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75% O Rugido das Bestas / Chapter 3: Capítulo – Cara a Cara

Capítulo 3: Capítulo – Cara a Cara

Com uma forma retangular, azul e translúcido em mãos, Tristan dava um sorriso contente em alívio, vendo que ele ainda estava consigo.

— No meio de tudo que aconteceu ocorreu, com a criatura que me deu a escolha de classe, a arvore de vinhas arco-íris, eu peguei esta classe, isto é óbvio. Porém, enquanto a escolha de classe parecia ter acabado, por causa do tempo colocado naquele momento, eu agarrei em minhas mãos esta bendita classe, e para falar a verdade, eu nem sei ao menos qual é, naquele momento eu estava muito aflito, se fosse agora, eu tenho certeza de que escolheria de primeira.

Entretanto, quando o ocorrido aconteceu, a classe que eu agarrei com ansiedade havia sumido — para ser sincero, eu nem sabia se estaria com ela aqui. Mas, ao que parece, talvez ela tenha se fundindo ali naquele momento comigo, assim, se escondendo da árvore assustadora, ou sem querer querendo, enfiei no meu...

— Não é bom ficar pensando em bobagem, por enquanto, eu fico feliz de ter isso em minhas mãos. A classe que recebi não parecia ser uma classe de verdade, por palavras dela, eu recebi uma aura. E claro, não sei o que isso significa. — Tristan falava consigo mesmo enquanto sacudia a cabeça, tentando se concentrar.

Pensar sobre o que não sabe era perda de tempo, ainda mais eu que não sustento nada em minha memória. Por mais, Tristan se desgarrou desse retângulo azul reluzente, e com seus olhos, procurou o que havia escrito nele.

— Puxa vida, o que era para ser isso? — Tristan indagava incrédulo, mas não ao ponto de cair em desespero. Era apenas um descontentamento em relação ao que tinha em mãos.

[Classe: Guardião da Floresta]

Está era a classe que Tristan olhava incrédulo, ser protetor da floresta, logo ele pensou: "O que isso poderia significar? Vou ter que ir pro mato protegê-la quando tiver está classe?". Esse tipo de pergunta idiota, rondava sua mente.

Estas dúvidas sobre a mesma o deixavam apreensivo, mas foi a classe que veio em suas mãos como último recurso, se não tivesse conseguido a aura da criatura de vinhas, então essa classe, seria a única coisa que teria consigo — Tristan só podia agradecer.

Então antes que fazer alguma coisa com esta classe, ele pensava em primeiro analisar o mundo escrito nesses livros — mesmo que não curta muito leitura, pensava em apenas passar por cima das páginas importantes.

Procurando a fileira 3, da qual a dama da recepção havia o falado. Olhando no meio das estantes, tinha uma pequena placa flutuante com uma numeração na mesma — isso era magia, coisa que devia ser algo normal neste mundo. Adentrando aquela fileira, ficava envolto de diversos livros aos lados, ele olhava para lá e para cá vendo que só tinha histórias com títulos chatos como: A guerra de Felipão e as sardinhas, O grande colapso que trouxe a praga, cangaço e sua história etc. Até que enfim apareceu um livro que realmente parecia muito bom.

— Esse livro parece ser bom. História em quadrinhos sobre o mundo, que legal — dizia Tristan um tanto feliz.

Com o livro em mãos ele abria e via as figuras desenhadas no livro, ficando com um sorriso desconcertante. Ele então o fecha e procura algum lugar onde possa se sentar, o que parece que não tem, então se senta próximo de onde pegou o livro para guardá-lo no mesmo local quando acabar.

A história começava com uma grande guerra, que até os dias de hoje, se procurará o motivo dela ter começado. Eram duas raças muito parecidas, humanoides e com poderes equivalentes em magia. Denominavam-se de 'equilibrados' e 'desequilibradas'. Com diferenças e crenças diferentes, mas eram iguais tanto de sangue quanto de aparência. Porém um dia um homem nasceu entre os dois mundos, e pode enfim encerrar essa grande guerra, os detalhes para esse acontecimento são também desconhecidos, mas agora, com a mesclagem de ambas as raças, todos vivem em harmonia, sem discriminações.

— As figuras deste livro são tão legais, queria poder levar alguma comigo.

