a empregada da casa deles antedeu e mandou eu entrar.
Entrei no quarto do Brian e encontro-o deitado na cama, jogando no celular.
- Juliano?! Que roupa é essa?! Tá parecendo os mafiosos dos filmes!
- Estou mudando de estilo! - Não disse a verdade para não deixá-lo assustado.
Puxei a cadeira e sentei. - Vim trazer esse pen-drive para você! Quero que guarde ele muito bem guardado.
Olhei dentro dos seus olhos enquanto falava.
- Beleza!
Brian pegou o pen-drive, levantou da cama, pegou uma caixa de sapato dentro do guarda-roupa e guardou o pen-drive na caixa.
- Tem certeza que aí vai está seguro?
- Tenho! Vou guardar a caixa em outro lugar.
- Acho melhor você tirar daí e guardar em outro lugar.
Isso ele fez. Ele tirou de lá, pegou a moleta e saio.
...
Quando sair da casa do Brian, olhei para os lados e não vir ninguém. Continuei andando, mais na frente peguei um uber e fui para casa.
...
No dia seguinte, fui ao salão, cortei o meu cabelo no estilo mid fade, e escurece ele um pouco mais. Depois que sair do salão, passei em uma loja de roupas e comprei várias roupas pretas, cinzas e brancas. Chegando em casa, tirei o óculos e coloquei as lentes de contato, vestir uma camisa preta de gola alta e mangá longa, uma calça preta jeans, e calcei uma bota cotourno militar preta.
- Ótimo! Eles conhecem o nerdola, mas não conhecem o investigador rebelde. Agora preciso aprender a ser mais intimidador. Pensando bem! Vou me matricular novamente nas aulas de karatê.
Quando eu tinha 7 anos, meus pais me matricularam nas aulas de karatê, porque segundo o meu pai, seria bom eu praticar alguma arte marcial, aos 13 anos de idade eu desistir e parei de treinar, mas eu era um dos melhores da turma, só não era melhor que os veteranos e os professores.
...
Quando eu estava saindo na rua, para ir na casa da Beatriz, os dois homens que me seguiam ontem, apareceu de vez na minha frente, levei um susto ao vê-los surgindo do nada. Fui tentar fugir, mas eles me seguraram pelos braços.
" Será que lembro dos movimentos do Karatê?"
Comecei a lutar com eles, e fui surpreendido por lembrar dos movimentos. Após derrotá-los e vê-los no chão, me aproximei de um deles, agachei ao lado, segurei na gola da camisa e puxei para perto do meu rosto.
- Diga para o seu chefe, que o próximo será ele, se não fazer o que pedir.
Soltei-o de vez, olhei o seu companheiro deitado no chão, contorcendo de dor, levantei e olhei novamente para ele sentado no chão, escorado na parede, com a mão no abdômen.
- Você é louco!
- Isso é um elogio para mim! - saio e deixo os dois jogados no chão.
Coloquei as duas mãos no bolso.
" Valeu pai!"
A mudança em me era nítida. E era melhor eu me tornar um amedrontador rebelde e frio, para poder lidar com essas pessoas, em vez de continuar sendo um nerdola que não põe medo nem em uma mosca.
" Agora eu vou acabar com cada um de vocês!"
Pensei enquanto andava na rua de cabeça erguida e sério.