De repente o retângulo azul reluzente quase que transparente, se ergueu de suas mãos contra sua vontade. Acima de Tristan, ele começava a reluzir um brilho branco tão forte, que enxergar era algo impossível — diferente de um breu escuro, isso era mais reconfortante, porém ainda assim, me deixava inseguro sobre o que viria a acontecer.

O brilho se desfaz e o quadro azul transparente some, sem deixar rastros.

Tristan piscou seus olhos de forma muito ligeira, embasbacado, o que tanto se gabou que detinha, se foi em questão de segundos.

Ele então se levanta e colocava o livro de volta no local onde estava e, procurava um tanto preocupado, se perguntando onde aquele retângulo foi parar, dentre as estantes de livros não havia nada em particular, entretanto algo estava estranho, parecia tudo muito vazio, sem pessoas ou sons, tudo estava tão calmo, talvez fosse coisa da sua cabeça; então Tristan suspirou forte e com seus olhos, continuou a averiguar.

No andar abaixo, pela abertura que tinha no meio do andar, também via que não tinha muita gente nesta biblioteca e, muito menos sua classe, o retângulo azul — imaginava que as pessoas daqui, desse mundo, não sejam lá grandes leitores.

— Ele simplesmente sumiu assim? Será que isso seria uma rejeição. — Falava comigo um tanto triste.

Quando achei que tinha perdido a minha classe para sempre, apareceu em minha frente uma janela, igualmente a que eu tinha antes, mesmo que as informações dessa fossem diferentes.

[Parabéns]

[Você conquistou uma classe]

Essa mensagem me fervorou, senti que uma chama ardente estava crescendo dentro de mim. Isso era a sensação de ganhar uma classe.

[Uma Aura é habitante de seu coração]

[A classe irá evoluir...]

— Já irá evoluir assim? Sem mais e nem menos, já tô achando esse negócio meio roubado. E isso agora responde minha dúvida, acho que realmente não recebi uma classe antes, mesmo que eu tenha dito com minhas palavras que, "eu quero sua classe", parece que não rolou — dizia Tristan um pouco abalado, porém ainda com ânimo para o que vem por vim.

Esperava pacificamente, com muita ansiedade o quadro azul discernir seus resultados, e me dá aquilo que me dizia.

Eu estava nervoso para ser sincero, receber algo era como um presente, estava sentindo como se fosse meu aniversário, meu coração reagia rápido a cada segundo que se instaurava naquele ambiente.

Eu estava tão concentrado no quadro azul, quanto um animal em caça, mas, isso era quebrado quando de canto de olho, por de trás da tela, via um rosto familiar.

— Há, olha quem está aqui. O bosta de terceir- não, de décima categoria, ou melhor, nem categoria tem para ele. Gahaha...Estava estudando por acaso? Achei que tinha deixado a escola depois daquele negócio. Mas poh, parece que aquilo, não foi o suficiente para parar você, que destemido~.

Um rosto intimidante, com olhos que pareciam querer provar o gosto da morte. É claro que não estava sozinho, havia duas figuras atrás dele que também eram igualmente assustadores.

Enormes, da altura das estantes a nossa volta, os braços deles eram curtos, mas as mãos deles eram tão imensas, que poderiam cobrir todo meu rosto — só podia chamá-los de guardas costas deste pivete.

Eu não tinha arma de fogo, ou melhor dizendo, força para enfrentar essas aberrações na minha frente. Porém a janela na minha frente se encerrou com o discurso do garoto.

[Sua classe evoluiu!]

[Classe: Soberano da Floresta]

[Habilidades Conquistadas...]

— Olha não me leve a mal, mas eu acho que...A biblioteca vai fazer barulho. — Tristan dizia com entusiasmo e ânimo, erguendo suas mãos para o trio de garotos.

O principal sujeito daquele trio, dava um desagradável sorriso, enquanto olhava para minha postura com vergonha.

— Puft- você vai lutar? Caramba~, acho que aquela surra realmente mexeu com sua mente. Você precisa ser colocado em seu lugar! — Com essa declaração, o garoto levantava suas mãos e as sacodia para frente, fazendo com que seus comparsas avançassem sem remorso em minha direção.

— Quanto foi que ele pagou para vocês, eu pago o dobro! — Tristan exclamava para os brutamontes com medo, mas isso não os parou, eles continuaram vindo em sua direção.

Tristan não sabia ao certo o que fazer, para ser sincero, ele não queria ter que brigar com ninguém — mas esse tipo de pessoa, nunca me ouviria com palavras.

Os dois grandes mamutes, comparsas dele, avançavam de forma bem lenta. Seu peso, que fazia parte de sua força, era a causa. Fugir deles foi minha primeira conclusão, e assim fiz.

Corri com toda a minha velocidade para a direção contrária deles, querendo os afastar do alvo principal, o garoto de cabelos marrons e olhos mortos. Lutar contra esses brutamontes estava fora de questão.

— Fugindo?! Não declarou que ia lutar? Acho que enfim percebeu a burrice que fez, gahaha... — declarava o garoto, enquanto esbanjava um sorriso vitorioso.

— Fugindo? Você que chamou o papai e a mamãe para te proteger! — exclamava Tristan, zombando do garoto.

— Como é que é...?

Eles tentavam me pegar desesperadamente, até que um assobio foi ouvido, o garoto estava alertando seus capachos do meu plano, mostrando que os seguia correndo.

— Fugir tem um limite, você não vai nem chegar a lutar contra mim. Essa chance você não merece, Tristan!

Eu vi que meu plano estava falhando, meramente fugi deles, não seria o bastante.

Então eu vi na minha frente aquela tela azul transparente, que apenas servia como informarão. Agora, me mostrava esperança, com algo que realmente poderia me ajudar.

Eu olhava para frente e via que as estantes de madeira eram meu limite, então deslizava meus pés pelo chão e olhava para trás, os grandes capachos estavam bem na minha cola, e o garoto logo atrás. Neste momento eu usei algo sem saber se funcionaria, mas era tudo ou nada. Imaginando na minha cabeça o movimento, eu o executei com mestria — ou da forma que dava.

Pressionando meus pés no chão juntos, eu fiz uma pequena rachadura surgir, ao mesmo tempo que respirava nervoso. Com a pressão no chão, ali se formou de fato um buraco. Meu pulo me fez ir tão alto que meu rosto confrontou o teto, um grande galo apareceu na minha testa, e nem de perto cheguei a perder o foco. Estava caindo diretamente por cima dos inimigos, mas isso não tirava o fato de que a habilidade funcionou.

[Cabriola: O usuário é capaz de executar pulos como o de um animal, com pulos que excedem em muito a sua própria altura]

E não parece existir um limite de vezes usados, então novamente, eu pensava em usar a mesma habilidade quando cheguei próximo de meus inimigos, os brutamontes. De suas agarradas, conseguir desviar com muita sorte, por pouco suas agarradas me fariam um homem morto — mas isso vem do fato de serem lentos.

Eu executei um pulo em horizontal, usando como apoio as costas dos brutamontes, me direcionando até o garoto que corria em minha direção, numa velocidade impressionante.

Mas em decorrência dessa habilidade, eu percebi uma falha. Ao usar, ela simplesmente não parava, eu fazia um pulo completo sem pestanejar, e era um grande pulo; por enquanto, não sabia ao certo como controlar isso, ou se tinha como controlar. Era um mistério.

Meu pulo me elevou aos lares do garoto a minha frente, que junto com a corrida que ele fazia em minha direção. Faria a pancada, o impacto entre nós, se tornar severamente preocupante, entretanto, parecia que ele tinha algum grau de habilidade, já que com uma esquiva rápida, ele se esquivou da minha arrancada.

Minha cabeça deslizou pelo chão, se arrastando por quase todo o salão, até que me encontrei com o as estantes novamente. Sem controle, eu simplesmente me espatifei no chão e destruí a estante no processo, com vários livros que se espalharam para os lados.

Tristan olhava desorientado para essa situação, usar essa habilidade foi um avanço em sua jornada, mas usar assim de forma desesperada foi um tanto ruim.

Meus olhos preocupados se direcionaram para o garoto, mas algo estava errado, ele estava olhando para mim com um olhar tão arregalado e, com os lábios tão trêmulos. O garoto estava em choque, quase que apavorado, como se tivesse visto um fantasma.

Seus olhos caídos, mortos, que sempre demonstravam sede de sangue, agora tinham um sentimento de pavor. Ele, mesmo encarando aquele homem da ponte que parecia ser alguém poderoso, apenas ficou no máximo surpreso —mesmo que eu não tenha visto seus olhos de frente.

— Como pode...Tristan, você, o que você acabou de fazer?

— E-Eu não entendi, ao que se refere-

— As estantes, você as destruiu!!!

— Ah...Me desculpa?

— E mais, que raios de poder foi esse que acabou de utilizar! E não se faça de besta não, esse tipo de habilidade mística não se aprende do dia para a noite. Eu quero saber é de todos os detalhes. E se mentir para mim...Sua morte, eu prometo, ela não será indolor.

O garoto parecia falar bem sério sobre a parte da morte indolor, mas a reverência poder, deve ser a habilidade que acabei de usar. E isso, eu não sei ao certo como responder.

Eu tentava me sentar no chão, ajeitando minha postura errada. Colocando minha mão no queixo, procurando uma resposta para a questão enquanto murmuravam "hum...".

Talvez a resposta tenha a ver com o mundo em que estou, mas imagino que nem na terra eu esteja. E falando em terra, eu lembro de várias coisas de lá, principalmente do "Brasil", onde imagino que seja meu país de nascença. Mas de fato, não tenho quaisquer memórias disso, apenas o conhecimento, como se tivessem sido implantadas os ingredientes, mas não a fórmula secreta.

Os brutamontes chegavam próximos do garoto irritado, procurando o que deveriam fazer no momento, um tanto confusos com a situação; eles nunca haviam visto seu líder querer diálogo, principalmente com alguém como Tristan.

Pensando, pensando e pensando. Não tinha por que dizer que vim do nada a este mundo, conheci uma árvore de carvalho reluzente falante que me deu várias escolhas de classe, e logo após eu conseguir sua classe, prossegui para o espancamento do garoto. Já começava que aparentemente, o corpo em que estou parece ser de alguém daqui, então listando isso, com certeza ele não vai acreditar em mim.

— Olha, eu vou te falar a completa verdade, eu, euzinho, conto e afirmo que de verdade verdadeira que, eu...Não sei. — Tristan dizia com um tom divertido, quase que esnobe, enquanto gesticulava.

— Cala a boca Tristan e diga a verdade, não tem como abrir os olhos e perceber que ganhou uma benção, cedeu a loucura tão rápido? — O garoto retrucava com agressividade

— Loucura? Eu literalmente te disse a verdade, e por mais, você viu o que viu, a Skill.

— Skill? É assim que é o nome da habilidade? — O garoto diz confuso enquanto olhava para Tristan, não entendendo bem essa tal palavra.

— Não caramba, ela tem outro nome, isso é tipo, uma lista de habilidades, então, uma lista de Skills — respondia Tristan, com uma revolta por esse garoto tão jovem não entender algo tão básico,

— Eu realmente não sei do que você tá falando. Mas a forma como você está falando comigo, me incomoda, parece até que é outra pessoa, por acaso você recebeu, algo a mais? Responda!

O garoto estava agressivo e com sede nos olhos, ele parecia ter a ambição para algo, mas era incerto se isso era bom ou ruim. Tristan olhava para o chão pensativo sobre seus próximos passos — entregar suas únicas informações da sua vida não era uma boa escolha. Ele imaginava que contar como chegou aqui, podia ser algo valioso de mais para entregar.

— Olha, se quer mesmo tirar isso de mim, então que tal... — Tristan hesitou.

Eu não sabia bem se essa ideia que passava por minha cabeça seria algo interessante o suficiente, para fazê-la ser uma verdade, entretanto, se possível, seria como uma faca de dois gumes no fim.

— Que tal o que Tristan, agora você quer fazer propostas?! Eu que estou no controle aqui! — O garoto se esperneava de ódio, enquanto dizia irritado.

— Amigos — retrucou Tristan rapidamente.

— Como?! — indagou o garoto confuso.

— Sim, sim, se formos amigos, aí sim poderei dizer alguma coisa a você. O que acha? Amigos?

Tristan estava confiante, mas aflito, diante o garoto a sua frente a quem o esmurrou quando chegou neste mundo, não é como se ele tivesse esquecido daquilo. Por enquanto, se possível, ele queria criar uma relação boa com as pessoas, e o garoto não é exceção, mesmo que Tristan não soubesse muito sobre a relação com ele e o motivo de tanta dor.

O garoto se virava para trás, e os brutamontes ao seu lado ficavam com medo, porém, não se afastavam do rapaz. Ele tremia com algum temor, e quando enfim acabou sua reflexão, seu corpo olhou para Tristan com raiva.

— Não seja tolo, como alguém como eu me tornaria amigo de alguém como você? Eu sou João Oleares, o homem destinado a grandes feitos, nada mais do que o próximo Rei.

— O que? Você é alguém importante?

— É claro que eu sou, não vem com essa.

— Nossa- juro que não sabia, foi mal.

Tristan ria sem jeito, pensando que não poderia ser verdade esse tal de João, ser alguém importante neste mundo, isso só podia ser muita sorte...Ou azar.

João Oleares encarava com muita raiva o rosto descontraído do Tristan, que ria sem modos. Mas os dois se assustaram, quando uma voz familiar ecoou para na direção deles, e por algum motivo, os dois sabiam bem o que aconteceria logo a seguir.

— Suas...QUEM CAUSOU TODA ESSA BAGUNÇA NA MINHA BIBLIOTECA?!!! — gritava Isabela Montenegro, com um olhar profundamente irritada.

Tristan se levantava do chão tremendo e, o João olhava para trás com um medo ainda maior, suas pernas já estavam se tensionando para a corrida. Tristan por outro lado, não sabia ao certo o que deveria fazer, mas quando viu os dois brutamontes segurando a mulher, não deu outra, correu o mais rápido dali para as escadas.

Os brutamontes não tiveram tanta sorte, eles duraram por apenas alguns segundos antes de serem afundados no chão por alguma força mística. O olhar da Isabela Montenegro parecia atingir um pico assassino, Tristan tinha certeza de que se ficasse por ali mais algum segundo ele seria morto.

João Oleares fez algo ainda mais absurdo que os brutamontes, ele parecia encarar a Isabela Montenegro de frente, um confronto ali iria se estabelecer, porém, infelizmente Tristan não podia passar mais nenhum segundo ali, aquela mulher lhe dava arrepios.

Descendo as escadas o mais rápido que podia alcançar, ele chega ao primeiro andar com sons de destruição acima dele. Pareciam as trombetas da morte todo aquele barulho de batalha. No fim, passei pela recepção que estava vazia, porque ela estava lá em cima, chegando e passando pela porta desta biblioteca.

— Ufa...Há...Estou a salvo — dizia Tristan sem fôlego, batendo no peito, tentando restabelecer a respiração.

Agora novamente, ele estava em meio a rua, sem um caminho para seguir. Uma casa, um lugar para ficar, ele precisava de algo assim.

Quando sua mente já estava se tranquilizando e sua respiração se estabilizando, um som estridente é ouvido do alto. Junto ao som, algo material caindo ao chão, mais especificamente, em cima do Tristan, que arregalava seus olhos vendo o garoto João atordoado e gritando, caindo em sua direção.

O impacto foi doloroso, o chão novamente estava próximo do seu rosto. Tristan ficou bufando de dor, e João parecia estar totalmente perdido.

— Não fuja, volte aqui bebê. Nossa conversa não acabou — dizia uma voz doce feminina do alto, de dentro da biblioteca.

Ouvindo aquela voz, Tristan usava todas as suas forças e tirava o João desmaiado de cima dele, e dava corrida para longe dali, mas olhando para trás, vendo o garoto atordoado chão e o som dos passos da mulher com ódio, ele sentia que não podia simplesmente deixar essa situação se prosseguir desta forma.

— Não too~ nem aí, isso é por mim! — exclamava Tristan, correndo para o corpo do garoto no chão. Ele o erguia e o colocava sobre seus ombros, o levando para longe dali.

O corpo do garoto nem se movia um pouco, a respiração dele ainda fluía, então ele continuava vivo mesmo caindo daquela altura. O fato de ele ser alguém da nobreza, isso é bom para mim de várias formas, além de que, eu tenho perguntas para ele, esse poder que conseguir, quero entender sobre ele.

— Ei você! — gritava uma voz feminina muito raivosa. Era a senhora Isabela Montenegro em uma forma assustadora.

Tristan mal conseguia encará-la de frente, olhando para o chão, suando frio. A mulher estava à frente dele, o que aconteceria ali iria marcar ele para sempre.

— Você...Para onde pensa que está levando meu amado filho? — indagava a mulher em um tom muito ameaçador.

— S-Seu o que?! — gritou Tristan, muito assustado.


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